Abraço
Saudades do teu carinho,
Dos teus beijos, teu jeitinho.
Saudades dos teus abraços,
Do teu cheiro em meus espaços.
Saudades de olhar-te inteiro,
Perder-me em teu olhar tão certeiro.
Saudades de te admirar,
Sem pressa, só pra te amar.
Saudades do gosto teu,
Do toque que já foi meu.
Saudades da tua voz,
Que acalma e aquece nós.
Saudades de te ver sorrir,
E junto a ti, me redescobrir.
Saudades, imensa saudade,
Saudades de ti, de verdade.
Dezembro chegou, com luz e calor,
Abraços que aquecem, renasce o amor.
Fim e começo, promessa e magia,
Um laço de tempo que traz alegria.
Então, que venha com riso e ternura,
Com paz que acalma e amor que perdura.
Dezembro chegou, trazendo alegria,
Um presente embrulhado em pura magia!
algumas folhas em branco
tecendo a solidão
da minha alma
por não ter os teus abraços acalorados
como uma tarde de verão.
NÓS E LAÇOS
quantos nós
entre encontros
e desencontros?
tentando dar laços
abraços
no desconhecido
o amor
é substantivo
definitivo
que ata
e nos arreata
Luciano Spagnol
Rio, 15 de julho, 2008
A vida é escultura na areia, resistindo entre a onda e o vento. Cinzelado pelo amor, abraços, Deus, alento.
PRESENTE DE NATAL (soneto)
Noite de Natal, de alegria reluzente
Abraços confraternizando, luzeiro
Presépio, preces, bolas no pinheiro
Pro céu, a mesura ao ente ausente
Meia noite... - chamem o fogueteiro!
Pra aleluias à Deu menino, onipotente
Manou o Salvador, do amor vertente
Que trouxe amizade ao mundo inteiro
Que a palavra na vida seja presente
Como firmamento do valor obreiro
Na fé de ofertar o zelo diariamente
E que assim, possa ser mais certeiro
Na paz e bem, e nos corações assente
O maior presente: - o amor verdadeiro!
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Dezembro de 2016
Cerrado goiano
te amar é como dançar durante a noite,
aqueles abraços aconchegantes da avó,
enquanto ela conta histórias antigas,
quando não temos energia e a chuva cai.
é pensar nas frases mais robustas e diferentes,
imensurar o que sinto, dizer aberto e simples.
é sorrir, ah, sorrir — a vida soa boa,
refletir sobre tudo, eu amo refletir.
é lembrar da hello kitty, olhar o rosa,
perambular com músicas antigas: djavan, ivete, marisa monte.
você pode não estar na cabeça, mas está na vida,
nas letras miúdas que escrevi e as que não escrevo.
na vontade de melhorar sempre que te vejo escrever,
é chorar sangue pelo coração, se abraçar nas noites escuras.
é aquela voz segura, mas também a insegura,
lavar os pés durante a noite — é rir e sentir aquela sensação tão boa.
Deixe-me ir, mas não sem seus abraços, não sem seus sorrisos, não sem seus beijos, deixe-me ir, apenas deixe-me ir, mesmo que eu não queira, apenas deixe-me ir.
Amizades de anos, de abraços e risadas. Amigos que nunca me julgaram e, embora alguns estejam muito longe, conseguem ser mais presentes do que muitos que estiveram perto. Amigos das festas, dos cinemas, dos parques, do passado no colégio, dos brigadeiros em casa, das lágrimas por motivos alheios, das conversas sérias e tequilas além da conta. Amigos dos segredos, das verdades, da cumplicidade. Amigos que conquistaram meu amor, amigos insubstituíveis.
Eu não gosto de abraços, mas moraria no dele pro resto da vida.
Eu não gosto de coisas melosas, mas recitaria todos os poemas de amor pra ele ouvir.
Eu não sei demonstrar meus sentimentos, mas descreveria cada sentimento confuso e maravilhoso que ele me faz sentir.
Eu não queria me apaixonar, mas falo que amo ele todos os dias.
Eu não sei dançar, mas dançaria com ele em uma noite de luar.
Eu não sabia amar, mas amo ele
Memórias póstumas.
Meu maior erro foi ter... gostado dos teus abraços, do tempo que passávamos juntos, do modo como seus dedos acariciavam meus cachos e me relaxavam. Meu maior erro foi ter aceitado o seu afeto, as suas flores e ter acreditado que suas intenções eram boas.
Na nossa penúltima noite, vi estrelas, ganhei flores e amores...
Na nossa última noite, bebi taças de vinho que me levaram ao óbito; as flores murcharam, e o que eram amores se tornaram dores. Eu precisava ser amada, e você nunca soube me amar. Onde nós erramos, eu não sei, mas a única certeza que tenho é que nada é como antes.
Em minhas memórias póstumas, após a nossa última noite, vi a taça quebrada e meu corpo gélido no chão. Meu coração se recusava a bater, e o eterno me puxava...
Eu acreditava em reencarnação e, por isso, pedia que, se eu fosse viver novamente, nossas ligações de alma fossem quebradas.
Teu cheiro me disse que ainda teremos grandes abraços, apertos...que nossa história de amor ainda será contada em muitas partes de nós. Ficará o sabor de beijos trocados, olhares dentro do outro, músicas no ar !
Já tentei te arrancar de mim: esquecer momentos que não vivemos, abraços que não trocamos, palavras que calamos, beijos não dados...mas não deu, todo amor sonhado parece mais forte que amor vivido. É música que toca, cheiro que lembra, olhar que marca.
Do quarto do passado revejo cenas que não vivi, que sonhei. Relembro abraços que se perderam por caminhos desconhecidos, beijos afogados no delírio dos meus desejos, no mar das minhas vontades...releio capítulos não escritos, paginas não lidas...da janela do ontem, vejo imagens não desenhadas, fotos não reveladas...são alucinações perdidas no tempo.
Quero amor
olhares francos
abraços,
sorrisos de amigos
Vez em quando
contemplar estrelas
vigiar,
quero além
quero mais
porque acredito
ser...
vermelho paixão
música no ar,
ser rosas em pedras
ser folhas em mar !
Quem dorme nos teus abraços, a quem pertence tua cama ? Quisera ser eu, onde moras ! Quem dera fosse flor pra deixar cheiros...pássaro pra cantar na tua janela ! Se eu fosse rio, te jogaria nas minhas águas, mergulharia no mar dos olhos teus.