Abismo
QUANDO TE VI
Profª Lourdes Duarte
Quando te vi pela primeira vez
Percebi uma distância intransponível entre nós
Aquele olhar melancólico de amor e beleza
Expressava o que tua boca jamais falou.
Com teus olhos profundamente suaves
Deixaste-me a perguntar perpetuamente
És paisagem da minha infância que aflorou
Ou alma Infinitamente intransparente.
Indago com um desejo insano
Se a vida, ainda me levará a ver-te
Serás então como uma estrela cadente
Que atirastes flechas no coração desse ser.
Apareceste-me iluminando de alegria
Enchendo-me o coração de amor
Mesmo com um sol alvorescente
Dourando a paisagem fresca
Partiste me deixando viver de amor.
Ficaste impregnado em meu ser
Escoto-te como uma melodia
Que não se sabe de onde vem,
Hoje, tenho –te em meus sonhos
Com um abismo de saudade e amor.
QUANDO TE VI
Profª Lourdes Duarte
Quando te vi pela primeira vez
Percebi uma distância intransponível entre nós
Aquele olhar melancólico de amor e beleza
Expressava o que tua boca jamais falou.
Com teus olhos profundamente suaves
Deixaste-me a perguntar perpetuamente
És paisagem da minha infância que aflorou
Ou alma Infinitamente intransparente.
Indago com um desejo insano
Se a vida, ainda me levará a ver-te
Serás então como uma estrela cadente
Que atirastes flechas no coração desse ser.
Apareceste-me iluminando de alegria
Enchendo-me o coração de amor
Mesmo com um sol alvorescente
Dourando a paisagem fresca
Partiste me deixando viver de amor.
Ficaste impregnado em meu ser
Escuto-te como uma melodia
Que não se sabe de onde vem,
Hoje, tenho –te em meus sonhos
Com um abismo de saudade e amor.
E quando a noite vem triste, incensos perfumam minha sala, então brindo a vasta tempestade de lutos e saudades.
Sempre soube que era indiscutivelmente na solidão que podemos descobrir as grandes profundezes do ser, e nela que encontra-se o abismo do pensamento.
Quando olhamos para dentro de si, descobrimos um mundo novo de sentimentos e mais grandiosamente na imensa solidão percebemos a vasta falta de grandes esperanças.
Permitir isolar-se de tudo não e fácil para o mundo atual , poucos sabem a doçura e a amargura desta experiencia, mas a grande transformação que nos presenteia vale todo esforço.
Percebemos o que não nos faz realmente falta, e o que realmente precisamos acontece naturalmente.
Aquele que busca a verdade antes do amor, tende a achar a felicidade mais cedo do que aquele que parte no princípio da incerteza e por ventura acaba caindo em abismos da inconsciência.
(...) cada geração sucessiva de fato apresenta um declínio, no sentido em que se encontra mais próximo do abismo.
Quem mata em nome do Estado não tem sequela,está regido por lei:é algoz oficial!A Pena de morte é lei Divina e o abismo paga!
Sereia Noturna
A Dama da Noite si nega a rezá versos,
Cantá passos
Anulá desejos
Modiqui ama o infinito abismo di Si.
E isto basta
Esta é a grande tática de pessoas persuasivas e mal-intencionadas: falar o que o outro quer ouvir. Iludir e atrair ao abismo.
O COCHEIRO E A CARRUAGEM
Enlouquecida de amor e desespero
Mergulhei numa cegueira raivosa
Como cadela infectada.
Os cavalos venceram o cocheiro
E a carruagem se despedaçou no abismo.
Vaguei perdida no espaço e no tempo
Num mar de lembranças e culpa
Sem bússola, sem sonhos, sem vida.
Uma fera a beira da morte
Implorando piedade ao caçador.
Um cocheiro fraco, porém vivo
Que sarou suas feridas uma a uma e
Reconstruiu a carruagem com seus cacos.
Depois de pensar em sua desgraça
Decidiu que ele mesmo puxaria a carruagem.
Amar ao próximo como a nós mesmos, talvez seja a tarefa mais difícil para o homem moderno. O próximo tem se tornado, cada vez mais, uma ferramenta descartável. O individualismo tem tomado conta de tudo a nossa volta, reduzindo nossa vida a interações superficiais e egoístas. Hoje caminhamos para o abismo da desumanidade.
"... Agora imagine você, conhecendo os perigos de uma longa estrada, a beira de um grande abismo, em uma noite escura, e no meio desse caminho você encontrasse uma pessoa que estivesse caminhando distraída, você certamente alertaria essa pessoa do grande perigo que ela está correndo, certo?!
Então porque você não falou de Jesus para essa pessoa ainda?"
Sinto-me vazia.
Uma solidão tão grande que me faz ter medo do universo. Qual o motivo de tanta tristeza? Escolhas erradas que me levam a felicidades momentâneas. Se me deito, lembro que nada é real, apenas mais um erro. Um erro ao qual me apaixono cada vez mais, em uma descida direto ao sofrimento, mas eu curto cada segundo, como se fosse o último.
"Toda tatuagem na pele, retrata um evento, um momento, um amor, um ardor. Toda tatuagem da pele significa uma fantasia, uma alegria vivida, uma inspiração e uma emoção. Outrossim, toda tatuagem na alma, retrata um abismo de angústia sem fim. Toda tatuagem na alma significa um vale de sombras, sentimentos incontidos e feridas expostas. Toda tatuagem na alma retrata mágoas latentes, feridas ardentes, amores descrentes. Toda tatuagem na alma significa aflição latejante, espíritos angustiantes e dores pujantes."
No silêncio da noite, a sombra se arrasta,
Um eco de risos, que a vida desgasta.
Caminhos desfeitos, memórias em dor,
Na dança da mente, o medo é o ator.
As horas se arrastam, como folhas ao vento,
Um peso no peito, um eterno lamento.
Olhos que buscam a luz da esperança,
Mas encontram apenas a amarga cobrança.
Sussurros de vida se perdem no ar,
Em um mar de tristeza, não há como nadar.
Os sonhos se quebram, como vidro ao chão,
E a alma, cansada, busca a salvação.
Mas mesmo na sombra, há um frágil fulgor,
Uma chama que arde, apesar da dor.
A morte é um ciclo, um fio que se estica,
E na amargura, a vida se critica.
Assim sigo em frente, entre lágrimas e risos,
Navegando os abismos, buscando os sorrisos.
E se a dor é um fardo que carrego em mim,
Que eu aprenda a dançar, mesmo assim.
Entre o céu e a terra, tento começar,
Mas meu pensamento insiste em se espalhar.
Não sei bem o que quero expressar,
Talvez me falte a fé pra acreditar.
Mas uma força interna, que não sei explicar,
Faz meu peito esbravejar, faz palavras voar.
Sentimentos se agitam, uma leve emoção,
Por favor, meu coração, pulsa com paixão!
Nesta manhã sem sol, procuro o brilho no ar,
Mas a angústia vem me ofuscar, me fazer desencantar.
Por mais que as palavras tentem brotar,
A tristeza as veste, como o céu a chorar.
E como ontem, tudo parece sem sentido,
Eu peço a Deus, com o coração partido:
"Permite-me sair desse abismo, Senhor,
Não pulando, mas resgatando o amor,
Aquele que um dia me trouxe tanta alegria,
Delírio, talvez, mas era minha fantasia."
Eu sei que preciso continuar a andar,
Um passo de cada vez, no caminho a trilhar.
Este momento parado me afoga em solidão,
Mas Deus, me permita sonhar outra canção.
E mesmo que a voz emudeça, eu hei de seguir,
Com o céu como guia e a terra a me ouvir.
Que o sol volte a brilhar no meu caminhar,
E que, em cada passo, eu reencontre meu lugar.
Eu poderia ver somente a escuridão da noite, num esquecimento da claridade do dia. Mas, se assim eu fizer, serei apenas as minhas circunstâncias momentâneas, num hoje tocado pela sombriedade dos fatos que alardeiam os meus medos.
Contudo, apesar dos mórbidos tempos atuais, sigo olhando para o alto, mesmo que o abismo queira-me derrubar. Piso firme no chão, embora as pedras machuquem os meus pés. Ponho o meu silêncio para orar, calando todo barulho produzido por aqueles que ainda não encontraram Deus.
Pois, quando o oposto da fé procura invadir o meu ser, é neste momento que me ajoelho e clamo ao Senhor perdão. E a parir daí, então, eu cresço em comunhão, tendo Deus como escudo e proteção.
O indivíduo que joga pedra em teto que já o protegeu, jamais entenderá de gratidão e pluralidade de vida. Viverás sempre a beira do abismo da solidão.