Abismo

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⁠Do alto da montanha a liberdade é visível tão uma pássaros a voar, no abismo cansado em reflexão deseja a liberdade do alto da montanha.

Inserida por Raimundo1973

⁠A quem saiu do abismo cansado quase sem vida, na fúria por viver esqueceu o melhor a compaixão para com o próximo.

Inserida por Raimundo1973

VIVER É UM RISCO

Era uma vez
Um homem sem lei
Talvez um menino
Ao certo, não sei

Lhe faltava muito juízo
Parecia não temer o perigo
Costumava dizer
Que "viver é um risco"

Passarinho sem ninho
Pousava em qualquer lugar
Gostava do mais fácil caminho
Pois não sabia onde queria chegar

Trazia informação, calor, música, e poesia
Mas era tudo pura covardia
No fundo ele sabia o que fazia
Um precipício para mulheres a quem seduzia

Confessou que seu "único" medo era sofrer
Pode ser que tenha sido isso...
Só esqueceram de lhe dizer
Que sua armadilha gerava seu próprio abismo.

O corpo em uma cidade, a mente em outro planeta e o coração em outro universo. 🖤

"Não permita que abismos na alma, transformem o seu ser em escuridão. Saber ignorar as rudezas do cotidiano ajuda bastante."

Eu senti a frieza do seu olhar que atravessou meu peito como se fosse uma espada afiada infinitamente forte. Senti a distância imensa como se abrissem um abismo entre nós, mesmo que eu tentasse entender a profundeza jamais conseguiria compreender. Talvez já houvesse uma indiferença, mas, no meu mundo de amor e de afeto meus olhos e meu coração, não se permitia ver nem sentir...

Nú de pensamentos, agasalhado só de pele e querer.
Deixando tuas palavras me tatearem da forma que vierem.
Sem nenhuma derme de pré idéias.
Meu intento é te entender em um cheiro,
degustar teu frio e teu medo,
escutar tua insegurança e teu amargo,
nú olhar admirar tua timidez e tua distração.
Não existe lógica por trás dos braços dos teu abraços,
só passagem de ida e desejo de abismo.
Percebo o teu "ser" e ignoro teus "porquês".
Minha ciência se baseia apenas no que não se pode descrever.
Eu te provo e tu saboreia,
que na prática do caos dos encontros,
apenas o sentir faz sentido.

“O orgulho é que produz o tirano, e quando tiver em vão acumulado excessos e imprudências, precipitar-se-á do fastígio de seu poder num abismo de males, de onde não mais poderá sair!” (Coro)

(Édipo Rei)

Você se foi

Tudo parecia tão frio
Desde quando você partiu
Parecia mais um dia normal
Mais sua falta realmente me fazia mal

Você se foi sem explicação
E feriu meu coração
Eu tentei te procurar
Mas nada pude encontrar
Você estava ao meu lado
Agora estou arrasado

porque você se foi ....
e não vai voltar !
Estou agora em meu lugar
E ela esta em meu funeral

Ela pagou o tempo perdido
Dessa vida sem sentido
Ela busca alegria
Mas só lhe resta agonia
Ela esta arrependida
Ela busca uma saída
Agora tudo parece frio
Ela esta a um passo do abismo!

A dor ainda me assusta, mesmo já tendo cruzado abismos.

Você é metafísica pura e eu me perco entre as tuas galáxias sem pudor algum. E desfaço as malas, os planos, e até os danos para navegar entre os teus planetas. Me enrolo no teu corpo feito sutis anéis de Saturno e você atiça esse lado escuro, como o da Lua, mostrando que meu coração não é só poeira cósmica. Minha estrutura consagra, contempla e se conecta em ti, sem oxigênio, resultando em supernova. Então, quando o universo vira um cubículo chato de sólidas paredes existenciais, eu chego a implorar pelos campos de radiação de várias frequências que compõem o teu sorriso. Aí eu me pergunto por onde o universo esconde essas constelações brilhantes que habitam nos teus olhos. E me perco viajando através delas em todas as dimensões de nós. Então, o magnetismo das pontas dos teus dedos passeia entre os vãos das minhas costelas como se tentasse descobrir outro mundo. E se perde em meio a tanta oscilação de estrelas cadentes dissonantes que atravessam o céu do meu caos. Mas o tempo é avesso à minha vontade e vai acelerando as horas, os espaços e os infinitos finitos, separando cada átomo meu de cada átomo seu. E a enorme distância calculada em anos-luz do vácuo que separa as nossas almas não é tão ruim quanto te ver e não poder te tocar. Aí nossas partículas elementares são fracionadas em elétrons, prótons, dogmas e casualidades morais; fazendo o teu abraço ser apenas uma tempestade de meteoritos incandescendo um planeta distante. E você vai embora. E compete com o calor do Sol explodindo por decorrência das mudanças repentinas no teu campo magnético. E pousa no meu caminho iluminado os meus dias como se a partida nunca fosse realizada. E consegue desestabilizar todos os corpos celestes e cravar mais uma estrela de solidão na orbita do meu peito. Aí a sua matéria se mistura na minha, mesmo que nossos pensamentos transmutem em enormes espaços vazios. Através dessa atmosfera fria, o teu ar me aquece. O que eu posso fazer se gosto de como tudo no meu universo se rende ao movimento do teu universo e dos teus erros. Gosto da sensação de mundo girando ao contrário que a tua alegria me causa. Gosto da colisão dos nossos campos gravitacionais, enquanto a gente se olha e fica rindo sem noção do abismo que abriga o amor que nunca sentimos.

"não subestime os pressentimentos ou as intuições, pois nelas pode estar o caminho pra glória ou o desvio para fugir do abismo do fracasso!"

No meio do caminho havia uma pedra. Havia uma pedra no meio do caminho...Escreveu Drummond. Uma pedra não é o fim. Podemos contorná-la. E se em vez de uma pedra fosse um monte, ainda assim seria possível fazer um túnel. Difícil é encontrar no meio ou no fim do caminho uma ponte falsa que ceda ao nosso peso e nos precipite no abismo.

⁠Retorno


Te acautela com o que fizeres,
ou com o que disseres sobre alguém.
Cada palavra, ou atitude são pedras
que jogas a esmo, não dando chance
de defesa a quem julgas.
Tu sabes aquilo que ouvistes, não
importando quem foi.
Essas pedras voltam todas para ti, e
com certeza voltarão.
Quem assim age, cava à sua volta um
enorme abismo.
Conforme a vida vai seguindo, retorna
tudo o que dissestes, ou fizestes, e
tu sem mais espaço para de arrependeres,
caíras no abismo por ti feito.
Desse abismo não sei quem irá tirar=te.


Roldão Aires


Membro Honorário da Academia Cabista
Membro Honorário da Academia de Letras do Brasil
Membro da U.B.E
Acadêmico da Acilbras - Roldão Aires
Cadeira 681 -
Patrono- Armando Caaraüra- Presidente

A natureza é sempre bela, mesmo escondendo abismos.

Labirinto de mim mesma

Dentro desse labirinto
Eu vagueio sem parar
Em uma eterna procura
De um dia eu me encontrar.

E hoje eu vivo assim,
Na sombra dos meus pesadelos
Tentando entender o motivo
De tanta dor e desespero.

E essa intensa busca
Profunda amarga meu ser,
De lembrar da minha infância
Daquela criança
Que chorava sem querer.

E hoje eis aqui
Sentada nesta cama,
Escrevendo esses versos
Eu mergulho no meu ser
Nesse abismo infinito
À procura de um núcleo
Aonde mora o meu bem querer.

Eis aqui mais um dia,
Vivendo,sobrevivendo,aprendendo
Mais acima de tudo querendo
Novamente me encontrar.

A Vida é uma eterna procura
De algo abstrato
Que nem sempre
Conseguimos aqui encontrar,
Talvez o erro,
Seja nossa forma de procurar
Buscando o tangível no intagível
Só faz aumentar a procura,
E andando em ciclos
A Vida continua...

⁠A depressão é como se afundar em um oceano de emoções turbulentas, onde cada onda de tristeza parece puxar você ainda mais para o abismo.

Ansiedade em Verso,

A cada esquina da mente, dançam sombras incessantes,
A ansiedade, sutil, tece seus fios de inquietação.
É um labirinto íntimo, sem jardim, sem findar,
Onde o pensamento se perde em constante aflição.

O coração bate descompassado, respiração ofegante,
Cada instante, um mar revolto, turbilhão interno.
Na ânsia de um não ter querer, sincero.
A vida, peça onde sou figurante,
Interpretando o papel da busca pelo eterno.

Há dias em que o sol não aquece, apenas brilha,
E as noites são abismos de silêncio e dor.
A alma cansada, curva-se, vacila,
Na esperança de um alívio, um gesto de amor.

Mas, na tormenta, encontro força oculta,
Nos versos que escrevo, busco compreensão.
Na luta contra a maré, a alma exulta,
Descobrindo na poesia, a chave da libertação.

Assim, navego nas águas do ser, profundo,
Entre medos e sonhos, perda e ganho.
Na jornada de viver, só neste mundo,
Tentando, dia após dia, encontrar meu tamanho.

"Nem toda flor pois bela que seja é cheirosa, serve apenas pra desvia o foco do caminho. Inverte o quadro e nos levar a queda, nos tira do porto seguro e quando vamos buscar caimos no abismo"

Inserida por elitonoliveira1

(...)
Vaga a mente numa exaustão profunda e encontra o fim do que parece ser a tolerância, trama o plano de fundo fronteirando o inalcançável, segue o longo, estreito e profundo abismo estendido infinitamente sob o céu escarlate de poeira vermelha vagando com o vento seco levando consigo resquícios de esperança qual clama por seguir adiante e atravessar o desfiladeiro dos cânions abissais que cercam e emparedam-o aos cantos escuros das sombras geladas.
Teme os estrondos longínquos que vagam pela grande vala, das nuvens carregadas em algum lugar a despejar torrentes de águas a escavar e aprofundar valetas no solo que de tão seco não enxarca. Tempestades que ameaçam dar por fim um gole sedento e refrescante engolindo para o fundo dessa garganta todo irrelevante presente, presos, entalados, incapazes de se defenderem do tumultuoso reboliço gélido e embarrado da saliva secular que torna a jorrar dos céus para terra numa faxina destrutiva reiniciadoramente confortável.
O sol lá fora ferve e frita os que vagam num passeio infernal por entre as areias escaldantes e entorpecedoras, passos que levam o ser cada vez mais perto do fim de seus curtos tempos. Enquanto lá em cima desejam o fechar do tempo e o cair da chuva, aqui em baixo só se procura sentir novamente um confortável sopro de vento refrescante. Cansado de olhar para a silhueta das bordas do precipício, vaga procurando por algo caído, folhas, galhos, flores, sementes, qualquer coisa que alimente a esperança desconfiada da remota chance de sair dali, espera que esteja descendo rumo a um lago ou riacho, pelo menos o fim dessas paredes que o engolem mais a cada hora que passa, a cada passo que hora em hora ficam mais insensíveis à caminhada fatídica infindável do vale que engole a todos e digere até mesmo a sanidade.

Restos de carniça, abandonada, esquecida, refugada pelos livres urubus a voar tão alto que daqui parecem moscas no risco de céu que se vê. O derreter paciencioso da carcaça fedorenta vai sendo banqueteada calmamente por vermes lúgubres
habitantes isolados nesta garganta que a tudo abandona
deixa morrer
se findar
acabar
porque ela
final
não possui.
Desprovida de fim serpenteia a eterna víbora por entre o quente e desértico solo, rico em ausências e espaços, imensidões vazias que põe qualquer infeliz vivente à condenação de ser devorado mais pelo tempo que pelos vermes. Vastidão isolada de qualquer presença, tendo o uivar dos ventos no alto das entranhas como companhia, o aguardar paciente das aranhas em seus emaranhados nós tricotados com exímia destreza milenar, calmamente a espera de um inseto qualquer que por azar o destino lhe finda a vida neste fim de mundo enrolado numa teia tendo suas últimas lástimas ouvidas por um vagante tão azarado quanto ele que de tando andar no fundo do abismo já alucina e ouve lastimando a pequena criatura que alimenta o predador com suas energias, lembranças, sentimentos e sonhos nunca alcançados.
(...)

Inserida por crislambrecht