Abismo
O que você entende da dor e das lágrimas derramadas de outra pessoa? Isso mesmo, nada. Então cale-se, não julgue, não se endeusifique, não respire sua hipocrisia, seu deus, sua salvação perto de quem está a beira de um abismo, lutando para não se entregar a ele.
Não eles não entendem,esse sentimento inconveniente que mexe comigo,que me faz desentender o que se passa em minha mente.
A loucura de imaginar em te perder,não é pior que te ver sofrer,como se vc estivesse em um abismo.
Mas mesmo assim,quando estiver prestes a cair não desista,pois irei correr para segurar em tuas mãos,te puxar de volta,irei te abraçar e não vou mais soltar,nunca nunca mais.
Palavras ditas não voltam, é necessário fazer uma autoanálise sempre, pois as palavras que te levam ao topo também são as mesmas que, em questões de segundos, podem te apresentar o abismo.
Blandífluo
Como se fosse gotas de sorrisos
a garoar sobre os meus ramos secos
fez florescer poesias em meus becos
frutificar no peito regozijos...
fez dos abismos um lugar sereno
e dos venenos antídoto preciso
fez da loucura alicerces do siso
e dos meus gritos bulícios amenos
trouxe vigor ao que era sacrifício
deu mais valor aos encargos pequenos
menos assombros ao devir difícil
como um repuxo e de viço pleno
varri balouços encontrando o alívio
e pra tristura fiz somente um aceno.
Ainda estou a procura da luz no fim do túnel...
Será que ela existe?
Se existisse não aparecera para mim.
Estou esgotada, e minha alma cansada.
A única, coisa que pode me curar é a morte...
Porém eu ainda não clamo a morte, não cheguei a esse nível.
Porém sinto que estou na beirada do abismo.
Que meu corpo, está frágil e cansado, que a qualquer momento, eu cairei, e não conseguirei voltar.
Todos os dias, falo a seguinte frase ' Viva por pelo menos mais um dia, aguente a pressão' se isso está me ajudando?
Não imaginem como...
Só acho, que não posso ser mais enganada, com palavras bonitas...
(...)
Vaga a mente numa exaustão profunda e encontra o fim do que parece ser a tolerância, trama o plano de fundo fronteirando o inalcançável, segue o longo, estreito e profundo abismo estendido infinitamente sob o céu escarlate de poeira vermelha vagando com o vento seco levando consigo resquícios de esperança qual clama por seguir adiante e atravessar o desfiladeiro dos cânions abissais que cercam e emparedam-o aos cantos escuros das sombras geladas.
Teme os estrondos longínquos que vagam pela grande vala, das nuvens carregadas em algum lugar a despejar torrentes de águas a escavar e aprofundar valetas no solo que de tão seco não enxarca. Tempestades que ameaçam dar por fim um gole sedento e refrescante engolindo para o fundo dessa garganta todo irrelevante presente, presos, entalados, incapazes de se defenderem do tumultuoso reboliço gélido e embarrado da saliva secular que torna a jorrar dos céus para terra numa faxina destrutiva reiniciadoramente confortável.
O sol lá fora ferve e frita os que vagam num passeio infernal por entre as areias escaldantes e entorpecedoras, passos que levam o ser cada vez mais perto do fim de seus curtos tempos. Enquanto lá em cima desejam o fechar do tempo e o cair da chuva, aqui em baixo só se procura sentir novamente um confortável sopro de vento refrescante. Cansado de olhar para a silhueta das bordas do precipício, vaga procurando por algo caído, folhas, galhos, flores, sementes, qualquer coisa que alimente a esperança desconfiada da remota chance de sair dali, espera que esteja descendo rumo a um lago ou riacho, pelo menos o fim dessas paredes que o engolem mais a cada hora que passa, a cada passo que hora em hora ficam mais insensíveis à caminhada fatídica infindável do vale que engole a todos e digere até mesmo a sanidade.
Restos de carniça, abandonada, esquecida, refugada pelos livres urubus a voar tão alto que daqui parecem moscas no risco de céu que se vê. O derreter paciencioso da carcaça fedorenta vai sendo banqueteada calmamente por vermes lúgubres
habitantes isolados nesta garganta que a tudo abandona
deixa morrer
se findar
acabar
porque ela
final
não possui.
Desprovida de fim serpenteia a eterna víbora por entre o quente e desértico solo, rico em ausências e espaços, imensidões vazias que põe qualquer infeliz vivente à condenação de ser devorado mais pelo tempo que pelos vermes. Vastidão isolada de qualquer presença, tendo o uivar dos ventos no alto das entranhas como companhia, o aguardar paciente das aranhas em seus emaranhados nós tricotados com exímia destreza milenar, calmamente a espera de um inseto qualquer que por azar o destino lhe finda a vida neste fim de mundo enrolado numa teia tendo suas últimas lástimas ouvidas por um vagante tão azarado quanto ele que de tando andar no fundo do abismo já alucina e ouve lastimando a pequena criatura que alimenta o predador com suas energias, lembranças, sentimentos e sonhos nunca alcançados.
(...)
O auditório explodia em aplausos e eu me sentia flutuar no ar de alegria. Eu era Bacharel em Direito, finalmente. Eu era Bacharel em Direito e a vida e de repente vida me sorria. A vida era uma taça de sorvete colorido esperando por mim e eu queria devorá-lo como uma criança faminta. Parecia que minha vida começava naquele momento, naquele exato instante em que eu peguei o diploma, e eu tinha a sensação que estava diante do desconhecido, do desconhecido que era um enorme abismo que se abria à minha frente e no qual eu pulava sem hesitar. Pulava com ansiedade, paixão e fúria. Pulava como quem tem pressa de viver!
(...) cada geração sucessiva de fato apresenta um declínio, no sentido em que se encontra mais próximo do abismo.
Quem mata em nome do Estado não tem sequela,está regido por lei:é algoz oficial!A Pena de morte é lei Divina e o abismo paga!
Sereia Noturna
A Dama da Noite si nega a rezá versos,
Cantá passos
Anulá desejos
Modiqui ama o infinito abismo di Si.
E isto basta
Você não vê...
As vezes sou sombra
As vezes luz
Sei quem sou
Andarilho do tempo
Perambulando em confins
Por fim com Serafins
Querubins vagalumam
Deslumbrando os saaras
Encontro dos anjos
Sobe, desce, não esmurece
Sou antídoto
Sou apocalíptico
Sou a in'tolerância
Esmagada por muitos
Curvo, enduro, pulo
Salto os abismos
Bera em eira
Eis que estou aqui, acolá
Sou mutante, sou o eremita
Virando luz, deixando meu cajado
Olhar distante que você não vê.
Como definir o indecifrável
Seria como amar o improvável
Seu coração de pedra
Me dá mais uma queda
Me leva ao abismo
Eu vivo em perigo
Tudo isso me sufoca
Quando você me provoca
Às vezes eu quero fugir
Sem ter aonde ir
Mas você sempre retorna
E eu me perco nessa hora
Minha convicção de dizer não
Acaba em vão
E nessa confusão
Eu me perco
Eu me acho
Nesse espaço
Que não cabe mais ninguém
Só você e eu
25/12/12
Por Luciani Marcondes
Acredito que um dos maiores temores de nós, seres humanos, é o de sofrer decepções por alguém. Não há como negar que, todos os dias, estamos à beira de um abismo, porque, todos os dias, nos relacionamos com alguém. Na minha simples bagagem de vida que carrego, acredito que a melhor forma de vencer as decepções, é nos prepararmos para não esperar nada de ninguém. Amar sim, se doar sim, mas sem esperar nada em troca. Ninguém neste mundo é perfeito. Talvez aquela pessoa que a gente confiava tanto e tinha uma ideia simpática, não é tão perfeita quanto parece e daí vem a decepção. Então nada de esperar nada de ninguém!...isso simplifica a nossa vida e evita tantos sofrimentos. Pode até se dizer que é a “lei da sobrevivência”, mas é a vida!.
Se olharmos para o alto vamos ver que Jesus, que fez tudo por nós, no fim foi sacrificado e morreu na cruz. Cada um vai responder por seus atos. Portanto, acredito que não devemos deixar que a decepção domine nossa alma, levando em consideração que o amor é a base do bom relacionamento. Que Deus nos abençoe e nos ajude a lidar com a decepção, superando-a a cada dia.
QUEM DERA SE EU PUDESSE VOLTAR ATRÁS E ENCONTRAR O LUGAR QUE DEIXEI CAIR MINHA HUMILDADE E ME VESTI DR ARROGÂNCIA, ASSIM EU PODERIA ME RESGATAR DE ONDE EU NUNCA DEVIA TER SAÍDO. ASSIM NÃO TERIA PERDIDO MINHA FÉ... HOJE OLHO PARA O INFINITO E NÃO ME VEJO MAIS COMO ANTES, PERDI MEU ROMANTISMO E PRA MINHA CONTA É RISCO MERGULHEI EM UM MUNDO DESCONHECIDO PRA MIM. AGORA TENTO ME VER VOLTANDO, MAS MEUS PASSOS NÃO ME OBEDECEM MAIS! CADA MINUTO QUE PASSA ME VEJO ANDANDO EM DIREÇÃO DO ABISMO...
Ventos não trazem mais
A remissão, ainda há de vir
Da paciência dos tempos.
Foi como um disparo
Tão rápido quanto uma bala
Disparada por um revolve.
Abandonou em um silêncio promissor
Um romance que fora corrompido
De um abismo agora faz teu leito.
Infelizmente, infeliz mente...
Mente infeliz, distante, vazia.
E você?
É feliz ou apenas sorri?
Chega um momento que as máscaras caem no abismo.
E completamente completa a mente
daquilo que deixou de ser verdade um dia.
A difícil missão de guardar apenas as coisas boas de momentos ruins, muitas vezes, se torna mais fácil que conseguir superar e se retirar do abismo em que nos afogamos ao nos alimentarmos das más lembranças.
Fantasmas ou ciumes de situações inexistentes, as vezes bloqueiam grandes caminhadas, superar e olhar com bons olhos as coisas, pois nem tudo que parece ser, realmente é. Dependendo da nossa personalidade, situação e circunstâncias envolventes, o ciúme pode variar em termos de tipo e de grau de intensidade. Mas o melhor mesmo é o diálogo, a verdade e saber o que realmente existe para não darmos patadas em quem não merece. Podemos ver em grandes romances escrito por ilustres escritores que muitas histórias foram desviadas por fantasmas da cabeça dos personagens, aflorada por desentendimentos sem necessidades. Então, uma dica, antes de arremessar um tijolo na cabeça do seu amado(a), verifique se realmente a realidade condiz com sua imaginação. Não de um status ao acaso maior que o existente. Ciumes controlado é até bom para o relacionamento, pois demonstra um certo cuidado e bem querer, mas não pode exagerar, pois dai abre-se um abismo, e um casal tem que fazer pontes e abrir portas e não ao contrario. Se quer que Deus abençoe seu namoro, noivado, casamento, aprenda a ser feliz ao lado de quem você quer estar.
A incerteza e a dúvida são muitas vezes confundidas com temeridade covarde.
Mas é melhor deter-se e meditar frente
a uma encruzilhada, do que tomar de arrojo uma das estradas, que irá terminar em insondável abismo.
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