Abismo
No universo das verdadeiras e efetivas políticas culturais de governo para uma nação cultural com uma rica e invulgar diversidade artística, segue se a antiga máxima bíblica : Um cego não pode guiar outro cego sob pena de os dois caírem no abismo.
" O mundo foi girando enquanto a gente tentava ser equilíbrio, mas era eu que estava a beira do abismo.
E eu me vi em torno do mundo, tão pequena, tão insignificante, enquanto as pessoas corriam para suas casas ou para os braços de alguém. E eu nunca dei muita importância para quantos passos eu dava e o caminho que seguia… Eu apenas fechava os olhos diante do abismo abaixo dos meus pés, meu próprio caos se manifestava contra mim. É mais fácil encarar a queda de olhos bem fechados, então eu fechei. Ninguém entenderia meu caos, meus rabiscos e as minhas palavras, Essas palavras… Tudo que escrevo se dirige a você, mas dessa vez eu entendo que não é para você, é para eu mesma e tudo que me tornei. Reticências e palavras repetidas.
Mas o mundo continua girando, e eu ainda tento me equilibrar, nada me conforta, nada me acalma, mas é o meu caos que me sustenta, Além do mais, tem uma certa beleza nesse abismo, você sabe, a vista de cima sempre é mais bonita. "
Sabe, por um longo tempo achei que sonhar era algo que poderia mostrar o caminho certo para nossas dúvidas, e dúvidas as vezes traidoras, foi quando não consegui mais sonhar que percebi tudo sobre o sonho, que na verdade sonhos surreais são criados pelo nosso subconsciente para nos dar uma direção, existe sim, uma forma de sermos obrigados a tomar uma atitude, uma direção, um caminho, algo que nos tire do abismo que nós mesmos nos jogamos, as vezes achando que era a melhor maneira de alcançar nossos objetivos, ou o tão aclamado sonho, por pensar tanto em sonho é que vejo tantas pessoas depressivas, mal amadas, amarguradas, e uma infinidade de adjetivos insuportáveis para um ser humano, ninguém gosta de ser tachado de nada disso, é uma ofensa, mas acho que ofensa maior é para a vida, ter que engolir que nossos sonhos são todos uma verdade absoluta, sonhos são sonhos, o que acreditamos é o que seria o conveniente para nós, crescer, ficar maior de idade, ter nossa liberdade, viajar estudar, se formar, ser um grande profissional, ter uma linda família, e por fim morrer em paz e satisfeito, onde está o sonho em idéias tão iguais entre as pessoas, mas onde vamos encontrar um alguém que possa servir de exemplo, mesmo sabendo que poderemos encontrar, mas um exemplo, só quer dizer um exemplo, não quer dizer um caminho, quantas coisas já mudaram em nossa vida, e olhamos para trás lembrando que quando criança sonhávamos ser médico, ser veterinário, ser advogado, enfim, ser seja lá o que for, eram nossos sonhos, e não estávamos dormindo nessas horas, apenas elaboramos metas para ter um caminho a seguir, uma decisão a ser tomada, e nas horas mais difíceis as vezes e quantas muitas vezes tivemos que adiar tudo na nossa vida e planejar uma nova rota, isso não estava em nossos sonhos, e nunca tiveram, nos nossos sonhos, na verdade, só existiram formas discretas e algumas até parecendo um filme de terror, para que possamos acreditar mais, ser mais ousado mas com prudencia, não se deixando levar por nada que poderia tornar sua vida um pesadelo ao invés de fazer você andar nas nuvens como um sonho romântico com uma pessoa que talvez você nunca vá encontrar na vida, mas se você preferir aceitar que todos os sonhos são verdades, você é livre, prisioneiro sou eu nessa minha mente inquieta.
Melhor é a serenidade e esperar que Deus faça do jeito Dele; que em minha agitação, me precipitar e errando o caminho, cair num abismo, sem chance de retornar...
Suas poesias às vezes me fazem pensar que todos os seus amores foram "eternos".
Daí eu fico a me perguntar, até onde eu me entrego para não cair no abismo de um amor que jamais será "eterno"?
O COCHEIRO E A CARRUAGEM
Enlouquecida de amor e desespero
Mergulhei numa cegueira raivosa
Como cadela infectada.
Os cavalos venceram o cocheiro
E a carruagem se despedaçou no abismo.
Vaguei perdida no espaço e no tempo
Num mar de lembranças e culpa
Sem bússola, sem sonhos, sem vida.
Uma fera a beira da morte
Implorando piedade ao caçador.
Um cocheiro fraco, porém vivo
Que sarou suas feridas uma a uma e
Reconstruiu a carruagem com seus cacos.
Depois de pensar em sua desgraça
Decidiu que ele mesmo puxaria a carruagem.
Deixe-me pensar que é coisa da minha cabeça. Isso é coisa da minha cabeça. Mas preciso que segure-me enquanto fecho meus olhos, que abraça-me mais uma vez como aquela noite de sexta-feira. Não permita que eu coloque fogo nessas lembranças. Não posso fazer isso. Continue vivo.. vivo em mim. Não morra. Não posso cair nesse abismo.
A LINHA DE TEU OLHAR
Vi em teu olhar inquieto
Um olhar aguçador
Este encontrou ao meu repente
O mesmo olhar possuidor
O ponteiro passava como eu passar
Sempre, constante vivo
A espera do olhar passageiro
E na rima deste verso passado
Pincelo o olhar que pude escrever
Aquele que me cativou em sonho
Em cativeiro agora se encontra
Por medo de não o perder.
O olhar...
Penetrou-me em sã verdade
Por um instante
Deparei-me na linha oposta abismal
Como setas do Sul ao norte
Revelando-me caminhos contrários
Do frio eterno e/ou calor consumal.
Equilibro-me nesta linha imaginária
Que duvida o medo desconhecido
À espera de teu olhar
Divido esta face adjacente
Entre o abismo e teu ser
O olhar e querer
O ter ou não ter...
Willas Fernandes 17.12.15.
O meu sorriso me entregou,meus gestos também.
E meus olhos nunca brilharam tanto e eu nunca tive tanta vontade de dizer tanta coisa melosa como agora.
Mas sabe quando a gente ta tao feliz que tem medo? Medo que acabe.
Porque quando a gente ama,se joga. O meu medo talvez seja cair,pra sempre.
Mas tambem dizem que o amor é cego. E se estou caindo, realmente prefiro nao ver.
Mas com medo ou sem medo,cega ou de olhos fechados eu vou atras do amor.
Vou atrás de voce.
E se estiver lá embaixo,eu me jogo pra te buscar.
Estranho esta vivo, e não sentir isso em quando o silêncio toma conta.
Tem dias em q o silêncio se espalha por dentro de mim, assim podendo sentir como é grande o vazio q se acumulou no meu interior.
Toda vez q isso se espalha por mim, eu tento desviar minha mente, pq eu nao gosto de me sentir sozinho, vazio, mas quanto mais eu tento me distanciar, mais eu percebo q tudo q eu to sentido, é apenas uma pequena dose da minha verdade.
Isso aos poucos me mata, e me deixa mais morto do q ja me sinto estar, e quando penso em uma possível solução, a unica coisa q vem na minha cabeça foram os pequenos momentos q me destruíram, e me levaram ao abismo em que me encontro.
Talvez esse seja o meu erro, procurar uma saida por onde eu entrei; invés de seguir o meu caminho eu estou tentando voltar pra recomeçar, mesmo sabendo q o q esta feito estará cmg pra eternamente, e q nada ira mudar isso.
É da nossa natureza humana sermos hipocritas, logo possa parecer meio que bem rude minha opniao mas nós somos nojentos , vis e torpes. Somos inúteis enquanto seres vivos, predadores natos, destruidores e imperfeitos, somos falhos com Deus todos os dias e ingratos, somos o nada e o próprio abismo que tanto se prega nas igrejas na qual tememos tanto.
Sempre bate àquela vontade de desistir de tudo, e se afundar no Doritos, Coca-Cola e KitKat.
Mas depois de um tempo, as escolhas são involuntárias, já não são mais suas; você não toma mais as decisões, sem rédeas da sua vida...
O dom, o destino, os sonhos, são distintos, porém se tornam uma única essência; e essência, é uma incorporação dominadora; autoritária; mística, e sábia!
Ela é a única, que nunca deixará de acreditar, que um dia vai se manifestar, e te exaltar.
QUANDO TE VI
Profª Lourdes Duarte
Quando te vi pela primeira vez
Percebi uma distância intransponível entre nós
Aquele olhar melancólico de amor e beleza
Expressava o que tua boca jamais falou.
Com teus olhos profundamente suaves
Deixaste-me a perguntar perpetuamente
És paisagem da minha infância que aflorou
Ou alma Infinitamente intransparente.
Indago com um desejo insano
Se a vida, ainda me levará a ver-te
Serás então como uma estrela cadente
Que atirastes flechas no coração desse ser.
Apareceste-me iluminando de alegria
Enchendo-me o coração de amor
Mesmo com um sol alvorescente
Dourando a paisagem fresca
Partiste me deixando viver de amor.
Ficaste impregnado em meu ser
Escoto-te como uma melodia
Que não se sabe de onde vem,
Hoje, tenho –te em meus sonhos
Com um abismo de saudade e amor.
QUANDO TE VI
Profª Lourdes Duarte
Quando te vi pela primeira vez
Percebi uma distância intransponível entre nós
Aquele olhar melancólico de amor e beleza
Expressava o que tua boca jamais falou.
Com teus olhos profundamente suaves
Deixaste-me a perguntar perpetuamente
És paisagem da minha infância que aflorou
Ou alma Infinitamente intransparente.
Indago com um desejo insano
Se a vida, ainda me levará a ver-te
Serás então como uma estrela cadente
Que atirastes flechas no coração desse ser.
Apareceste-me iluminando de alegria
Enchendo-me o coração de amor
Mesmo com um sol alvorescente
Dourando a paisagem fresca
Partiste me deixando viver de amor.
Ficaste impregnado em meu ser
Escuto-te como uma melodia
Que não se sabe de onde vem,
Hoje, tenho –te em meus sonhos
Com um abismo de saudade e amor.
E quando a noite vem triste, incensos perfumam minha sala, então brindo a vasta tempestade de lutos e saudades.
Sempre soube que era indiscutivelmente na solidão que podemos descobrir as grandes profundezes do ser, e nela que encontra-se o abismo do pensamento.
Quando olhamos para dentro de si, descobrimos um mundo novo de sentimentos e mais grandiosamente na imensa solidão percebemos a vasta falta de grandes esperanças.
Permitir isolar-se de tudo não e fácil para o mundo atual , poucos sabem a doçura e a amargura desta experiencia, mas a grande transformação que nos presenteia vale todo esforço.
Percebemos o que não nos faz realmente falta, e o que realmente precisamos acontece naturalmente.
Há se pudéssemos voltar... Faríamos um downgrade, só para estar lá... Nas noites dos anos que passaram;então dançaríamos mais uma vez aquela canção.
Mas há um abismos intransponível... O tempo!
Como definir o indecifrável
Seria como amar o improvável
Seu coração de pedra
Me dá mais uma queda
Me leva ao abismo
Eu vivo em perigo
Tudo isso me sufoca
Quando você me provoca
Às vezes eu quero fugir
Sem ter aonde ir
Mas você sempre retorna
E eu me perco nessa hora
Minha convicção de dizer não
Acaba em vão
E nessa confusão
Eu me perco
Eu me acho
Nesse espaço
Que não cabe mais ninguém
Só você e eu
25/12/12
Por Luciani Marcondes
Asas perdidas
VOCÊ PODE ME RESGATAR?
SABERIA ME SOCORRER?
TEM O DOM DE ME CONQUISTAR?
PODERIA ME REVIVER?
O TEMPO PASSOU TÃO DEPRESSA
LUTEI PRA SAIR DO LUGAR
EU FUI ATRÁS DA MINHA META
EU QUIS AS NUVENS TOCAR
ME LANCEI DO MONTE MAIS ALTO
RUMO AO CÉU ENFIM PARTI
ACHEI QUE PODIA VOAR
ACHEI QUE PODIA SORRIR
A DOCE ILUSÃO TÃO AMARGA
TRATOU DE SE APRESENTAR
O ABISMO ERA O QUE ME ESPERAVA
O CÉU NÃO É MAIS MEU LUGAR
A ROTA QUE EU QUIS TRILHAR
O DESTINO ENFIM ALTEROU
AO INVÉS DE NO CÉU FLUTUAR
O MEU CORAÇÃO DESPENCOU
TÃO SÚBITO ELE CAIU
NO CHÃO SE DESPEDAÇOU
A TRISTEZA PARA ELE SORRIU
E SEM HESITAR LHE ABRAÇOU
DESDE ENTÃO TENHO VIVIDO
COM ESSA DOR SEMPRE PRESENTE
CONDENADO PELO DESTINO
A VAGAR ETERNAMENTE
PERDIDO POR ENTRE AS TREVAS,
O CAOS E A SOLIDÃO
CALÇADO COM O DESESPERO
DEIXANDO PEGADAS NO CHÃO
POR ONDE PASSO ME PERGUNTO
O PORQUE DESSA PENITÊNCIA
DO ABISMO TÃO PROFUNDO
DO CASTIGO SEM CLEMÊNCIA
A RESPOSTA QUE ENCONTREI
TROUXE AINDA MAIS PESAR
A IRONIA DESSA VIDA
TANTO INSISTE EM MACHUCAR
EM BUSCA DO SONHO VOEI
E O MAIS IMPORTANTE ESQUECI
AS ASAS DO AMOR EU DEIXEI
VOEI CONDENADO A CAIR
INICIEI MINHA JORNADA
EM BUSCA DO QUE EU JÁ TINHA
O AMOR QUE EU TANTO ALMEJAVA
HÁ MUITO JÁ POSSUÍA
POR ISSO SOFRO A VAGAR
POR ANTES NÃO TER ENXERGADO
EU FUI PRA TÃO LONGE BUSCAR
O QUE SEMPRE ESTEVE AO MEU LADO
NESSE ESCURO LUGAR ENCONTREI
TUDO O QUE HÁ PRA SE ENCONTRAR
EXCETO AS ASAS QUE ABANDONEI
EXCETO O AMOR QUE EU DEVIA AMAR
NOVAMENTE ENTÃO EU PERGUNTO
VOCÊ PODE ME RESGATAR?
PODE ME DAR O SEU AMOR?
SERÁ QUE PODE ME PERDOAR?
TORNE-SE DE NOVO MINHAS ASAS
ME LEVE PARA O CÉU NOVAMENTE
E EM TROCA O MEU CORAÇÃO
EU ENTREGO A VOCÊ PARA SEMPRE.
Samir Querino
O medo nos leva para trás.
Dar voltas, essa é a origem da palavra revolução, e assim vemos o mundo mais xenófobo, homofóbico, machista, dogmático.
Teóricos afirmam que estamos na pós-modernidade, em que as tradições perderam aderência e a existência precisa ser inventada por cada um.
Diante disso, vivemos uma era de consumismo e depressão, exibicionismo e solidão, fé cega e descrença.
A busca por uma revolução aponta para uma busca de referências, de um olhar para trás em busca de um conforto.
-"Na minha época a vida não era assim não..."
Todos nós já ouvimos isso, o passado parece um lugar maravilhoso, cheio de alegrias, paz e união, pois diante das angústias de um mundo livre (entenda livre como promovedor de maior possibilidade de escolhas religiosas, sexuais, profissionais, identitárias...) o pavor assume maior poder.
Se tudo é novo diariamente, tudo o que sabemos possui pouca serventia, pois o saber pressupõe coisas estáveis, para as instáveis é melhor a criatividade, o improviso.
Em um mundo medroso, resta o ódio ao medo, que se traduz por ódio a causa do medo.
E contra a corrente nos resta lutar por mais amor e mais coragem, pois com auxílio podemos sim propor uma evolução criativa e corajosa para mergulharmos no abismo, em especial no abismo que habita dentro de nós.