Abismo
Não há naufrágio mais medonho do que o do Pobre que naufraga no abismo das misérias, pelo prazer em comemorar a morte de um Rico.
Quem se precipita no Abismo dos Julgamentos, só encontra facilidade em condenar Pecados que Diferem dos Seus.
Vagueando pelas Profundezas do Abismo dos Julgamentos, acabei descobrindo não haver Pecados mais Fáceis de Condenar do que os que Diferem dos Meus!
"Como cristão, sinto um abismo entre o 'eu' que almejo e o 'eu' que vivo, e a vergonha é a ponte que os separa."
(Romanos 7:15-20; 2 Coríntios 12:9-10; Filipenses 3:12-14)
O principal papel do Anjo do Abismo (AA) é colocar as almas no fundo do poço para saírem de lá com o aroma dos demônios, para seduzirem outras almas para o mesmo buraco.
O Brasil está flertando com o abismo fiscal, dando mais importância ao pico do eu profissional, cultural e comercial do que ao degrau da humildade espiritual.
Deus tira o pé do freio quando o homem, descendo um abismo espiritual, deseja fazer a sua própria vontade.
Na minha noite mais escura,
esconderam-se a lua e as estrelas.
No fim da caminhada, no abismo profundo, vi uma luz; seu nome é Jesus.
Talvez eu tenha me empurrado novamente propositalmente para um abismo
Deixando-me levar pelo cheiro da doce adrenalina
O começo disso parecia não me afetar
Como curativo e anestesia, teu abraço parecia congelar o tempo
Como todo sonho que se acorda na realidade dura, o medo agora surge com a incerteza das palavras ditas.
"Não permita que abismos na alma, transformem o seu ser em escuridão. Saber ignorar as rudezas do cotidiano ajuda bastante."
Você é metafísica pura e eu me perco entre as tuas galáxias sem pudor algum. E desfaço as malas, os planos, e até os danos para navegar entre os teus planetas. Me enrolo no teu corpo feito sutis anéis de Saturno e você atiça esse lado escuro, como o da Lua, mostrando que meu coração não é só poeira cósmica. Minha estrutura consagra, contempla e se conecta em ti, sem oxigênio, resultando em supernova. Então, quando o universo vira um cubículo chato de sólidas paredes existenciais, eu chego a implorar pelos campos de radiação de várias frequências que compõem o teu sorriso. Aí eu me pergunto por onde o universo esconde essas constelações brilhantes que habitam nos teus olhos. E me perco viajando através delas em todas as dimensões de nós. Então, o magnetismo das pontas dos teus dedos passeia entre os vãos das minhas costelas como se tentasse descobrir outro mundo. E se perde em meio a tanta oscilação de estrelas cadentes dissonantes que atravessam o céu do meu caos. Mas o tempo é avesso à minha vontade e vai acelerando as horas, os espaços e os infinitos finitos, separando cada átomo meu de cada átomo seu. E a enorme distância calculada em anos-luz do vácuo que separa as nossas almas não é tão ruim quanto te ver e não poder te tocar. Aí nossas partículas elementares são fracionadas em elétrons, prótons, dogmas e casualidades morais; fazendo o teu abraço ser apenas uma tempestade de meteoritos incandescendo um planeta distante. E você vai embora. E compete com o calor do Sol explodindo por decorrência das mudanças repentinas no teu campo magnético. E pousa no meu caminho iluminado os meus dias como se a partida nunca fosse realizada. E consegue desestabilizar todos os corpos celestes e cravar mais uma estrela de solidão na orbita do meu peito. Aí a sua matéria se mistura na minha, mesmo que nossos pensamentos transmutem em enormes espaços vazios. Através dessa atmosfera fria, o teu ar me aquece. O que eu posso fazer se gosto de como tudo no meu universo se rende ao movimento do teu universo e dos teus erros. Gosto da sensação de mundo girando ao contrário que a tua alegria me causa. Gosto da colisão dos nossos campos gravitacionais, enquanto a gente se olha e fica rindo sem noção do abismo que abriga o amor que nunca sentimos.
Eu senti a frieza do seu olhar que atravessou meu peito como se fosse uma espada afiada infinitamente forte. Senti a distância imensa como se abrissem um abismo entre nós, mesmo que eu tentasse entender a profundeza jamais conseguiria compreender. Talvez já houvesse uma indiferença, mas, no meu mundo de amor e de afeto meus olhos e meu coração, não se permitia ver nem sentir...