Abismo
Perambulando pelo abismo, encontrei meu amor depositado em você, como uma estrela solitária no céu noturno, irradiando um amor incondicional.
Como dói
E simplesmente não faz sentido
Esse profundo abismo
Onde me perdi
Situação tão trágica
Realmente de se rir
A verdade é que não tenho mais motivo
Vivo a esmo mesmo
Sempre olhando de soslaio para a irmã mais velha do sono
Ela é realmente linda
Como nos sonhos que somos
E deixamos de ser
Por motivos fúteis
Queria te dizer...
Não lembro
Mas obrigado por tudo
Soneto das Bestas Humanas
No abismo das almas vãs e lúridas, prossigo,
Contemplando a miséria, ao ouro encoberta,
Do humano coração, qual leopardo, a berta,
Sob o peso do urso, em seu marchar antigo.
Entre visões e dúvidas, a razão fustigo,
A filosofia e ciência, em guerra aberta,
Com o olhar dos infectos, a boca desperta,
Um socorro angustiado, do abismo, mendigo.
O mundo a girar, em sua rota impura,
Com excrementos, musgos, cobrindo a lisura,
Das almas que clamam por paz e entendimento.
Nas veias do destino, o sangue escorre e verte,
E a consciência, afinal, desperta e se faz forte,
Na batalha contra o vil e torpe sofrimento.
Eu entro no abismo da minha própria mente, onde a escuridão se agiganta e sussurra palavras de desespero. Sou uma jovem perdida nas sombras da desolação, alimentando um desejo sombrio de simplesmente desistir. O peso do mundo se tornou insuportável, um fardo que me arrasta para baixo, corroendo qualquer resquício de esperança. Cada passo que dou é como uma marcha funesta rumo ao abismo da minha própria existência. A voz da tristeza me sussurra ao ouvido, persuadindo-me de que não há saída, de que a vida é apenas uma ilusão vazia e cruel. Sinto-me afundando em um oceano de desespero, as ondas geladas da solidão me envolvendo e me arrastando para baixo. A fadiga emocional é uma companheira constante, drenando minha força e minha vontade de lutar. A esperança já não é mais que uma miragem distante, enquanto o desejo de desistir sussurra em meus pensamentos mais íntimos, oferecendo uma falsa promessa de alívio.
Fechar os olhos é confiar
se entregar de peito aberto
alma leve
se jogar no abismo
coração pulsante
se envolver no abraço
corpo solto
passos incertos
aposta alta
jogo arriscado
fruta agridoce
Fechar os olhos é eternizar
o momento do enlace
a procura do instante
o tempo medido em vidas
a vida em suas nuances
no mais alto Monte ou no mais profundo abismo, não importa, pois aquele que clama ao Senhor será ouvido e o seu clamor será imediatamente atendido. Só não é ouvido aquele que permanece calado.
A da cegueira coletiva que me guia pro abismo eu abro mão.
Parti pra encontrar minha própria visão.
Desse avião que me leva pulei sem paraquedas
Quem me guia agora promete a salvação e a vida eterna
No abismo escuro da alma vazia,
Silencia-se o grito, a dor que ardia,
Respostas caladas, palavras perdidas,
Cabeças baixadas, almas feridas.
O choro preso, sufocado no peito,
Sorrisos destroçados, num triste feito,
Doentes estamos, em sombras mergulhadas,
Cascas vazias, sensíveis, magoadas.
Grito abafado que ecoa na mente,
Respostas perdidas, soterradas, ausentes,
Cabeças curvadas, envergonhadas, sem voz,
Choro aprisionado, desespero feroz.
As pessoas, cascas, reflexos do eu,
Sensíveis ao extremo, tão frágeis como o breu,
O mundo nos machuca, corrói a essência,
E nos tornamos
Sombras em decadência.
Te tive no mais esperançoso abismo das minhas convicções
Mas não pretendo me jogar denovo
Quando cai machuca
E curar não é tão simples
O idealista parte de suas crenças quebradas
Não desiste
Mas não sabe mais se é bom sonhar
Sonhar é pros fracos
Viver é pros fortes
Num abismo sombrio de desespero,
O transtorno de Borderline se abriga,
Um mar de melancolia, vazio e austero,
O amor e a intensidade numa dança intriga.
Na alma, um vendaval de emoções devastadoras,
Amor intenso, mas fugaz como a madrugada,
A valorização se esvai como sombras fugidias,
Enquanto a desvalorização inflama a ferida.
A autoestima se esvai em fragmentos dispersos,
Como um espelho partido, cacos em agonia,
A busca incessante por uma identidade.
Mas na melancolia, há um chamado de esperança,
Na aceitação e compreensão do sofrimento,
A luz tênue brilha na busca da bonança.
. Abismo elize d.c
me pergunta de onde vem toda tristeza
Toda essa minha tristeza não poderia ser de outro lugar além de mim
Toda essa minha maldita ambição
Que me gera um poço de frustração
Esse meu egoísmo de querer o mundo em minhas mãos
E carregando o mesmo em meus ombros
Fadado a viver a vida como ela é
Culpado do presente em que eu vivo
Eu me encontro no meu abismo
Houve tempos em que o abismo se perdeu dentro de mim,
Houve tempos em que amar já não era suficiente,
Houve tempos em que a confiança foi quebrada,
Houve tempos em que amigos se tornaram desconhecidos,
Hoje há tempos de descobertas, onde a gratidão e a espiritualidade tomou conta do meu ser.
O ABISMO DA ALMA
Um mal silencioso que devora
A esperança, a alegria e a razão
Um vazio que se alastra a cada hora
E consome o que resta do coração
Um abismo que se abre sem aviso
E engole o brilho do olhar
Um tormento que não tem mais juízo
E quer nossa vida devorar
Um poema que nos mostra a realidade
Da depressão, esse mal sem cura
Que rouba a paz e a felicidade
E que nos leva à loucura
Um convite para buscar ajuda e apoio
De quem nos ama e nos quer bem
De quem nos ouve e nos acolhe no seu bojo
De quem nos dá um pouco de si também
Um chamado para não desistir da vida
Que é um dom precioso de Deus
Que tem beleza, graça e saída
Para quem confia nos planos seus
William Santos
"O abismo pode representar os medos e as inseguranças que carregamos dentro de nós mesmos. E ao encarar esses sentimentos de frente, podemos encontrar respostas profundas sobre quem somos e nossos propósitos. Mas é importante ter cautela, pois assim como o abismo, nossos medos também podem nos encarar de volta e nos consumir se não soubermos lidar com eles."
A palavra bateu no rosto
e desmanchou o branco.
Emudeci.
Corei no silêncio,
ante o abismo.
O oxigênio distante
ignorou o meu sufoco.
Inventei vidas
minhas.
Adivinhei pensamentos,
em ares abstratos:
- Sobrevivi.
Em nossos protecionismos tecnológicos, nos esquecemos do abismo da insensibilidade e desconexão emocional que criamos entre nós mesmos