Abismo
Existem pessoas que arrumam desculpas. Existem pessoas que arrumarm soluções. E existe um abismo entre elas.
POESIA " INCÓGNITA NO ABISMO "
Do abismo da ilusão
Onde vivem os poetas,
Na loucura da paixão de
Um cadáver adiado ao
Lado do tempo, uivam os ventos
A lua cheia em estado de demência
Emiti na atmosfera energias
Românticas de dramas
E tramas, onde o poeta
Se engana em se perder
Estando achado...
Enquanto que embaixo dos lados,
Uma rocha firme imprime
Pegadas lentas nas terras
Que ainda o vanto no
Tempo não varreu...
De tudo ao poeta vivo
Que valeu, ficou aquilo
Que não morreu na
Intenção dos passos
De uma ação tão pouca
Por tanto tão muito
Ainda de vir...
Nilo Deyson Monteiro Pessanha
"Tem dias que eu gosto das coisas profundas, fico em pé à beira do abismo da Alma humana só para sentir vertigens.
De repente é como se eu tocasse com o dedo, a dimensão mais sublime do Universo - todos eles.
Tem dias que eu passo horas assistindo vídeos de chinês espremendo cravos, tirando unha encravada, ou passeando nas páginas das pessoas mais podres e rasas que eu conheço, só para me sentir superior, experimentar o sentimento de raiva e desprezo. Isso é tão pequeno quanto insistir em um filme idiota, só para ver a mocinha se vingando do bandido.
Não sei quantas Mirians cabem em mim, mas todas elas me surpreendem, às vezes me assustam e outras me dão tédio... então eu começo a inventar (ou desvelar) outras."
Falar de amor não é tão fácil como se imagina, pois assim como o abismo que em meio a sua escuridão esconde o quão profundo ele pode ser... É o amor que facilmente é consumido pelas incertezas de suas próprias desilusões.
Deus em sua criação não deixou de lado as trevas por serem trevas e nem a tomou de seu abismo... pelo contrário;ele fez dela uma linda noite!...
Hoje em dia quando a noite chega, é ela quem se destaca com as estrelas!.
No abismo da solidão
Fez-se a ponte da companhia
Atravessou a fase solitária do coração
E alcançou a alegria
Nas profundezas do meu coração existe passado e presente...
... entre eles vive o abismo da sua ausência!
"Eu vi a paisagem e não resisti, à beira do abismo eu gelei.
Refleti por um momento e por um eterno segundo, eu hesitei.
Não resisti, nas suas lembranças me lancei.
Lembrei-me de quando cada palavra sua, fazia-me dos seus sonhos, o rei.
Nem sobre as nuvens eu me senti tão perto do céu, como nas vezes em que te amei.
Vislumbrei a vastidão, me encantei com a beleza das coisas que o Deus fez.
Mas só vi perfeição na beleza do mundo, uma única vez.
Quando fitei os seus olhos e ali mesmo me apaixonei.
Ali, logo ali, eu não deveria, eu sei.
Mas nas lembranças, nos sonhos de contigo, uma vida, me lancei.
Eu era feliz, eu sei.
Mas na beleza do oceano, existe o seu eu profundo e aí existem perigos, eu sei.
O coração parvo, encantado, louco, enganado, não quis me ouvir, mas eu avisei.
Que seu amor era passageiro, como às nuvens aos meus pés, que a pouco narrei.
Ali em cima, eu vi o mundo, eu vi você, quem sabe Deus? Talvez.
Lembrei-me do seu olhar e como naquele dia, não resisti, eu gelei..." - EDSON, Wikney
O abismo do frio que combina com a noite e a chuva com a escuridão,
me parece uma despedida de alguma ocasião.
Escolhas
Lá estava ele, à beira do abismo. Mente impregnada pelo terror. Vozes gritando, trevas, demônios em chamas, espinhos, lama. Confortavelmente entorpecido pelo medo, olhos esbugalhados, voltados ao horizonte. Uma das mãos no bolso, roçando em um objeto metálico circular e outra agarrada numa garrafa de vidro. Pés descalços. Brisa quente.
Foi tempo perdido?
Pássaros livres voam sem se importarem com o tempo, e mesmo assim não o perdem.
A toda hora, em todos os locais, tempo é gasto, mas não desperdiçado. Pois amorfo como água o tempo é. Toma a forma das nossas dores e passam inevitavelmente dilacerando nossos sentimentos. Mas a dor é fogo que derrete o metal bruto afim de moldar a bela jóia que torna-se o homem que assimila seu sofrimento.
A mão sai do bolso com uma moeda do valor da insegurança e covardia. Por ela será decidido o destino.
Marteladas no peito.
Lançada ao sabor do vento, com o brilho da prata a refulgir a cada giro do medo, ela cai pesarosa na mão que a lançou e esta se fecha relutante em abrir, a mão verte suor e treme.
Na outra mão a garrafa vai à boca, e o fel de fundo adocicado da coragem desce pela garganta queimando a incerteza, aquecendo o coração, fluindo mente adentro, clareando idéias.
Mais uma vez a moeda ganha os ares, e sem revelar sua escolha vai cada vez mais longe para nunca mais voltar. Ao abismo ela se vai e ele escolhe a vida.
Desatino
Dias vazios
janela fechada
abismo
inunda
noites
passado
presente
cravado
em almas
@zeni.poeta
Sufocar a escuridão do abismo é uma escolha, iluminá-la é outra. O autoconhecimento é necessário para ser completo, então, nem sufoque nem ilumine-a com uma lâmpada, mas se jogue nela, seja o jovem sonhador com asas. Termine sua jornada.