Abismo
A vida é um abismo. A diferença é que enquanto uns tem a sensação de despencar como pedras, outros apenas flutuam como plumas
Amar é entregar-se ao infinito sem reservas,
a um profundo e obscuro abismo de dúvidas frequentes e
futuros incertos ... o tempo sempre é curto demais.
Amar é dar-se muito mais do que anceia receber ...
É acordar em um mundo colorido e paupável
depois de uma noite longa de sonhos vazios,
certo de encontrar uma mão segura ...
É descobrir que o mais duro dos corações também pulsa.
É ser para o outro aquilo que deseja que sejam para si
mesmo...
E em meio às tribulações ser perseverante acima de tudo,
pois não importa como tenha acontecido e sim que um dia houve amor ainda que cativo e silencioso...
Porque no fim e para os que se lembram, o amor é um perfume ...
Me jogo num abismo, num precipício de amar. Um buraco tão fundo que não há escada que me faça escalar
É como se estivesse perdido no mundo.
Com um abismo escuro no fundo,
posso ouvir o som do meu coração,
te chamando, reclamando, implorando por perdão.
Para te ter vou até o fim sem mesmo hesitar.
Posso ouvir seu nome em meus pensamentos sem parar.
Só queria ter você pra mim,
e viver essa paixão até o fim.
Meus olhos brilham ao te ver,
e eu não consigo te esquecer.
Você foi e sempre será,
aquele que me fez mais chorar.
Por amor ou não,
não sei qual é a questão;
Só o que sei,
eu te amo e sempre te amarei!
A minha fulga - Eu faço da minha mente o meu mundo predileto, ou melhor, o meu abismo e a minha escapatória. O lugar em que eu chego e esqueço da maldade humanitária, do matar pra vencer e da rivalidade cotidiana.
...Abismo D'Alma...
Do beiral
Serrada névoa
Dissolvendo ao sabor do Vento
Entronada Lua no Horizonte
Divisando os despojos carcomidos pelo Tempo
Fleuma n’Alma em Silencio
Longinquo uivo lascinante
Rasgado Instante
Braços abertos num abraço
Faz-se o Infinito
RELEVO SENTIMENTAL
Às vezes, sou um abismo tão profundo,
Que, ao olhar para dentro de mim,
Sinto vertigem – caindo-me nas entranhas do mundo.
Às vezes, sou uma planície tão extensa,
Que, ao olhar para dentro de mim,
Perco-me num horizonte vago – sem fim.
Às vezes, sou um deserto tão escaldante,
Que, ao olhar para dentro de mim,
Não sei se paro ou sigo adiante.
Às vezes, sou um planalto tão irregular,
Que, ao olhar para dentro de mim,
Embrenho-me em depressões cheias de espinhos e cipoal,
Cercadas de montanhas difíceis de escalar.
No mais das vezes, apraz-me ser este relevo,
Pois, ao olhar para dentro de mim,
Sou nova paisagem a cada dia,
Não conheço monotonia:
Se hoje sou depressão;
Amanhã, sou majestosa montanha,
Com meu olhar otimista,
Olhando o mundo a perder de vista;
Depois de amanhã, sou verdejante colina.
Com flores, pássaros e rios de água cristalina –,
Sou vida que não conhece rotina.
RELEVO SENTIMENTAL
Às vezes, sou um abismo tão profundo,
Que, ao olhar para dentro de mim,
Sinto vertigem – caindo-me nas entranhas do mundo.
Às vezes, sou uma planície tão extensa,
Que, ao olhar para dentro de mim,
Perco-me num horizonte vago – sem fim.
Às vezes, sou um deserto tão escaldante,
Que, ao olhar para dentro de mim,
Não sei se paro ou sigo adiante.
Às vezes, sou um planalto tão irregular,
Que, ao olhar para dentro de mim,
Embrenho-me em depressões cheias de espinhos e cipoal,
Cercadas de montanhas difíceis de escalar.
No mais das vezes, apraz-me ser este relevo,
Pois, ao olhar para dentro de mim,
Sou nova paisagem a cada dia,
Não conheço monotonia:
Se hoje sou depressão;
Amanhã, sou majestosa montanha,
Com meu olhar otimista,
Olhando o mundo a perder de vista;
Depois de amanhã, sou verdejante colina.
Com flores, pássaros e rios de água cristalina –,
Sou vida que não conhece rotina.
Se se entregares ao amor, pode cair no abismo ou voar nas estrelas. È racional que é lhe proporcionado uma viagem além da imaginação.
Momentos
Tem horas que o chão some e de repente nos vemos a porta de um abismo,
Abismo que não sabemos de onde surgiu.. é, temos medo, medo do inusitado, do novo e diferente. Um frio na barriga, uma vontade louca de gritar... Desespero. Chorar, eu choro por dentro, com um sorriso no rosto e a cabeça erguida, vazio. Tem horas que nem eu mesmo me entendo... Um “mix” de sentimentos e desejos. Dói, sentir e omitir é suicídio da alma. Dói. Dor e tristeza, só temos noção do que significa, depois do fracasso. E eu ainda não me entendo. Mas passa, sempre passa. Um dia, quem sabe, olhar pra trás não significará tanto assim. Vontade não me faltava, mas algo me prendia. Ainda bem. Não era, não é e não vai ser. Radicalismo exacerbado que não funciona, de fato, mas engana. E é isso que importa. Existem momentos em que acreditamos estarmos sós, e isso Dói. Aflição, angústia e medo, sempre medo. Quando olhamos pra trás e vemos os erros, como uma reprise de novela, que frisa e escancara, aonde e quando errou, confusos, entramos em um estado de pura reflexão, que por pura idiotice e metodificação, frisa cada vez mais o que deveria ser, pelo menos, deixado menos de lado. Mas analise, não é idiotice, é um instinto natural de perpetuação do sentido. Massacrar para não esquecer... masoquismo, puro masoquismo. Sabe como nós aprendemos de verdade ? na Dor. E ela é severa, não perdoa. Se tiver que ensinar, vai fazer da melhor forma. É traíra, mesquinha, injusta e impiedosa. Maldita. E quando voltamos do estado de transe e reflexão ela passa, tira umas férias ou vai visitar outra vítima. Mas volta quando tem a oportunidade. E é tão lindo quando passamos a enxergar com outros olhos, novos olhos. Olhos vividos e umedecidos por cada choro e cada aflição que por falta de treino, não foram contidas. Mas que a partir de agora, terão força para suportar uma decepção maior, cada vez maior. Por que serão fortes para não se abalarem facilmente. Eles serão. E eu ainda não me entendo... mas com certeza, o que falta hoje “nisso” que chamamos “Sociedade” é a aflição que move o coração de uma criança quando se perde de seus pais no supermercado. É a alegria de uma Senhora de idade ao receber a enorme família em sua casa, em um domingão de muita farra. É a humildade de confessar um erro e a Coragem de pedir um perdão. Tá faltando sentimento. No dia que não negarmos abraços de estranhos, não estranharmos pessoas vestidas diferentemente de nós, no dia que não ligarmos pra futilidades... não existirão mais os dias. Por que não se respeita mais o sentimento dos outros, afinal, não é o seu, a dor é do outro e de nada te atinge. Eu sou o centro do mundo e eu posso TUDO, não é? Egoísmo. Até aonde isso vai nos levar? Essa ambição de tudo querer, esse consumismo descontrolado, essa falta de consideração com o outro... E eu prefiro cada vez mais não me entender. Faço parte de uma geração despreocupada e desleixada, consumista e materialista, corrupta e injusta. Egoísta e Impiedosa. Hipócrita. Falam tanto de amar e ser amado, amam tanto em tão pouco tempo, não se valorizam, são vulgares, usam de máscaras para enganar e magoar, ou nem precisam, cativam e somem. Não sabem o que quer dizer ética, e muito menos se importam em ler um bom livro, fazer amizades sem segundas intenções, andar de mãos dadas, não sabem receber críticas...
não sabem escutar.
E infelizmente, eu faço parte dessa sociedade.
– num abismo de múltiplas máscaras: eu, meus sentimentos e minha vontade. Se cumprimentam, se esbarram, disfarçam.
Todo abismo é navegável a barquinhos de papel..."
Paro para observar: a leveza das palavras de Rosa conseguem inventar barquinhos e sonhos etéreos. Solitários e depois solidários, por isso superiores aos eventos e inventos da natureza. Sobrevivem aqueles barcos que permanecem, e aprendem o desenho das ondas. Acabam por encontrar portos seguros. Materializam-se também os sonhos tecidos em Dor e Amor.
Guimarães Rosa complementaria: "De sofrer e amar, a gente não se desfaz.
A escrita sem conteúdo nos condena, seria mais válido recorrer a um autor do que jogar-se no abismo da ignorância como parvo. Ler é uma arte, só assim escrever pode-se tornar uma obra dela.
Existe um enorme abismo entre paixão e amor. Paixão é condicional e determinada por diversos fatores, por isso sempre tem um fim. Já o Amor, bem... Esse não depende de qualquer condição e nem deve jamais te fazer sofrer.