Abismo

Cerca de 1949 frases e pensamentos: Abismo

era como se o abismo pode-se te ferir, mesmo não tendo pulado.

Almas leves não aceitam o peso de pessoas vazias,
por isso voo sem asas e quedo o abismo confiante,
não temo o solo, porque piso em nuvens sem razia,
já não mais me habito, por ti me tornei o itinerante,

Só o Nacionalismo pode salvar uma pátria do abismo

Os teus olhos são cristais que me fascinam,
Provocam os meus delírios,
Arrastam-me pra um abismo,
O seu olhar é uma esfinge que me devora,
É o fogo que me consome a alma,
Não consigo escapar do teu olhar.

Se eu sou desgraçado, não quero arrastar comigo a quem quer que seja, ao abismo da desgraça”.

(Prometeu Acorrentado)

Escrever as vezes é como se jogar em um abismo
Um abismo profundo de palavras
É aceitar a tristeza e partilhar
As vezes tem o objetivo de encontrar alguém que possa te entender
Ou que possa te salvar.

Ter coragem não é se jogar no abismo.
Ter coragem é saber ter medo.
E saber é sempre bom.

Suicídio

À beira do abismo.
Não sei se te empurro
Ou me jogo do precipício.

As vezes é necessário livrar-se da asas…
E se jogar no abismo sem elas…

No silêncio de um abismo, existem sonhos amarrotados pelos desenganos que nasceram de outra boca.

Abismo profundo

no abismo cai
onde tudo e escuro
amor ali
só se conjuga no futuro.
muito escuro muito escuro

caindo eu bati
com a cabeça em um dos muros
então eu desisti
e soltei um murmuro

eu prefiro a escuridão da noite
ao invez de um buraco sem amor
onde sofro vários açoites
até do mais raro condor

quando na escuridão da noite
eu murmurava
não sabia que aqui tão fundo
tinha menos do que esperava

escolher entre o fundo
ou a escuridão da noite
agora não e complicado
prefiro morrer
do que por um dos dois ser sugado.

JÁ REPAROU COMO O SOL PARECE CHORAR?

Se hoje pudesse pular no abismo
Falaria para ti que sinais de vida tive,
Se hoje pelo menos desistisse de ser
Lembraria pelo menos de como você me faz rir,

A minha cama desarruma fácil
Hoje mesmo acordei deitado no chão
Vi pelo menos em volta buracos na parede
Como o concreto sofre no decorrer de dias,

Bati no chão meus pés
Que nem são tão fofos mais,
A poeira subiu tão lenta e suja
Meu nariz aspirou todo momento,

Vi passar aquela menina de tranças antigas
Acho que já trocamos borracha no ginásio,
Ela passou e seu perfume sacudiu o vento
É tão triste saber que tudo acaba,

Nossa já me acostumei com o senhor do jornal
Ele podia ate ser meu vôvô,
Mas o pai do meu pai morreu bem antes
De eu apertar suas calejadas mão com verdade,

Acho que hoje o relógio vai parar
Esse tic e tac nunca me deixou dormir,
Certo que com a luz acesa perde o medo
Já reparou como o sol parece chorar?

PARADA A BEIRA DO ABISMO...

VEJO-ME CAMINHANDO A ESMO...

DIANTE DE VÁRIOS CAMINHOS...

OLHO PARA TRAS... O PASSADO...

SORRISO ESTAMPADO...

ORGULHO VELADO...

OLHO PARA OS LADOS...

CAMINHOS TORTUOSOS...

CHEIOS DE ALEGRIAS E TRISTEZAS...

PERDAS E GANHOS...

DECEPÇÕES E SONHOS...

E ASSIM MESMO...

COM O CORAÇÃO CHEIO DE ESPERANÇAS...

MAS COM O ABISMO A MINHA FRENTE...

O VAZIO ME CHAMA...

PEDE E CLAMA... MINHA ALMA...

TOTALMENTE DESCRENTE...

PERDI A ESPERANÇA...

QUE TRAZIA NA LEMBRANÇA...

AGORA VAZIA ME ENCONTRO...

PERDIDA NO VÁCUO...

SEM SONS... NEM PALAVRAS...

QUE ME FAÇAM VOLTAR...

PARADA PERMANEÇO...

INEXPRESSIVA... INDECISA... PERDIDA...

NUM ÚLTIMO MOVIMENTO...

TE PESÇO A SUA

CONFIANÇA, QUE ME APOIE

E ME ESPERE SEMPRE

PRA QUE EU POSSA

SEGUIR .

El abismo y el Ángel

No huyas : mira a la Esfinge fijamente a los Ojos
Vacíos como los tuyos . Pues la Esfinge Eres Tú.
La pregunta Eres Tú y la Peste Eres Tú,
El exilio, La Ceguera, no son volátiles u póstumas
Cenizas sino el oscuro túnel que oculta los designios
Que los cruentos azares quisieron para ti.
No huyas : Espera. ¿Qué ? El descenso, el descenso,
Siempre el descenso hacia lo in-luminado,
No hacia lo abierto pues todo “Ángel es terrible’
Y solo por su benevolencia reinas en la tierra.
Pues el podría destruirte. Un poco más :
¿ la furiosa simiente
De que surge tu sombra, no lleva impronta de los Ángeles ?
Haz construido tu morada al borde del abismo,
De desatendidas plegarias y preguntas blasfemas
Y sabes que después del silencio y el exilio tremendo,
Nada redime al hombre del peligro y el peligro es Abismo,
Ser libres, ser libres y henos aquí, ciegos
Y solitarios mendicantes después de las tormentas
Y borrascas que trae aparejada la razón.
Un poco más : El Abismo es Ojo que te Observa.
Un solo sí y escuchará el llamado
Y en ese instante mínimo y perfecto comprenderás
Al cabo que solo tú y el Ángel que te habita,
Son el sombrío abismo del que pendes.

OS PÍNCAROS DO ABISMO




Ao sucumbir ao sono,
Perco-me na viagem
Á espiral de dimensões intoleradas, insones:


Lá,
Digladio-me com antigos demônios
Que, até então,
Pensava pairar sobre o céu
Do crepúsculo dos íntimos infortúnios hediondos.


No entanto,
Pungentemente,
Descubro que,
Em mim,
Eles jazem,
Latentes, silente
E continuamente diurnos:


Esperando pachorrentamente
O átimo conciso
Para que me induzam
A ir á sua arena do sodômico
Feitiço.



Porém,
Para meu próprio espanto,
Suplanto-os a todos os meus endógenos inimigos indômitos:







Contemplo-lhes impávida e destrutivamente
O fundo dos olhos que destilam
O veneno pérfido da naja
--- Mortífera! Mortífera! ---



E com o êxito,
Uma sucessão
De vagalhões de êxtase
Acomete-me e me transmuda
Em altaneiro arvoredo,
Tsunami de néons, orvalhos
E perpétuas neves do nirvana
Fazendo aflorar-me
Na soturna face
A quietude, a fleuma,
O saber caminhar e atravessar a difícil embocadura
Que não me deixa cair no abismo do ermo
E me leva direto ao lendário reino
Onde mora a benfazeja sabedoria de Buda.



Ah, não mais que subitamente,
Acordo deitado no chão da varanda
E debruço meu olhar sobre o sol
Além das nuvens guarnecendo o céu,
Além da cadente chuva:
Aí, deslindo o segredo
Para me manter imune
Ao inexorável poder
Da sua chama voraz
A arder frações opulentas da vida
Em molde de onipotentes rochedos
Á natureza da indissoluta sílica.









Posso drapejar sem comedimento,
Mas sinto ânsias de remorso
Por estar sobre o senhor dos píncaros
Da infinita felicidade insubmissa, arredia;
Enquanto a maciça maioria
Fica ao jugo do malsão sabor
Do interminável oceano de esquizofrenia,
Tornando pensantes vidas
Em miserandos chapados, cativos da larica
Da mortuária alegria.



Embora tente contumazmente
Alertá-los, fazê-los,
De todas as maneiras
filhas da poção da dinâmica
Da dialética lógica, sempre perfeita,
Enxergar a emancipadora centelha,
Eles, enleados nas malhas
Do engenhoso sortilégio maléfico,
Confinam a sua visão em lentes
Herméticas do desdém.


Afinal,
Sob o efeito desta tétrica epifania,
Decido voltar á arena
Do malévolo feitiço
A fim de me entregar,
Espontaneamente,
A meus dianhos,
Eternamente famintos:
Loucos para devorar-me
A suculenta ruína do idealismo.


JESSÉ BARBOSA DE OLIVEIRA

Me falta Rumo no escuro e a luz do Desespero me leva ao abismo, mas ainda tenho forças : me nego, RESISTO!

E se eu escrevo o que sinto, é que a palavra tem o condão de me retirar do abismo em que por vezes me encontro...

Por um fio...O Senhor é o fio que nos segura à beira do abismo.

Cada um de nós caminha beirando o abismo que traz dentro de si próprio. Somos o nosso céu e o nosso inferno.

Desistir da felicidade
Pulei do barco da vida
Naufraguei na solidão
E no fim de um grande abismo
Encontrei-me
Foi lá na solidão
Que descobri que nunca estive sozinha
Foi lá na solidão que encontrei companhia