Abandono
Aquele que abandona o barco que, de modo consciente, desejoso e irreversível, abdicou de si mesmo, não é um rato; é um ser que tem a lucidez, intuição ou comando biológico de que os organismos vivos estão estruturados para buscar o máximo tempo da melhor vida possível.
Duas certezas
Só tenho essas duas certezas:
A ansiosa certeza do não saber
Até quando hei de permanecer
Na escuridão que ainda habito
Diante do vão tentador da janela
Calado como o silêncio.
E a covarde certeza de saber-me ameaçado
Não pela perigosa lida do vento
Da chuva, de corujas ou de ladrões
Mas pela luz inofensiva que há além da janela
Onde mora a mais dura das minhas certezas
A que evito cegamente
Cega certeza da sua ausência.
Domarei meus instintos,
A mulher que sou
Não ditará mas as regras,
Sentimentos
Sufocarei na mente
Desejos,
Venceu o abandono,
O desprezo que me deu.
Que me perdoe os sonhos
Que me desculpe as emoções
De hoje até onde eu for,
Serei eu,
Dona de mim.
Quando ela me deixou,eu senti que uma parte do meu coração ganhou vida própria e rasgou o meu peito e saiu caminhando em direção a uma estrada sem volta,e a sensação era a pior possível a de que tudo estava perdido ou caindo sobre um abismo.
Talvez uma pessoa seja abandonada por não estar conectada com as notícias e ou fofocas do momento. – talvez seja abandonada, deixada para trás, por não ter em si mesma as expectativas que de fato se espera nela. – essas expectativas são muitas e são transformadas em exigências, que, por vezes, difíceis de serem preenchidas.
Ora, quem nunca foi abandonado na vida? – Essa é a tônica do momento. – talvez seja o meio pelo qual as pessoas possam encorajar-se a abandonar alguém ou superar o abandono deliberado por outrem sobre sua vida.
Contudo, parece que abandonar, deve ser muito mais preciso do que ajudar alguém numa condição desesperada / desastrosa, porque, quando o abandono acontece, há também um lavar das mãos quanto àquela medonha situação.
O que quero dizer com tudo isso é que, estando você onde estiver nesse momento, não abandone ninguém. – ajude a quem pede. – não se desvie de quem precisa de você. – se não tem condição para ajudar, pelo menos fale alguma coisa em prol, solte um sorriso sincero e amigo. – lembre-se, a tecnologia é mais uma invenção humana. – não abandone sua mãe, nem abandone seu pai, nem a sua filha, nem seu filho, nem sua mulher, nem seu marido, nem sua sogra, nem seu sogro, nem seu vizinho, nem sua vizinha, nem o porteiro do seu prédio, nem o faxineiro da sua empresa, nem o entregador de pizza, nem o entregador de móveis, nem o padeiro, nem o dono da padaria, nem o amigo, nem o inimigo, nem o primo, nem o tio, nem o sobrinho, nem o passarinho, nem a poesia, nem a música, nem o estudo, nem a ignorância, pois, até na ignorância podemos encontrar um pouco de sabedoria, nem o gato, nem o rato, nem o pato, nem a galinha, nem o cachorro, nem o periquito, nem o pobre, nem o rico, nem o negro, nem o branco, nem o bom, nem o mau, nem o bem, nem o mal, nem a leitura, nem a preguiça, nem a infância, nem a velhice, nem a juventude, nem a vida adulta, nem a fala, nem o choro, nem o riso, nem o olhar, nem o toque, nem a tristeza, nem a alegria, nem o sonho, nem a realidade, nem o mineiro, nem o baiano, nem o paulista, nem o goiano, nem o nordestino, nem o africano, nem o carioca, nem o soteropolitano, nem o que fala, nem o que fica calado, nem o que brinca, nem o que é sério, nem o que pede, nem o que dá, nem o que faz, nem o que espera, nem o que pode, nem o que não pode, nem o feio, nem o bonito, nem o sem pudor, nem o que é casto, nem o sadio, nem o deficiente, nem o endinheirado, nem o que mora embaixo de uma ponte, nem o bravo, nem o manso, nem o brincalhão, nem o briguento, nem... nem...
Decepciono-me com as pessoas que desistem fácil, descartam amigos, e mentem para si mesmo; não seja covarde, encare seu conflitos, enfrente as situações adversas, não abandone seus ideais, organize seus pensamentos, e afaste o medo do novo, abra-se para novas oportunidades ainda que pareçam impossíveis, coragem e determinação fará de você uma pessoa bem sucedida!
Ser abandonado que não vê
crê ou prevê sua jornada
Já o ser feliz e envolvido
quer soprar o amor
Deixar-se aparecer
reverter o temer
A corrupção humana é a consequência natural da rebelião do ser humano contra o seu Criador.
A confecção e adoração de imagens são formas das mais gritantes de corrupção da fé humana para com Deus. Implicam em infidelidade, desvio e abandono do verdadeiro Deus.
Iridescência
O que é a vida se não um enigma
Um jogo de esgrima sem vencedor
O que é a vida se a gente não finda
De uma vez por todas o que começou
O que representa esta grande impotência
Da loucura desvairada
Que teu pai te proporcionou
E em qual esquina esteve marcada
Esta promessa que tu nunca concretizou
Nesta eloquência desvairada
Encontrei meu salvador
Entreguei a ti, tudo que de mim sobrou,
Não que fosse muito, sei, sou quase nada
Mas se nada sou, eis-me aqui entregue
Torcendo pra não ser tomada,
Ainda assim, cá estou, abandonada,
Desejando-te da alma à epiderme.
Porque sim, tenho mil amigos
Uma estante repleta de livros e Cd’s
Sim, tenho mil e um escritos,
Mas só um poema é sobre você
E este tem-me sido um companheiro incansável,
Na batalha das decepções que o presente da vida veio a ser
Desde então colmei-me de difíceis escolhas e percebi
Nada mais será bom o bastante sem a dádiva de te ter.
Nada sou perto de tua iridescência admirável.
Conheço uma única pessoa
Capaz de emanar todas as cores mesmo sem permitir
Tens sido excepcional ao ponto de me refletir.
Pois sei, é preciso arriscar pra se libertar,
Prometo estar aqui enquanto decidires ficar.
P.S: Fica!
Thaylla Ferreira Cavalcante
Não me lembro mais do seu cheiro, seu sorriso, não me lembro como era caminhar de mãos dadas contigo.
Não me lembro do sentimento que alimentava por você, da razão pela qual me apaixonei, pela qual te entreguei minha vida e me privei de muitas coisas que me faziam bem. Quem é você que divide um teto comigo, mas hoje não passa de um estranho pra mim. Por quê me abandonou assim?
Eu só queria o carinho dela, poder deitar em seu colo sabendo que é só minha....
Infelizmente as pessoas gostam de encher as outras de esperança e depois ir embora, pessoas que não sabem amar, machucam as que sabem...
Não sou de deixar "gente" pelo caminho da vida, muitas delas é que optam por seguirem direções muito diferentes e com outras pessoas. São as escolhas e circunstâncias da vida! Isso faz parte do viver!
A livre escolha é um direito sagrado de todos, e respeito o livre arbítrio, porém, depois, não posso ser cobrado pelas decisões tomadas por essas pessoas que, em alguns momentos, fizeram parte da minha caminhada pela vida!
Estarei sempre disposto a recebê-las, novamente, ao meu lado ou até disposto a mudar meu caminho para ir ao lado delas, se eu entender que existem outros caminhos mais consistentes!
Mudar e aprender a desaprender é a prática da sabedoria!
Ainda na Praça do Russel encontro com 'Biafra' 7h25. Pode ser visto bem cedo com uma espécie de lata de tinta - um pouco mais profunda - onde guarda suas coisas conectada a um pneu de bicicleta, que serve como uma alça para carregar sua bolsa no ombro.No meio da tampa, vejo colado uma foto do cantor Biafra. Tudo toscamente feito. Ou nem feito. Biafra aprendeu a não descartar as coisas tão rápido. Por isso, seu latão, ou melhor, sua bolsa, é composta também por uma série de pregos martelados ao redor da tampa, dando a forma da desgraça. Nos espaços entre os pregos, observo formigas num entra e sai como se o latão fosse um apartamento de formigas. Ele diz: "Ah se elas comerem toda a minha maça. Tive que usar os pregos como solda, e meu baú deixou de ser impermeável", justifica. Pergunto se ele pode abrir seu armário para eu observar melhor. "Minha vida é um livro aberto, pegue você mesmo". Abro o latão e uma camisa do Botafogo, número 7. Em seguida, formigas. Logo depois, a maça, um pente, uma faca pequena e uma carteira do exército com sua foto, 19 anos, servindo no Forte de Copacabana. Apenas isso. Pergunto sobre a blusa do Botafogo enquanto guardo tudo novamente no latão e ele responde: "Não gosto de futebol. Achei essa camisa jogada no aterro e peguei". Pergunto sobre o pente: "Tem uma moça que gosta de mim, e como não sei quando ela aparecerá novamente é bom estar sempre com ele aí." Não pergunto sobre a maçã, pois, por precaução, já me antecipo: "você não tem cara de assaltante Biafra, ou, se tem, agora não tem mais porque sou eu, então a maçã é pra comer e a faca pra cortá-la. Ele nada responde. Pergunto sobre a foto do Exército no Forte de Copacabana e ele diz que é apenas uma foto. "Isso aí é melhor não lembrar". Pergunto se ele deseja que eu coloque novamente as formigas no latão e tento quebrar uma potencial lembrança ruim. Ele reponde então que poderia fazer um latão pra mim, pois teria me achado "um cara legal" e "diferente". Digo que meu negócio é mulher e ele cai na risada. Mas, depois da brincadeira, observo a mega elefantíase ou algo que não seja menos do que isso em uma das suas pernas. "Pô, Biafra, e eu que sou diferente? O que você arrumou aí na perna, cara, já foi num hospital?" Ele reponde: "Fui no Rocha Maia, UPA, num monte de lugar e todo mundo olha e diz que tenho que ir a outro lugar. Desisti faz tempo, Ninguém encosta." Digo apenas "entendi" e sigo meu caminho. Fato é que nunca mais conseguirei escutar as palavras lata, latão, tinta ou latas de tinta, e não lembrar do Biafra. Quis tocar no assunto "Deus", mas só deu tempo de escutá-lo dizer que é algo difícil de acreditar. E completou: "Não pra você rapaz, e sim pra mim". Possivelmente não terá nem um enterro em cova rasa pago pela municipalidade, pois a mesma não quis nem tratar a sua perna. Uma coisa, porém, é certa: irá para o mesmo lugar onde vão os reis de verdade.
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