Abandono
Educar é como catar piolho na cabeça da criança.
É preciso que haja esperança, abandono, perseverança.
A esperança é crença de que se está cumprindo uma missão;
O abandono é a confiança do educando na palavra;
A presença é a perseguição aos mais teimosos dos piolhos, é não permitir que um único escape, se perca.
Só se educa pelo carinho e catar piolho é o carinho que o educador faz na cabeça do educando, estimulando-o a palavra é pela magia do silêncio.
Ser educador é ser confessor dos próprios sonhos e só quem é capaz de oferecer um colo para que o educando repouse a cabeça e se abandone ao som das palavras mágicas, pode fazer o outro construir seus próprios sonhos. E pouco importa se os piolhos são apenas imaginários
Paixão, no seu surto, quando se associa à transgressão, à traição ou mesmo ao abandono, sempre crê que todos os impossíveis, dessa vez, serão possíveis.
EL ABANDONO
a Graciela Maturo
Poema de Oscar Portela
El cuerpo me abandona lentamente.
Los ardores de fragua del verano.
El tortuoso invierno. La recelosa cobra
Del deseo oculta en madriguera.
Los colores minados por la ausencia
De la piel renovada en staccato de cada primavera.
El oro en las arenas y el sueño, el sueño
De quien entra a la presencia como a un bosque de
Símbolos donde no estabas tú. No es un arca mi cuerpo.
No es chalupa siquiera: siniestrado por las tormentas
Y huracanes, siempre en desiertos, ¿como podría
Salvar algo de lo queda en la memoria de aquel
Pajaro Azul que ayer cantaba en mis ventanas?
Ah, llévame contigo hacia el poniente donde nada
Se pone, traspone el horizonte, piérdete entre las nubes
Más lejanas, atisba entre las cifras donde tal vez
Los ángeles arrullen el silencio de Dios.
¿Volverás a la tierra? Tal vez el pino enhiesto en la colina
Te espere como el rayo y el amor que te abandona ahora
O que nuca tuviste encuentre asilo entre sus ramas
Cuando lo yermo cede y en tus ojos vuelve el lapacho
A florecer serenamente.
Oscar Portela
Abandono
Esse sentimento que me consome
que toma conta do âmago,
Torna os sonhos impossíveis
e os amores invisíveis.
Esse sentimento que se edifica
forte em si mesmo.
Que torna o mundo salgado
e faz da terra braços quentes.
Esse sentimento que anseia
pelo seu próprio estopim.
A sensação de negligência
que parece nunca ter fim.
À tudo isso chamo de
Solidão.
Mais que uma dor de despedida, que uma dor de abandono, que uma dor de esquecimento, a dor que por mim a todo instante aflora é a dor de um silêncio.
"Você"
Hoje sinto-me só, neste abandono
que põe na alma da gente um não sei quê...
Para dentro dos olhos vejo o outono,
paisagem cor de cinza e esse ar de sono
que em plena primavera ninguém vê...
Não é tristeza propriamente: é esplim;
nem sei se é esplim: é um sentimento vago;
hoje sinto-me só, sinto-me assim
como a flor que lá fora no jardim
a aragem despetala num afago...
Finíssima neblina há no meu Ser
e em minha alma tristíssima faz frio,
- se lá fora há calor, e ouço o prazer
cantando na alegria de viver,
por que no meu destino esse vazio?
Hoje sinto-me só e há uma tortura
nessa profunda e impenetrável mágoa...
Minha vida é uma sombra... é uma figura
que se debruça numa noite escura
no olhar parado de uma poça d'água.
Hoje sinto-me só... e faz-me mal
ficar só, quando a noite está tão calma. . .
Quanta gente infeliz, sentimental,
sentirá, com certeza, uma ânsia igual
à que eu sinto rondando na minha alma...
Pela janela aberta entra o bafio
morno, de um ar que embriaga e que perfuma;
vem da sombra um rumor, um murmurio,
talvez, - quem sabe? - passe adiante um rio...
Mas bem sei que não passa coisa alguma...
Esse rumor que chega aos meus ouvidos
que impregna o ar assim, esse rumor,
é a canção de mil beijos escondidos,
de lábios entreabertos e vencidos
que se procuram na ilusão do amor...
Eu sei bem por que sofro e o que eu almejo,
minto afirmando que não sei porquê,
- falta uma boca para o meu desejo,
falta um corpo que eu quero e que não vejo,
Falta, por que não confessar?... Você!
Não me entreguei. Não fui inteira. Fui inteira sim, mas foi com o menino que hoje abandono aos poucos. Fui inteira e mostrei minha verdadeira face. Carente, mimada e apegada em tudo. Usei máscaras no começo, mas depois deixei para lá. Mas ele não me aceitou assim. Me abandonou depois de algum tempo. Me deixou sozinha. Sem meninos estranhos, com o coração vazio, com a minha dieta maluca e o pior de tudo, sem ele. Meu sonho. Aí, era tão doce, tão puro.
Deixe uma veneziana semi-aberta não haverá inércia, nem abandono. Existirá, sim, um turbilhão de sentimentos profundos confirmando que todo mundo é igual a todo mundo.
Eu entro na sua vida, é só me pedir. Nem precisa de jeito certo, só dizer e eu vou. Eu abandono tudo, história, passado, cicatrizes. Mas você tem que me prometer que todo esse sonho não vai ser à toa, que vale a pena. Que por você, por mim e principalmente por NÓS vale a pena.
ABANDONO.
Eu deveria ter deixado você ir aquele dia, talvez eu não iria sofrer tano quando agora. Estou sozinha, meu mundo me deixou quando eu mais precisava de apoio, mania que homens tem de ir embora quando deveriam ficar aqui calados, mais aqui. Quando eu acordei essa manhã no meu quarto só enxergava você, só tinha coisas sua. Seu moleton estava lá na cadeira do computador, dormi abraçada com o ursinho que você me deu. Vai ser dificil esquecer você, e pra melhorar tudo o mundo resolveu não me ajudar também. Saio nas rua e só ouço seu nome por ai. Me tornei dependente demais de alguém que me prometeu amor além da vida, o amor? esse não durou nem metade. Sempre quis ser melhor para te agradar e não te perder nunca, sempre quis realizar seus desejos, sempre quis ser a mulher que você procurava apoio, sempre quis você(...) E SEMPRE ESQUECI DE MIM.
Se um dia eu tivesse usado os conselhos recebido, hoje você estaria indo embora e eu estaria sorrindo mais não, eu insisto em ser a tola que acorda todas as manhãs com os olhos inchados e olheiras profundas. E infelismente, eu sei que se você pedisse pra voltar eu te aceitaria novamente, e não mudaria minhas atitudes em nada. Me dói não ter amor próprio, amar somente você não era o que eu planejei em minha vida, mas se aconteceu só me resta superar(...) ou pelo menos tentar!
Parece que você não gosta tanto
assim de mim
Me sinto um cão sem dono
nesse abandono, cadê você aqui
Essa dor
que você me deixou
de abandono
tirou o sentido da palavra amor
secou minha alma
essa dor, essa dor,
que dor? que amor?
tudo parece ilusão
Vítima
Fui vítima do meu próprio abandono
neguei o sono pelo claro da incerteza
tanta beleza desaguando em outro dono
e o outono disfarçou toda tristeza.
E as vezes,bate uma solidão, um abandono tão grande e tão dolorido! E você se arrepende por não ter agido, não ter falado. Por não ter abraçado, acariciado, acalentado! E consequentemente, não ter sido abraçado, nem acariciado, e nem acalentado! Mas você insiste em não se permitir.Acredita que demonstrar afeto te coloca como frágil,fraco...E assim,você realmente consegue se enfraquecer,se fragilizar,pois fica sempre tão carente...
Não sei se o que estou sentindo
é solidão ou tristeza.
É uma estranha sensação de abandono.
É como se eu sentisse um silêncio
tão profundo, mas tão profundo,
que não apenas me sufoca, mas me entorpece.
Chego a não sentir meu corpo.
É um imenso nada...
Uma imensa solidão morna e quieta, não palpáve, entende?
É um sentir estranho.
Quero e preciso sair desse torpor,
dessa inércia, desse nada...
Encontro no silêncio da noite o abandono das palavras, a perca do irreal, a poesia se desprende do poeta, o sonho se faz acordar, me perco na lucidez de um mundo onde sou mortal. Procuro todas as noites, por um sinal, de uma chama que me aqueça e que me remeta aos mesmos sonhos de um infinito em minhas mãos, uma procura sem fim..
Abandono
As flores estão pelo chão
Estáticas e frias,
Sem cor e cheiro estão
Esparramadas nas noites e dias.
No transeunte que passa,
Com alheio tom,
Num vai e vem sem graça,
Não existe nem um gesto que o deixe bom.
E as flores continuam pelo chão
Mortas, sem viço e sem nada
Vazias, sem luz na escuridão.
São flores sem alma, abandonadas.
Trazidas pelo vento, no vão
Dessas coisas cotidianas, sem alegria.
São apenas flores pelo chão,
Sem vida, sem cheiro, sem poesia.
02/setembro-2000
Arriscamos o abandono do nosso jardim de certezas, jardim de risadas, de mimos. Tão nossos. Sim, eu e aquele moço tivemos muitos. De todos os timbres. De todos os jeitos. Caras e bocas. Éramos festa. Fazíamos uma, juntos.
E me vem surgindo você dentro de mim, forte, resistente em meu coração, em meio a todo o abandono que sua ausência física me traz
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