Abandonado
E eu, de novo, sozinho, abandonado, sentindo pena de mim mesmo. Coração em frangalhos, sangrando torrentes, olhos vermelhos de chorar. Pranteando um amor que findou e que só deixou tristeza e dor. Um amor não compreendido, não correspondido, apenas aturdido pela falta de reciprocidade e respeito. E assim acabou. Um amor de vinte e um anos terminado, reduzido a nada a não ser dor e magoa. Mas ao menos acabou. Não ficou nada a se resolver. Foi posto um ponto final. Agora é recomeçar. Deus me ajude!!!
Os vãos cotidianos
Há um vão enorme e minúsculo,
abandonado, excluso,
ou apenas vão...
Para aonde as boas ideias
muitas vezes se vão.
Entre portas e paredes.
Entre meias e sapatos.
Entre um azulejo e outro.
Entre o portão azul e o vizinho.
Entre o carro e o asfalto.
Entre a melodia e o refrão.
Entre a água e a torneira.
Entre as coisas do dia-a-dia
cabem segredos, mistérios,
besteiras, poesias,
ou apenas poeira.
Nos cantinhos abandonados
dos nossos dias
cabem também desejos
já largados e desacreditados,
mas ainda desejados.
Entre a razão e o sentimento,
nesse tênue vão,
que entre a sabedoria para guiar
no momento de uma importante decisão.
Para que o pobre indivíduo
não fique preso
entre o pensamento e a ação.
Me sinto a ovelha desgarrada, me sinto abandonado, trocado.
Me sinto como uma causa perdida, um sonho não realizado.
Me sinto como um verão sem calor, um inverno sem frio.
Me sinto uma primavera sem flores, me sinto vazio.
Eu tava na corda bamba de um circo abandonado, mas me veio você atrevido com um foco e um violão. Me levou pra um quadro enfeitado, sem pó, nem poeira e com direito a moldura de cristal. E eu me perco nos teus olhos toda vez que tira aquela canção, aquela que dá nó na garganta e vontade de ficar pendurada na parede do seu quarto, nem que fosse com moldura de isopor.
Se um dia você estiver abandonado em uma sargeta, olhar para cima e ver uma linda princesa na janela de um lindo castelo, saiba que aquela mulher já foi sua e que o castelo foi construído com as pedras que você atirou
UM CÃO EM MEU PESADELO
Pelas ruas eu vi abandonado
Um cão abstrato e zangado
Do lado um jovem desamparado
Olhando para o animal perigoso
Correu pela calçada soando
Atravessou na frente dos carros
Do lado viu outro animal
Não teve jeito, logo passou mal
As forças acabaram no sinal
Sobre duas cabeças perigosas ficou
Correndo deu de frente ao hospital e parou
Logo ali ele entrou
Der-repente inúmeros cães o abordou
Após três segundos, do pesadelo retornou.
DUAS VEZES TRAIÇÃO
Você chegou em um momento
em que meu coração estava
abandonado e esquecido
por alguém que só quiz me
usar e nunca me amar.
Agora ergo minha cabeça
e estendo minhas mãos
em com um leve sorriso
você me acolhe e com um
toque suave de corpo a corpo
que me aquece e me envolve
com o calor do teu abraço.
Logo perco a noção de tudo,
recomponho me em silêncio
que explicitamente clama o seu protestar.
Será você o meu amar?
Será você o meu viver?
Ou será você o meu outro jeito de sofrer?
Meu caminho não é seguir o teu caminho
é tentar encontrar forças e apagar
o que já foi percorrido até o momento
que tu me abandonastes.
Sendo assim te perdoo e te deixo viver,
mas antes que me arrependa te castigo
com o sofrer.
Eu me sentia perdido, não sabia oque fazer, abandonado esquecido sentia que nada podia me resgatar, até que minha sorte foi te conhecer, seu carinho me mantia aquecido, minha vida aos poucos começou a se renovar, com seu jeito de quem chegou de mansinho, mais veio pra me mostrar, que a vida tem sentido e eu percebi por que agora eu só quero te amar...
Não espere ser abandonado para entender o abandono. Pode ser que nunca vão te abandonar. Você pode passar por essa vida sem ter uma das lições mais urgentes da vida. E isso é triste.
As folhas que cairam da árvore descansam sobre o lago, o barco abandonado descansa sobre o lago, o céu descansa sobre o lago... essa foi uma foto perfeita.
No Recanto Abandonado
O sol ardido no meio da tarde pulsando sobre a cabeça despreocupada de quem anda pela secura do chão como se fosse um carneiro. Um caminho aleatório tomado em meio à grande planície vasta carente de vegetação, perdida entre serras e serrado, sob o céu azul sem nuvens estalando o capim marrom, que se mistura ao vermelho do chão qual o vento sopra poeira no horizonte camuflado pela distancia.
A boca seca, sedenta por um gole d'água, seca cada vez que o cigarro de palha é tragado insaciavelmente para dentro dos velhos pulmões batidos dependurados entre as costelas salientes da esguia figura andante. Muito ao longe ouve-se o ar calmamente balançando a fantasmagórica dimensão de terras infindáveis que estendem-se preguiçosas por quilômetros trazendo o som de alguns insetos perdidos e pássaros solitários á caçá-los.
Embriaga-se de espaço, de tempo e altas temperaturas. Cambalea-se pisando sobre as pedras soltas, esqueletos de outras terras, outros tempos. Vê turvamente uma sombra dançando à frente, uma pequena árvore avulsa tomando o eterno banho de sol do verão sem fim no mundo esquecido onde ninguém vai. Sentindo-se convidado a sentar-se à sombra, automaticamente tira mais um pouco de fumo e vai enrolando mais um longo palheiro, que é apetitosamente devorado em seguida.
Junto ao estreito tronco, sentado, magro, fumegando um rastro de fumaça aos céus, pensa que é capim, enraizado no solo árido onde nem rastos vingam. Como toda rara vegetação do lugar, deseja água, olha para o céu e não consegue ver nem uma nuvem, fecha os olhos e tenta apalpar as profundezas do chão, estica suas raízes até onde consegue alcançar, mas nada encontra. Torna a olhar para o céu, e fita a vastidão azul tão infinita e inacessível quanto a terra estendida ao longo das distancias incontáveis deste lugar nenhum.
O entardecer vai esfriando e entristecendo o coração de mato do pobre sujeito que adormece em meio a ventania que sopra areia sobre suas pernas como se fosse o coveiro dos sertões misturando-o, transformando-o em rocha, levando o pó de sua existência a se espalhar para além de onde se possa juntar. Adormecido, não vê a noite seca chegando aos poucos, matizando o céu profundo que se escurece atrás das cortinas de poeira.
Sonhando tão profundamente quanto suas raízes de capoeira, entra em contato com o pequeno grupo de plantas ao seu redor, aos poucos sintonizam-se e passam a relembrar das chuvas passadas, do alvorecer umedecido, do frescor da noite, das flores e dos pássaros. Logo protestam contra o clima, pois engolem seco o passar dos dias ouvindo chover nas serras ao horizonte na espera de que o vento traga algumas gotas, e morrem aos poucos pelo castigo da insensibilidade da natureza com aquele vasto recanto abandonado.
Passado algumas horas da madrugada tal manifestação foi surtindo efeito, os ventos cada vez mais fortes vieram varrendo ilusões das esquecidas planícies enquanto as nuvens relampiosas jorravam feches de luz escondendo toda escuridão embaixo dos pedregulhos. Em poucos minutos a água desabava ferozmente contra o chão fazendo levantar a poeira que era lançada pelos ventos em redemoinhos dançantes num espetáculo que aos poucos tornava-se medonho. Apavorado o homem desperta com os olhos esbugalhados, cheios de areia, e num pulo deixa de ser capim e passa a ser folha, flutuando pela tempestade, esperando pousar sobre um lago, se o acaso lhe desse esse prazer. Era a última coisa que desejava, para descansar em paz no fundo da água, tornando-se barro, alga, limo esquecimento.
Eu diria que nem tudo passa.
"Em meu coração, um jardim abandonado, onde as flores que um dia floresceram por você, agora murcham sob a sombra da saudade. A cada passo que dou, sinto o eco dos nossos risos, me lembrando de um tempo que parecia eterno. A dor da ausência é um fardo que carrego comigo, um peso que me impede de seguir em frente. Ver você feliz com outro é como assistir ao pôr do sol mais lindo, sabendo que a noite está por vir."
questionar o meu próprio valor. Será que nunca mais vou conseguir amar alguém como te amei?"
Nunca diga que está abandonado(a), encalhado(a). Talvez não tenha encontrado a pessoa certa ou ainda não tenha encontrado sua cara-metade, mas sempre terá um sapato velho para um pé descalço.
Livro: O Respiro da Inspiração
E nesse jardim abandonado
Tudo permanece intocado
Foi um jardineiro dedicado
Que arrumou tudo isso aqui
Mas pra quê o cadeado?
Por que tudo esta trancado?
E as visitas do outro lado?
Não quer mais ninguém ai?
Deixe os beija-flores entrar
Eles não querem bagunçar
Na verdade, querem mostrar
Que ainda vale a pena sorrir
Sou um ser
Abandonado
A não ser
Que estejas apaixonado.
O passado
Lamentavelmente, já era
E eu já fui avisado
Da tua primavera...
Ainda tenho esperança
De um futuro
Em que lança
Reanime o aventuro...
Não sou um homem abandonado pelas as esperanças, pois acredito que o choro do anoitecer conduzirá a alegria de um novo dia...
" me sinto abandonado por você, e olha que tantas e tantas vezes eu te perduei por cada coisa que você fez ou tentou fazer! Te perduei por os pequenos e maiores erros! Te perduei onde ninguém iria te perdoar, segurei em tua mão e te levantei, eu te perduei! E hoje sou descartado, humilhado! Hoje eu estou com o coração quebrado, mais uma vez, no chão frio, gelado, meu sangue não me esquenta, meu coração tá ficando lento, meus batimentos estão ficando cada vez mas sem devagar, meus pulmões não vem ar, não querem trabalhar! Meu peito doe, e meus olhos estão se fechando, apenas uma lágrima posso sentir, ela é tão pesada, que me faz cair, a dor de uma lágrima é algo que nunca iremos saber, a dor de ser deixado para trás é algo imensurável! A dor de viver sem ser amado é uma verdadeira sensação de está sendo morto dia após dia... Que lágrima pesada, não consigo mais..... "