A Vida Me Ensinou
Quando conheci a filosofia aprendi três lições:
Questionar tudo que existe;
Me alegrar com a vida que eu já tenho;
Tornar o mundo um lugar melhor.
Muito do que aprendi está escrito aqui, no livro da minha vida.
Aprendi com minha mãe que não sou todo mundo e a ficar em silêncio quando necessário. Aprendi a ser mãe como ela, a ter educação e a agradecer por isso.
Aprendi com a Cora Coralina a fazer doces (como brigadeiro) e a escrever poemas.
Aprendi com a Clarice Lispector que sou companhia, mas também posso ser solidão. Que sou tranquilidade e inconstância, pedra e coração. Sou abraços, sorrisos, ânimo, bom humor, sarcasmo, preguiça e sono. E também a guardar minha dor no bolso e a cuidar das amizades, dos familiares e dos parentes quando for necessário.
Aprendi com a Frida Kahlo a cerrar as sobrancelhas quando algo não me agrada ou quando me sinto mais feliz do que imaginava.
Aprendi com a Cecília Meireles a escrever sobre a lua e suas fases, assim como sobre as minhas fases, boas e ruins.
Aprendi com a Rachel de Queiroz a gostar de cada detalhe de mim, sem me preocupar para que os outros gostem.
Aprendi com a Lígia Fagundes Teles a ficar sozinha, pois tenho a necessidade de me libertar de tudo e todos.
Aprendi com a Adélia Prado que não tenho tempo a perder, pois ser feliz me consome. Caso contrário, ou eu “viro doida, ou santa”.
Aprendi com a Hilda Hilst a escrever, a falar, a sentir e a recitar o amor.
Aprendi com a Carolina Maria de Jesus que temos um quarto de despejo dentro de nós, onde jogamos tudo, inclusive o amor que nos falta.
Aprendi com a Ana Maria Machado que devemos escrever, aprender a falar e lidar com a criança interior, principalmente com aquelas pessoas que esquecem de crescer e amadurecer.
Aprendi com a Lya Luft que podemos ser mais irmão, mais amigo, mais filho, mais pai ou mãe, mais humano, mais simples e mais desejoso de fazer os outros felizes.
Aprendi com a Martha Medeiros a brincar seriamente de “faz de conta”.
Aprendi com o Fernando Pessoa, meu xará, que “o que chega, chega sempre por alguma razão”. Tenho certeza de que todos que chegaram até mim foram por causa da minha própria maravilhosidade e da minha linda pessoa. Agradeço por fazerem parte da minha vida, e se alguém partiu, foi porque “tudo o que é bom dura o tempo necessário para ser inesquecível”.
Também aprendi muito com Machado de Assis, Carlos Drummond, Mário e Oswald de Andrade, José de Alencar, Castro Alves e outros escritores que li na infância e adolescência. Eles ajudaram na construção do meu saber e do meu ser, tornando-me mais humana e menos ignorante.
Aprendo até hoje com meus pais, irmãos, filhos, parentes, amigos e até inimigos o ato de pedir perdão, me retratar, me desculpar e amar incondicionalmente, independentemente dos defeitos e erros.
E aprendo demais com Chico Xavier, Allan Kardec, Paulo de Tarso, Lucas e toda a Espiritualidade Amiga que se faz presente em minha vida. Principalmente com Jesus, o nosso Mestre, que me ensina a ser eu mesma, a aceitar minha condição de espírito inacabado e imperfeito, mas que posso e devo ser melhor a cada dia da minha existência, ora humana, ora espiritual.
Gratidão!
Olhar de mundo
No olhar de minha mãe aprendi a vida,
A dor, a sabedoria e o valor.
Olhar, verbo ou objeto, na verdade,
Abstrato.
Podendo ser ele,
Observador,
Repressor,
Admirador...
Olhar de cobiça, de audácia, de esperança;
Muitas vezes, conforme o mundo:
De medo, incerteza, de dúvida, de pânico.
Olhares, isto, aquilo, aquele.
Olhar sobre tal coisa
Olhar também é percepção,
Compreensão, entendimento.
Não olhar também ocupa espaço...
Não olhar a fome, a dor, a amargura,
A indecências, a futilidade, a ignorância.
Olhar por olhar as coisas feitas dos outros,
Também consta na lista.
Olhar ficando a mente:
Na caridade,
Na fé,
Na esperança,
No crescimento
São olhares humanos.
Olhar para si: o mais difícil dos olhares!
Pois para tanto, olhar para dentro requer amor externo,
Perdão verdadeiro,
Compreensão sincera e,
Percepção certa.
Olhar, mirar, analisar,
Repensar, demonstrar, remodelar e,
Novamente
Olhar...
Minha mãe é a pessoa mais importante na minha vida, porque com ela aprendi a ser feliz. Ela me ensinou que um sorriso vale mais do que uma palavra. Hoje sou o que sou graças a ela. Te amo para todo sempre!
DO QUE PENSO QUE SEI
Demétrio Sena, Magé – RJ.
Aprendi a não ser o guardião da vida
e não ter as certezas que nos equivocam,
nos evocam pro salto nesse cais do caos
de quem acha que tudo se rende a seu olho...
Sei que sei muito aquém do que penso que sei,
porém algo; pois nada, só quem não viveu;
há um eu razoável curtido em meu peito
que não tem pretensão de ser cofre do mundo...
A estrada termina para quem chegou;
quem é pleno está pronto para ser colhido;
tem um show que nos pede para prosseguir...
Alcancei a ciência de crer no futuro,
meu agora é o escuro sobre o que será,
só existe o saber que se constrói sem fim...
Não esteja disponível a todo momento a uma hierarquia para tua vida vivida, aprendi está útil para solucionar problemas.
Eu aprendi uma lição para o resto da vida. Ninguém perde amizades, oportunidades e nem relacionamentos quando começamos a colocar certas pessoas em seus devidos lugares. O que perdemos são aproveitadores, abusadores, manipuladores, narcisistas e sanguessugas.
A Receita para uma Vida de Equilíbrio
Eu sou muito feliz porque aprendi a dosar os ingredientes certos para uma vida de equilíbrio. Minha receita é simples: seguir os desejos do coração com um punhado de coragem, gentileza à vontade para gerar a bondade. Misture um pouco de alegria e o resultado é a magia!
Aprendizados Simples da Vida
Eu aprendi a vibrar nas coisas mais simples da vida. Aprendi que para ser feliz é preciso viver o momento em que as coisas acontecem e aproveitar cada minuto que a vida tem, sem depender de nada e de ninguém para me sentir bem.
Aprendi a sentir o cheiro da terra ao caminhar na grama e a não me importar em sujar os pés na lama.
Aprendi a viver sem nada querer entender e a me perder dentro de mim, misturando-me com todo o meu ser, partícula da grande consciência.
Aprendi a enxergar cada criatura pela sua essência, sem julgar pela aparência.
Aprendi a interpretar os murmúrios do vento, o barulho da água, o tilintar do fogo e os passos na terra atrás de mim.
No jardim, eu posso ver as borboletas dançando com as fadas a celebrar cada novo amanhecer.
Aprendi a acordar bem cedinho para curtir mais um pouquinho o silêncio da manhã ou aventurar em mais algumas páginas de um bom livro. Escrever um romântico e carinhoso bilhetinho com um recadinho para alegrar o dia de alguém.
Meu coração se encarrega das palavras que vou usar e a intuição me leva na direção de onde preciso estar.
Aprendi a sorrir todo o tempo e em todo lugar para acolher com ternura as solitárias e tristes criaturas que ainda dependem de algo ou alguém para se sentirem bem.
Aprendi que é nas crianças que a vida renova a esperança, porque são solos férteis e almas sem rancor, e com elas podemos construir um futuro promissor, onde reina a paz e o amor.
Aprendi que não há na vida como conviver com as rosas sem correr o risco de se ferir em seus espinhos, assim também é impossível conviver com pessoas sem que estas deixem marcas em nossas almas. Algumas leves outras tão profundas quanto a erosão de um solo
Já me fizeram muito mal nesta vida, mas Deus prometeu ser minha justiça.
Aprendi a ficar em paz e perdoar, pois quem me magoou fez sua dívida com a lei do retorno, e todo mal que semeou em mim retornará. Espero que você encontre Deus, e toda maldade que você colher lhe ensine a mudar.
Aprendi com a vida que existem pessoas que aparentam ser o que não são, mas o pior disso, é que muitas delas acreditam mesmo, que são realmente o que aparentam ser.
BALANÇO DOS ANOS 40
Recebi a vida sem pedir nada.
Cresci.
Aprendi a exigência do amor,
a impaciência da crise.
Perdi luz.
Enfraqueci ideais.
Conquistei planos.
Queria um aeroplano
vivaz e transparente
para me levar pelos tempos
(presente, futuro, passado)
Em busca de mim,
em busca do outro.
Da quietude dos campos,
com cavalos pastando
entre fontes inquietantes
de vilas perdidas.
Borbulhantes,
sadias,
por entre mil romarias.
O coração entre preces, amor, fantasias.
O cotidiano quebrado
como a semente do milho
caída na terra,
germinando,
gemendo a cada ciclo
por vida.
(abril/ 1992)
Aprendi que as melhores horas da vida não é apenas o trabalho, mas sim, trabalhar para a felicidade dos outros.
Não posso controlar todas as coisas, mas aprendi com Deus como posso controlar a minha vida debaixo do poder do Espírito Santo.
Aprendi que tudo na vida precisa esperar pela sabedoria de Deus em primeiro lugar; caso contrário, será um tempo perdido.
Se aprendi algo nesta vida é que, quando as pessoas sofrem, nem sempre conseguem ver as coisas com a clareza que deveriam.