A Vida é a Arte do Encontro
"E nessas minhas idas e vindas, já me perdi tantas vezes que, já nem sei onde me encontro. Muito menos, a que ponto do caminho eu me perdi. Foram tantos trajetos incertos, uns meios retos e outros tortuosos que, nem uma bússola saberia onde se bifurca a estrada que me fez tirar do eixo. A trilha aqui é inexistente, só vejo pedra no meio do caminho. Mas, meus pés já acostumaram com os cacos em meio aos caminhos que, já nem se abala em dor. O único tormento é a mente, que não se conforma de tão sábia que é, não saber aonde estamos. E a alma? Bom, essa coitada, inquieta como sempre."
E quando o encontro acontece, algo incrível começa a surgir.
O elo que se forma pela energia de duas pessoas, seja de amizade ou parceria, provoca uma intensa mudança, capaz de iluminar o caminho dos envolvidos. Uma luz forte, que produz uma sensação de aconchego e aliança mútua, sutil e delicado encontro, que se transforma no vínculo afetivo.
Dias e noites às vezes me encontro estático sem saber o motivo, palavras que proliferam na minha mente se tornam vazias, erros reiterados na minha vida se tornam fastidiosos, e quando isso acontece, o lacrimejar dos meus olhos malandros, cobrem o meu rosto cheio de lágrimas, confesso que as minhas filosofias perderam o seu percurso normal, agora me vejo dentro de um precipício a pedir ajuda para poder sair e começar mais uma etapa da minha vida filosófica que deixei o tempo tirar de mim.
O EQUILÍBRIO DA RECIPROCIDADE NAS ASAS E NAS RAÍZES
No encontro da vida, a reciprocidade brilha,
Um laço que se tece, em sintonia sutil.
Coincidentes momentos, em harmonia se fundem,
Nos levando a pensar, mirando além do útil.
Os caminhos trazem encantos e surpresas,
Encontros fortuitos, como raios de luz.
Mas interpretar as tramas, com olhos abertos,
É essência da jornada, sabedoria que conduz.
Expectativas surgem, como avezinhas a voar,
Anseios que flutuam, desejos a construir.
No entanto, manter os pés firmes no chão,
É como o bambu chinês, a sabedoria a acolher.
Raízes profundas sustentam nosso voo,
Nas asas da esperança, em altos céus buscar.
Mas nunca devemos esquecer, o solo que nos nutre,
A humildade da terra, que nos faz caminhar.
Assim, voemos alto, como pássaros pensantes,
Mas voltemos ao chão, para renovar a essência.
Pois a reciprocidade, nas asas e nas raízes,
É o equilíbrio perfeito, a verdadeira transcendência.
ENTRE MIGALHAS DE SENTIMENTOS
Entre migalhas de sentimentos me encontro perdido,
Emaranhado em um labirinto de emoções contidas.
Amor e desilusão se entrelaçam em meu peito,
Refletindo a complexidade da vida e dos relacionamentos.
Os encontros e desencontros são como fios invisíveis,
Que nos prendem e nos libertam num mesmo instante.
Nas entrelinhas dos suspiros, surgem as dúvidas,
E entre migalhas de sorrisos, encontramos as respostas.
O amor, esse fugaz companheiro imprevisível,
Que nos faz sentir alegria e dor em um só momento.
É como o fogo que queima e ilumina nossa alma,
Deixando pegadas incertas em cada passo dado.
Em cada relação, uma dança de incertezas,
Onde o medo e a insegurança bailam sutilmente.
Mas é nas migalhas de coragem que nos fortalecemos,
Para seguir adiante, mesmo quando o coração perde rumo.
Olhando ao redor, vejo outros a se despedaçar,
Migalhas de esperança que se esvaem diante do tempo.
E percebo que a vida é um constante aprendizado,
Aprendemos a amar, a confiar, a nos entregar novamente.
Não importa quantas vezes nos machucamos,
É nas cicatrizes que encontramos nossa essência.
Na sombra da tua poesia, eu me perco,
Entre os versos teus, encontro o meu caminho.
Tuas palavras, como um sussurro, são um cerco,
No silêncio da noite, fazem-se carinho.
Recordo ainda o que lia, com fervor,
Cada estrofe tua, uma nova descoberta.
Teu poema, um espelho de amor,
Reflete em mim, alma aberta.
Versos que fizeste, ecoam no peito,
São melodias de um coração pulsante.
E eu, humilde poeta, aceito,
Teu convite a este enlace vibrante.
O que achei dos teus versos? São estrelas,
A brilhar no infinito da minha mente.
São chamas que se erguem, a aquecê-las,
Minhas noites de sonho, tão contentes.
Respondo-te assim, em rima e canção,
Grato por cada palavra que me ofertaste.
Nos teus versos, encontro a direção,
E na poesia, nosso laço, eternizaste.
As pessoas, tentarão justificar muitas coisas durante uma vida até terem um encontro pessoal com o Seu SALVADOR.
Perco-me em ti
Me perdi em seu olhar
Olhar esse que hipnotiza-me
E nesses olhos eu encontro minha paz
Paz essa que acalma o meu coração.
Nos teus olhos vejo o mar
Mar esse que eu quero me afogar
E sentir toda a paixão
Que em seu olhar existe.
Na pista é onde eu me perco e me encontro com você,em cada batida vejo o seu rosto,até o dia amanhecer.
Um dia o maior encontro e festival musical jovem do planeta será no Brasil, com uma vasta repercussão internacional de todas as tribos, de todos os artistas e todos os ritmos e gêneros próprio da diversidade mundial diante do maior santuário de vida do nosso planeta para o terceiro milênio. O "Amazon Life " - " Amazônia Vida ", e teremos o mundo todo unido em defesa da vida na amazônica brasileira.
Me encontro nas palavras todos os dias, assim vou curando velhas manias. Sou eu quem guia meu próprio destino. Vou respirando lembrando dos tempos de menino: a pureza, a beleza de viver com intensidade; agora é só vaidade, isso invade os centros da cidade, até a periferia. Escrevi com o coração pra entender qual minha intenção, cansei de me calar perante os maus; fiz da minha vida algo surreal, distinção do físico e astral. Desenvolvimento de um Ser que pensa no todo. Realidade criada, uns servem de escada, vida mal amada, alma desarmada.
Quando mais procurava, não encontrava.
Quando finalmente encontro, perco.
Quando definitivamente perco, vem a desesperança.
Quando a desesperança vira escuridão, acende a luz.
Quando a luz acende, o ciclo restabelece e continua, da vida!
Poderia me ouvir?
Hoje está sendo um daqueles dias que me encontro com fixação de ir contra minha vida. Não estou encontrando razões para continuar. Só quero livrar o mundo e eu desse rascunho de vida que sou. Está posição de substituído do amor a vida, entoa forte a me pertubar. O amor escoa pelos tropeços de minha existência. Não consigo mais chorar. Há este gosto amargo na boca. Uma única dor pungente.
A poesia é minha voz, meu grito no papel, Um oásis de sonhos onde encontro meu céu, Nas palavras que dançam, se entrelaçam no ar, Revelando segredos que só os versos podem desvendar.
A CARTA
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Me perdi de mim!
Desde então, já não mais me encontro.
Não sei o que quero... não sei o que quis...
Não sei, mesmo na imaginação,
o que um dia fiz.
.
O futuro era promissor:
Eu tinha uma carta de instruções,
com uma frase escrita em letras góticas
pela azul magia dos próprios anjos.
Ela, Ela, Ela – Carta-Chancela
do mais Alto dos Cartórios,
dizia tudo o que eu faria
quando enfim-nascido
– quando,
por fim chegado,
àquilo que me cabia –.
.
Estava no bolso, bem me lembro disto:
a carta no seu envelope – minha tão cara carta!
Dela me lembro com a tal nitidez
das brumas do Paraíso.
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Mas a carta
escapou voando,
faceira, cruel e cínica.
Zombando da distração fatal,
foi-se ao sempre, longe pela janela
da suave estrada conducente
ao calor do ventre.
.
Já no útero,
levei as mãos aos bolsos;
vi que, tolo, já não tinha bolso.
.
O que a carta – tão vital – traria?
Seria a alegre ordem, para fazer rir?
Um pedido para deixar chorar?
Ou seria um país difícil
para em vão liderar?
Seria talvez uma arte?
Ou quem sabe uma ciência
dessas que se acham em parte?
Seria uma daquelas missões
no coração da África?
Uma criança triste
para alegrar?
.
Já não posso saber,
pois me perdi de mim;
e não mais me encontro
para ler a carta: Ela, Ela, Ela.
.
Sozinho, caminho sempre,
confuso e triste, pelo azar da estrada.
Busco o que não posso, mas não encontro nada.
Se me perguntam o que quero, digo que não sei,
pois perdi a carta, tão imprescindível.
.
Se me apontam uma direção,
por ela sigo com frio entusiasmo,
na esperança de encontrar a mim,
para ler a carta.
.
Ah, felizes de vós
que me ouvem agora!
Felizes daqueles que sequer sabem
que existem cartas escritas pelos anjos.
Felizes de vós, que as perderam,
mas não se lembram disso;
e disso não se verão
cobrados.
.
Felizes, de tu e de ti,
os que não sabem que se perderam!
Felizes todos os que não sabem que nasceram
sem a carta que traziam
ao suave calor
do ventre.
.
.
[BARROS, José D'Assunção. Publicado na revista Juçara, vol.6, nº1, 2022]
Família reunida, mas todos emocionalmente distantes. Quando o egocentrismo prevalece, o encontro familiar se torna a maior das distâncias.
“Se a vida é um oceano, minha casa é uma ilha, não me importo com os naufrágios, ou encontro meus sonhos, ou aprendo a transformar jangada em navio.”