A Vida é a Arte do Encontro
A vida a dois, é feita de carinhos e encontros mas alimentada prazerosamente por inusitadas leves perversões.
Sintonias e vibrações espaciais. Pressinto as luzes e as boas energias quando por vida me aproximo delas.
Por maior que seja o numero de pessoas a nossa volta, em um momento único, percebemos que estamos sozinhos. Parece que o todo depende da gente mas que a gente não depende do todo. Viver bem é um ato solitário.
Preciso hoje, no amanhã e também no depois. Não vulgarizo o meu espirito livre, com relações imprecisas e cativas de momento.
O gato cobra prateado caminha silenciosamente na relva todas as noites, procurando sapos e calangos para o abate.
O verdadeiro amor incomoda, o que se acomoda não é amor e sim uma tranqüila boa amizade branda e serena para se conviver.
Quão me é prospero o abandono do amor e a solidão. Parece mesmo que a saudade do amor eleva e leva a alma da gente, por caminhos infinitos antes nunca navegados.
As grandes respostas sempre estão aparentes mas poucos conseguem ver. O ser humano, viveu mais de 5.000 anos, um olhando para os olhos um do outro e com muito esforço inventaram a roda, que sempre esteve representada claramente nos olhos de todos que não conseguiam ver.
Em época de amores líquidos, entre as mulheres interessantes surge os amores utilitários, trocas e cumplicidades mas ao mesmo tempo entre as mulheres vazias e rasas, surge os falsos amores mercenários, permissividade sem limites no agora e só pelo valor do dinheiro.
Existe o momento, onde o silencio me conforta e diz tudo que eu preciso. Muito mais que as mil palavras de atenção e persuasão. As imagens ficam mais cores e reflexos, não se percebe o que dramaticamente querem dizer.
Só pode me criticar, quem sonhou a metade do que eu sonhei, a quarta parte que caminhei, a quinta parte que em pranto, tropecei, a sexta parte do que eu errei e a sétima parte de tudo que perdoei, a mim e a vida e por amor me levantei.
Em qualquer momento e situação da vida, a humildade, a generosidade e a bondade desarma a maldade e a violência. O mal só atinge aos poderosos.
O melhor do banquete, se revela sutilmente e é sempre o olhar cobiçado dos provocadores, degustadores e comensais.
Só deve receber o extraordinário, aquele que veio generosamente preparado, para ofertar muito mais do que receber.