A Vida e a Arte
Não tenha pressa para encontrar a sua paz no palco da vida. Algumas vezes é preciso silenciar o roteiro e sair de cena para esperar que a sabedoria do tempo termine o espetáculo e recomece outro melhor.
Avidaéuma escola de escultura. Ela nos ensinaaesculpir objetos e seres humanos. Alguns aprendem e esculpem verdadeiras obras de arte, com todo esmero e zelo. Alguns tratamaescola como uma brincadeira e esculpem verdadeiras atrocidades e aberrações neles mesmos e nos que eles criam.
A expressão artística em sua plenitude e a comunicação diária é uma coisa só. Não existem momentos mais propícios para dialogarmos com as pessoas, com a vida e consigo mesmo da mesma forma que não existe momento mágico exato para urgentemente ligarmos os botões vermelho e verde, da sensibilidade e da criatividade.
A vida da gente pode ser definida como uma tela em branco, onde dia a dia vamos colorindo, enfeitando com paisagens, passando a tinta no que não foi e desenhando o que virá... Nessa vida que é uma arte, somos protagonistas de nossas próprias obras: o saber, o ofício, as sementes...
Se a pessoa que está ao meu lado não faz com que eu me sinta a pessoa mais incrível do mundo e se eu não sentir-me obrigado a fazê-la sentir o mesmo, apenas uma coisa está certa:
- Ambos escolhemos a pessoa errada.
Admiro uma boa mentira. Admiro um bom mentiroso.
Falar a verdade é fácil demais. Não requer criatividade, esforço ou arte.
A verdade é só o que ela é, não vai além.
Uma boa mentira é aquela que funciona. O bom mentiroso é aquele que assume o risco de ser desmascarado, sem com isso repassar a sua culpa a ninguém.
O bom mentiroso é um cara corajoso.
Mente e pronto. Deu certo ? Ganhou. Deu errado perdeu. Sem covardia, sem falsas emoções.
O que eu não suporto mesmo, são os covardes em geral.
- Tenho prazer em consumir.
- Gosto de estar sempre em sintonia com a tecnologia.
- Curto carros e motos potentes e caros.
- adoro corpos jovens e sarados.
Mas nada me incomoda mais do que o "PROCEDIMENTO PADRÃO"
Há muito tempo, eu perdi o foco. Aprendi a perder e negociar.
Todos os dias eu desisto de alguma coisa, mas às vezes, eu as recomeço no dia seguinte.
Se você quiser entender o que é um RELACIONAMENTO ABUSIVO, veja a relação entre um professor ou policial e o Estado.
Porque não é preciso precisar nada.
Trocar o foco pelo dinamismo, as convicções pelo fluxo de idéias e contradições possíveis. Deixar de ser pedra e fazer parte de um edifício. Não ser, apenas poder, estar, transformar, amar, errar. Arrepender-se, levantar-se e surpreender-se com cada passo dado em direção ao que não existe
A fotografia resiste ao futuro?
O movimento, diferenças, o muro.
Daqui a pouco não há o que fotografar,
Ou não teremos coisas
Ou não teremos fotografia.
O poeta poetizou com imagem,
Uma linguagem que o povo não lê.
A mensagem que lhe foi passada,
Só não passa na sua TV.
"A vida é como uma pintura em tela de algodão. As vezes uma representação realista do que somos. As vezes uma abstração, enfatizamos as aparências e escondemos a nossa verdadeira essência. Pinte a tela da vida externando o que há de melhor dentro de si. Que as mãos sejam hábeis; os rabiscos, a verdade; e sua história seja a mais grandiosa obra de arte".
Por que as pessoas buscam sempre simplificar as coisas? Tudo bem a foto ser entendida como resultado final de alguma coisa, ou mesmo um recorte ou congelamento de um espaço do tempo, mas é só isso?
O ato de fotografar algo não é começo ou fim, mesmo que seja o fim ou o começo. Antes de fotografar é preciso reconhecer os elementos, ter por conta própria um entendimento de vida, de mundo, de espaço. É fácil fotografar com intenção de registrar apenas, fazer-se prova de que esteve como testemunha daquele tempo. Difícil é levar as pessoas a lerem imagens sem saber ler imagens, levá-los por um instante a questionarem algo nem que seja a si mesmo, transformar uma fotografia impressa, algo material, um fim como queiram em sentimento.
O céu
A noite solar, o dia lunar
Água de prata ao mar
O vento que voa frio
O raio que nuvem partiu
O crepúsculo aos olhos
Resplandece as rochas negras
E os que desciam mórbidos
Ascendem às doces sedas
A suprema obra majestosa
Que tudo alcança, tudo vê
E a ti, nu, faz à mercê
De uma vasta nuvem gloriosa
As harpas da deusa estrelada
Cantam às flores azuis
E a bela deusa dourada
Fulgura em seu leito de luz.
A ponte da vida
Aos passos vagos e curtos
O homem na longa travessia
Enfrenta todos os vultos
Das ideias ele se sacia
As pontes da própria mente
Que ligam o gênio presente
Em sua genialidade total
Essa tão viva e também fatal
Ele atravessa a árdua ponte
As dificuldades do caminho
Endurecerem sua fria fronte
Fazem da água o vinho
O filósofo cumpre seu destino
Eleva-se ao saber divino
À outra margem tendo chegado
Vive então do bem dourado.