A tristeza pode durar uma noite
Girassol
Boa noite, sei que não deseja me ver
Não se irrite, já estou indo embora
Mas, antes que eu desapareça, queria te dizer
Que o meu coração por ti chora
Sei que você não irá me atender
Já estou indo, chegou minha hora
Mas, antes que eu saia de perto da sua porta,
Poderia apenas prometer que irá ler?
Por favor, só peço alguns segundos
Não te ofereço o mundo, pois ele está de luto
Coitado, perdera seu sol, perdera seu tudo
Por favor, leia esta carta, de um menino sujo
Que tocou sua campainha sem nem pensar no futuro
Prometo que não irei mais incomodá-la, girassol
Prometo, ao fim destas palavras, que ficarei só.
Fui tolo, confesso, cobicei uma presença real
Fui bobo, sonhei que seríamos um casal
Deixei minhas desilusões carinhosas me levarem
E, cá estou, chorando sem conseguir aguentar,
A falta que me faz te olhar, te ver gargalhar
Gostaria tanto de poder vê-la suplicar,
"Só mais um abraço, amor, venha cá"
Gostaria tanto de te abraçar, dizer te amar
Me perdoe se eu mudei, me perdoe
Deixo aqui, com várias dores, meu adeus
Eu te amei, ele sabe tanto quanto eu
Eu te amei, girassol, e agora,
O campo não mais floresce, apodreceu.
Terna amiga Solidão,
tu que se faz tão presente em momentos de ausências,
que és tão verdadeira em falsas verdades, que se expressa tão bem mesmo não falando nada,
companhia inexistente que afaga o improvável.
Boa noite velha amiga de todas às horas!
Nesse triste convento aonde eu moro,
Noites e dias rezo e grito e choro
E ninguém ouve... ninguém vê... ninguém...
Enquanto a música tocava, o vento bagunçava os meus cabelos negros como a noite, estava me sentindo tão perdida, eu sentia um nó na garganta, enquanto tentava me distrair olhando da porta para fora a poeira do asfalto quente subir, e ali naquela visão quase deserta da minha cidade, não suportei a dor que sentia, foi então que chorei, porque eram lembranças dolorosas surgindo na minha cabeça. Eu havia mais uma vez sido enganada pelo coração, por ouvi-lo outra vez me vi machucada, por alguém que veio como se fosse permanecer, mas acabou indo embora, e naquela tarde tudo se tornou tão triste. Meu olhar de tristeza e dor a partir daquele dia me transformou, sem aquele amor foi como morrer mesmo estando viva, era essa a sensação que estava em todo lugar em mim. Não valeu apena conhecer o amor que só existiu em mim, mas foi necessário viver o que vivi porque só assim aprendi a valorizar os sentimentos reais, as pessoas tem defeitos, e eu aprendi a amar cada um deles naquelas pessoas que amo, e elas merecem todo meu amor.
— Vania Grah
Naquela noite ela chorou até as memórias renderem-se, mas no seu peito ainda podia se ouvir, o cântico das lágrimas aos poucos se desvanecerem.
Tantas vezes o dia amanheceu gracejando e ainda assim terminou pesando o travesseiro de tanto chorar. Tantas vezes surgiu o sol sorrindo e ainda assim a noite gritou no céu, um grito vazio, e foi o choro mais triste do mundo. Tantas vezes a manhã foi gostosa e ainda assim o crepúsculo foi sombrio.
Orvalho
Há uma calma umidade que se detém,
silenciosa, atrás das cercas — nas tramas do mato,
onde o peso das horas mal se sente.
Não teve o tempo de ser apenas água,
carregou-se de sentido ao escorregar da
folha na sombra fria da noite.
Segue um curso que não escolheu,
um fio d’água, sentimento indefinido
que se perde nas dobras do ser.
Será lágrima do mundo ou suor da terra?
A incerteza do líquido que se dissolve é a mesma
da superfície breve de tudo o que vive.
Do gotejar ao chão, desfaz-se em ser,
água que se entrega ao jardim sem mágoa,
rompe as raízes, dissolve o silêncio,
sempre sendo outra, sempre fugindo de si.
Nas bifurcações da vida, onde tudo se entrelaça,
dilui-se para que a essência se revele,
ciclo de entrega e retorno, onde a fragilidade
se faz força.
Inquilina da própria queda,
desce da folha como do cílio uma lágrima,
com o gosto salgado do mar que nunca viu,
e o peso de todos os sonhos que se
perderam.
Não é a mesma lágrima de outrora,
não é a mesma gota que escorreu um dia,
quando despejada tocou as pedras que
chamei de peito.
Sou as gotas de veneno no copo de vinho. Sou a lápide no monte verdejante e quedo. Das flores eu sou o espinhos. Sou o teu sonho triste e cheio de medo. Sou noite tenebrosa de lua cheia. Sou as tuas lembranças pálidas e vazias. Sou a solidão que à tua casa vagueia. Sou o vento que corta a noite fria. Sou anjo mudo de asas quebradas. Sou o teu tudo e o teu nada. Sou as palavras tristes das tuas poesías. Sou a sinfonia da morte e seus agouros. Sou a lentidão das horas que aflinge os teus dias. Sou aquele que te faz chorar e depois ri do teu choro. Sou o fio afiado da navalha que fere os teus vãos sentimentos. Sou a força invisível que rasga véus, mantos, mortalhas... Sou aquele que perfura as entranhas de teus secretos pensamentos. Sou aquela tua sensação estranha que faz o tempo ficar mais lento. Sou o sangue amargo e escuro que verte da garganta dos seres impuros. Sou a fonte dos desejos ardentes da donzela que finge ser santa. Sou aquele que faz você chorar desesperadamente em longas e exaustivas preces. Sou o mal que em tua alma cansada e aflita cresce... E cresce... Sou o terror que nas ruas floresce. Sou o amor que por falta de afeto fenece. Sou a vingança que em teu coração nunca envelhece. Sou o passado que você teme e não se esquece... Eu sou o longo e macabro pesadelo da noite que nunca amanhece!...
Juro que estou bem. Não choro mais… Tenho guardado para mim o que sinto. Tudo o que sobrou foi uma nostaugia torturante, vivo apenas pensando em como tudo passou rápido. Mas estou bem. Sorrio muitas vezes ao dia. E esses sorrisos hoje são mais sinceros. Assim estou levando a vida, a cada dia sofrendo um pouco menos esquecendo um pouco mais, me tornando mais forte e mais fria ao mesmo tempo.
No colo da noite, eu choro.
No colo da noite, eu oro.
No colo da noite, a saudade vai se delineando.
No colo da noite, a poesia dança e flutua em minha cabeça!
Andar com Deus segura na mão de DEus, pois o choro de uma noite se acaba de manhã, busca o amor, busca o perdão , busca poder e muita unção a vitória é garantida, Ele vai te abeçoar.
Quem sou?
Sou dia ou noite?
Sou choro sem riso.
Uma dor, sem êxtase.
Do começo sem fim.
Só há um fim?
É assim desde o começo!
Sou só. Eu sou.
Choro toda noite, não por besteiras. E sim por não ser forte o suficiente por não aguentar tudo. Meu mundo sempre desaba deve ser porque nunca soube realmente segurar ele. Faço de tudo pra não me magoar, não tem jeito. Vejo coisas que me machuca, leio coisas que não deveria… É igual a um cachorro correndo atrás de um carro; ele corre, corre bem muito e quando o carro para, ele não sabe o que fazer. Ele não sabe se vai ou se fica então, ele fica na dúvida. Cérebro me perdoe por tanta confusão. Estômago me perdoe por tantas borboletas. Coração mil desculpas, não foi porque eu quis. Eu tentei. E falhei, falhei em tudo. E veja a que ponto eu cheguei… Falhei comigo mesma.
O Choro do Lobo
Era mais uma noite comum então o lobo decidiu sair com seus amigos,(Pobre lobo deveria ter ficado em casa). O lobo não era o tipo normal ele sempre ficava sentado quieto sem mencionar nenhum som apenas observava,um dia o lobo alfa estava muito confiante, então decidiu tirar sarro mais uma vez do pobre lobo falando coisas maldosas sobre ele, o resto dos seus amigo foram no embalo e começaram a dar risada dele também, o lobo percebendo oque estava acontecendo, disse que não tinha entendido pensando que a dor que sentia iria sumir mas na verdade aquilo era apenas um começo... ( Pobre lobo sempre pensou que tinha amigos mas nunca teve nenhum) o pobre lobo desanimado foi embora onde ficou com tanta raiva e se arranhou sem querer e percebeu que aquela dor lhe trazia alivio, o sangue era quente mas quando tocava no chão era fria como sua alma!
Pesadelos
Acordada no meio da noite
Com grandes pesadelos sem mesmo dormir
Choro desesperada
Como se não conseguisse mais sorrir.
Quando me lembro daquela manhã
Há quase dois anos atrás
Sinto-me tão só, machucada.
E a dor nunca será curada.
Não consigo não chorar ao me lembrar de você
Seu dom de amar e acreditar na felicidade
Vivendo com você aprendi a ser melhor
Agora não te tenho mais aqui.
E meu coração sangra ao lembrar-me daquela imagem
Naquela tarde, durante a volta de uma viagem.
E naquele dia eu sabia que seria seu fim.
Não pude me preparar
Nem mesmo me despedir.
Não lhe abracei pela última vez
E nada iria impedir
Então você partiu...
Viajou pra longe, pra outra vida.
E eu estou aqui em pedaços mesmo depois de tanto tempo.
Mas a morte não é um adeus
Até breve meu avô.