A Semelhança de um Filho com a Mãe
HOMENAGEM AO SEU DIA, “PAI”...
Creio em você, “filho”!
Creio no seu sorriso,
janela aberta do seu ser.
Creio nos seus olhos,
espelho de sua honestidade.
Creio em suas mãos,
sempre abertas para dar e receber...
Creio na sua alma,
acolhimento sincero de seu coração.
Creio na sua palavra,
exposição sincera do que você é!
Creio em você, filho amado,
na eloquência do seu silêncio!
Maria de Lourdes M. Abrahão
15/08/2009
Ó Filho do Espírito, criei tua riqueza.
Como podes ser pobre?
E fiz o teu poderio.
Como podes ser fraco?
E da própria essência de amor e sabedoria.
Eu te manifestei
Como te ocupaste com alguém mais?
Volte a tua vista para ti mesmo, para que me encontres em ti. Forte - Poderoso - Supremo.
'Você está trabalhando?', perguntou o pai furioso ao filho indolente. 'Por que? O senhor está empregando?', respondeu o filho paciente ao pai curioso!
Não conseguiu escrever um livro? Ainda não plantou aquela árvore? Não teve filho? Tu não é de nada, hein?
Não importa em que situação se encontra o filho, o amor materno é tão imenso que desafia o próprio tempo e espaço.
Somente ele; filho do pai, que reside dentro do interior da alma de cada um em forma de consciência, destroi as trevas e a escuridão causadas pela ignorância; atraves da luz do auto-conhecimento; do amor pelo interior da alma. Amor absoluto, auto-correção e devoção; tem como resposta a compaixão do filho interno.
A imagem de um filho com fome imprime-se nas retinas, viaja pelo nervo optíco, converte -se em sinal elétrico, espalha-se por milhões de neurônios até chegar ao lobo occipital. Uma cadeia de reações químicas e neuronais chamada emoção.
Zelo Materno
Meu filho, se um dia
Fores chefe e te couber
Mandar com autoridade,
Faze-o com dignidade,
Que desperta simpatia.
Não com risos de quem quer
Mostrar que pode, que vale,
Que tem pleno direito
De fazer que outro se cale,
em humilhante respeito.
Sê gentil e sem espinho,
Filho, embora ativo e esperto,
E achar sempre caminho
Para teus passos abertos.
És filho de Deus.
O sol te beija a fronte, todos os dias.
Os pássaros cantam aos teus ouvidos.
Aos teus pés, todos os caminhos se abrem.
A terra anseia pelas tuas sementes.
A fonte que desliza, cantando, oferta-se aos teus lábios.
As flores desabrocham, perfumando o ar que respiras.
Não tenhas medo de viver.
Aguça os teus sentidos e integra-te com a Criação Divina.
Tudo existe em função da tua existência.
Não temas a dor e nem receies a morte.
Viverás para sempre!
ECO OU VIDA
Um filho e seu pai caminhavam pelas montanhas.
De repente seu filho, cai machuca e grita:
- Aai!!!
Para sua surpresa escuta a voz se repetir,
em algum lugar da montanha:
- Aaaii!!
Curioso, pergunta:
- Quem é você?
Recebe como resposta:
- Quem é você?
Contrariado, grita:
- Seu covarde!!!
Escuta como resposta:
- Seu covarde!!
Olha para o pai e pergunta aflito:
- O que é isso?
O pai sorri e fala:
- Meu filho preste atenção
Então o pai grita em direção a montanha:
- Eu admiro você!
A voz responde:
- Eu admiro você!
De novo o homem grita:
- Você é um campeão!
A voz responde:
- Você é um campeão!
O menino fica espantado, não entende.
Então o pai explica:
- As pessoas chamam isso de ECO,
mas, na verdade isso é a
VIDA. Ela lhe dá de volta tudo o que você diz
ou faz. Nossa vida é simplesmente o reflexo
das nossas ações. Se você quer mais amor no mundo,
crie mais amor no seu coração.
Se você quer mais competência da sua equipe,
desenvolva a sua competência.
O mundo é somente a prova da nossa capacidade.
Tanto no plano pessoal quanto no profissional,
a vida vai lhe dar de volta o que você deu a ela.
Sua vida não é uma coincidência,
é conseqüência das suas ações!!!
A LÂMPADA MÁGICA
Para meu filho Arthur
Vives em mim e tenho mais que uma alma
Sinto que escrevo um novo movimento
Flor que invento estranha e pulsante
Semblante mágico e aceso
Tenho-te preso planeta por um fio
Sou teu céu e cio, tua luz marítima
Meu ventre escuro de pão e de argila
É tua breve casa numa clara ilha
Estás em mim e tenho mais que uma pátria
Chegam-me equinócios, outros cromossomos
Somos eu e tu o pacto e o sangue
Silêncio e salto de naves acopladas
Sonhas meu sonho e sobe uma estrada
Perfeita e líquida lenta modelagem
Enquanto te construo prossegues em viagem
Por minhas labaredas, sol dentro de águas
Abstrato ser feito de anjo e ritmo
Sinto teu galope através de minha noite
Sinto-me inflar e sinto que sou vento
Sinto sou a Lua em sua face inchada
Quando desprendo a nuvem de uma escada
A cada mês a cada madrugada
Sopram-me as luzes e os discos e as dunas
Sou quase um sono imenso de inverno
A identidade de um rio sabe-se pela flauta
O quanto ele gira o quanto ele sonha
Saberei de ti quando desaguares
Quando aterrissares pássaro e menino
Eras só palavra agora és acorde
Música no ventre que lateja
Mesmo que ainda não te vejas
Te imagino Sol se repartindo em raios
Estava consciente da distância
Nas leis de uma ciência tão estranha
O que é próximo também é o mais longínquo
Dentro de mim estás no infinito
Como se fabricasse uma cidade sobre um astro
Como se recriasse a pré-histórica estrela
Faço-te em mim no meu eu mais que profundo
Por mim verás o melhor do mundo
A não ser das atômicas manhãs tão pálidas
Dos mísseis que apontam para um cego
Das nuvens sem nexo radioativas
Das ocas laranjas cancerígenas
Perdoa-me se te chamo para o frio
Para o arrepio de mais um século
Para as praças desertas vagarosas
Para a solidão de enxofre das esquinas
Passamos para um outro calendário
Nosso diário atravessa o que é princípio
Sou teu aquário faço-me instrumento
Acho que formulo um novo testamento
Aprendo a linguagem dos relógios
A cada Lua conto seus dragões
Teço os longos panos de espera
Bordo extensas primaveras
Calculo teus quintais incalculáveis
E não te vejo mais do que um cinema
Melhor do que sonhar com teu instante
É aguardar-te então na hora plena
Sensações de Zênite e Olimpo
Paz e sonho eis o que sinto
Sou a árvore máxima primeira
Encosto em mágicas ladeiras
Esbarro em deuses afastados
Flutuo no cimo dos telhados
Mas tenho-te em águas submersas
Mergulhado em flores placentárias
Azul oval intacto mistério
Redonda fêmea lâmpada galática
Soprou-me o céu talvez o teu espírito
Como se um relâmpago no branco dicionário
Enigma dentro de enigma, é chegado o advento
Em que momento fizemos teus amores?
Em que horário atamos teu traçado
Enquanto na noite um louco relinchava?
E outro agonizava nos bairros de Beirute
Ou um menino buscava a mãe entre estilhaços?
Não fizemos teu mundo como poderíamos
Ainda que tão belo seja o teu planeta
Avistar o impossível mar do cosmos
É descobrir-te nu em meu oculto
Surpreender o susto e o perfeito
Deslocar das folhas de um alto
Afagar o próprio corpo de lanterna
Como se percorresse a mão sobre a América
Como se tocasse em todas as tristezas
Alisando o cão de um continente
Seria o colo bolsa transparente
E te veria de todas as vertentes
Alisar o ventre na expansão do acaso
Universo em crescimento e fruto
Que além de mim e do invisível escuto
Acomodar-se peixe entre colchões da noite
Não sei de mim e não respondo
Como posso conceber-te e como
Poderia dar-te a aparição do dia
A fantasia plena e calma dos felizes
O que me dizes é – recôndita magia
Baterás as asas como ventania.
Todas as motivações são válidas se produzirem um bom resultado, filho. E a frustração pode ser um motivador poderoso.
Afro-brasileiro
Sou afro - brasileiro
Filho da Bahia
Uma terra carismática
De diferentes etnias.
Com o gingado e a meia lua
A capoeira é alegria
É dança é luta
É a representação do negro na Bahia
Sou afro - brasileiro
Tenho orgulho de ser negro
Construir uma cultura
Que sofre com preconceito
Vou cantar a luta
Contra esse mal social:
O preconceito contra os negros
Xenofobia e coisa e tal
Com muita resistência
Desse jeito vou vivendo
Valorizando minha cultura
Que com esforço está sobrevivendo
Diante da exclusão
Não baixo minha guarda
Seu preconceito é maléfico
Porém minha voz não cala
Minha etnia é forte
Meu caminho é só um
Sou amado e protegido
Com as armas de Ogum
Os orixás da minha terra
Eu respeito desde cedo
Mas cresci enganado
Por um forte preconceito
Isso me fez acreditar
Que oxu era o diabo
Olorum não existe
E oxalá era um pobre coitado
A crença prevaleceu
E o engano foi desfeito
Mas o baiano ainda vive
Com esse preconceito
Zumbi é meu herói
Respeito a minha história
Lutamos por igualdade
Em nome de sua memória
Sou afro - brasileiro
Tenho orgulho da minha cor
O povo negro, diante do preconceito
Resiste e vence essa histórica dor.
Ascendência
Eu, filho do caos e da isolamento,
faço deste pequeno e ínfimo verso
nascido em meu lúgubre universo,
meu último testamento.
Meus sentimentos jamais serão perdoados.
Detentores de natureza renitente,
Estes são meus pecados.
Quando elas me gritam,
meu peito dói.
Não suporto mais isso.
Quero acabar com essa dor que me destrói.
Eu, filho do amor e da exaltação,
hei de enterrar em meu túmulo
todo sentimento que em acúmulo
me levou a pecar contra meu coração.
O céu jamais se fez azul sobre minhas pestanas.
Mas quando o encaro, peço que me mate.
Que em meu túmulo se enterrem mentes insanas,
e assim como meu sangue se façam escarlate.
A constrição aumenta em meu peito.
Em meu quarto se mostra desconfortável sensação.
Recende a solidão.
E mais uma vez, a morte atavia o meu leito.
Eu, filho do rancor e da ardente paixão,
Renuncio toda dor.
Amaldiçoo todo amor
que me levou a cair em depravação.
Quando tamanho sofrimento
descera sobre minh'alma,
senti o último momento
em que me fora roubada a calma.
Abnego minha existência.
Já não sinto mais inevitável
vontade de com meu eu ser afável.
Em meu calvário se pagara a penitência.
Eu, filho do ver e da verdade,
através de meus versos encontro piedade.
Oriundo da terra, verdadeiro colo,
anuncio meu retorno ao solo.
Meus olhos, frutos da própria terra,
vis criaturas peçonhentas
que na verdade encontram tormentas,
sua Ascenção encontram na guerra.
Se ao teu ver, minha existência enfraquecida,
em meus olhos, expressão da realidade,
se encontre tamanha debilidade,
toma tua foice, ceifa a estéril vida.
Eu, filho da vida e da própria morte,
a quem rejeitara a própria sorte,
tornara-me da dor, escravo passivo.
À noite, sofredor cativo.
Quando em meu andar
eu hesitar em dar o primeiro passo,
deixe que em meu penúltimo ruflar
se desfaça esse eterno laço.
Elas, cujas lâminas marcam em meu braço
a falta de um único abraço
gritam o notar da minha ascendência.
Seu nome, depressão.
E se for pra acontecer... A onda vai me puxar, sou amigo do povo das águas, um filho querido de Yemanjá.
Que desse mar já me deu uma Rosa que marcou um grande momento da minha vida. Com um soneto de fidelidade que durou até a despedida.
Mas como as águas trazem tudo que levam para o seu devido lugar. O mar não poderia deixar de devolver a Rosa que recebi de minha querida Mãe... Odoyá.
Para meu filho Joaquim.
De todas as marcas e cicatrizes no meu corpo, as que ele trouxe são as que mais me orgulho... Porque contam a história mais linda que já vive até hoje.
Me tornar "Mamãe".
Meu filho, se desprenda desse desprezo e rancor tão grandes que guarda dentro de você. Isso parte o coração da sua mãe.
Ser filho de pais separados é viver desejando que seus pais fiquem juntos novamente, mas, ao mesmo tempo, aceitar que o divórcio é o melhor para os dois.