A Semelhança de um Filho com a Mãe
Sou grata por ter irmãos. Só quem tem irmãos tão unidos como os meus, sabem o tamanho do amor que nos une.
*AVÓS*
Não poucas vezes paro no tempo e me pego a recordar
dos bons tempos em que eu ouvia os meus avós a me contar.
As histórias de como tudo começou e de como pouco a pouco,
tudo tudo se ajeitou.
Avós tem cheiro de alegria, de amor, de diversão.
Às vezes uma bronca ali e logo um pedido de perdão,
que vinha com aquele prato preferido, muito bem escolhido para voltar a comunhão.
Ser avô ou avó, algo espantoso, curioso,fenomenal,
pois é ver o fruto do fruto trazendo esperança afinal,
de que um dia a sua lembrança será verdadeiramente imortal.
Que amor é esse que faz os seus netos se sentirem tão amados? Respondia minha avó: "Tudo isso meu filho é porque eu amo dobrado."
Pr.Nilton Sodré.
Aos poucos, os pingos de chuva caem sobre meu rosto, meus olhos brilham ao ver a clareza do céu por trás das grandes árvores floridas que fazem suas folhas desabarem no chão molhado. Minhas mãos tremem e a cada passo percebo que junto com as gotas d'água caem lágrimas.
Em volta as flores me olham e me guiam, os pássaros piam formando uma bela canção, o vento suspira no meu ouvido coisas que naquele momento eu conseguia entender.
Que sentimento é esse? Por qual motivo estou assim?
Meu mundo quer me mostrar algo e para isso preciso continuar andando.
Meus dedos dos pés congelando continuam firme, meus dentes batendo me faz querer chegar mais rápido, meus pensamentos visam apenas o passado, onde recebi carinho de todas as formas, onde abria os olhos e via a felicidade a minha frente mesmo sem entender direito.
Debaixo de uma árvore onde a água não cai e um feixe de sol ilumina em apenas uma direção vejo alguém que eu já sabia quem é, mas queria ter certeza. Devo olhar mais atentamente?
Naquele momento um vento forte soprou em minha direção e a chuva veio em meu rosto me fazendo fechar os olhos, um frio imenso dominou meu corpo, minha alma se trancou, mas meu coração saltitou, ao abrir os olhos vi aquela pessoa me olhando, atrás dela o céu sorrindo e tudo em volta colorido, meu corpo esquentou como se estivesse sentado do lado de uma fogueira. Aquela pessoa estava olhando pra min novamente depois de tanto tempo, meus olhos lacrimejavam e meu coração sorria, já não sabia como agir, meu mundo aos poucos virava uma bela canção, a cada passo que dava a emoção do seu sorriso fazia minha alma mais feliz, apresso os passos e ao chegar a sua frente olhando em seu rosto escuto novamente algo que me fez chorar feito aquela criança de antigamente...
Oi filho.
A realidade assistida são das mães que choram pelo trabalho que os filhos dão, e outras que choram sem saber, “pelo trabalho que elas não quiseram ter com seus filhos” (...)
Pai
Se eles não se fossem, mas eles se vão!
Insistem em ir, de repente partem e te deixam.
Partem porque têm de viajar
partem porque se separam de sua mãe
partem porque vão ao encontro de deus
partem, simplesmente partem.
E as vezes, partem sem explicação; uns voltam, outros não!
Existem os que resistem até que se contem as últimas piadas
bem velhinhos, parecem cada vez mais jovens com o passar do tempo.
Riem de tudo, até de si mesmos!
São sempre a maior atração
contam sempre as melhores estórias
estão sempre na contramão do mundo
só pra te agradar.
Existem os que nunca estiveram presentes
e quando presentes, fazem realmente a diferença (pra bem ou pra mal).
Na maioria das vezes, são feito as crianças, um crianção!
Mas existem aqueles que se fazem de sérios, parecem gelados e frios
até que um acorde de guitarra lhes desconcerte.
Ao ouvir aquela sua música do passado o velho se transforma
desarrocha a gravata do terno e vira outro
louco, baila pela sala de forma estranha - Isso é rock'n roll baby!
É tão engraçado!
Acho que deus pôs as mães no mundo para nos ensinar a caminhar com retidão
e os pais, existem, porque conhecem os atalhos mais irados.
A MAIOR MISSÃO NA TERRA
Enquanto trabalho em minhas planilhas, lembro das suas pequenas unhas do pé que precisam ser cortadas.
Enquanto almoço rapidamente, penso se as professoras da escola integral insistem algumas vezes para você comer o brócolis, assim como eu faço lá em casa.
Na academia (que tento fazer no horário do meu almoço, entre uma reunião e outra), tento levantar um pouco mais de peso nos equipamentos. Meu corpo precisa estar inteiro e saudável para organizar a sua festa de 15 anos.
Olho o extrato bancário e vejo que já debitaram a parcela mensal do meu seguro de vida que fiz antes mesmo de você nascer. Mesmo em minha ausência, caso ocorra, quero lhe deixar algum conforto.
Sorrindo, engulo mais um sapo a seco e aguento agruras no trabalho pois preciso do salário ao final do mês para o seu nobre sustento.
Viajo para as minhas aulas do doutorado muitas vezes em lágrimas e com o coração apertado por uma noite a menos com você, mas com a certeza que será melhor para o seu futuro. E com a esperança de tê-la orgulhosa citando a mãe doutora.
Faço questão de percorrer algumas horas de trânsito por dia para levá-la e buscá-la do colégio, pois são horas em que me dedico só a você, mesmo desviando dos ciclistas e cachorros que cruzam o nosso caminho.
Aliás, no percurso até a sua escola, fico inventando uma nova brincadeira para interagirmos até chegarmos em nossa casa, na esperança que não pegue no sono e durma sem jantar.
Colei os seus desenhos ao lado da minha mesa do trabalho para eu lembrar que um dia duro faz todo sentido quando se tem um “pedacinho de gente” dizendo que te ama ao final da tarde.
Declaro com um sorriso escapando do rosto que aprendi a matar baratas, fazer omeletes, cantar no chuveiro, assistir desenhos animados e cuidar bem melhor da minha saúde depois que você nasceu.
Morri um pouquinho quando me pediu, pela primeira vez, para deixá-la no portão da escola e vê-la caminhar sozinha, e não deixá-la pessoalmente dentro da sua sala, aos cuidados da sua professora, como eu sempre fiz.
E falando de novo em morrer, quase morri de culpa quando vi uma cárie microscópica em seu dente do fundo. Eu me senti a pior mãe do mundo por isso. Fui derrotada, mesmo tentando cuidar dos seus dentinhos da melhor forma possível.
Revolto-me discordando das pesquisas que relacionam mães que trabalham muito com filhos com problemas psiquiátricos. Escolha cruel e injusta demais entre ser pobre ou ter sucesso, ter filhos saudáveis ou doentes.
E falando de doenças mentais, saí chutando a lixeira do consultório do meu psiquiatra quando ele me disse que a minha doença se chamava “sono” e que bastaria eu dormir oito horas por noite para eu sarar. Alguma mãe aí pode me dizer como faço isso?
Falando de perder sono, foram incontáveis as vezes que saí da minha cama e fui até a sua só para certificar se estava tudo bem, se você respirava, se a janela entreaberta te incomodava, se algum pernilongo te rondava, se sua “bexiguinha” suportaria até o amanhecer, se a manta que te cobria te protegia do frio ou te dava calor…
Chorei com a maior das paixões quando jogamos a primeira partida de xadrez juntas. E você só tinha 4 anos.
Chorei de novo quando soletrou “batata” e “boneca”. Quando pegou os meus dedos e contou-os até dez… Em inglês.
E falando em chorar, só “aprendi” a chorar mesmo, quando você contorceu de cólicas pela primeira vez, aos 20 dias de vida, e nós duas sozinhas em casa na madrugada. Antes eram só lágrimas de crocodilo ou derramadas sem um motivo tão nobre.
Depois que você nasceu, reconheci que fazê-la dormir segurando as suas mãozinhas pequenas é muito mais prazeroso (e saudável!) do que comprar uma garrafa de absinto e beber sozinha, andar em alta velocidade com um carro novo ou fumar um maço inteiro de um importado da Indonésia, sabor canela, pela madrugada…
O suor infantil exalado dos seus pezinhos após um dia todo de estripulias é muito mais perfumado do que uma “explosão de rosas”: o cheiro daquele meu perfume que você desde bem pequenina sempre pediu um “tiquim no pecôço”.
E quando fecho os olhos, naqueles dias que parecem não ter fim, eu lembro do nosso diálogo no dia da mais terrível tempestade que passamos juntas, sozinhas, você com apenas 4 anos de vida, salvando a minha:
– Filhinha, se tudo o que temos for perdido, tudo o que a mamãe precisa para recomeçarmos está aqui dentro, ó (e apontei para a minha cabeça).
– Mamãe, não se preocupe. Só não fique olhando para a chuva, nem para o vento, nem para as árvores (que se contorciam nessa hora). Me abrace, me dê as suas mãos (pegou as minhas mãos nas delas, tão miúdas), olhe aqui pra mim, para os meus olhinhos e repita comigo várias vezes: “eu não tenho medo, essa chuva vai passar, eu não tenho medo…”.
Obrigada meu amor por me fazer piloto dessa nave, na maior missão na Terra.
Tenho uma marca
Tenho uma marca de ti em mim, amor
Um traço que fez-se ao vires ao mundo
Quem disse que não é parto mesmo?
Te tenho e a cada momento que passa
É mágico, é amor, encantador sem dor
Mas doeu,
Doeu o teu primeiro choro lá em casa
O teu umbigo ao cair a mim doeu
E as cólicas que tiveste me feriram
Nessa fase eu virei uma menina
E chorava, tinha medos e receios
Mas tu, tu a cada dia transformavas
Em mãe, aquela menina insegura que era eu.
Tenho uma marca de ti, amor
É um corte tão perfeito no meu corpo
É a marca que a vida tatuou.
E quando olho, quando toco
Te vejo, te vivo, e revivo
Num momento divinal meu e teu
E se pudesse apagar?
Tirar o traço que é tua marca,
Jamais!
Tenho uma marca de ti, amor
E é por amor que ficou em mim.
“Pois onde estiver o seu tesouro, aí também estará o seu coração” (Mt 6.21). Jesus lembra-nos que o que valorizamos é o que oferecemos ao nosso coração, com tempo, amor e esforço. Como pais, consideramos nossos filhos como tesouros, como dádivas do Senhor. Valorizá-los é mais que dizer que os amamos; significa dar-lhes nosso tempo, amor, esforço e atenção. Para isso, devemos realmente conhecer o desígnio especial de Deus para cada um deles. (Larry Keefauver - Pais Para Toda Vida, p. 34)
Milagre da Fé...
Meu destino era via traçada
Nos idos de janeiro de 1961
Partir, sem minha mãe merecer
Em parto prematuro, inseguro de ser
Seus gritos não eram de dor
Eram de uma mãe que queria ter
Nos braços, a vida evoluída no ventre
Mesmo que imaturo naquele repente
Mas lhe vieram vis intempéries
Tanto tempo antes do tempo certo
E sangrou, sangrou tanto e muito
A se lhe precipitar a vida romper seu fio
Tocou-lhe a face um calor de amor
E pôde ouvir ao longe uma voz serena
Que a consolou e deu segurança
Reavivando a Fé, boa Graça e esperança
Por um instante, deixara seu corpo
Deitada num leito, fim de seu trilho
Num repente, adornou-se de Luz Divina
Ouviu:"devolvo-te a vida e a de teu filho!
.Dia 8 Março dia Internacional da mulher
A mulher ser precioso
De qualidades, atributos e virtudes distintas de uma forma demonstrativa da dádiva divina de Deus, com grande potencial para gerir, organizar e acompanhar seu cônjuge, como seus filhos que gera no ventre, geradora de vida, que preciosidade , cuidadora, zeladora, e protetora.
Disposta a defender suas causas e as demais , guerreira, obrigado mães deste mundo, filhas, primas, tias, avós e irmãs que caminham ao nosso lado e nos suprimem as faltas com vossos toques, ao vosso feito o mundo o torna-se mais perfeito.
Ombro de consolo, para nós na tristeza e na alegria.
Todos os adjetivos não seriam suficientes para vos qualificar pela vossa companhia que é tão importante para nós.
Um feliz dia para todas as mulheres
Milagre da Fé...
Meu destino erá via traçada
Nos idos de Janeiro de 1961
Partir, levando meu filho desejado
Em parto esperado, mas fora do prazo
Meus gritos não eram de dor
Eram de uma mãe que queria ter
Nos braços a vida evoluída
No ventre, até o momento do nascer
Mas vieram-me as intempéries
Tanto tempo antes do tempo certo
E sangrei, sangrei tanto e muito
Que se precipitava a vida romper seu fio
Tocou-me a face um calor de amor
E pude ouvir ao longe uma voz serena
Que me consolou e deu esperança
Reavivava na Fé, boa lembrança
Por um instante, deixei meu corpo
Ao lado do leito, fim de meu tempo
Em pé, tomada de luz, ditosa e grata
Ouvi:"devolvo te a vida e a de teu filho!"
Um ano da minha vida
Um ano intenso
Um ano cansado
Um ano de verdade
Um ano de missão
Um ano de emoção
Um ano da alegria
Um ano da vitória
Um ano da chegada
Um ano da mamãe
Um ano do papai
Um ano do amor verdadeiro
Um ano do Francisco
Se você me pedisse um conselho pra vida eu diria... tenha filhos. Não precisa ter de imediato, mas não deixe de tê-los.
Só conhecemos o significado da palavra incondicional depois que eles nascem. O amor incondicional, o doar e se dar incondicionalmente.
Eles nos fazem muito mais fortes e frágeis também. Vem junto um desejo de mundo melhor e querer ser melhor no mundo. Vem junto também preocupações que não existiam e medos aterrorizantes. Mas o estar junto, o saber que mesmo com toda a sua imperfeição eles estão ali, te amando e admirando, se espelhando em você, ah é gratificante.
Eles não fazem ideia, mas ensinam muito mais do que aprendem, preenchem todo um vazio que possa existir e transbordam o mais lindo amor que se pode oferecer.
Olhos rasos d'água
Dor que me cala
Da margem da vida, o desespero me faz olhar para traz
Me resta escrever
És tu minha doce mãe, meu maior pesar
Não chores por mim minha rainha, pois em teu coração não morrerei
Chores sim, pela dor que te fiz passar
Sofras sim
Pelo desgosto que cobre a alma, e derrama sobre mim o teu sufoco
Ó, pobre mãe, que tudo me deste!
Agora descanse em vida
O caos, teu filho levará na morte.
Dê valor ao pouco que essa Mulher faz por você, pôs em comparação ao tanto de gente que está ao seu lado, Tem Feito é muito
Encomenda
Como é boa a sensação
De ouvir o teu coração
Tumtum, tumtum
Bate bate
Bem depressa
Há uma vida aí
Não é meu, nem seu
É nosso
Nove meses, apenas
Eternos nove meses
Nossa ansiedade te espera
Amor em expresso
Nossa prole
Está a caminho
Cheia de carinho