A Minha Amada

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POEMA DOS OLHOS DA AMADA

Ó minha amada
Que olhos os teus
São cais noturnos
Cheios de adeus
São docas mansas
Trilhando luzes
Que brilham longe
Longe nos breus...

Ó minha amada
Que olhos os teus
Quanto mistério
Nos olhos teus
Quantos saveiros
Quantos navios
Quantos naufrágios
Nos olhos teus...

Ó minha amada
Que olhos os teus
Se Deus houvera
Fizera-os Deus
Pois não os fizera
Quem não soubera
Que há muitas eras
Nos olhos teus.

Ah, minha amada
De olhos ateus
Cria a esperança
Nos olhos meus
De verem um dia
O olhar mendigo
Da poesia
Nos olhos teus.

Vinicius de Moraes
Antologia poética

Nota: Letra da música "Poema dos Olhos da Amada", composta por Vinícius de Moraes e Paulo Soledade.

...Mais

Eu só consigo pensar em você, minha amada imortal. Só posso viver plenamente com você ou não posso viver. Fique calma minha vida, meu tudo. Somente com a calma da consideração da nossa existência, alcançaremos nosso propósito de vivermos juntos. Oh! continue me amando - E nunca julgue mal o tão leal coração do seu amado.

A qualquer tempo
Sempre minha
Sempre nosso

Ludwig van Beethoven

Nota: Trecho adaptado de "The Letter: To The Immortal Beloved".

Como uma jovem rosa, a minha amada...
Morena, linda, esgalga, penumbrosa
Parece a flor colhida, ainda orvalhada
Justo no instante de tornar-se rosa.

Ah, porque não a deixas intocada
Poeta, tu que es pai, na misteriosa
Fragrância do seu ser, feito de cada
Coisa tão frágil que perfaz a rosa...

Mas (diz-me a Voz) por que deixá-la em haste
Agora que ela é rosa comovida
De ser na tua vida o que buscaste

Tão dolorosamente pela vida ?
Ela é rosa, poeta... assim se chama...
Sente bem seu perfume... Ela te ama...

Nova Canção do Exílio

Minha amada tem palmeiras
Onde cantam passarinhos
e as aves que ali gorjeiam
em seus seios fazem ninhos
Ao brincarmos sós à noite
nem me dou conta de mim:
seu corpo branco na noite
luze mais do que o jasmim
Minha amada tem palmeiras
tem regatos tem cascata
e as aves que ali gorjeiam
são como flautas de prata
Não permita Deus que eu viva
perdido noutros caminhos
sem gozar das alegrias
que se escondem em seus carinhos
sem me perder nas palmeiras
onde cantam os passarinhos

Bom dia! Todavia, na cama se multiplicam os meus pensamentos em ti, minha amada imortal; tão alegres como tristes, esperando ver se o destino quer ouvir-nos. Viver sozinho é-me possível, ou inteiramente contigo, ou completamente sem ti. Quero ir bem longe até que possa voar para os teus braços e sentir-me num lugar que seja só nosso, podendo enviar a minha alma ao reino dos espíritos envolta contigo. Tu concordarás comigo, tanto mais que conheces a minha fidelidade, e que nunca nenhuma outra possuirá meu coração; nunca, nunca... Oh, Deus! Por que viver separados, quando se ama assim?

Minha vida, o mesmo aqui que em Viena: sentindo-me só, angustiado. Tu, amor, tens-me feito ao mesmo tempo o ser mais feliz e o mais infeliz. Há muito tempo que preciso de uma certeza na minha vida. Não seria uma definição quanto ao nosso relacionamento?... Anjo, acabo de saber que o correio sai todos os dias. E isso me faz pensar que tu receberás a carta em seguida.

Fica tranquila. Contemplando com confiança a nossa vida alcançaremos o nosso objectivo de vivermos juntos. Fica tranquila, queiras-me. Hoje e sempre, quanta ansiedade e quantas lágrimas pensando em ti... em ti... em ti, minha vida... meu tudo! Adeus... queiras-me sempre! Não duvides jamais do fiel coração de teu enamorado Ludwig. Eternamente teu, eternamente minha, eternamente nossos."

A QUE VEM DE LONGE

A minha amada veio de leve
A minha amada veio de longe
A minha amada veio em silêncio
Ninguém se iluda.

A minha amada veio da treva
Surgiu da noite qual dura estrela
Sempre que penso no seu martírio
Morro de espanto.

A minha amada veio impassível
Os pés luzindo de luz macia
Os alvos braços em cruz abertos
Alta e solene.

Ao ver-me posto, triste e vazio
Num passo rápido a mim chegou-se
E com singelo, doce ademane
Roçou-me os lábios.

Deixei-me preso ao seu rosto grave
Preso ao seu riso no entanto ausente
Inconsciente de que chorava
Sem dar-me conta.

Depois senti-lhe o tímido tato
Dos lentos dedos tocar-me o peito
E as unhas longas se me cravarem
Profundamente.

Aprisionado num só meneio
Ela cobriu-me de seus cabelos
E os duros lábios no meu pescoço
Pôs-se a sugar-me.

Muitas auroras transpareceram
Do meu crescente ficar exangue
Enquanto a amada suga-me o sangue
Que é a luz da vida.

Ai, amor, sei que é muito difícil e doloroso essa distância, essa saudade que corta o peito, mas se é preciso tudo isso, sofrer até sangrar, deixar a saudade me maltratar todos os dias se é preciso mesmo tudo isso para ficar com você pra sempre, pra ter teus carinhos, teus beijos, teu corpo, tua atenção, tua alegria, tua calma que me acalma, teu sorriso, tua boca, teu carinho, se é preciso então que eu sofra, que eu sinta saudades, que eu chore pela distância, não me importa porque sei que um dia estarei do seu lado, coladinha com você, e sei que será para sempre, eu terei tudo isso que mencionei, então que venha, vou aguentar porque sei que vai valer a pena, vai valer a pena mesmo...

CARTA DO AUSENTE

Meus amigos, se durante meu recesso virem por acaso
passar a minha amada peçam silêncio geral.
Depois apontem para o infinito.
Ela deve ir como uma sonâmbula, envolta numa
aura de tristeza, pois seus olhos só verão a minha
ausência.
Ela deve estar cega de tudo o que seja o meu
amor (esse indizível amor que vive trancado em mim num
cárcere mirando empós seu rastro).
Se for a tarde, comprem e desfolhem rosas à
sua melancólica passagem, e se puderem entoem
cantus-primus.
Que cesse totalmente o tráfego e silencie as
buzinas de modo que se ouça longamente o ruído de seus
passos.
Ah, meus amigos, ponham as mãos em prece e
roguem, não importa a que ser ou divindade por que bem
haja a minha grande amada durante o meu recesso, pois
sua vida é minha vida, sua morte a minha morte.
Sendo possível soltem pombas brancas em
quantidade suficiente para que se faça em torno a
suave penumbra que lhe apraz.
Se houver por perto um hi-fi, coloquem o
"Noturno em sí bemol" de Chopin.
E se porventura ela se puser a chorar, oh
recolham-lhe as lágrimas em pequenos frascos de
opalina a me serem mandados regularmente pela mala
diplomática.
Meus amigos, meus irmãos (e todos os que
amam a minha poesia), se por acaso virem passar a
minha amada salmodiem versos meus.
Ela estará sobre uma nuvem envolta numa aura
de tristeza o coração em luz transverberado.
Ela é aquela que eu não pensava mais
possível, nascida do meu desespero de não encontrá-la.

Ela é aquela por quem caminham as minhas
pernas e para quem foram feitos os meus braços, ela é
aquela que eu amo no meu tempo e que amarei na minha
eternidade - a amada una e impretérita.
Por isso procedam com discrição mas
eficiência: que ela não sinta o seu caminho, e que
este, ademais ofereça a maior segurança.
Seria sem dúvida de grande acerto não se
locomovesse ela de todo, de maneira a evitar os
perigos inerentes às leis da gravidade e do momentum
dos corpos, e principalmente aquele devidos à
falibilidade dos reflexos humanos.
Sim, seria extremamente preferível se
mantivesse ela reclusa em andar térreo e intramuros
num ambiente azul de paz e música.
Oh, que ela evite sobretudo dirigir à noite
e estar sujeita aos imprevistos da loucura dos tempos.

Que ela se proteja, a minha amada contra os
males terríveis desta ausência com música e equanil.
Que ela pense, agora e sempre em mim, que
longe dela ando vagando pelos jardins noturnos da
paixão e da melancolia.
Que ela se defenda, a minha amiga, contra
tudo que anda, voa, corre e nada; e que se lembre que
devemos nos encontrar, e para tanto é preciso que
estejamos íntegros, e acontece que os perigos são
máximos, e o amor de repente de tão grande tornou tudo
frágil, extremamente, extremamente frágil.

Quando jura ser feita de verdades,
Em minha amada creio, e sei que mente,
E passo assim por moço inexperiente,
Não versado em mundanas falsidades.
Mas crendo em vão que ela me crê mais jovem
Pois sabe bem que o tempo meu já míngua, Simplesmente acredito em falsa língua:

E a patente verdade os dois removem.
Por que razão infiel não se diz ela?
Por que razão também escondo a idade?
Oh, lei do amor fingir sinceridade
E amante idoso os anos não revela.
Por isso eu minto, e ela em falso jura,
E sentimos lisonja na impostura.

Quando eu olho para a minha amada eu vejo os fragmentos de milhões de pequenas coisas que somadas me dizem que ela é a mulher da minha vida.

‎Ames ou não, ó minha amada
Quero-te sempre boa atriz
Mentir amor não custa nada
E custa tanto ser feliz.

Hilda Hilst
Tu Não Te Moves de Ti

O aniversário da minha amiga

És minha amada amiga e meu amor.
Sê-lo a um dia estivo, meu melhor amor.
Sê minha linda princesa mui feliz!
Trago-te as flores do teu coração, amiga!

És minha bela amiga do coração, amor!
O alaúde do teu aniversário e amor;
O beijo do teu querido vate e amigo,
uma alvorada do teu bolo a sentir-te.

És meu melhor carinho da vida, amor!
A cavatina do teu beijo a tocar-me;
A lembrança do teu poeta a abraçar-te.
Foste meu melhor anjo do coração e amor.

Dou-te um lindo carinho da amizade,
Feliz aniversário! Meu melhor coração.

Desconhecido

Nota: (Soneto inglês XVI)

Que esta minha amada paz e este meu
amado silêncio
Não iludam a ninguém
Não é a paz de uma cidade
bombardeada e deserta
Nem tampouco a paz compulsoria
dos cemitérios
Em mim, na minha alma,
Pressinto que vou ter um terremoto

⁠MINHA AMADA
Sua beleza
Algo além da natureza
Seu cabelo cacheado
Me deixa desnorteado

Quando ela está por perto
Eu me sinto tão completo
Tudo o que falta em mim
Nela eu já vi, sim

Eu a amo demais
Cada vez mais
Ela é simplesmente linda
No meu coração é sempre bem-vinda

Quando jura ser feita de verdades,
Em minha amada creio, e sei que mente,
E passo assim por moço inexperiente,
Não versado em mundanas falsidades

Eu e Ela

Uma noite encantada
Eu e minha amada
Deitados no chão
Já era de madrugada
E as estrelas brilhavam
Como nunca vi
Pareciam que brilhavam só para eu e ela
Nunca vi coisa tão bela
O amor meu e dela
Iluminado pelas estrelas
Que lá do céu nos olhavam
E nós olhávamos elas.

Afrodite (n°90)

Minha amada
Dos cabelos morenos
Com sorriso inibriante
Dá toque sedutor a enrredos

Com seu olhar penetrante
Abraço comigo morfina
E Corpo de Afrodite
Numa voz de vampira

Que me ama mais do que se permite
Aquele riso me encanta
Vive a ecoar na minha mente
Riso lindo vindo do coração

Sua paixão por mim é corrente
Para esse seu coração de cristal
Pena ser quebrável
Saiba que não fiz por mal
Pois sua paixão foi inegável

Borboleta morena

Como uma rosa, é a minha amada...
Minha morena, linda, amante do amor,
Seu olhar é de um brilho esverdeado!
Suas asas prateadas,

Seu aspecto exuberante, imaculada,
Parece a flor colhida, ainda orvalhada,
Justo no instante de tornar-se rosa.

És tu a essência do amor sem igual, que desperta o meu amor,
Entre flores e nuvens,
estrelas e mar.

Por que amar igual eu te amo...
Sem medir distância!
Havemos de ser amantes,
Enquanto houver a luz deste sol queimante.

Assim hoje e sempre serás,
Só minha,
E sempre vamos nos amar,
Além do mar,
Do céu e do infinito.

— Ainda que humanos, limitados somos.

Por que voar? Não encontramos caminhos fáceis de andar.

Teu rosto irradiante desorienta as firmes pedras,
Que não sabem de água e de ar.
Que nem sequer dormem pra sonhar
O quanto nos amamos!

Minha Amada.

Ela é linda,
Deste jeito sim,
E eu te quero assim,
Olha Ela aí,
Com sua forma voluptuosa,
É isso que a faz gostosa,
Com essa barriguinha saliente,
Suas curvas generosas,
Enlouquece-me a mente,
Olha Ela aí,
O seu corpo tem mistério,
Quem é que pode desvendar,
O seu andar é delicado,
Lindo é te admirar,
Inspira-me sonhos,
Quem me dera poder realizar,
Olha Ela aí,
Me encantas com toda essa beleza,
Suas coxas bem torneadas,
Em obra prima foste esculpidas,
Vem devagar até parece desfilar,
Meu coração sai em disparada, Bum-Bum-Bum-Bum,
Passa por mim é forte o pulsar,
Olho para trás e olha Ela aí,
Estou hipnotizado,
Suas nádegas arredondadas,
Perco o sentido em sua adorável requebrada,
Bumbum, sensualmente rebolada,
Na minha insensatez quero gritar pra que possas me ouvir,
Dizendo que sou louco por ti,
Minha Linda Gordinha Amada.

Onde está você, meu amor?
Que me chama de minha amada e não diz que me ama,
me seduz numa noite, sob o clarão de uma luz...
Some da noite para o dia, como uma ave de rapina.
E eu aqui sozinha, com meus pensamentos que me dominam.
Não consigo te esquecer...