A Medida do Homem é a Imperfeição
NINGUÉM É PERFEITO
Profª Lourdes Duarte
Fácil é dizer que o outro está errado, difícil é ouvir a sua consciência e apontar seus próprios erros.
Lembre-se Nossos olhos são seletivos, nós "focalizamos" o que queremos ver e deixamos de ver o restante. Escolha focalizar o lado melhor, mais bonito, mais vibrante das coisas, assim como um girassol escolhe sempre estar virado para o sol”.
Comece a fazer uma análise de se mesmo, antes de apontar os erros dos outros.
Ninguém é perfeito e a nossa imperfeição muitas vezes nos faz pensar que acertamos sempre, que somos perfeitos, que só o outro erra.
A nossa imperfeição nos torna egoístas. Acenando o tempo todo os erros dos outros não percebemos nossas escolhas erradas, nossas ações, nossas falhar...Fácil é ditar regras, difícil é segui-las. Ter a noção exata de nossas próprias vidas, ao invés de ter noção da vida dos outros.
Fácil é ver o que queremos enxergar.
Difícil é saber que nos iludimos com o que achávamos ter visto, que o que é certo ou errado para mim poderá não ser para o outro.
Admitir que nos deixamos levar, mais uma vez pelo que vimos é difícil , mas é o mais correto e admitir que erramos e tentar consertar nossos erros é possível e uma ação louvável do ser humano.
Mesmo uma igreja operosa em sua fé, abnegada em seu amor, firme em sua esperança e modelo para todos não pode esquecer q ainda é imperfeita
De vulnerável se faz propenso
No mínimo se espera o descenso
A tirania atacada de sobrevivência
Do mais fraco atacando o mais potente
Se sente uma supérflua vontade de pensar antes
Tolerância indesejável
Se contagiando na justiça, para não perecer tentando ser possante
Temendo a morte, se escondendo da verdade
Lhe faz cego perante a dignidade
Enxerga por baixo toda fonte de bondade
Por não ter coragem de agir, apenas projetar realizar
Apesar divirjo de Gandhi que atribui o dom do perdão aos fortes
Não considera o moderado em qualidade similar
O dom que admiro na fraqueza e suporta o que o destino lhe impõem
O forte sai depressa, sem mudar
O fraco sai forte por se ultrapassar.
Às vezes eu me sinto um peixe fora do aquário, mas isso não é ruim. É sinal de que sou eu mesma. Eu penso da forma que eu quero, não da forma que as pessoas gostariam que eu pensasse. Tenho em mim a coragem de ser exatamente quem eu sou, com todos os meus defeitos e verdades, e pouco importa quem não gostar.
Prender, fixar, ajustar sem deixar folga... Espanar diante do aperto... Tudo o que NÃO faço!
Prefiro ser sem parafuso... peças soltas que se encaixam perfeitamente diante do cenário que a vida apresenta... mesmo quando tudo parece imperfeito... Improvável!
Fácil de mudar sem ter que arrastar... E sim carregar-se para novos cantos, sonhos e desafios...
Sem parafusos... Mas com infinitas peças (possibilidades e pessoas) fundamentais para manter a minha estrutura de pé.. (Manu Marizy)
Se você vê defeito em todo mundo, é provável que você também tenha um defeito. Nem que o seu próprio defeito seja ver o defeito nos outros.
O amor está justamente no conhecer os defeitos da pessoa, aceitar e saber lidar com eles, porque é fato de que somos todos imperfeitos.
Não espere de mim milagres, sonhos impossíveis, amor perfeito. Tenho defeitos, e não são poucos. Tenho o chão que me faz acordar e a vida, nalgumas vezes dura, puxa-me para fatos reais, dando-me inevitáveis dúvidas sobre o futuro. E quando o amor chega lento, ligeiramente ele cresce e se esquece dos fatos reais, das imperfeições e dos defeitos, porque o amor é o milagre que acorda sonhos adormecidos e alça voz para o coração. Não falo o que sinto, mas digo muito e tudo ainda um pouco mais: feche os olhos e olha-me! Pulso em você e você ganha vida dentro de mim.
Na vida ninguém aceita a culpa do desamor, do desencanto, do fracasso. Porque isso equivale a aceitar fragilidades que a sociedade incentiva a não ter. É preciso ser o melhor, é preciso cultivar o sentimento de perfeição, a imperfeição não cabe no dicionário dos dias. Talvez este seria o primeiro paradigma a reconsiderar, o de que o caminho da perfeição só se consegue aceitando todas as imperfeições...
Aqui nesse mundo é o lugar do equilíbrio dos defeitos, ninguém é perfeito e muito menos dono da verdade.
"Nas tortuosidades dos teus passos retilíneos; nas acidezes das tuas palavras adocicadas; nas destrezas viscerais dos teus traquejos desajeitados; nas metamorfoses das suas mudanças estagnadas; te confesso que és perfeita para quem, como eu, anseia por encontrar um amor único e sem perfeições..."
Amores perfeitos
Há, essas flores
São na verdade
Pequenas utopias
Amores perfeitos
Todos tem defeitos
Uns são poucos
Outros são muitos
Dito e feito
Amores perfeitos
Seus nomes verdadeiros
Amores imperfeitos.
Se você fosse uma pessoa perfeita e sem pecado, Jesus Cristo não teria todo o sacrifício de morrer na Cruz para lhe purificar do pecado e por meio dEle lhe transformar num ser sem pecado e totalmente perfeito após o arrebatamento e a ressurreição.
Ela nunca quis ser o tipo de garota perfeita , até por que ela sempre teve alguém que a achava perfeita mesmo com todos seus defeitos, mas quando esse alguém se foi tudo mudou e ela descobriu que nem de longe ela era perfeita
E hoje durante o dia ela distribui sorrisos , pra de noite ela chorar lágrimas de sangue com uma lâmina em seu braço
O amor verdadeiro não é cego. Ele enxerga todos os defeitos, entra em conflito com a razão e a emoção. E mesmo não aceitando, ele nunca desiste, acredita no impossível, no inabalável. O amor verdadeiro é quando você escolhe, descobre, conhece, e mesmo com toda a bagagem pesada ainda faria a mesma escolha novamente. A melhor sensação do mundo é sermos verdadeiros com quem se ama, e mesmo diante do olhar de desaprovação do outro diante dos nossos erros, você sente que independente do que for, você nunca estará sozinho, você nunca será abandonado. O amor não precisa aceitar tudo, nem ser perfeito como nos contos de fadas, basta ser realista, simples, sincero, de forma que sintamos a liberdade de mostrar o pior que podemos ser, sem temer o inimaginável. O verdadeiro amor perdoa, ouve, compreende, talvez nem seja apenas amor, mas além dele, o amor maduro.
O amor que sabe que está longe de ser um conto de fadas, mas que está disposto a caminhar lado a lado, apoiando os planos um do outro. Dividindo sonhos.
(In) Perfeição
Sou um ser como tantos outros da espécie humana, e como tal não sou perfeita, a condição de humano me garante o direito de às vezes ficar insegura, sentir medo e ter ciúme.
Gosto das coisas perfeitas. Bem feitas, bem acabadas, redondas. Sim, redondas, porque tudo o que é circular encerra em si essa ideia de perfeição, de completude. E quem é que não quer se sentir completo ou perfeito?
Quando nos cercamos de coisas perfeitas, é como se nos aproximássemos, de alguma forma, da própria perfeição. Gosto do alinhamento dos quadros na parede, da minha estante de livros sem nenhum arranhão, dos tapetes limpos e imaculados, das roupas bem passadas, dos livros alinhados, da ordem e do progresso (ao menos no que diz a respeito à vida pessoal). Gosto quando o bolo assado sai inteirinho da forma, quando o suflê não desanda, quando consigo cumprir todos os prazos. Gosto quando encontro facilmente as coisas porque estão bem organizadas e não é custoso ou perda de tempo acha-las. Gosto de pensar que às vezes, mas só às vezes as coisas estão perfeitas. E que a vida assim não só é melhor como é possível.
Mas as coisas, como as pessoas, sofrem desgastes. Sofrem pelo uso e pela ação do tempo. Desbotam, lascam, se desalinham, se descompõem. As coisas, como as pessoas, são dadas à imperfeição. E o imperfeito não é de todo feio. Nem condenável. A primeira vez que dei por uma pequena lasca em minha estante de livros, quis chorar. De pura raiva. Tinham-lhe roubado o aspecto de coisa nova, de coisa perfeita. Não era mais a estante mais bonita do mundo. E no entanto, ainda servia para o uso, o que tornaria uma aberração o seu descarte. Não me restou senão concordar. Habituei-me a vê-la assim, com um discreto machucado, como uma pessoa se habitua a uma cicatriz.
Sim, é possível habituar-se à imperfeição. Desde que se perceba que as coisas imperfeitas são, na verdade, imperfeitas porque usadas, manuseadas, vividas. Só o que não tem uso ou vida permanece intacto. E o que é desprovido de uso ou vida é também desprovido de valor.
Leia bem: não se trata de deixar a casa cair, de não se fazer reparos ou manutenções. Nem de relatar o estado terminal de certos objetos ou relações. Trata-se apenas de uma espécie de aceitação daquilo que não pode ser mudado porque mudado está. Aceitar que as coisas, ou relacionamentos, só têm continuidade e permanência quando ao consentir que se encontrem mudados mudamos também. Serve pra minha estante. Mas pode bem servir pra todo o mais.
Continuo gostando das coisas (aparentemente) perfeitas. Continuo gostando das coisas organizadas e de quando tudo dá certo. Mas estou aprendendo a amar a imperfeição. Não só a das coisas. Também a das pessoas, a dos relacionamentos, a da natureza. Porque no centro de toda imperfeição está a mudança, o movimento, que nos impõem lançar mão de um novo olhar sobre o mundo. Sem esse olhar resvalamos para um perfeccionismo que neurotiza, frustra e decepciona, porque jamais será real. O real é da ordem do imperfeito. E não raras vezes, pode ser belo e bom.
E há, finalmente, aquelas imperfeições que só nós mesmos conhecemos, sejam do corpo, sejam da alma. As mais íntimas, mais resguardadas. Não há que revelá-las. Tampouco esforçar-se para ocultá-las. Há apenas que saber com elas conviver. Só aprendemos a amar a imperfeição quando nela nos reconhecemos.
Gosto, sim, de pensar que as coisas às vezes, mas só às vezes estão perfeitas. Mas também gosto que estejam no mais das vezes imperfeitas. Vê-las como são, em sua mais completa imperfeição, me aproxima do que é real. E descubro a cada dia que a vida assim não só é possível como é (bem) melhor.
Não comprais o perfume pelo seu frasco bonito, mas sim pela sua essência
E a cada dia reflita a reluz e imite a ciência, sem perder a razão e racionalidade
Rasgando os mínimos dogmas de maldade e incapacidade
O ser humano não merece o julgamento do crítico inconsequente
Pois após o veredito virás o choro mímico dos inocentes
Em convincentes palcos de mínimas poesias
Que ao final do dia desencadearão dolorosas sinfonias
Então, o que tu queres?
O que buscamos dessa vida? A lágrima do olhar ou o perfume das rimas?
Então, tu me respondes baixo e não ignoras
Buscamos dessa vida o crudelíssimo caminho de volta!
_Fabrício Santos ( A Proporção Áurea do Quadrado Imperfeito)