A Máquina
Eu sinto que não pertenço a este lugar
Sou uma máquina de jogar coisa fora, não sei ao certo quem eu sou, vivo numa sensação incomoda de vulnerabilidade, é a cultura do instantâneo, a relação poderia ser chamada de amizade, mas não era.
Muitas pessoas que faziam parte do meu convívio social passaram a evitar, a palavra mãe trouxe à tona emoções amargas de abandono, não dava para mudar o início da vida que foi cheio de informações desconexas.
Sou um ser espiritual, estou desapontada e chateada, não consigo imaginar outra pessoa sentindo da forma como me sinto, estou doente sem recuperação rápida, me sinto tão humana, embora o mundo não acredite.
Foi difícil obter a serenidade, nem percebi o poço profundo que eu estava, por um momento tive a calma que eu precisava, não quero parecer mal-educada, mas isso é só uma confusão das ideias.
A melhor maneira de saber o que queremos de verdade é nos livrarmos do que não queremos. Decidi morar sozinha, assim tinha chance de ser bem-sucedida “nas relações”, uma atitude nada nobre.
Nunca fui o lado feminino da humanidade, nunca aprendi a renunciar, sempre fui de fazer as coisas quando posso e na hora que posso, por uma época me incentivaram a explorar a veia literária que pulsa em mim.
O meu sonho era ter quarto igual de hotel, achava que quanto menos entulho em casa, menos entulho na cabeça e na alma, vivia quebrando barreiras difíceis, não conseguia me impor como indivíduo e se raramente conseguia, era uma vitória.
Por anos todas as escolhas que fiz não eram minhas, eram ordens disfarçadas de escolhas, por muitas vezes me sentia a criança aprendendo a educação formal, com medo de falar com franqueza, com medo de ser julgada.
Foi difícil ignorar meus sentimentos por tanto tempo, minha mente nunca parava quieta, esse é um dos riscos mais maravilhosos da vida a progressão da nossa mente, se uma mentira recebe atenção suficiente, ela pode crescer e ferrar a sua vida. Abracei o presente e decidi pela felicidade.
Quando o enguiço da máquina beira a cronicidade, é trivial surgirem vozes bem intencionadas questionando se a roda deveria mesmo ser redonda.
A Máquina do Mundo
E como eu palmilhasse vagamente
uma estrada de Minas, pedregosa,
e no fecho da tarde um sino rouco
se misturasse ao som de meus sapatos
que era pausado e seco; e aves pairassem
no céu de chumbo, e suas formas pretas
lentamente se fossem diluindo
na escuridão maior, vinda dos montes
e de meu próprio ser desenganado,
a máquina do mundo se entreabriu
para quem de a romper já se esquivava
e só de o ter pensado se carpia.
Abriu-se majestosa e circunspecta,
sem emitir um som que fosse impuro
nem um clarão maior que o tolerável
pelas pupilas gastas na inspeção
contínua e dolorosa do deserto,
e pela mente exausta de mentar
toda uma realidade que transcende
a própria imagem sua debuxada
no rosto do mistério, nos abismos.
Abriu-se em calma pura, e convidando
quantos sentidos e intuições restavam
a quem de os ter usado os já perdera
e nem desejaria recobrá-los,
se em vão e para sempre repetimos
os mesmos sem roteiro tristes périplos,
convidando-os a todos, em coorte,
a se aplicarem sobre o pasto inédito
da natureza mítica das coisas,
assim me disse, embora voz alguma
ou sopro ou eco ou simples percussão
atestasse que alguém, sobre a montanha,
a outro alguém, noturno e miserável,
em colóquio se estava dirigindo:
"O que procuraste em ti ou fora de
teu ser restrito e nunca se mostrou,
mesmo afetando dar-se ou se rendendo,
e a cada instante mais se retraindo,
olha, repara, ausculta: essa riqueza
sobrante a toda pérola, essa ciência
sublime e formidável, mas hermética,
essa total explicação da vida,
esse nexo primeiro e singular,
que nem concebes mais, pois tão esquivo
se revelou ante a pesquisa ardente
em que te consumiste... vê, contempla,
abre teu peito para agasalhá-lo.”
As mais soberbas pontes e edifícios,
o que nas oficinas se elabora,
o que pensado foi e logo atinge
distância superior ao pensamento,
os recursos da terra dominados,
e as paixões e os impulsos e os tormentos
e tudo que define o ser terrestre
ou se prolonga até nos animais
e chega às plantas para se embeber
no sono rancoroso dos minérios,
dá volta ao mundo e torna a se engolfar,
na estranha ordem geométrica de tudo,
e o absurdo original e seus enigmas,
suas verdades altas mais que todos
monumentos erguidos à verdade:
e a memória dos deuses, e o solene
sentimento de morte, que floresce
no caule da existência mais gloriosa,
tudo se apresentou nesse relance
e me chamou para seu reino augusto,
afinal submetido à vista humana.
Mas, como eu relutasse em responder
a tal apelo assim maravilhoso,
pois a fé se abrandara, e mesmo o anseio,
a esperança mais mínima — esse anelo
de ver desvanecida a treva espessa
que entre os raios do sol inda se filtra;
como defuntas crenças convocadas
presto e fremente não se produzissem
a de novo tingir a neutra face
que vou pelos caminhos demonstrando,
e como se outro ser, não mais aquele
habitante de mim há tantos anos,
passasse a comandar minha vontade
que, já de si volúvel, se cerrava
semelhante a essas flores reticentes
em si mesmas abertas e fechadas;
como se um dom tardio já não fora
apetecível, antes despiciendo,
baixei os olhos, incurioso, lasso,
desdenhando colher a coisa oferta
que se abria gratuita a meu engenho.
A treva mais estrita já pousara
sobre a estrada de Minas, pedregosa,
e a máquina do mundo, repelida,
se foi miudamente recompondo,
enquanto eu, avaliando o que perdera,
seguia vagaroso, de mãos pensas.
(Texto foi extraído do livro “Nova Reunião”, José Olympio Editora – Rio de Janeiro, 1985, pág. 300. Fonte: Projeto Releituras)
Você não é uma máquina programada para acertar o tempo todo. Não é errado errar. Errar é não tentar consertar o erro. Acertos e erros são estatísticas e não a vida. O mundo seria monótono e sombrio se não houvessem os erros e a chama para os acertos, pois é a partir deles que temos tudo o que temos nesse mesmo mundo. Erre, não chore, faça seu acerto. A vida é assim mesmo.
Ainda bem que não criaram uma máquina do tempo, porque eu voltaria muitas vezes para te conquistar, e voltaria muitas vezes e tentaria diferentes formas apenas pelo prazer de estar ao seu lado vivendo tudo de novo.
A lua esta cheia de sangue...
sorriso,
sua alma é parte de uma maquina
fria sem sentimentos,
enquanto sua boca se arrasta pelo meu corpo,
estamos dentro de um sentimento...
livremente respiramos a morte...
coma meu coração em sonho eterno.
Não dilapide o tempo, ele vale ouro. Faça o seu melhor agora. A máquina do tempo ainda não existe para voltar outrora. Talvez não seja o que não fez ou gostaria de ter feito. E sim o que fará daqui para frente que não se arrependerá mais tarde
"Preciso:
* Uma máquina de lavar de 9kg
* Um rádio toca cd e mp3
* Uma mesa balcão com 2 cadeiras
* Uma passadeira atoalhada
* Uma táboa de passar roupas
* Uma cômoda e um cadeira sofá
* Uma cortina branca quarto
* Uma cama dupla com colchão
todos na cor branca por gentileza
Grata
Assim se planta a semente dos..."
O mundo é uma máquina onde nós, a sociedade, somos as engrenagens; se você não quer ser mais um parafuso desta máquina e resiste a tal sistema...nada acontece, afinal você é um mero parafuso substituível.
Nenhuma máquina vai substituir uma acolhida, uma palavra de conforto ou uma sugestão em horas angustiantes de sua vida. Nenhuma máquina vai lhe dar o abraço que suaviza toda dor. Preencher o vazio do seu coração, ou lhe fazer sorrir quando tudo parecer desabar a sua frente. E sabem por quê? Por que nenhuma máquina ou tecnologia até agora foi programada para o amor ou descobriu a melhor aplicação do verbo amar. Somos os únicos e exclusivos prontos para isso - para o outro, para o amor! Andrelina
estou preso a sua alma
e sou uma maquina sem sentimentos
sem alma pois vendi
por te amar tanto...
ninguém compreende o amor,
entre todos te amei até morrer,
todos os dias morro um pouco
pois sempre vou te amar...
nos dias difíceis te amo garota...
as horas são drogas vencidas,
pactos que controlam alma
de forma que o amor seja sempre lembrado...
te quero mais que tudo amo essa mulher...
" Por trás da maquina mais inteligente do mundo, existe uma mente humana brilhante que a programou. "
O tempo é uma máquina
"O tempo é uma obra-prima concedida a todos.
É como uma máquina que produz momentos. Seja eles tristes, felizes... insubstituíveis.
Mas se você não leu as instruções da máquina, ela não terá sequer importância ou utilidade. E depois você perceberá que poderia ter aproveitado-a, mas será tarde demais.
Para de pensar em realidades que não estão a alcance do homem. Não existe máquina do tempo. O tempo já é uma máquina por si só. Dê a ela seu devido valor."
"Eu não presto para ser fitness, porque alguém como eu, que já nasceu uma maquina de lavar, não se contenta em ser um simples tanquinho."
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