A Máquina
O destino nos trilhos,
o coração na máquina.
Sentmentos em vagões de ferro que o amor entrelinha pelas estações.
Adeus primavera,
adeus minha flor.
Se eu tivesse uma máquina do tempo eu não voltaria para o passado para consertar o erro no nosso relacionamento não eu voltaria para os anos 80 que seria mais legal.
Sua maquina risca o negro espaço
Ronca em fúria a fera de aço
Ruge
Foge
Na fuga de um conflito, a convulsão
As lembranças se esmagam pelo atrito do chão
Já é um corpo só
Maquina e Homem
Homem no espaço, aço e homem
E tudo se apaga
Do mundo resta o vazio
O frio dos abraços, frio de aço
É um vulto, um susto, uma visão
Passa a frente da mente
Estremece a mão e rompe o espaço
Entro o homem e o aço
É algo mais forte
É A MORTE.
FIM DE ANO – A MÁQUINA DO TEMPO
O passado é – fora de dúvida – um hábito considerado consistente. Tudo, no presente ou no futuro, tende a nos levar de volta ao passado. É preciso reagir, é necessário impedir que ele se torne perigosamente viscoso ou coagulado dentro de nosso ser. Do contrário, acabaremos carregando dentro de nós lápides compactas ou blocos de granito, cujo peso nos afastará de Deus e nos chumbará ao solo, impedindo-nos de avançar um milímetro sequer nos novos objetivos da vida, na luta incessante e inquietante por novas perspectivas.
É curiosa a problemática do tempo. O passado tendo sido, já não é mais, porém necessitamos do aprendizado que ele nos trouxe para servir-nos como ponto de referência para o futuro – evitando, assim, os erros, os atropelos, as mesmas armadilhas, os mesmos percalços, os mesmo atalhos – quando pensávamos que estávamos no caminho certo.
O passado, é óbvio, sempre nos servirá como fonte de informação, arquivo de nossa memória, fator de experiência. Ignorar essa evidência é sermos conduzidos a andar para trás ao invés de caminharmos para a frente.
O ser humano vive no tempo e do tempo, movendo-se, porque tem tempo e sendo movido pela noção do tempo do qual é feito. O tempo é um coágulo de eternidade lançado fora, folha arrancada da imensa árvore da vida, cujo verdor não cessa nunca. Essa folha carrega a marca de Deus, inscrição da providência divina.
Toda matéria tem saudade de Deus.
O Universo chora por Deus.
O Tempo clama por Deus.
Deus nos dá audiência e ao mundo através do Seu Filho, das profecias e do tempo. Estes são o Seu maior meio de comunicação e Ele se reporta à nós não só por meio destes, mas através destes... As ervas do caminho e os lírios do campo O compreenderam. Nós humanos, temos ouvidos mais rígidos. O Próximo, também nos dá notícias da presença de Deus. E o Próximo é aquele com quem divido a tarefa da construção de um mundo ou uma vida melhor! Só através dEle é que chego a ganhar-me em minha autonomia, identidade e diferenças... Ao postular a necessidade do “amor ao próximo”, nem por isso me exponho ao mundo de artérias abertas... Apenas edifico uma troca de aceitação das minhas oferendas, de permutas existenciais, de sensibilidades, afetos e gratidões.
Precisamos meditar nesse tempo que vai – Natal e Ano Novo – e se esvai através de nossos dedos como a areia fina do deserto. Um ser sem Deus é um ser sem futuro. Um ser sem futuro é a raiz da aflição humana. É viver literalmente à beira do abismo – o próximo passo pode não encontrar terra firme. Deus é nosso maior aliado neste “final dos tempos”. Ele é paciente, amigo, o viajante, o peregrino, o paladino de nossas causas, Senhor do Verbo. É a juventude do mundo, nossa tenaz, terna e eterna esperança.
Quão persuasiva e infinita paciência tem Deus para conosco recriando dia após dia, ano após ano, minuto após minuto – o surgimento de Seu Unigênito – nascendo e renascendo a cada Natal e Ano Novo, testemunhando com isso a teimosia da raça humana, através do egoísmo dos ricos – classes e nações -, guerras que espocam nos quatro cantos do mundo, a fome que se expande, a miséria que pulula, o sacrifício dos inocentes, crianças que nascem crucificadamente.
Que estes Natal e Ano Novo restituam a nossa memória, não apenas o nascimento de Cristo, mas seu significado: o Cristo da Palavra, da Pregação e do Milagre, pescador de peixe e de homens. O Cristo que morreu na cruz por nós, cuja morte nos ensinou que o sacrifício pelo amor vence o derradeiro lance e que é possível viver e morrer, para os outros e pelos outros.
Que a paz possa vir ao encontro de todos nós. Que sejamos, não apenas no Natal, representantes de Deus na defesa dos ofendidos, na inumerável legião dos pobres de matéria e de espírito, dos oprimidos, dos discriminados e vitimados por amor a Deus, à sua raça, a justiça, liberdade e a Paz.
Quando meu pai morreu me tornei metade monstro metade humano, metade máquina metade homem, metade anjo metade..."
Meus sentimentos se confundem mas minha conduta é inabalável!
-Quero contruir uma máquina no tempo e voltar ao passado. Se não fosse por essa doença, eu conseguiria me apaixonar e não depender de ninguém para viver.
...A mente de um gênio não descansa quando dorme,
é nos sonhos que ele maquina suas criações mais ousadas.
E lá estava ela
a máquina
ora repousando tristonha
ora pulsando em notas
É a máquina de fazer notas
antes jogada ao canto da sala
agora, com a presença de hábeis
dedos da menina ruiva de pele alva
se faz feliz por ser encontrada
Dedos finos e curiosos
sedentos de finos sons
coisa extraordinária a máquina
piano máquina de contentar
Clica,aperta e cutuca,
e a máquina pianando vestida de preto e branco
alegra a vida tão dura
de quem simplesmente para e escuta.
Sandra Maria
Não há objetivo na vida, a não ser amar e desafiar o mundo. O mundo, esta máquina monstruosa com milhões de olhos invejosos e milhares de dedos apontados em vão.
É difícil escrever com essa coisa estranha no meu peito. Talvez eu desse tudo por uma máquina que simplesmente apagasse você de mim – como naquele filme “Brilho eterno de uma mente sem lembranças”, que vimos juntos, mas você dormiu na metade – mesmo sendo algo tão cruel. Ainda mais cruel do que esse nó na garganta e esse buraco no peito.
Mas, sabe, o que vivemos foi algo tão raro que eu não usaria uma daquelas máquinas. Eu não teria coragem de apagar algo tão bonito, tão sincero, tão real. Não conseguiria fazer com que tudo aquilo simplesmente deixasse de existir.
Nenhum de nós é uma lousa, cujas histórias possam simplesmente ser apagadas por outra pessoa que deseja reescrever. Tudo o que fomos continua entre nós, flertando com a minha dor, se exibindo para o meu remorso. Nada disso deixou de existir e, ao mesmo tempo em que me conformo, não consigo deixar de me sentir um pouco mais imbecil todas as vezes em que me lembro de nós.
É que você foi real. Nunca houve jogos patéticos, mentiras convenientes ou beijos forjados. Nunca houve um amor encenado para uma plateia; nós fomos de verdade. E a cada dia que amanheço, compreendo um pouco mais.
Preciso te dizer que a coisa mais difícil que já fiz foi deixá-lo. Foi fingir que isso não doía enquanto, isso me dilacerava. Ainda me dilacera um pouco a cada vez que me lembro do quanto a sua mão sempre esteve do meu lado... Mas agora tudo o que consigo é perceber, com uma clareza violenta, o quanto nós fomos a representação da máxima beleza que há no amor. O quanto todas as pessoas tinham razão quando diziam que éramos mesmo um casal exemplar – embora ninguém estivesse conosco entre quatro paredes.
(...)
Os anos que passei com você foram os que mais valeram a pena na minha vida. Por isso, ainda que eu pudesse apaga-los, prefiro que eles doam pelo tempo que for salutar – mas que se possa lembrar que um dia existiram. Que qualquer um possa compreender, ao se lembrar de nós dois, o quanto o amor pode ser magnífico, embora, em algum momento, inevitavelmente deixe de sê-lo. Tudo o que vivi faz parte de mim de uma maneira que eu jamais renegaria, e isso inclui você. Espero que algum dia eu encontre algo tão real quanto fomos nós.
Máquina do tempo
Poderia o homem concertar o mundo?
Ser o dono de suas vontades, senhor do tempo?
Corrigir falhas perdidas no espaço
Palavras e gestos inacabados?
Controlar seus ideais, suas metas?
Seria o homem capaz de segurar à areia do tempo
Que lhe escorre por entre os dedos?
Ampulheta da vida.
Poderia o homem trazer de volta seus amores?
Pedir o perdão que não foi dito
Ou evitar cada lágrima derramada nos olhos
Da pessoa amada?
As respostas estarão dentro de nós mesmos
Porque o tempo sempre se faz presente
Se valorizarmos todos os momentos com quem amamos.
Minhas lágrimas são que nem combustível que fazem uma máquina funcionar, quando elas secarem meu coração obviamente não funcionará. MORREU!!!!!!
Assim somos nós...igual um computador, quando a luz apaga, o nobreak está ali para segurar a máquina ligada e não deixar perder tudo. É difícil ser sol quando os dias estão nublados, mas a esperança é a luz em nós que nunca se apaga, mesmo nas horas mais escuras.
De que vale a vida se não é para sentir? Eu não quero viver como uma máquina. Eu quero sentir. Quero sentir a felicidade. O amor.
“Amou daquela vez como se fosse máquina
Beijou sua mulher como se fosse lógico
Ergueu no patamar quatro paredes flácidas
Sentou pra descansar como se fosse um pássaro
E flutuou no ar como se fosse um príncipe
E se acabou no chão feito um pacote bêbado
Morreu na contra-mão atrapalhando o sábado.”
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