A Máquina
Não há objetivo na vida, a não ser amar e desafiar o mundo. O mundo, esta máquina monstruosa com milhões de olhos invejosos e milhares de dedos apontados em vão.
É difícil escrever com essa coisa estranha no meu peito. Talvez eu desse tudo por uma máquina que simplesmente apagasse você de mim – como naquele filme “Brilho eterno de uma mente sem lembranças”, que vimos juntos, mas você dormiu na metade – mesmo sendo algo tão cruel. Ainda mais cruel do que esse nó na garganta e esse buraco no peito.
Mas, sabe, o que vivemos foi algo tão raro que eu não usaria uma daquelas máquinas. Eu não teria coragem de apagar algo tão bonito, tão sincero, tão real. Não conseguiria fazer com que tudo aquilo simplesmente deixasse de existir.
Nenhum de nós é uma lousa, cujas histórias possam simplesmente ser apagadas por outra pessoa que deseja reescrever. Tudo o que fomos continua entre nós, flertando com a minha dor, se exibindo para o meu remorso. Nada disso deixou de existir e, ao mesmo tempo em que me conformo, não consigo deixar de me sentir um pouco mais imbecil todas as vezes em que me lembro de nós.
É que você foi real. Nunca houve jogos patéticos, mentiras convenientes ou beijos forjados. Nunca houve um amor encenado para uma plateia; nós fomos de verdade. E a cada dia que amanheço, compreendo um pouco mais.
Preciso te dizer que a coisa mais difícil que já fiz foi deixá-lo. Foi fingir que isso não doía enquanto, isso me dilacerava. Ainda me dilacera um pouco a cada vez que me lembro do quanto a sua mão sempre esteve do meu lado... Mas agora tudo o que consigo é perceber, com uma clareza violenta, o quanto nós fomos a representação da máxima beleza que há no amor. O quanto todas as pessoas tinham razão quando diziam que éramos mesmo um casal exemplar – embora ninguém estivesse conosco entre quatro paredes.
(...)
Os anos que passei com você foram os que mais valeram a pena na minha vida. Por isso, ainda que eu pudesse apaga-los, prefiro que eles doam pelo tempo que for salutar – mas que se possa lembrar que um dia existiram. Que qualquer um possa compreender, ao se lembrar de nós dois, o quanto o amor pode ser magnífico, embora, em algum momento, inevitavelmente deixe de sê-lo. Tudo o que vivi faz parte de mim de uma maneira que eu jamais renegaria, e isso inclui você. Espero que algum dia eu encontre algo tão real quanto fomos nós.
Máquina do tempo
Poderia o homem concertar o mundo?
Ser o dono de suas vontades, senhor do tempo?
Corrigir falhas perdidas no espaço
Palavras e gestos inacabados?
Controlar seus ideais, suas metas?
Seria o homem capaz de segurar à areia do tempo
Que lhe escorre por entre os dedos?
Ampulheta da vida.
Poderia o homem trazer de volta seus amores?
Pedir o perdão que não foi dito
Ou evitar cada lágrima derramada nos olhos
Da pessoa amada?
As respostas estarão dentro de nós mesmos
Porque o tempo sempre se faz presente
Se valorizarmos todos os momentos com quem amamos.
Minhas lágrimas são que nem combustível que fazem uma máquina funcionar, quando elas secarem meu coração obviamente não funcionará. MORREU!!!!!!
Assim somos nós...igual um computador, quando a luz apaga, o nobreak está ali para segurar a máquina ligada e não deixar perder tudo. É difícil ser sol quando os dias estão nublados, mas a esperança é a luz em nós que nunca se apaga, mesmo nas horas mais escuras.
As vezes pareço uma máquina, aparelho, ou qualquer coisa remota. Muitas vezes pareço ser antigo, forte e de alta resolução. Mas ás vezes pareço esses aparelhos de última geração, mas que nunca são ultimas, sempre se inovam... os mesmos que, qualquer tombo, e , eles se partem. Os mesmos que qualquer mal acesso na tentativa de entrar na vida de um alguém, eles se danificam sem saber o que é. Daí vem a vontade de formatar a memória, formatar todos os dados, arquivos importantes. Mas você percebe que tudo é apenas um vírus.
Á MAQUINA PÒDE ATER SUPERÁ A FORÇA DO HOMEM,
MÁS DIFICILMENTE SUPERARÁ Á MENTE DO SER HUMANO.
(IDEALIZADOR PENSSANDOR ESCRITOR, sergio mimoso Gonçalves)
Eu queria ter uma maquina do tempo.
Pra volta e esquecer esse sofrimento.
Esquecer que eu te amo tanto.
Se tivesse uma máquina do tempo, para voltar atrás e mudar tudo, nada mudaria, pois tudo que fiz foi por vontade própria. E se acaso quisesse mudar, não seria por mim e sim pelos outros.
O meu desejo de ver você é tão grande que se eu tivesse uma máquina eu iria pro futuro só para nos ver juntinhos e quentinhos juntos.
A máquina do tempo que existe na tua cabeça não tem valor algum, pare de viajar para o passado ou para o futuro, aprecie na estrada da vida o que ela te oferece agora.
A sociedade e a nossa cultura é uma grande máquina dedicada a impedir que os indivíduos percebam a realidade sobre sua própria condição existencial.
Acelere, suba o giro até as válvulas flutuarem, e quando a máquina for perder o fôlego jogue marcha segure porque a reta vai ficar pequena.
Minhas mulheres
Tantas mulheres brotam de mim
na minha máquina de tecer possibilidades
Toda noite a morte me leva uma
junto com ela um tempo
que nunca mais irá voltar
Toda manhã a vida me traz uma
junto com ela um tempo
novinho em folha para experimentar...
Enquanto houver civilização, somos todos espécies ameaçadas. A máquina civilizatória, guiada pelo progresso (leia-se transformar florestas em caixas de concreto e desertos de monocultura) deve ser parada a qualquer custo.
O argumento da elite é de que a simples desaceleração da máquina causaria mortes e sofrimento para todos, mas isso é só uma desculpa para manter seus padrões surrealistas de superconsumo sempre crescente.
Nossas obrigações são: recuperar modos de vida em simbiose com o macroorganismo Gaia e acelerar o colapso da civilização capitalista-industrial.
Máquinas
Maldita maquina apressada do sabe tudo
O que sabe fazer?
Senão calcular e argumentar
E ver o azul como se fosse azul
Maldita maquina apressada do sabe tudo
De que adianta tanto esforço
Se no final aquele pequeno irritante lá de baixo
Que só sabe bater na mesma tecla vai acabar te convencendo
Maldita maquina apressada do sabe tudo
Inquestionável lógica que propõe
Que faz as bocas se abrirem
E transforma o místico em lenda e a teoria em fato
Maldita maquina apressada do sabe tudo
De que adianta tanta lógica se não entendes o mais simples
E questiona o inquestionável
Maldita maquina apressada do sabe tudo
Aonde irá me levar?
E tu?
Que quieta não fica nem por decreto
Que trabalha em cima do incerto
E se convence apenas com um olhar
E tu?
Maldita maquina paciente do sabe nada
O que sabe fazer?
Senão bater e morrer por cada ser que julga ser bom
Que embora veja o vermelho quer enxergar o azul
Maldita maquina paciente do sabe nada
De que adianta tanto esforço
Se no final você se cansará e verá de que de nada adiantou
E aquele pequeno lá de cima vai acabar te convencendo
Maldita maquina paciente do sabe nada
Inquestionável sentimento que tu sentes
Que derrama da pedra a lagrima
E transforma o nada em tudo e a teoria em fato
Maldita maquina paciente do sabe nada
De que adianta o amor que tu sentes se sabes que o final não é como queres
E mesmo assim questionas o inquestionável
Maldita maquina paciente do sabe nada
Aonde irá me levar?
Malditas máquinas que me fazem como sou
Que me guiam por onde vou
De trabalho eficiente e inquestionável
Por que não se calam por um instante?
Por que cada um não se limita ao seu campo
E tornam tudo mais simples
Por que se torturam como duas crianças?
E fazem com que eu perca meu tempo e o de vocês
Num discutir e argumentar
Num bater sem parar
Sem chegar a nenhuma conclusão
Pra que tanta confusão?!
E tu, Ser que fala conosco?
Por que não se cala por um instante?
Somos teus servos como tu é nosso
E sabe que gigantes não discutem entre si
Damos cada um uma ordem por que o mundo nos fez assim
E do mesmo jeito que somos feitos tu és também
E tem de viver como vivemos
Afinal escolhas nós não temos
Apenas você as tem
E tu sabes que escolhestes mergulhar na duvida do tudo
E nas certezas incertas que os caminhos nos dão
E agora nos vem reclamar daquilo que aprecia
Não reclames de tua escolha
Por que escolha melhor não tem
Escolhestes a vida
Agora aprecie nosso trabalho e a aproveite como ninguém