A Mão que Afaga
O beijo, amigo, é a véspera do escarro,
A mão que afaga é a mesma que apedreja.
Nota: Trecho de "Versos Íntimos": Link
A mão que afaga pode bater, o fogo que queima aquece no inverno. Tudo na vida pode ser visto como bom ou mal, depende de quem observa.
Toma um fósforo. Acende teu cigarro!
O beijo, amigo, é a véspera do escarro,
A mão que afaga é a mesma que apedreja.
Se a alguém causa inda pena a tua chaga,
Apedreja essa mão vil que te afaga,
Escarra nessa boca que te beija!
Nota: Trecho de "Versos Íntimos": Link
A mão que afaga é a mesma que apedreja.
Nota: Trecho de "Versos Íntimos": Link
A mesma mão que afaga pode bater!
A boca que beija pode aniquilar com a fala!
O tempo é único, mas podemos vivê-lo diferentemente!
Onde nascem os amigos?
Da onde vem aquela mão que afaga?
E aqueles braços que abraçam
Da onde vem?
Da onde vem aquele sorriso?
Aquela maneira simples de amar?
Da onde vem?
Onde nascem os amigos?
Haverá um lugar no mundo?
Haverá um lugar secreto no mundo?
A única coisa que sabemos
Sobre os amigos
É que chegam de repente,
Criam laços
E ficam para sempre.
Há amor na metropole de cimento e vidro.
Em cada olhar que aquece,
Em cada mão que afaga,
No abraço que diz tudo.
Há amor em São Paulo.
Acreditar na paz atômica. Confiar na mão que afaga a navalha que fere os sonhos. Concordar com a estupidez de um poder fora de si. Ter como meta o pódio da vitória sobre os humildes usados e abandonados depois. Ler a sombra que escorre nos olhos e ter a hipocrisia de ser a luz que finge iluminar cada lagrima aleia com um falso sorriso de salvação. Só leva a inevitável queda chamada solidão que está a espera na esquina de um futuro de muros feitos de uma imensa prisão.
Pensei no poder das mãos, que é modo de Ser da pessoa. A mão que toca, que abençoa, mão que afaga mão que acalenta que liberta que celebra, mão que dá prazer, mão que assina tratados de paz, mãos que percorrem corpos queimados com bálsamos de gentileza para refrescar a vida.
O vento que traz é o mesmo que leva
o sonho de não ter chegado ao fim
A mão que afaga sumiu do meu lado
O tempo não teve piedade de mim
Deixou a tristeza, o olhar de princesa
E agora só vivo pensando em ti !
Você cativa quando...
Elogia sem motivo
Agradece pequenos mimos.
Dá a mão e afaga,
Toma pra si as dores
e exulta nas alegrias de outrem!
Você cativa quando...
com olhos condescendentes,
pisca diante do erro dos amigos...
e sorri um sorriso franco
em face a seus acertos...
É tempo de praticar o desapego...
O que sei...
compartilho...ensino...
Agradeço e aplaudo!
Será que não vê mais
Os mais do tempo
Os ais dos casos?
Que não sente mais
A mão que afaga
E apedreja outro olhar?
Não mais está no caso
Pelo ódio desprezar
O ar tirado?
*Poema do livro Anjo da Guarda, de Rafael Rodrigo Marajá.
Percebo com a inerência da ingratidão humana,
o seu também inerente pensar
que a mão que afaga tem como princípio a obrigatoriedade.
... e aí nos desumanizamos de ambas as partes por querermos,
ainda que sutilmente, um reconhecimento da parte contemplada.
Mas aí fugimos todos do aceitar apenas;
Do dar, sem querer receber...
A Mão ...
A mão que lava. A mão que abre a porta. A mão que toca. A mão que aperta. A mão que afaga. A mão que atira pedra. A mão que toca piano. A mão que toca violão. A mão que toca violino. A mão que toca bateria. A mão que toca teclado. A mão que digita. A mão que pega o giz. A mão que escreve. A mão que pega a chave. A mão que desenha. A mão que cozinha. A mão que bate. A mão que lava a louça. A mão que bate o martelo. A mão que pega a bola. A mão que massageia. A mão que dirige. A mão que dá soco. A mão que corta o cabelo. A mão que acaricia. A mão que faz as unhas. A mão que belisca. A mão que abre a torneira. A mão que ajuda (dá uma mãozinha). A mão que dá e recebe comunhão.
A mesma mão que afaga é a mesma que mata. A mesma mão que alisa o rosto da vítima é a mesma mão que aperta-o até desfigurá-lo.