A Gente se Ama
Se existe algo que eu não entendo é gente que só dá valor para as coisas depois que perde. Acontece com todo mundo. Uma vez ou outra. Até aí tudo bem. Não é preciso ter muita inteligência pra saber o quanto algumas coisas nos são caras. Mas não é que – de repente – a gente esquece? Vive achando que o passado era melhor, que a grama do vizinho é mais verde? Então, meu amigo, está na hora de rever seus conceitos. Essa coisa de “eu era feliz e não sabia” é coisa de gente fraca e não pega nada bem. A era do saudosismo já era, inventar um passado perfeito (pra aliviar o presente) não vai te fazer crescer. NUNCA.
Será que a gente precisa perder a casa, a saúde, o emprego (e o respeito) pra lhes dar os devidos valores? Será necessário que o amor se vá para ver o quanto ele era especial?
Sejamos sinceros: será que precisamos PERDER para, depois, aprendermos a VALORIZAR?
'Tem gente
que não sente
o frescor dos
Ventos,
nem o calor
do Sol,
porque acredita
que a Vida tem
apenas
o lado que ela vê
de sua triste vidraça
já borrada
das gotículas de seus lamentos'
...e ainda que a gente não tenha nenhuma intenção de amar novamente, a gente fica à espreita, como que aguardando algo, suspeitando de qualquer barulhinho que o coração faça... Porque no fundo a gente sabe que ser feliz sozinho é triste demais!
Gente mal amada , sem luz , invejosa , chata , sejam felizes , assim , não incomodam quem luta por dias melhores.
Às vezes a gente tem que valorizar as coisas não por medo de perdê-las, mas sim porque é inútil pensar em ficar sem elas.
A gente sofre e pensa que é a pior pessoa do mundo. A gente quer atenção e critica quem a implora. A gente ri de coisa que nos magoa e chora pelo que faz bem. A gente pede por amizade mas esquece que o amigo mais fiel somos nós mesmos. A gente sofre, pensa, quer, critica, ri, magoa, pede, chora, esquece, existe. A gente é humano, mas nem todo humano é gente.
Estou desconfiada de que a gente cresce quando começa a aprender, com o sentimento, muito além da retórica, a não permitir que uma desilusão ou outra nos afaste de nós mesmos e nem dos nossos sonhos mais bonitos. Estou desconfiada de que a ...gente cresce quando é capaz de entender que estar vivo é perigoso, sim, é trabalhoso, sim, mas também é uma oportunidade rara e imperdível. Que há que se pagar o preço, se a ideia é ser feliz e inteiro
Pouca gente espera pela chuva como quem espera por um grande amor. Quase ninguém celebra um pôr do sol como quem é promovido no trabalho ou tem qualquer ganho material. Conheço poucas pessoas que se emocionam com o colorido de uma paisagem. Conheço pessoas muito sensíveis que têm muito mais vocação para a anestesia autodestrutiva que para a canalização desta sensibilidade para a criação do Belo. Pessoas procuram sossego e confundem a paz com o tédio. Alguns, quando estão melancólicos, se acham miseráveis em tudo. Nada basta. Há quem saia para contemplar o mar e não consiga ver uma gota de água a sua frente.É muito fácil se agarrar ao sofrimento e, num momento de alívio, dizer que aprendeu a dar valor às coisas pequenas, simples da vida. Leia-se: a ter para onde voltar, cama quente para dormir, um dia bonito para ver, olhos para enxergar, agasalho num dia frio, um abraço de um amigo, companhia para quando a solidão apavora, um céu estrelado, o cheiro de terra molhada que a chuva traz, as sementes que se fertilizam, as árvores que dão sombra quando o sol está inclemente. Meu Deus, estas podem ser coisas simples, mas não são as pequenas coisas da vida, são as grandiosas! As maiores. As que permanecem para lembrar o movimento de tudo, o ritmo da Vida. As "pequenas" coisas são as imensas, meus amores. As mais importantes. E as paisagens, chova ou faça sol, ainda são as que emolduram o encontro deste tal grande amor. E que enchem de adornos qualquer sorriso de alegria.
"Cuidado com as armadilhas que o mundo lhes impõe, tem muita gente fantasiada de sorrisos e abraços falsos. Quando as pessoas não conseguem mostrar seu potencial em atitudes, tentam roubar o destaque dos outros para se manifestar. O mal tem armas que vendam os nossos olhos."
-Aline Lopes
"Que o amor sempre fica. Que o esforço sempre é recompensado. Que a gente sempre aprende e que, principalmente, o mundo sempre dá voltas."
É sempre a mesma coisa, mas é que, sei lá, as coisas parecem menos complicadas enquanto a gente se beija.
Um dia a gente aprende que nem tudo é como imaginamos e que nem todas as pessoas são iguais... Afinal, quando acreditamos em uma mentira, fica difícil acostumar com a verdade.
Gosto de ser gente porque, inacabado, sei que sou um ser condicionado, mas, consciente do inacabamento, sei que posso ir mais além dele. Esta é a diferença profunda entre o ser condicionado e o ser determinado. A diferença entre o inacabado que não se sabe como tal e o inacabado que histórica e socialmente alcançou a possibilidade de saber-se inacabado.
Mas chega uma hora na vida que a gente tem que parar de ser boa com os outros e ser boa - primeiramente - com a gente. Fiquei amarga? Não mesmo. Agora eu sou prática. Vacilou? A porta está aberta, meu bem. Sem dó nem piedade.
Sabe quando dizem “a gente só da valor quando a gente perde “ ?
Creio eu que não seja bem assim, se você só da valor quando perde, então não tem porque ter, quando você ganha algo que nunca vai usar a primeira coisa que faz não é se livrar daquilo?
Não que o amor seja uma “coisa” da qual seja fácil de se livrar, mais se você precisa perder para dar valor, então pra que ter?
Você não vai sofrer menos dessa forma?
Sentimentos vazios, palavras ditas da boca pra fora. Porque, me diz o que você ganha fazendo pessoas acreditarem em suas mentiras, ganha créditos por isso, uma estatua em sua homenagem dizendo que você foi quem mais conseguiu enganar pessoas no mundo todo?
A única coisa que você ganha em troca é o desprezo das pessoas que tanto te amam.
Um dia você vai se sentir sozinho, ira procurar em sua agenda telefônica os números de seus amigos verdadeiros, e verá que ela estará em branco, porque dar valor depois que acaba não é importante, não pra eles.