A Gente se Ama
Tudo o que eu preciso agora é dessa parede em branco para ser preenchida com o que vou viver daqui para frente. Não preciso do meu próprio passado me assombrando.
Respeito se conquista, caso o senhor não saiba. Não é de graça, assim, de uma hora pra outra… Leva tempo, tempo que você já perdeu, aliás.
O que tinha sido vivido, o que tinha ficado pra trás, tudo, era parte de uma mesma história, de uma mesma vida e de um mesmo sentimento: amor.
Porque naquele momento eu precisava ser forte, finalmente, sem escapes, eu consegui atravessar aquele rio eterno. Como se num instante, eu tivesse vivido todos os anos que ainda estavam parados em mim, me esperando.
Já se passaram alguns anos e eu não me acostumei. Ninguém esquece uma saudade, nem substitui um amor.
Todos os homens são criados iguais. A não ser que você seja barulhento e negro e possua uma opinião, aí tudo o que você recebe é uma bala.
A gente se olha, se gosta, se quer e não fica junto?
A gente se fala, se diverte, se curte e não se junta?
A gente se revela, se entende, se escuta e não vai embora de mãos dadas?
Até quando nosso medo de falar a rela vai nos atrapalhar, distanciar?
Até quando o medo de ser feliz vai nos perturbar?
Até quando eu na boca e vice-versa vai ficar no ar da vontade?
Quero cair no ar da tua graça mas vc não tropeça me mim...
A cultura é um meio poderoso para dizer o que alguém pode ou não ser. Para pessoas de cor as opções são bastante limitadas.
A perda do amor é igual à perda da morte. Só que dói mais. Quando morre alguém que você ama, você se dói inteiro (a) mas a morte é inevitável, portanto normal. Quando você perde alguém que você ama, e esse amor - essa pessoa - continua vivo (a), há então uma morte anormal. O NUNCA MAIS de não ter quem se ama torna-se tão irremediável quanto não ter NUNCA MAIS quem morreu. E dói mais fundo - porque se poderia ter, já que está vivo (a). Mas não se tem, nem se terá, quando o fim do amor é NEVER.