A Gente Aprende com as Decepções
Quando o que a gente diz dá para ser entendido
Digo eu que é bem falar qualquer jeito que fale.
Ou a gente aprende a conviver com as dores e decepções que a vida nos apresenta,e procura tirar uma lição de cada uma delas...
ou se torna um poço de lamentações, que além de nos tornar insuportáveis aos olhos de outras pessoas, não nos leva a lugar algum.
E com o tempo a gente aprende que a maioria das nossas decepções, é nós mesmos que causamos. Quando criamos muitas expectativas e nada sai como planejado. O segredo é não planejar. Deixar acontecer. Um dia eu aprendo.
As decepções são tantas que chega um momento na vida que a gente aprende a confiar somente em Deus. Deixamos de lado aquela inocência que nos levava a desabafar com as pessoas, porque amadurecemos e aprendemos que só o Senhor vai nos ouvir sem criticar, sem julgar, sem rir da nossa dor pelas costas.
Deus é fiel, é verdadeiro, é justo, é amor, é conselheiro, é consolador e é perdoador. Devemos nos fechar em nosso quarto e abrir o nosso coração pra Ele e com certeza sairemos de lá com a nossa alma curada. Pense nisso!
Rodrigo
Ana, minha querida,
Dizem que o amor acaba, que o amor termina. Mas não é verdade. Nada acaba, tudo dura, continua e se transforma.
Enquanto eu aguardava aquela cirurgia, mil anos se passaram. As duas estavam lá dentro e eu pensava: “se acontecer alguma coisa com elas, eu morro!” Dizem que passa um filme da nossa vida na nossa cabeça. E por isso eu vi: vi vocês duas, meninas, chegando na nossa casa. Vi nós três juntos, ainda pequenos e tantos e tantos momentos. Vi você erguendo taças, troféus. Tua imagem na revista, inacessível, distante da criança que eu era. E que você era também.
Depois a nossa fuga de casa, veio o nosso medo, veio a nossa coragem, veio o salto sem rede que tantas vezes se chama amor. Vi você indo embora, sendo levada de diferentes formas, tantas e tantas vezes. E depois vi você voltando e no fundo de seus olhos, como num rio, tudo que a gente não tinha vivido. A partir daí eu me vi dividido entre dois amores, entre duas vidas: uma que eu estava vivendo e outra que eu jamais tinha podido viver.
Durante os meus piores momentos enquanto eu aguardava naquela sala, foi como se a doença da nossa filha tivesse me curado. Eu entendi que não tinha mais divisão nenhuma. O que tinha sido vivido, o que tinha ficado pra trás, tudo, era parte de uma mesma história, de uma mesma vida e de um mesmo sentimento: amor. E foi então que eu vi nós dois juntos cruzando a fronteira.
Ana
Como se eu tivesse alcançado a outra margem de um rio. O rio onde a gente se amou pela primeira vez, o rio do meu acidente, mas sempre um rio. E porque naquele momento eu precisava ser forte, finalmente, sem escapes, eu consegui atravessar aquele rio eterno. Como se num instante, eu tivesse vivido todos os anos que ainda estavam parados em mim, me esperando.
Do outro lado da fronteira, que sem perceber nós já tínhamos cruzado, uma infância compartilhada, uma adolescência truncada, uma juventude não vivida. Do lado de cá, dois adultos maduros finalmente libertos daquele fardo pesado feito de lembranças, de sonhos antigos. Porque há novos sonhos do lado de cá da fronteira. E agora podemos viver!
Lícia Manzo
Todos os homens são criados iguais. A não ser que você seja barulhento e negro e possua uma opinião, aí tudo o que você recebe é uma bala.
Tudo o que eu preciso agora é dessa parede em branco para ser preenchida com o que vou viver daqui para frente. Não preciso do meu próprio passado me assombrando.
Respeito se conquista, caso o senhor não saiba. Não é de graça, assim, de uma hora pra outra… Leva tempo, tempo que você já perdeu, aliás.
O que tinha sido vivido, o que tinha ficado pra trás, tudo, era parte de uma mesma história, de uma mesma vida e de um mesmo sentimento: amor.
Porque naquele momento eu precisava ser forte, finalmente, sem escapes, eu consegui atravessar aquele rio eterno. Como se num instante, eu tivesse vivido todos os anos que ainda estavam parados em mim, me esperando.
Já se passaram alguns anos e eu não me acostumei. Ninguém esquece uma saudade, nem substitui um amor.
A gente se olha, se gosta, se quer e não fica junto?
A gente se fala, se diverte, se curte e não se junta?
A gente se revela, se entende, se escuta e não vai embora de mãos dadas?
Até quando nosso medo de falar a rela vai nos atrapalhar, distanciar?
Até quando o medo de ser feliz vai nos perturbar?
Até quando eu na boca e vice-versa vai ficar no ar da vontade?
Quero cair no ar da tua graça mas vc não tropeça me mim...