A Gente Aprende com as Decepções
Porque a vida é assim: quando o outro vai embora é que a gente descobre o tamanho do espaço que ele ocupava.
Desocupar é a ordem. Desocupar, também, do meu coração. Cansa dar bola e se importar com gente que não está nem aí. O problema é que não mudo nunca: me ocupo de todo mundo. É por isso que sempre falta espaço aqui dentro, até mesmo pra mim. Ainda bem que o-dia-de-Maria tá funcionando com papéis, roupas e tudo mais. Um dia viro a-Maria-dos-sentimentos.
"Gente simples, fazendo coisas pequenas, em lugares pouco importantes, consegue mudanças extraordinários."
O certo era a gente estar sempre brabo de alegre, alegre por dentro, mesmo com tudo de ruim que acontecesse, alegre nas profundezas. Podia? Alegre era a gente viver devagarinho, miudinho, não se importando demais com coisa nenhuma.
Nem todo mundo sofrerá da "maldição de amor", como diziam os medievais. Muita gente morre sem saber o que é essa doença.
Nota: Trecho do artigo Heloisa, publicado em maio de 2010.
...MaisMuita gente passa a vida reclamando de coisas que não gosta. Isso dá poder a essas coisas, dá “chi” pra elas. Deveríamos focar nossa energia nas coisas que queremos conquistar, e não nas ruins.
Que coisa misteriosa o sono!... Só aproxima a gente da morte para nos estabelecer melhor dentro da vida...
Às vezes a gente vai deitar com aquela sensação de que poderíamos ter feito algo a mais no dia. Pela manhã poderíamos ter tomando um café especial e, ao sair de casa, ter dito às pessoas que convivem conosco que a amamos. No trabalho, usaríamos a arma do sorriso no rosto para afastar aquela pessoa que, com sua energia carregada de inveja, vinha nos desestabilizar. E seriamos agradáveis com ela, a deixando sem espaço para fazer ou pensar o mal.
Almoçaríamos coisas saudáveis, mesclando um prato colorido e saboroso, como dizem por aí. Ao terminar, ligaríamos pra alguém que a gente goste muito e não falamos há muito tempo. Ficaríamos de prosa, rindo ao saber das novidades e, ao desligar, teríamos a certeza de que, mesmo longe, temos alguém que podemos contar. Sempre.
Na volta ao trabalho, quem sabe, compraríamos um sorvete para aquela pessoa que trabalha ao nosso lado e que nem imagina que pensamos nela com carinho quando estamos de férias, atestado ou, simplesmente, num final de semana de folga.
Quando voltássemos pra casa, também levaríamos algo simples, mas significativo, para quem nos espera. Quantas vezes alguém nos esperou em casa, de coração aberto, e a única coisa que conseguimos dizer é que o dia foi cansativo e terrível? Seria uma surpresa pra essa pessoa receber uma rosa, um chocolate ou, apenas, a alegria de estar em casa – de chegar em casa – bem, em segurança e com saúde.
Ligaríamos o som no volume máximo que nos fosse permitido e dançaríamos.
Ao deitar, talvez ainda teríamos a sensação de ter feito algo mais. Porém, estaríamos satisfeitos por termos feito da melhor forma o que estava ao alcance da nossa vida simples e faríamos uma oração pra agradecer.
Porque, muitas vezes, o que falta na vida da gente é só gratidão.
Disfarça, tem gente olhando,
Uns, olham pro alto,
cometas, luas, galáxias.
Outros, olham de banda,
lunetas, luares, sintaxes.
De frente ou de lado,
sempre tem gente olhando,
olhando ou sendo olhado.
Outros olham para baixo,
procurando algum vestígio
do tempo que a gente acha,
em busca do espaço perdido.
Raros olham para dentro,
já que dentro não tem nada.
Apenas um peso imenso,
a alma, esse conto de fada.
Mas a gente sempre erra, como dizia Paulo Freire, somos seres inacabados, há sempre novos erros a cometer, novas lições a aprender
Tem muita gente que pensa que ama. Não sou ninguém para julgar o amor dos outros, longe de mim. Mas o amor, o amor mesmo, o amor maduro, o amor bonito, o amor real, o amor sereno, o amor de verdade não é montanha-russa, não é perseguição, não é telefone desligado na cara, não é uma noite, não é espera. O amor é chegada. É encontro. É dia e noite. É dormir de conchinha. É acordar e fazer um carinho de bom dia. É ajuda, mãos dadas, conforto, apoio. E saco cheio, também. Porque de vez em quando o amor enche o saco. Tem rotina, tem manhã, tarde, noite, tem defeito, tem chatice, tem tempestade. Mas o céu sempre limpa. Porque o amor é puro como o azul do céu.
Saudade da gente junto. e a cada semana que passa tenho mais certeza que você tá se virando melhor sem mim. eu tenho tentado fazer isto também. mas ás vezes dói tanto que eu preciso te falar. Que eu ainda penso toda hora, e a cada dia morre um pedaço meu que pertencia a ti. O tempo vai levando pro passado todo aquele amor, ainda que aqui nada tenha tenha ido embora. e dessa vez tudo parece tão pra valer que eu tento recuperar algum chão que eu já tive antes de você. É a minha felicidade me provando que eu nunca deveria tê-la colocado no sorriso ou no toque das mãos de outra pessoa. Porque agora você foi embora e nenhum outro sorriso me dá planos como o teu me dava. E quando você toca outra mulher, dá minha felicidade pra ela. É a vida me mostrando a inutilidade dos sentimentos quando alguém não volta mais pro meu colo. Porque agora você pediu pra me perder e eu não consigo mais me encontrar. É você me falando que consegue ser feliz sem as nossas madrugadas, me fazendo acreditar que não era amor o que você sentia. Porque você sempre diz que tem um que gosta mais. E eu sempre soube que era eu. E você continua me dando essa certeza a cada segundo que o telefone não toca, e a cada milésimo que eu espero. Mesmo sem perceber. Amanhã ou depois a vida passa e vai ficar comigo só a verdade de que você desistiu. Alguns me chamariam de boba por escrever coisas tão loucas pra alguém que quer ficar tão longe. Mas a vida é muito curta e o silêncio nunca vai te mostrar o que eu quero te dizer, mesmo que você não queira escutar. Por isso eu escrevo. Poupo os seus ouvidos e evito a dor de ouvir você repetir que não tem mais jeito.
Tem gente que confunde mentira com mudar de idéia. Posso gostar hoje e não gostar mais amanhã, isso não significa que eu estava mentindo ué.