A Gente Aprende com as Decepções
A gente inventa problemas, quando eles não existem. É que dói mais do que chorar o dia todo, ser feito de sorrisos. Não sou feito de sorrisos. Eles são arremessados de todos os lados contra mim, os vejo a me atingir, desvio, fujo, cubro-me, mas muitos prendem-se às minhas roupas, como velcro. Ao meu redor vejo gente adimirando todos esses sorrisos, sem, ao menos, ver que minha boca não estampa dente algum. São todos meus? São todos sinceros? Há motivo suficiente neles? Estou sempre a procurar respostas, mesmo sabendo que cada nova resolução acaba gerando uma pergunta ainda mais difícil de responder. Eu só queria desligar o meu radar, por uns dias. É, acho que tá começando a ficar difícil. Passei de fase
Foi só o pacto de fidelidade que tenho comigo mesma, desde me conheço por gente. De me entregar aos impulsos, deixar consumir essas vontades, arriscar. Sabendo ser o melhor para mim, na sua insistência em contato e proximidade, agi. Meio cega, um pouco maluca, mas uma pena que as explicações não tenham chegado à tempo.
De gente boazinha quero distância! ...Gosto de gente de verdade que reclama ,explode, mas que também sabe pedir desculpas.
Não confio em gente que sabe exatamente o que Deus quer que elas façam. Sempre coincide com aquilo que elas próprias desejam.
EU ESTOU AQUI
Depois que a gente vive um bocadinho de vida, a gente percebe o quanto a gente gosta de complicar as coisas, do quanto tudo é muito mais amor do que parecia ser.
Agora, vendo o sol indo embora mais uma vez, aqui dentro de mim nasce aquela certeza de que todo fim de tarde vai voltar amanhã, que tudo pode ser muito melhor e muito mais bonito. Que todo aquele sonho que eu sonhei por tanto tempo e que desapareceu em minutos, transformou-se numa realidade muito mais encantadora e plena.
É estranho demais as voltas que o mundo dá.
Aqui da janela do apartamento, eu posso ver aquela montanha que tem forma de “gente”. Os olhos, o nariz, o resto do corpo. O sol batendo no prédio do fórum, a vida passando bem na frente dos meus olhos.
Eu estive pensando em tudo o que vivi, em tão pouco tempo tanta coisa aconteceu, tanta coisa mudou. Toda aquela responsabilidade de fazer as pessoas que eu amava sentirem-se bem desapareceu, foi como se um peso saísse dos meus ombros. Eu confesso que eu quis carregar tudo isso, que eu quis ser útil demais, quis demonstrar demais... Mas, como sempre, eu também preciso cuidar de mim e de quem sempre esteve tão perto e eu nunca dava atenção. Com a vida, a gente também aprende que não dá pra agradar todo mundo, pra ser porto seguro de todo mundo, pra ser melhor amigo de todo mundo. Existe um mundo inteiro precisando de um melhor amigo, seria injusto demais da minha parte...
Também, a gente aprende que, uma hora ou outra, alguém tem que sair do trem, alguém vai desembarcar, parar em alguma estação esperando outro trem pra poder seguir viagem... Isso é inevitável.
Eu preciso cuidar, preciso amar um pouco, me permitir viver além do que os livros permitem. Me permitir pensar um pouco mais em tudo, viver um pouco mais intenso, brincar um pouco mais pra risada ser mais longa. Sair de toda aquela prisão que me fazia ter a falsa impressão que eu tinha asas, que eu podia voar, sem saber que meus pés estavam presos a correntes.
Somente. Algum mal nisso?
Eu não tenho escrito com tanta freqüência (eu sei que não tem mais trema, mas o maldito Word teima em colocar), confesso que andei desanimada, sem vontade, pensativa demais e confusa o suficiente para não saber nem por onde começar a escrever.
Mas, desde que me decidi a pensar em mim e no que me faz bem, eu me inspirei novamente (pro desespero de todos).
Viva a vida, ao amor, a paz, e tudo que sempre me fez sorrir!
...
Prestei atenção no detalhe daquele ser humano. Nunca trocamos mais que três palavras, mas é incrível como eu posso ler em ser olhar a vontade imensa que ele tem de sair, de fugir de si mesmo.
Não adianta. Os olhos me dizem o que a alma sente. Não, não estou me achando uma MUTANTE, mas tenho coração para ver a alma pelos olhos de quem olha. E, aqueles olhos me diziam que aquela alma precisava chorar, precisava fugir, ir embora... Eu ajudei como eu pude. Confesso que não fiz o que qualquer pessoa faria, posso até ser sido dura demais, chata demais, mas fui sincera, falei exatamente como eu estava vendo. Foi bom te acolher nos meus braços, te emprestar o ombro pra você chorar um pouco e, mesmo depois de você tentar negar tudo o que eu dizia, acabou afirmando, em silêncio, que eu estava certa. Que aquele coração que pulsava perto de mim estava cansado de amar errado, estava cansado de procurar algo que preenchesse alguma coisa que nunca te pertenceu mas que sempre te fez falta. Eu sabia, desde que te encontrei atravessando a rua cabisbaixo, que você estava cansado demais de andar, viajar, e sempre sentir-se um estrangeiro. Estava cansado de procurar um porto pra atracar e passar um bom tempo ali, em segurança, sem as tempestades que a vida te coloca, apenas com o balanço do mar que traz um profundo sono pra esquecer todas as maldades que as ironias te causaram. Eu pude sentir o seu desespero em ter que demolir mais uma fantasia que construíram na sua cabeça, mais uma vez te enganaram.
Depois de tanta conversa, aquela coisa podre, úmida, aberta, que te machucava demais, ficou seca, jogada em algum canto aí dentro de você, à espera do vento forte pra levá-la pra bem longe, bem longe das suas lembranças.
Eu me senti bem ao saber que ainda resta dentro de você um pouco de esperança, e que depois de tanto te ouvir, sentir em cada palavra sua aquela paz que te faltava e que você a teve nessa tarde.
Eu já me senti assim, como te disse. Me senti impossibilitada de expressar o que eu queria, o que eu sentia, o que eu amava. Mas essa esperança estranha que te invadiu hoje à tarde, era a minha força e a única certeza que eu tinha de viver momento bem melhores.
Também andei assim, perdida. Já andei como você, olhando para os lados, para os prédios, e tentando encontrar entre toda essa civilização, algum espaço no céu para eu me sentir um pouco mais eu.
Mas, eu tenho certeza que você vai descobrir que pode me ligar às seis da manhã só pra gente correr ali na Beira-mar e ver o sol chegando, mais uma vez, praquela esperança nos visitar de novo e nos fazer sorrir.
Eu li esses dias que a ferida não se mede pelo tamanho da cicatriz, mas pela dor que causou. Aquele foi a minha maior ferida, a pior dor. Mas, passou. Isso é bom, não é?
Depois de toda essa sua filosofia clichê e errante, a gente descobriu juntos que o que você mais queria era ser feliz, somente! E, você vai ser.
A vida sempre nos reserva uma caixinha de felicidade em algum canto da estrada... Acredite!
Um dia desses, uma pessoa me disse que eu sempre falo besteiras, que vivi pouco demais pra falar tudo isso que digo saber. Fiquei em silêncio. Mexeu comigo, me fez pensar. Mas, eu pensei...
Sou a pessoa mais feliz desse mundo por saber tanto com tão pouca vivência. Pode ser que daqui a alguns anos tudo isso mude, eu passe a acreditar em outras coisas, passe a viver um pouco mais além... Mas, o que importa, é que mesmo você dizendo que falo besteiras, você se importou e se comoveu com todas as verdades que eu disse. E mesmo negando, isso te fez pensar, te fez querer mudar e, mais cedo ou mais tarde, vai te fazer viver mais dignamente. Acredite! Você não sabe dar nomes as tuas emoções, cresceu perto de quem te queria como todo mundo, mas esqueceu de crescer pra você mesmo, pro seu bem.
Você fica aí procurando alguma coisa que nunca esteve, não está nem nunca estará aí.
Eu estou aqui
Os melhores amigos são aqueles que, nem sempre são corretos com a gente, mas ainda assim, continuam sendo os melhores...!
A brincadeira de gente grande está em fazer atividade física e ver o impacto que vai dando na vida e no corpo.
Sim, são 5 da manhã, estou sem sono e há algum tempo pensando em você. Coisa de louco mesmo. A gente só se falou uma vez! Porém, preciso de algum modo parar de pensar, descarregar meus pensamentos e dormir. Então aqui ficam meus pensamentos: você é bonita demais!
Gosto de gente que desperta meu sorriso.
Gente que liga sem avisar, que rouba beijo.
De gente decidida, que sabe o que quer.
Que diz uma coisa e é aquilo ali, sem interrogações.
Gosto de gente de corpo, alma, e de pouca frescura.
Que facilita as coisas, que abraça forte. Que mesmo a vida uma bosta, é otimista.
Gosto desse tipo de gente, por que sou, e por que nem sempre fui.
Em dias difíceis é preciso ter fé, acreditar não no problema mas na solução.
"É proibido fumar na presença de gente chata.
Ausentes pessoas nessas condições, o uso é livre"
Edson Ricardo Paiva.
Para o consolar, eu disse-lhe - "Mas acontece o mesmo a toda a gente!"
-Justamente- respondeu-me ele- , somos agora como toda a gente
A gente sempre sabe quando o fim está próximo. Quando já não é mais possível adiar. Quando a estrada já não permite que sigamos em frente. Nada além de um novo rumo, um novo capítulo da história. Já não é mais possível fazer curvas, retornos, nada mais nos prende ali. Não há mais argumentos que justifiquem a nossa permanência. A não ser o medo. O medo do novo. Do incerto. De tudo aquilo que tira a sensação de segurança do peito. De tudo aquilo que parece não ser firme o suficiente para que nós mergulhemos de cabeça. Todos que me veem me enxergam como a pessoa mais bem resolvida do mundo. A mais decidida. A que encoraja a todos, a que estimula a cada amigo ou conhecido a ir além dos seus próprios limites, sair da zona de conforto, não ter medo do escuro, do que ainda não se pode saber se vale a pena insistir, persistir ou desistir. Mas de perto, olhando assim, em zoom, eu não passo de mais um desses seres humanos meio perdidos, tentando saber qual é o seu lugar no mundo, por onde preciso ir para chegar onde quero ou se tomo meia dúzia de decisões irrevogáveis que mudarão o meu destino para sempre. Se você me perguntasse hoje, neste segundo, a queima roupa, o que me prende, eu diria – o medo. Em contrapartida, tenho tentado me aproximar cada vez mais de tudo aquilo que não me impede de bater asas. De voar. De ir além. Mas, ridiculamente, eu não saio do conforto e da segurança do chão. Eu não bato as tais asas que sinto prenderem, que sigo procurando espaço suficiente para abrir. Vivo a dualidade de um passarinho que sonha em conhecer o mundo, tem a porta da gaiola aberta, mas não se move. Não sai do lugar. Eu só não queria ter tanto medo. Queria que alguém me jurasse, me prometesse que tudo vai dar certo, que não vou me arrepender do próximo passo, que não preciso do que é mais cômodo e menos feliz, só por não ter certeza se a vida vai me sorrir de volta ou vai me receber com uma porta na cara e um aviso de – volte mais tarde. A gente sempre sabe quando o fim está próximo. Quando já não é mais possível adiar. Quando a estrada já não permite que sigamos mais em frente. É como aqueles jogos de videogame que a tela te empurra para frente e te obriga a enfrentar todos os vilões, todas as dificuldades que surgirem pelo caminho. Mas repito – tenho medo. Se você me perguntasse hoje, neste segundo, a queima roupa, o que me prende a este presente que já não me acelera o coração, não me faz feliz, não me faz bem, pelo contrário, me suga, me sufoca, me maltrata, me maldiz, me adoece, eu diria – a falta de coragem. Vivo a angustia de ser um passarinho com sonhos do tamanho do mundo, com a oportunidade de realizar, ao menos por ora, pequenos feitos, mas que não se move. Não sai do lugar. Por medo de que só a vontade de ser feliz não seja suficiente para ser.
Quando a gente é criança, só tem medo do que pode machucar. Depois, quando a gente cresce, passa a ter mais medo de machucar quem a gente gosta.
A gente vive buscando sentindo
Seja ela na significação do sentimento ou direção
O sentimento que por muitas vezes não faz sentido algum
A direção que por muitas vezes te trás ao mesmo lugar
A gente sempre quer buscar sentido em TUDO
e em TODOS
E se eu escolher nesse momento apenas sentir
Sem mesmo saber o sentido que futuramente isso possa ter
Conselhos não são para a gente seguir. Conselhos são para a gente pensar.
mesmo que um dia a gente se desencontre e a vida mostre que nosso lugar nunca foi no peito um do outro
o amor vive
e recorda
te guardo nas minhas palavras para que você esteja aqui até quando decidir ir.