A Flor e o Espinho
Nesse nosso caminhar,
não existe só espinho.
Não dependa de ninguém,
saiba ser feliz sozinho.
Na estrada vai ter dor,
mas também existe flor...
é só ver pelo caminho.
A singeleza, meiga, gentil.
Imponente em sua torre.
Veemente e íngreme, caule e espinho.
Dilacerados os que tentam alcançá-la.
Poderosa em si. Única.
Doce néctar, serrado em sorriso.
Perfume, vício, torpor.
(Eu sou psicodélico)
A vida para um hippie é mais vida
O mundo é uma flor
Sem espinhos e sem dor
Plantada com amor
toda a flor deseja um caule sem espinhos...e que a vida seja um rio de águas serenas na manhã calma...
Amor e relacionamento se dividem em uma estrutura biológica. O amor é uma flor e o relacionamento é o espinho.
Nada se assemelha tanto a uma rosa quanto a mulher. Só mesmo sendo flor pra desabrochar entre espinhos sem perder a delicadeza, a leveza, a beleza e o inebriante perfume floral.
UMA FLOR
Vou lhes contar uma trova
Que não precisa de prova,
Pelo respeito a uma formosa.
O nome? Digo no fim da prosa,
Pois, ela é formosa
E pra mulher amorosa.
É presente pra carinhosa
Mas, pra mulher raivosa
Essa flor é amargosa
E, nesse caso, dê a ela uma babosa.
Essa flor, no jardim, é cheirosa
No ofurô é deliciosa
Pro beijaflor é saborosa
Pra abelha é preciosa.
Atenção! Ela não é venenosa
Mas, é espinhosa
Assim, a lida deve ser cuidadosa
Porém, sua ferida não é maldosa
Mais adjetivos? Seja malicioso ou maliciosa
O nome dela? Escrevi nessa prosa
De forma tendenciosa!
Já sabes o nome dessa flor maravilhosa?
Não? Você é vagaroso ou vagarosa!
Sim? Complete a rima, pois, o nome dela é...
“Vou plantar rosas pelo caminho para me lembrar de que a vida um dia pode se flor, e no outro, espinho.”
Tenha sempre sementes de flor no bolso para plantá-las ao longo do caminho, já tem gente demais semeando espinhos e espalhando dor por onde passa.
A calma da alma
De olhos fechados
Mesmo acordado, sonha
Que o labirinto vire um só caminho
Compreender que flor tem seu espinho
Que a tempestade surge para lavar
E no silêncio
Ouvindo apenas o pulsar
A certeza que tudo está em seu lugar.
Quem me vê agora, sorrindo entre flores, não imagina a quantidade de espinhos que eu já tive de suportar.
Caminhos de pedra
Pelos caminhos gretados,
Duas paixões são divididas,
Por caminhos estreitos,
Às vezes existem barreiras
Impedem o florescer
De uma paixão a dois,
E o amor, tão grande,
Não consegue derrubá-las
Mas, pelos labirintos de pedra,
Sempre haverá vida,
Uma rosa...
Vermelha, branca ou colorida.
O amor imenso, pode não derrubar,
Mas o que lhe impede de desviar?
Seguindo este longo caminho
São encontrados espinhos,
É encontrado escuridão.
Mas no fundo, sabem de sua paixão.
E, todo caminho que tem espinhos,
No final/ápice traz um botão
Que floresce da união de dois corações.
Não questione minha natureza de rosa, só por que possuo espinhos. O fato de tê-lo ferido, não fez-me perder a essência, tampouco, deixar de ser flor.