A Fila Andou
Fechamento do bimestre escolar, o aluno entra na fila para mostrar ao professor o caderno sem atividades prontas: Tentativa de suborno ou de enganar, Joãozinho sem braço não tem cabeça também.
"A fila anda...
Tava na hora...
Deu o que tinha que dar..."
Além de clichê é tudo bobagem!
A verdade é que hoje tu vai ficar "fora do ar", meio sem entender tudo. Porque uma coisa é saber que "está por acabar" e outra é acabar mesmo.
Quando chega neste ponto o que nos abala não é o "fim" de um sentimento, mas o "novo". Foram meses dividindo a vida com alguém, meses dividindo sonhos, angústias...
E agora? Com quem tu vais fazer isto?
Calma! A primeira coisa que tu precisa saber agora é: a vida se apruma. E sim, voltamos a ser felizes e por mais superficial que pareça, sim, tu vais esquecer.
A segunda coisa importante é: vai doer. Esteja pronta. Nos próximos dias o universo parece conspirar contra ti. Tu vai ler coisas sobre as quais tu só discutia com ele e vai ouvir músicas ou saber de filmes que tu sabe que ele adora.
Tu vais aprender muito sobre paciência. Vais ter de lembrar várias vezes: "vai passar".
Não tenha vergonha de sofrer por amor. É humano. Se uma amiga em comum perguntar se tu estás bem e tu não estiver, diga sem medo: sinto falta. O feminismo te deu isto! Ele te permite ser mulher por inteiro, sem ter de bancar a "mulher maravilha".
E quando tu estiver bem, ainda que tu não tenha que provar nada pra ninguém, a tranquilidade no teu rosto vai ser coerente.
Isto é maturidade. Não atropela nada. Se quiser chegar em casa pegar um presente dele e passar três horas chorando, chora!
Quando esta fase de sentimentos "a flor da pele" passar, tu vai entrar num momento muito legal (eu acho): colocar o namoro nas "normas da ABNT". Refletir no porquê se aproximaram, o que os atraiu, quando o romance acabou e a "empurração com a barriga" começou... Isto é ótimo para se autoconhecer. Mas duas coisas estão PROIBIDAS:
Se autoflagelar: ficar se culpando por tudo.
E pegar a estrada do "homem nenhum presta". A verdade meu amor é que ainda somos atacadas pelo espírito de "princesa". Sim, no fundo, no fundo a gente quer o príncipe. E aí eu concordo: príncipe nenhum presta. E nós, não somos princesas.
Tá aí outro "macro" aprendizado que dói muito: quanto antes aceitarmos que o "felizes para sempre" não existe, melhor.
Temos que aprender a nos relacionar de forma profunda, intensa, verdadeira, mas sem criar esta expectativa desumana do "pra sempre".
Às vezes este processo de aprender com o namoro que se foi só se completa um ou dois anos depois do fim. Não importa. Tu vais aproveitar os aprendizados para várias áreas da tua vida.
Como eu disse: vai doer. Eu prefiro saber que a injeção vai doer... Mas o importante é que além de passar, essa dor vai se transformar. E só temos a ganhar.
Muitas experiências nos esperam.
Lembra delas e dos teus belos sonhos e objetivos. Ajuda, vai por mim...
Estou vendendo o direito de falar da minha vida, por isso ja podem entrar na fila p/ pagar minhas contas ! ;)
O problema do elogio está na pessoa que o faz, geralmente ela estará na primeira fila aplaudindo o seu fracasso.
A FILA
Lá vai a fila...
No rosto esta a tristeza
no peito a esperança
o plano carrega o futuro
burlando a confiança.
Os olhares d'essa fila
carregam lá suas duvidas...
Nas aglomeradas e procissões
a vida quase perdida
e os corações já sem vida.
Lá vai a fila...
As lagrimas até secaram
de tanto choro sem ouvir
os filhos abandonados
os frutos secos minguado
e água longe daqui.
É fila para saúde
que a doença aglomerou
e das ganâncias dos homens
a onde a fome esbanjou
é fila pra vidas futuras
na secura do amor.
Lá vai a fila...
Para passagens das alturas
já estão vendendo ingresso
para uma vida segura
toda cheia de confesso...
A salvação esta a venda
na fila do grande progresso.
Já tem fila para a fé
pagando o além do além
se pagar mais, salva a mulher
filhos avos nora e um bem
se não pagar vai para baixo
padecer pelo fiasco
e nunca mais será alguém.
Antonio Montes
Dane-se a fila
O que sou não deve ser regra de convivência. O que sou morre comigo.
Descobri que amar não é fazer com que o outro siga meu ritmo insano.
Isso é ditadura.
Amar não é puxar a namorada para o nosso fôlego, não é arrancá-la de seu temperamento e forçar semelhanças.
Isso é indiferença.
Amar não é punir atrasos e castigar descompassos.
Isso é tortura.
Amar não é ameaçar com frases egoístas como “A fila anda”. É o contrário: é perder o lugar na fila, é ceder seu lugar na fila, é regressar ao início da fila.
Amar é estranhamente recuar. É encurtar as pernas para melhor passear, alongar os braços para melhor entrelaçar os dedos.
O apaixonado não impõe seu temperamento, acostuma-se a caminhar diferente, olhando ao lado. O lado passa a ser a nossa frente. Quem nos ladeia é o nosso horizonte.
Surgirá um contratempo de sua companhia, uma dificuldade inesperada e se verá contrariando seus planos para ajudar – só tem pressa quem não tem urgência.
Amar é proteger mais do que avançar, é cuidar mais do que atingir objetivos, é apoiar mais do que se vangloriar da distância.
Foi a minha avó Mafalda que me explicou. Ficava muito irritado pelo seu trotear na Rua Corte Real. Era velhinha, manca e, além de tudo, distraída. Ela me obrigava a
participar de sua andança fisioterápica depois do almoço. Um quarteirão correspondia a queimar calorias de quatro quilômetros.
– Meu neto, é bom acompanhar um familiar doente, pois amar é ir aos poucos, é lentidão por fora e interesse por dentro – ela dizia.
Não fazia lógica para mim. Amar parecia voar, correr, atropelar. Amar significava velocidade, superação, afoiteza. Amar traduzia liberdade, transgressão, não se
intimidar com os limites.
Eu me enganei, vó.
Seu andar miúdo, pequeno, de bengala, pesando cada pé no chão, me ofereceu uma aula emocional.
Nenhum casal corre de mãos dadas.
Amar é aguardar se necessário, voltar atrás se preciso, criar um novo passo para atender os dois.
Se fui apressado para conquistar minha mulher, agora devo ser lento, estar com ela é meu destino.
Os sacrifícios e recompensas se assemelham a uma fila de bebedouro, você pode estar em último na fila, mas a recompensa será absurda pois você poderá usufruir o quanto quiser quando chegar sua vez, enquanto outros apenas terão "matado a fome com qualquer ilusão".
Deveríamos obedecer unicamente a Deus, mas abaixo Dele tem uma fila grande a qual temos que prestar conta!
Não é preciso agendar, entrar em fila, contar com a sorte, acordar cedo para pegar senha: a possibilidade de recomeço está disponível o tempo todo.
Impossivel é te olhar e não sorrir, até quem me vê lendo jornal na fila do pão sabe que te encontrei, um segundo perto de você me traz lembranças por mezes. É incrivel como o seu cheiro desperta todos os meus institos, você tem um doce que me instiga a querer provar. Nao quero nada serio, sem rolha no dedo sem papel passado só quero acorda com a certeza que vou te ver.
Estamos sendo nós quando nos encontram na fila do pão no supermercado,
não numa festa onde 3 mil luzes alucinógenas impedem de você ver a verdade.
Não se ama alguém pelos adjetivos que ele tem, pois nenhum "bonzinho" tem fila de espera ao seu coração.
Ama-se justamente sem atender à lógica, sem fazer muito sentido ou sentido algum...
Ama-se verdadeiramente quando percebes que a pessoa nem mesmo merece ser amada por você, e ainda assim a ama.
A ama pelo seu cheiro, por estar escrito nas estrelas e até mesmo (por incrível que pareça) pelas aflições que te faz passar!
"Ser bonzinho é diferente de ser banana. Ser sensível é diferente de ser idiota".
Todos nós andamos em fila num grau de superioridade,seguindo regras e regras, e quem se esquece delas acaba causando consequencias graves nas pessoas que estão a frente ou atrás.
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