A Estrela Olavo Bilac

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Não tenho mais medo. Aprendi isso quando tive que superar o maior medo que eu tinha, perder você. Não foi fácil, não ta sendo fácil. isso mesmo, ainda não esqueci você :/. Mas sei que uma hora vai passar e eu vou conseguir ficar só com meus pensamentos sem ter que sofrer em silêncio. Mas por enquanto não dá. Tento ser forte e sorrir, mas quando, de repente, me pego pensando em você, em nós, as lágrimas escorrem em meu rosto e percebo que tá difícil mas respiro fundo e falo pra mim mesma continuar, que não vale a pena sofrer por alguém que não ta mais nem aí. Ou se tá eu não sei, mas não demonstrou. Foi tão de repente. Eu sabia que você ia viajar, que ia passar um mês fora, que eu ia morrer de saudade, que eu ia querer você toda hora, querer falar com você e pensava que quando você chegasse ia querer te ver o mais rápido possível, te dar aquele abraço e pedir pra nunca mais me deixar tanto tempo só. Mas não foi assim, nosso último dia juntos foi tão lindo, havia tanto amor, tantos beijos que pareciam sinceros, tantos carinhos… mas de repente no outro dia você mudou, a distância não era só carnal, era em tudo. Você não fazia questão de manter contato, queria ter um tempo pra você, tentei entender, mas a cada dia piorava, você ficava mais distante, mais diferente mais… outra pessoa. Até que aconteceu, você mostrou que não se importava mesmo comigo, encontrou outra lá, eu descobri, você não fazia questão de esconder, pelo menos isso, pelo menos não queria mentir pra mim. E acabou, de um jeito frio, rápido. Sem consideração, sem repeito e sem AMOR, isso, sem aquilo que eu tanto sentia por você. Em menos de 15 minutos aquela pessoa que por mais que, me magoasse muito, era a pessoa que eu mais queria bem, a pessoa que mais me fazia feliz, e fez muito, a pessoa que eu queria passar o resto da minha vida, queria que estivesse na minha formatura, no meu primeiro dia de aula na faculdade, no meu primeiro dia que pegasse em um carro pra dirigir, aquela pessoa que tivesse comigo em todos os momentos se tornou apenas passado, apenas vontade, apenas desejo. Mas to aprendendo. Da pior forma mas to. Foram muitos momentos lindos e únicos que agora só estão no passado. Um passado que algum dia vou querer lembrar e sorrir e pensar que valeu a pena tudo. Inclusive as lágrimas, saber que esse choro teve um motivo e este ser o sentimento forte e verdadeiro que eu tive por você, saber que algum dia eu soube o que é amar e o quanto aquilo era bom, um sentimento que nem todos tem a capacidade de ter. Apesar de tantas decepções eu não to com raiva, eu não sou de sentir raiva com essas coisas. Como diz a música de Capital Inicial “nem tudo é como você quer, nem tudo pode ser perfeito”, você não pode cumprir suas juras, você não soube ser fiel e quanto a isso nem eu, nem você e nem ninguém pode fazer nada. Eu agradeço por ter me dado tantos momentos bons e inesquecíveis, ter sido meu primeiro em muitas coisas. Não sei se pra você eu também vou ser assim tão especial e inesquecível, mas pra mim você vai ta sempre aqui na memória e no coração. Espero que seja Feliz e que se um dia nos encontrarmos por aí podemos olhar um pro outro, sorrir e dizer que achamos a resposta pra pergunta que vivíamos fazendo: será se algum dia vou conseguir viver sem você?

Ela acreditava em anjo e, porque acreditava, eles existiam.

Clarice Lispector
A hora da estrela. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

Nota: Trecho ligeiramente adaptado do original.

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Se choras por não teres visto o pôr do sol, as lágrimas não te deixarão ver as estrelas.

Rabindranath Tagore

Nota: Adaptação de uma frase muitas vezes atribuída, de forma errônea, a Bob Marley e Antoine de Saint-Exupéry.

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Eu nunca vou entender por que a gente continua voltando pra casa querendo ser de alguém, ainda que a gente esteja um ao lado do outro. Eu nunca vou entender por que você é exatamente o que eu quero, eu sou exatamente o que você quer, mas as nossas exatidões não funcionam numa conta de mais...

Mas aí, daqui a uns dias... você vai me ligar. Querendo tomar aquele café de sempre, querendo me esconder como sempre, querendo me amar só enquanto você pode vulgarizar esse amor. Me querendo no escuro. E eu vou topar. Não porque seja uma idiota, não me dê valor ou não tenha nada melhor pra fazer. Apenas porque você me lembra o mistério da vida. Simplesmente porque é assim que a gente faz com a nossa própria existência: não entendemos nada, mas continuamos insistindo.

Há pessoas silenciosas que são muito mais interessantes que os melhores oradores.

Nunca deixe ninguém te dizer que não pode fazer alguma coisa. Se você tem um sonho, tem que correr atrás dele. As pessoas não conseguem vencer e dizem que você também não vai vencer. Se você quer uma coisa, corra atrás.

Não existe um caminho para a paz. A paz é o caminho.

A. J. Muste
"Debasing Dissent" in The New York Times (16 November 1967), p. 46

Nota: A frase é muitas vezes atribuída a Mahatma Gandhi, mas não consta dos seus escritos.

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E ela abria-me os braços. E eu ficava.

Jardins Proibidos

Quando amanheces, logo no ar,
Se agita a luz sem querer,
E mesmo o dia, vem devagar,
Para te ver.

E já rendido, ver-te chegar,
Desse outro mundo só teu,
Onde eu queria, entrar um dia,
P'ra me perder.

P'ra me perder, nesses recantos
Onde tu andas, sozinha sem mim,
Ardo em ciúme, desse jardim,
Onde só vai quem tu quiseres,
Onde és senhora do tempo sem fim,
Por minha cruz, jóia de luz,
Entre as mulheres.

Quebra-se o tempo, em teu olhar,
Nesse gesto sem pudor,
Rasga-se o céu, e lá vou eu,
P'ra me perder.

P'ra me perder, nesses recantos
Onde tu andas, sozinha sem mim,
Ardo em ciúme, desse jardim,
Onde só vai quem tu quiseres,
Onde és senhora do tempo sem fim,
Por minha cruz, jóia de luz

P'ra me perder, nesses recantos
Onde tu andas, sozinha sem mim,
Ardo em ciúme, desse jardim,
Onde só vai quem tu quiseres,
Onde és senhora do tempo sem fim,
Por minha cruz, jóia de luz
Entre as mulheres

Magoados ao crepúsculo dormente,
Ora em rebojos galopantes, ora
Em desmaios de pena e de demora,
Rios, chorais amarguradamente.

Desejais regressar... Mas, leito em fora,
Correis... E misturais pela corrente
Um desejo e uma angústia, entre a nascente
De onde vindes, e a foz que vos devora.

Sofreis da pressa, e, a um tempo, da lembrança...
Pois no vosso clamor, que a sombra invade,
No vosso pranto, que no mar se lança,

Rios tristes! agita-se a ansiedade
De todos os que vivem de esperança,
De todos os que morrem de saudade...

Inserida por Ellem99

O poema deve ser como a estrela que é um mundo e parece um diamante.

A estrela cadente
teima, se enrosca, se queima.
Quer o sol nascente.

Por trás do combate
feroz do vento e das nuvens
a intocada estrela.

O dono de um pequeno comércio,amigo do grande poeta Olavo Bilac,abordou-o na rua:Sr.Bilac,estou precisando vender o meu sítio,que o sr. tão bem conhece.Poderá redigir o anúncio para o jornal ?Olavo Bilac apanhou o papel e escreveu:"Vende-se encantadora propriedade,onde cantam os pássaros ao amanhecer no extenso arvoredo,cortada por cristalinas águas de um ribeirão.A casa banhada pelo sol nascente,oferece a sombra tranquila das tardes na varanda." Meses depois encontra o poeta com o homem e pergunta-lhe se havia vendido o sítio."Nem pensei mais nisso" disse o homem."Quando li o anúncio é que percebi a maravilha que tinha."

Um beijo na mão faz-te sentir muito, muito bem, mas um bracelete de diamantes e safiras dura para sempre.

"É claro que sou imortal. Não tenho onde cair morto."

Beijo eterno

Quero um beijo sem fim,
Que dure a vida inteira e aplaque o meu desejo!
Ferve-me o sangue. Acalma-o com teu beijo,
Beija-me assim!
O ouvido fecha ao rumor
Do mundo, e beija-me, querida!
Vive só para mim, só para a minha vida,
Só para o meu amor!
Fora, repouse em paz
Dormida em calmo sono a calma natureza,
Ou se debata, das tormentas presa, -
Beija inda mais!
E, enquanto o brando calor
Sinto em meu peito de teu seio,
Nossas bocas febris se unam com o mesmo anseio,
Com o mesmo ardente amor!
De arrebol a arrebol,
Vão-se os dias sem conto! E as noites, como os dias,
Sem conto vão-se, cálidas ou frias!
Rutile o sol
Esplêndido e abrasador!
No alto as estrelas coruscantes,
Tauxiando os largos céus, brilhem como diamantes!
Brilhe aqui dentro o amor!
Suceda a treva à luz!
Vele a noite de crepe a curva do horizonte;
Em véus de opala a madrugada aponte
Nos céus azuis,
E Vênus, como uma flor,
Brilhe, a sorrir, do ocaso à porta,
Brilhe à porta do Oriente! A treva e a luz – que importa?
Só nos importa o amor!
Raive o sol no Verão!
Venha o Outono! do Inverno os frígidos vapores
Toldem o céu! das aves e das flores
Venha a estação!
Que nos importa o esplendor
Da primavera, e o firmamento
Limpo, e o sol cintilante, e a neve, e a chuva, e o vento?
Beijemo-nos, amor!
Beijemo-nos! que o mar
Nossos beijos ouvindo, em pasmo a voz levante!
E cante o sol! a ave desperte e cante!
Cante o luar,
Cheio de um novo fulgor!
Cante a amplidão! cante a floresta!
E a natureza toda, em delirante festa,
Cante, cante este amor!
Rasgue-se, à noite, o véu
Das neblinas, e o vento inquira o monte e o vale:
“Quem canta assim?” E uma áurea estrela fale
Do alto do céu
Ao mar, presa de pavor:
“Que agitação estranha é aquela?”
E o mar adoce a voz, e à curiosa estrela
Responda que é o amor!
E a ave, ao sol da manhã,
Também,. a asa vibrando, à estrela que palpita
Responda, ao vê-la desmaiada e aflita:
“Que beijo, irmã!
Pudesses ver com que ardor
Eles se beijam loucamente!”
E inveje-nos a estrela... e apague o olhar dormente,
Morta, morta de amor!...
Diz tua boca: “Vem!”
“Inda mais!”, diz a minha, a soluçar... Exclama
Todo o meu corpo que o teu corpo chama:
“Morde também!”
Ai! morde! que doce é a dor
Que me entra as carnes, e as tortura!
Beija mais! Morde mais! Que eu morra de ventura,
Morto por teu amor!
Quero um beijo sem fim,
Que dure a vida inteira e aplaque o meu desejo!
Ferve-me o sangue: acalma-o com teu beijo!
Beija-me assim!
O ouvido fecha ao rumor
Do mundo, e beija-me, querida!
Vive só para mim, só para minha vida,
Só para o meu amor!

NÃO PERCAS TEMPO !!!
Sou o Tempo que passa, que passa,
Sem princípio, sem fim, sem medida!
Vou levando a Ventura e a Desgraça,
Vou levando as vaidades da Vida!
A correr, de segundo em segundo,
Vou formando os minutos que correm . . .
Formo as horas que passam no mundo,
Formo os anos que nascem e morrem.
Ninguém pode evitar os meus danos . . .
Vou correndo sereno e constante:
Desse modo, de cem em cem anos
Formo um século, e passo adiante.
Trabalhai, porque a vida é pequena,
E não há para o Tempo demoras!
Não gasteis os minutos sem pena!
Não façais pouco caso das horas!
Olavo Bilac

“A mocidade é como a primavera, / A alma, cheia de flores, resplandece, / Crê no bem, ama a vida, sonha, espera, / E a desventura facilmente esquece”.

[NO MEIO DO CAMINHO]

Cheguei. Chegaste. Vinhas fatigada
E triste, e triste e fatigado eu vinha.
Tinhas a alma de sonhos povoada,
E a alma de sonhos povoada eu tinha...

E paramos de súbito na estrada
Da vida: longos anos, presa à minha
A tua mão, a vista deslumbrada
Tive da luz que teu olhar continha.

Hoje, segues de novo... Na partida
Nem o pranto os teus olhos umedece,
Nem te comove a dor da despedida.

E eu, solitário, volto a face, e tremo,
Vendo o teu vulto que desaparece
Na extrema curva do caminho extremo.