A Culpa é minha me Perdoe
"Vejo o arrepio da morte,
à voz da condenação
Quem ordena, julga e pune?
Quem é culpado e inocente?
Na mesma cova do tempo
cai o castigo e o perdão
Morre a tinta das sentenças
e o sangue dos enforcados...
liras, espadas e cruzes
pura cinza agora são"
Eu sei…
Embora eu tentasse fingir que não sinto mais, finalmente entrei e os destroços suprimiram minhas emoções.
É como areia movediça e deve terminar em fracasso.
Sei que não sou forte o suficiente para me expressar corretamente; mesmo que esteja errado, ainda faço o meu melhor.
Eu sei que eu estava errado!
Havia momentos em que a pressão para alcançar a felicidade era quase opressiva, como se a felicidade fosse algo que todos deviam e podiam conquistar, e que qualquer tipo de concessão na busca por ela fosse, de algum modo, culpa sua.
Perdão
Se perdoar deve ser uma das coisas mais difíceis que existem, acho que mais até do que perdoar aquela pessoa que nos fez tanto mal, sempre nos culparemos por ter feito ou deixado de fazer certas coisas nos momentos "certos", mas devemos tentar, porque só assim teremos um pouco de paz que precisamos para continuar.
Se perdoe, não se cobre tanto, quando você menos esperar a sua hora chegará, chegará a retribuição dos seus sacrifícios, e você terá certeza, que nada foi em vão.
Não é necessário existir Deus para criar a culpabilidade, nem para castigar. Para isso, bastam os nossos semelhantes, ajudados por nós mesmos.
Nós, vítimas, não queremos falar sobre o assunto. Acho que aprendemos que “sempre existe um culpado”. E eu me sentia culpada. Sentia culpa simplesmente por existir.
a cada momento que passa vejo que um mundo se perder de escolhas e ações vejo o mundo em destruições
A gente aprende que os caminhos são de amores e desamores. Os amores são como caminhos livres e os desamores são como pesos. Se as culpas deixarem sua mala pesada, é hora de soltá-la para prosseguir no caminho.
Existe uma luxúria na autocensura. Quando nos culpamos, sentimos que ninguém mais tem o direito de nos culpar.
Sentimento não é escolha, é consequência. E por isso nem todos sentimentos são bons, pois precede consequências ruins.
Eu não suporto o fato de como a sociedade divide as pessoas em vencedoras e perdedoras, sendo que a culpa não é delas.
Nós nos agarramos ao nosso papel de vítimas para que os outros se sintam culpados. Esse sentimento de culpa é o penhor que deve garantir nossas reivindicações.
Não te permitas ser julgado, senão pela figura que encontras em teu espelho. Mas cuide para que esta não te condene.
"Em nossa fantasia, num conceito alienado de que podemos viver sem nunca errar, criamos uma expectativa perfeccionista da vida, mas todos os dias nos deparamos com escolhas e, freqüentemente, com acontecimentos que estão além de nosso controle! Em vários pontos deste caminho vamos nos decepcionar conosco mesmos, e isto será menos doloroso se deixarmos de crer nesta possibilidade de perfeição e olharmos as situações de um ângulo diferente, de uma visão mais compreensiva, pois erros são frutos de experiências mal sucedidas que não foram vistas como aprendizagem!"
"Cometemos erros até com a melhor das intenções! Por que? Porque somos seres humanos dotados de falhas e limitações! Propensos a erros, sim, mas dotados também de uma incrível capacidade de aprender nesta escola da vida, para assim, mais amadurecidos, desenvolvermos uma autoconsciência, equilibrando sentimentos e estabelecendo limites racionais sem que façamos a nós mesmos exigências impossíveis e perfeccionistas demais! Sem ficar nos culpando por não conseguirmos ser tudo, possuir tudo, desfrutar de tudo!"
"A vida continua apesar dos erros, por isso não podemos passar por ela nos remoendo de culpas, transformando nossa vida num calvário de dores... Que nosso “grito de consciência” não se transforme em um grito constante de arrependimento, sofrimento e amargura, mas sim num grito de liberdade que se transforma em uma espécie de mola propulsora a nos remeter continuamente a novas tentativas de acertos."
Maldito o homem que põe a sua esperança, após a morte física, em um novo corpo humano, quando nesta geração, ele não consegue se livrar da culpa de sua própria consciência.