A Culpa é minha me Perdoe
A Síndrome da Boazinha e a Culpa que Não Era Minha
Por Diane Leite
Por muitos anos, vivi como se carregasse uma dívida invisível, uma culpa que parecia colada à minha pele desde que me entendia por gente. Cresci acreditando que, de alguma forma, eu era culpada por não ser suficiente. Por não ter sido suficiente para que minha mãe ficasse, para que ela lutasse por mim, para que as histórias que me cercavam fossem diferentes.
Essa sensação de culpa silenciosa moldou minha forma de existir no mundo. Eu queria agradar a todos, ser perfeita, resolver problemas que nem eram meus, porque acreditava que, se eu fosse boa o suficiente, talvez, só talvez, eu merecesse ficar. Mesmo quando eu já não era mais aquela criança de dois anos, ainda agia como se precisasse provar algo: que eu era digna de amor, de aceitação, de permanência.
A Síndrome da Boazinha
A síndrome da boazinha foi meu jeito de lidar com a dor. Sempre disponível, sempre compreensiva, sempre dizendo "sim", mesmo quando meu coração gritava "não". Eu me doava inteira, mesmo quando ninguém pedia, porque, no fundo, eu tinha medo de ser descartada de novo. Medo de que, se não fosse boa o suficiente, as pessoas me abandonassem.
O Despertar
Foi preciso muita vida, muita dor e muita reflexão para perceber que a culpa nunca foi minha. Que o que aconteceu aos dois anos, as escolhas que minha mãe fez ou deixou de fazer, nunca foram responsabilidade daquela menina pequena e inocente. Que minha essência, meu valor, nunca dependeram de agradar ou de ser a "boazinha".
Quando comecei a entender isso, o peso começou a cair. Aos poucos, percebi que ser boa não significava me anular. Que agradar o mundo inteiro nunca me traria a aceitação que eu buscava, porque ela precisava vir de dentro. E, mais importante, que eu não precisava de ninguém para me validar ou me dizer que eu era suficiente.
Foi aí que deixei de tentar ser a boazinha e comecei a ser eu. A dizer "não" quando era necessário, a colocar meus limites, a escolher a mim mesma em situações onde antes eu teria me sacrificado sem pensar. Percebi que amor-próprio não é egoísmo, mas um ato de cura.
A Nova Mulher
Hoje, sei que não sou culpada pelas escolhas de ninguém — nem da minha mãe, nem de qualquer outra pessoa. Sei que minha vontade de agradar era um reflexo de uma ferida, não de quem eu sou de verdade. Agora, escolho ser boa, mas não às custas de mim mesma.
Não é fácil abandonar a síndrome da boazinha. Há momentos em que ela tenta voltar, sussurrando que é mais seguro agradar, evitar conflitos, manter as pessoas por perto a qualquer custo. Mas agora eu sei que minha força não está em ser perfeita para os outros. Está em ser verdadeira para mim mesma.
E, se alguém escolher partir porque eu decidi me amar, então tudo bem. Porque, no fim das contas, aprendi que quem precisa ficar — quem realmente me ama — nunca me pedirá para ser menos do que eu sou.
E isso é liberdade.
Um ateu é alguém que fugiu da dialética por culpa, medo ou modismo. Criou uma síntese, ignorando a tese e a antítese; entrou em um labirinto escuro fechando os olhos, ouvido e os sentidos do corpo e do espírito e desesperado esbraveja - Deus não existe!
Sofremos mais pela culpa inconsciente do que pela culpa consciente. Da consciente temos responsabilidade de expurgar; da inconsciente, que se manifesta em forma de neurose, angústia, acusação, ódio e frustração, temos o compromisso de investigar para podermos descobrir a causa e buscar eliminar para podermos caminhar no amor, perdão e liberdade…
Deus não invade território alheio. Por isso, não devemos colocar a culpa em Deus, pelas consequências dos projetos, planos, caminhos e decisões erradas que tomamos.
Eu confesso
A culpa e toda dela
Metade por ser bela
E ir ser irresistível
Não queria fazer isso
Mas como não fazer
Só de olhar nos olhos delas
Eu quero mais ser ...
Tem horas que ela falha
Quando tenta disfarçar
Mas isso não é falha
Ela não sabe falsear
E na hora de fugir
Começamos a gargalhar
Não por que tínhamos vergonha
Mas por tanto amar
Nós somos levados
E deixados a sonhar
Num mundo só nosso
Onde podemos só nos amar
Que o mundo nos proíba
De todos os lugares entrar
Mas tem um lugar só nosso
Nós nosso sonhos a sonhar
Será que Deus existe mesmo,ou é apenas um nome que usamos para nos livrar da culpa que não queremos assumir ?
Não é sua culpa ser um arco-íris para alguém que é daltônico. E também não é culpa desse alguém ser incapaz de expressar reconhecimento e gratidão por outrem. Porém não há desejo e persistência que mude o fato frustrante, portanto aceite a realidade e pare com isso.
Causalidade Egocêntrica por Saik
Quanto tempo faz? Já nem me lembro mais...
A culpa foi minha então já nem vou atrás,
Quero mesmo é que todos sejam felizes em paz,
Mas não posso negar que sinto sua falta demais...
Mas sem dúvidas sei que é melhor assim...
Ainda penso em voce, me preocupo, mas enfim...
Eu nunca te fiz bem, é bom ficar longe de mim!
Eu mesmo fui a causa, do efeito que é o fim.
Não vou por a culpa na suprema força invisível da entropia,
Nem dizer como pôde ser ou como não poderia,
Agi de forma egoísta, fazendo tudo o que eu queria,
E dessa forma aos poucos matei todo amor, toda beleza, toda magia...
Eu não espero que voce me perdoe e me aceite de volta...
Eu só quero mesmo expressar esse sentimento que me revolta.
Eu tinha nas minhas mãos, mais que um mundo, um universo...
Voce era muito mais que meu mundo, que fique bem gravado nesse verso.
Eu entendo que nunca daria certo...
Pois voce é muito para eu merecer,
E justamente por isso eu devia ter sido esperto!
E dar o máximo de mim para não te perder!
Eu tive sorte de voce ao menos ter conversado comigo,
Ganhei na loteria quando voce me quis como mais que um amigo!
Mas fico feliz que hoje voce pode ser feliz sem minha presença...
Voce pode não acreditar, eu gosto de voce muito mais do que voce pensa
Como sempre porém, tudo é como deve ser.
Já estava escrito entende? Antes mesmo de tudo nascer.
Eu ando há muito tempo perdido, minha vontade me guia e me conduz.
Eu vi em voce um caminho, eu vi em voce minha luz.
Mas talvez eu não tenha visto nada ainda...
Ou talvez não tenha mesmo muito o que ver,
Só posso continuar te achando sempre a mais linda,
Com a certeza de que "eu e voce" não vai mais acontecer.
Talvez eu fique bem, talvez eu piore e vire do avesso,
Mas é claro que isso nunca teria haver com voce entende?
Pra falar a verdade não tem haver com ninguém que eu conheço
Tem haver com alguém que realmente desconheço... Eu e minha mente.
Das dores que somos sujeitos a sentir, as mais intensas, são, a perda a culpa e a rejeição de quem temos no coração
Eu não vou criar nenhuma desculpa no intuito de não assumir a culpa muito menos pra não arcar com as consequências dos meus atos
Eu tenho convivido com a Culpa por nunca ter tido a coragem de te falar as coisas que me aconteceram, se eu pudesse voltar naquela época e fazer tudo diferente eu faria sem pensar 2 vezes. A única coisa que eu quero é o seu perdão por tudo que eu te fiz
Pela primeira vez, depois de um do ocorrido, eu consigo enxergar a parcela de culpa dela.
A consideração não existiu, todo o afeto, o carinho, foram por água abaixo... Pedidos de desculpa estão ao meu redor constantemente, eu os aceito.
Me sinto bem aos aceitar, me sinto mal ao me ver lidar, sozinho, com a dor da mentira.
O mais errado, no momento, me parece tão certo. Os conselhos que eu escuto, me parecem tão errados, eu não sei o que fazer.
Preciso dela, porém minha cabeça só me remete ao que aconteceu, uma visão mais realista ocupa minha cabeça nesse momento e a tristeza está permeada no meu quarto.
O clima gelado do ar condicionado já nem é tão gelado quanto era antes, o meu sono já não está sendo necessário e a minha fome se tornou inexistente.
Tudo nasceu com uma saudade dela, tudo termina com a perda de uma pessoa que me fez muito bem.
Talvez, de maneira mais otimista, eu deva considerar como livramento, perder uma pessoa que nunca me foi fiel é, no mínimo, um motivo de felicidade, mas, enquanto isso, eu defendo a outra com todo meu peito, acreditando ser a coisa certa ao seguir meu coração.
Eu estou com ciúmes.
-plr