A Crueldade do Amor
Um advogado de um malfeitor é tão cruel quanto o próprio; utiliza suas façanhas desprezíveis para o mal, não recebendo o seu castigo por ir contra os princípios morais.
Se uma palavra cruel tem o poder de ferir, imagine quanto maior não será o poder de uma palavra de amor. Se um gesto ruim tem o poder de machucar, quanto mais um gesto de humanidade não terá o poder de curar feridas... Espalhemos amor, esse é o plantio que nos dá as melhores colheitas...
Respirar o ar da vida
Dez meses se passaram, e a pandemia tem sido cruel para a população do mundo, com lagrimas, luto e tristeza. Mais também fazendo as mascaras dos gananciosos caírem, revelando ao mundo a maldade e a perversidade de alguns poucos que se escondiam por trás de falsas imagens de bondade. Mas ficou bastante evidente o que realmente interessa na vida, é a solidariedade, a fé, a esperança e o amor, e que bens materiais e certas conquistas são ilusórias, e o que vale mesmo a pena, é voltar a sorrir, abraçar a quem se ama, e respirar este ar da vida, abrindo os braços para agradecer a quem nos mantém vivos neste planeta, para continuar esta viajem.
Ela era um bicho sem maldade e tão cruel consigo
Sorrir parecia lhe ferir, se a felicidade não fosse alheia
Transformava monstros em anjos e convivia bem com cada um deles
Doou aos miseráveis até o que não tinha
Curou sozinha as suas próprias dores
Encurralou os seus desejos num canto qualquer da vida
Mendigou amores e farejou traições
Sofreu com cada decepção e debochou de todas elas
Transformou em comédia os seus maiores dramas
Viveu tentando ser outra, ouvindo que mudar era necessário
Mas ela acreditava na essência que ninguém via
E por isso, mesmo exausta, seguia
Não se arrependeu do que cativou sendo errada
E não renuncia ao que conquistou sem ter nada.
Poema inacabado
Ela foge agora do timbre acre
Que se alarma no revel da verdade
Cru(el).
Já a outra esquece que sen(ti)r
não pode esta nuvem consumir
Elas destronam hoje o mais puro dos sentimentos,
e o capro se oportuna neste momento de superficialidade
Tomando posse dela “eleita do pecado e da harmonia”,
o corpo e a felicidade.
Entretanto ainda agora “no fundo delicado dos teus seios”
Ainda per(duram) re(sentimentos).
É tão puro, leve,
que seria totalmente contra
sua natureza
ousar em ser cruel.
Sofremos pela sua ausência
mas não pela sua presença.
Meu caro sentimento,
amor.
Medir a crueldade, a violência e o abuso com parâmetros de justiça sem a compaixão de se colocar no lugar do próximo é o mesmo que cometer o pecado que está julgando. Quando por religiosidade é a mesma falta de fé dos fariseus e carrascos que crucificaram o Cristo.
Devaneio
Eu me tornei demoníaco e cruel,
Perdi as chaves de nosso céu.
Quebro os portões ainda com esperança,
E destruo cada vez mais a confiança.
A busca de poder dominou a carcaça,
Antes o que era homem, hoje desgraça.
Sou o péssimo exemplo julgador e
Sigo com meus pecados, sem amor.
Mais um copo tragado com ansiedade,
Dos menos tolos, aprendi com a idade,
Aguardo que quem sabe um dia,
Possa ser metade do homem que seria.
DOR DO MOMENTO
Há solidão sem fundo, há sofrer tiranos
Mais sufocantes que a cruel desventura
Sentimentos loucos, cheios de amargura
E as saudades mais extensas que os anos
São tormentos sem piedade, são danos
E as sensações na alma vazia de ternura
Eu as renuo... e a está árdua sorte dura
Que augura na poesia versos profanos
Devaneio, sim, e só assim, somente
Saio do algoz versejar tão cruento
Que me fere no tratear lentamente
Oh! gemidos assim jogados ao vento
Que chora e dói na emoção da gente
Leva pra longe todo este sofrimento
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
29/09/2020, 10’07” – Triângulo Mineiro
Ah, saudade... Doce lembrança que acalenta a alma, mas ao mesmo tempo, açoite cruel que a distância desfere sem piedade.
Poesia da Solitude
A solidão é a mais cruel dos sentimentos
Nem sequer leva em conta os entes
Abraça quem está próximo dos semelhantes.
Do amor faz sentir saudades
Como um pássaro enlaça seus filhotes
Assim é a soledade.
A solitude é o mais selvagem das sensações.
Ignora quem está ao redor; toma o seu lugar.
Ao seu lado está. Propínquo permanecerá
A ela, quem vencerá ?
A solidão da crueldade toma forma
Às tuas vestes se amolda.
Aos ouvidos declama a mais sombria poesia:
- Estás contente ? À cercania estou.
- Estás descontente? Amplexo ardente.
Onde estás, lânguido gladiador ?
Ermo desértico é o âmago daquele solitário.
Da sua alma dá risadas.
Do coração triste, sai palavra desolada
Os pés do coração ao lugar inóspito o arrebata
As mãos ao encontro do seu peito o agasalha.
De longe o trouxe. Perto o deixa.
A natureza do mais temível sentimento é a soledade.
Intensa como calor glacial é a calmaria do coração isolado.
Frio que derrete as geladas montanhas da Felicidade.
Essa é a solidão.
Essa é a soledade.
Anjo Cruel
Iniciava a purificação
Em puro vermelho
Em sonífero vermelho
Sol nenhum pairava no céu
Morto jazia
Assim como a Lua
Substituído ambos por uma esfera negra
Refletidas em filtro negro
A vegetação decadente mais e mais
Matando animais dos pequenos aos reis
Varrendo o ar de suas aves
Limpando até a Terra atingir coloração pútrida
Construindo a desejada atmosfera sorumbática
Morto jazia
Ó aroma de morte
Digna de pesadelos
A voz de Azmuth
Em conturbadas formações indecifráveis no céu
Chovia sangue
De seu corpo as gotículas
A fluir de cada poros
De seu imensurável corpo podre
Suas asas eternamente profundas
Sombrias na essência
A orquestrar o fim
Cobria toda a Terra
Protegia o universo inteiro
Nada escapava da misericórdia
O mar não mais existia
Em seu lugar
O carmesim gosto de seu desejo
Disfarçado num toque gentilmente vermelho
Rodopiava e assim continuava
Até o centro
A procura da válvula de escape
Para toda a sujeira
E todo animal marinho
Morto jazia
Ó aroma de morte
Enquanto mais e mais se aproximava
Suas asas começavam a abraçar
E toda imperfeição
Estava sendo corrigida
No toque
Viste assustadora face
Indescritível face ruborizada
Expressava nada
Além de satisfação pura
O desejo estava se concluindo
Face a face
Consternado fiquei
O ciclo perfeito ia ser concluído
O abraço inumano ia ser completado
Ele se viu em semelhança
No seu próprio mar de sangue
Subitamente desmembrou-se
Perdendo-se em sua insana raiva
Primeiro as asas caíram por terra
Depois vários membros
Enfim sua cabeça
Que caia naquele mar vermelho
Mais da metade por fora
Jus a sua magnitude
Tudo retornou ao nada
O nada afinal existe
E o ardor começou a percorrer meu corpo
Pela primeira vez sentia algo
Além de fascínio pela criatura
E será nesse mundo solitário
Que dará inicio ao meu Melancólico Réquiem
Desenhada por um deus maléfico
Cuja face refletia somente e apenas
Ódio
Intento apocalíptico pela criação
Surgindo assim a visão
Do que viria a ser tornar
O tão aguardado despertar
Do Novo Mundo.
Reciprocidade
Cruel sentimento
Afasta por falta de conhecimento
Não, não é conhecimento
Basta o sentimento
Dor , choro e ilusão
Falta colo e canção
Lágrima que escorre pelo rosto
Querendo apenas atenção
Toque suave
Abrange e acalma o coração
Poucas palavras, mais atenção
Como doar tal sentimento , se não existe compreensão
Em um mundo tão cruel e devastador,onde quase tudo e todos,procuram te jogar no chão e tirar suas esperanças.
Seja uma mão estendida,um abraço amigo,um ouvido atendo.
Seja uma palavra de esperança e uma atitude de incentivo !
Como essa sociedade é cruel, eu te amo você me ama, mas alguém disse que não podemos ficar juntas... já procurei esse alguém por todos os lugares, ninguém sabe quem foi, regras, normas, padrões, mentiras! você beija a pessoa certa, isso é o que todos dizem, mas na frieza de uma noite de lua cheia você me chama e pede socorro. Seu corpo clama por mim, um ser livre que te leva aos altos lindos e quentes.
O mundo é muito cruel com pessoas consideradas quebradas. Mas seus braços são, com certeza, o lugar mais aconchegante e gentil que eu conheço, e consigo me sentir bem.
Destino cruel
Colocou você em minha vida
Acendeu a chama do meu coração
Me deixando apaixonado
Juro que não fui eu o culpado
Você roubou meu coração, fez juras de amor
E como o vento partiu
Deixando a dor da saudade
Nesse coração que me arde.
Maria Ferreira Dutra
Este local filho meu, o mundo,
este local meu filho tão sublime e tão cruel, onde tanto sofremos, tendo como grande e única certeza a morte, por tanto te amar não me permitiu a sublime alegria de te parir, mas sempre me ficaste no ventre de todos os silêncios embalando-me as mãos de estrelas.