A Beleza é Dom de Deus
O céu
A noite solar, o dia lunar
Água de prata ao mar
O vento que voa frio
O raio que nuvem partiu
O crepúsculo aos olhos
Resplandece as rochas negras
E os que desciam mórbidos
Ascendem às doces sedas
A suprema obra majestosa
Que tudo alcança, tudo vê
E a ti, nu, faz à mercê
De uma vasta nuvem gloriosa
As harpas da deusa estrelada
Cantam às flores azuis
E a bela deusa dourada
Fulgura em seu leito de luz.
O que é ser bonito afinal? A Palavra fala de homens formosos em algumas passagens, mas eu nunca os vi serem favorecidos pelo Altíssimo devido à beleza estética que possuíam – beleza essa, que não dura para sempre nesse mundo. O que eu vi foi um Deus que favorece aqueles que possuem um coração reto, fiel e devoto – a Ele. Ora, se vivemos para Ele e não para homens, precisamos repensar bem o que é realmente ser bonito. Será mesmo que um corpo esteticamente bem visto pela sociedade atual é para o Senhor da Eternidade tão importante assim?
O que é ser bonito afinal? E o mais importante: com quem você mais tem se preocupado, homens ou Deus?
Pois é, a vida é assim mesmo, quem gosta e se relaciona com pessoas que carregam a verdade, enxerga algo a mais que não só a aparência, e com isso vemos a essência que existe no coração de cada um... isso já é uma visão da beleza interior, e verdade é Deus...
“Faz com que o mundo, não tem mais sentido, eu não ligo.”
Digo o que vivo e vivo o que digo,
Entre tropeços e reparos, me ilumina a certeza,
Me recompensa a beleza de vida!Ah que vida,
Te ter um Deus comigo,
Meu amigo.
Já vivi o oposto,
Vida sem gosto.
Escrava do dinheiro, de um isqueiro,
Noite fria, garrafa vazia,
O som do silêncio de uma alma que grita,
Aflita,
Batia a cabeça no travesseiro,
Que desespero!
O sono não vinha, paz eu não tinha.
Me arrumava pra festa, festa?
A corta essa...
Alegria falsa é o que resta.
Rodeada de gente bonita,
Toda rica, só não se sabe de que.
Segurando numa mão um vazio
E na outra um pavio,
Prestes a estourar, será?
Não se engane amigo,
O mundo é bonito, até quando tu acordar.
Sono da morte, e se não tiver sorte, a merce ficará.
Enquanto a faca corta, tentando fragmentar as belezas da vida, a lua junta, as estrelas brilham, o sol ilumina, o céu abriga, a terra sustenta e Deus me abençoa. E nessa quantidade de força e união, santa é a fé que me reconstrói a cada aspereza encontrada pelo caminho.
"Somos seres cósmicos em um universo de infinitas possibilidades, em que a vida se descobre, se adequa, se transforma! Tudo mostrando que a beleza vem de dentro, e conota a grandiosidade da grande fonte motriz universal: o criador!
Te amo por inteiro, de dentro pra fora.
Mesmo quando o tempo chegar para nossos corpos, quando a velhice atingir a nossa beleza. Te amarei muito mais, pois eu amo a beleza da tua alma e essa beleza nunca passará, a alma nunca envelhecerá!
Enquanto meu corpo não trair meu espírito eu seguirei.
E sem fraquejar, estarei em pé no mundo que eu desenhei.
E como em um sonho de amor, rogo para que os dois, corpo e espírito, permaneçam fiéis até o fim. É onde mora minha fé: na esperança da imaginação estar certa.
E assim caminho quieta para que nenhum mal me encontre, nem a arrogância me atropele.
Apenas no dia da minha morte saberei:
Me abandonastes ó Pai? Ou me resgatastes pelos pensamentos?
Ao Criador das flores, dos bichos, dos mares, dos campos, do céu, do Sol e de todos os astros, confio meu destino.
Quero estar no curso de quem sabe fazer beleza; não na boca dos enfermos a rastejar.
Como podem entender de Ti, se não enxergam teus olhos, doces a marejar? Sim, fizestes o mundo! E a terra na qual me deito, pequena a existir, eu sinto seu cheiro na manhã que nasce, é o cheiro do ar frio com o sol gelado e para o lugar onde ele me leva. Como eu não vou te amar?
Eu rejeito tudo que é feio e mal e me recuso a viver a vida como se não houvesse magia na nos sentidos e na natureza.
Enquanto a sorte quiser repousar no meio peito, eu serei brisa, até que ela me absorva e sejamos uma.
Mas a certeza, caro Pai, sei que não me pertence. A minha fé é um castelo de cartas e meu Ser a iminência de assisti-lo cair ou ficar.
O que fazer se a verdade é vento? Quem o pode controlar?
Assim, eu imploro: permita que eu morra em teus braços a te amar. E mesmo que não nos vejamos, existiremos.
De um Pai ao vosso filho
Para onde estiveste olhando todos estes anos? Pobre criança, o que fizeram com o seu coração, olhaste sempre para baixo e para aparência superficial e tola dos outros, mais tolos do que ti.
Ó, eu que estive sempre no alto e sonhei a vida poética. Nos campos não deitaste mais teu corpo para sentir o sol a te queimar. Os corações tão solitários e tristes, e tão ocos, a se quer reparar. E as estrelas, sempre tão apressados, nem reparam no quanto elas gostariam de ser como vós.
Fora da Terra tudo é frio e pouco, muito menos do que cabe em vosso olhar. Veja, eu sou como vós, eu serei sempre pouco. Fiz de tudo para alegra-te, mas eu falhei. Minhas mãos sangraram oceanos inteiros, enquanto eu esculpia as árvores e colava os trigos nos campos. A neve é só o que restou de mim. Amigos, nós sempre sermos pouco. Falhamos por confiar um nos outros, sempre, sempre... eu achei que entenderiam, mas nem mesmo eu entendo o que aconteceu.... Para onde vai a vida, tão sem tempo, para onde vai o tempo, tão sem vida...
E hoje, eu também cansado e triste, eu penso que deveria perdoar, assim como vós, primeiro a mim mesmo; e depois, aos que não me compreendem. Eu sonhei com o amor, eu sonhei como um artista chora e sofre por algo além do vazio ao qual a essência não se encaixa, mas pertence.
Nesta noite, quando clamarem o meu nome, lembrem-se que somos iguais e eu também fracassei. Tenham piedade de mim e do meu cansaço, já não posso morrer agora que vivem. Vê aquele homem tão jovem e belo pregado em uma cruz? Foram os artistas que o fizeram... As feridas são todas internas, e a cruz, a exaustidão. É o preço que pagam os apaixonados, atravessando a dor em nome da obra, e por isso eles me compreendem.
Antes de partir, por favor me ame, pelo sopro do meu beijo, frio em tua face, eu digo que nos pertencemos e na beleza eu quero ser reconhecido. Tende piedade de mim, quando o céu chamar teus olhos na direção da minha casa fria, olha bem para as cores do céu e para os pássaros que sobrevivem, e ainda que teu coração esteja devastado pelo vaco que nos difunde, saiba que tentei...
Com amor, para sempre
Deus
Um ótimo dia para morrer...
A morte lhe sorriu.
Quando chegar o seu dia...
Não alterará se estiver um dia lindo ou chovendo pedras.
Não mudará se você tem cem amigos ou dois, isso só altera a quantidade de pessoas no seu velório.
Não será notado se você era bonito ou feio.
Não terá privilégios se era rico ou pobre.
Não há diferença se você era casado ou não.
Não te credência se você escreveu trinta livros ou só uns bilhetes.
Não importará a religião que você idolatrou a vida inteira.
Não valerá nada se seu time é da primeira divisão ou da quarta.
Não mudará nada se você é doutor e PhD ou um analfabeto.
Não servirá em nada se você deu a volta ao mundo ou só conheceu a sua cidade.
Não haverá questionamento se você gostava de rock ou sertanejo.
Não alterará se você amou uma ou cem mulheres.
Não modificara sua sorte se em sua vida era um exaustivo trabalhador ou um vadio.
Não será suas obras caridosas que te salvarão
Não será o glamour que te deixara imortal.
A única coisa que poderá mudar é se você teve uma real intimidade com Deus sem religisodade durante sua caminhada, e se Ele, pela sua misericórdia o salvará.
Senão será apenas você e os vermes junto no caixão. E adeus!
não, não há tristeza sem senão
mas há um certo ar, não resisto
um inverno arrepio de verão
que na beleza, sempre existe
não sei se olhar, se expressão
se por dentro um traço-esguio
só sei de um certo ar, perdição
um se-me-toca, estou perdido
um marejar raro e persistente
um quero fugir, mas não consigo
haja quem, ar-tão-assim, aguente
mas se, eternamente, o belo existe
que a perdição seja permanente
mas a tristeza, nem sempre triste.
Mas a vida é assim mesmo, enquanto as abelhas são essenciais, produzem o mel e polinizam as plantas, as formigas vão lá e cortam-nas.
Riscos de sonhos desenham o céu
de uma madrugada forrada de estrelas,
fulgurantes, paradas em seu lugar,
lá onde imagina-se o infinito azul,
tão longe, mas o tocamos com o olhar,
esse, que lançamos em suave calma,
como se nada mais existisse além
desse momento de perfumados ares,
tocando noturnos, de onde vem?
talvez de algum lugar perto ou distante,
trazendo saudade de algo ou de alguém
"Eu, um todo de defeitos, pintei algo perfeito.
Como em tela, pintei-lhe com um beijo.
Cada imperfeição, era pra mim, o despertar de um devaneio.
Lembro-me do encanto, ao desenhar-lhe o cabelo.
Quando em arte, cada fio negro, deslizava por entre meus dedos.
Moldei-lhe um coração, com toques, carícias e aconchego.
Minha vida, que era um total gris, como aquarela, foi ganhando cor a cada detalhe refeito.
Busquei inspiração no céu, para fazer a calma e a beleza do seu sorriso.
Nesse sonho de artista, pintei para sempre, você comigo.
Busquei nas estrelas, do seu olhar, o brilho.
Invejou-me o próprio Deus, ao ver-te, minha criação, em total ausência de defeito.
Nem mesmo ele imaginara, que era possível tal feito.
Eu, um todo de defeitos, superá-lo ao pintar-te, algo perfeito..."
Sabemos de nós,
e dos nós que desenrolamos,
muitos tão emaranhados,
sem sabermos começo e fim,
e continuamos na andança da vida,
quase um ritual, fazendo, às vezes
- mais alguns nós,
pois a vida é um bordado,
não deixamos de tecer,
viver bem é complicado,
mas nós temos que viver !
— Este é o dia que fez o Senhor; regozijemo-nos e alegremo-nos nele.
(Salmos 118:24)
*
— Todos os dias Deus faz um espetáculo, para contemplarmos.
— O nascer do sol.
— A chuva regando a plantação, fazendo as crescer, nos dando o que comer.
— As flores perfumando e embelezando.
— Os pássaros a cantar.
— O vento a soprar, as folhas a bailar!
Tudo é presente de Deus, feito e cuidado por Ele.
— O que mais posso dizer?
“Contemplar e agradecer, porque Deus é maravilhoso.
E a Sua bondade estende de geração em geração!”
Nada sou
A maior dor que já senti
Não veio do horrendo
Emergiu ferozmente
Da profundidade da beleza.
Mostrando-me quão
Ordinária e ínfima sou
Pensava que me bastava
Julgava que a tudo alcançava.
Pobre de mim!
Vagando apenas por meus olhares
Que incapazes são
De me manter certa
Da minha própria condição.
Foi ao falhar a minha voz
E ao nublar do meu sentido
Que reparei.
Ah, meu Deus!
Eu não sou nada
Sem estar contigo.
Enide Santos 08/02/16
Recordo-me, minha amiga, que naquele dia, naquele instante, eu a fitei com os olhos de completo desejo. Senti-me um louco por fazê-lo, mas também, amiga minha, qual homem nessa terra de horripilâncias não o faria? Ao fitar tal beldade, tal arte desnuda, ela parecia-me ter uma beleza crua, ela parece que nunca fora tocada por essa terra impura. Sei que sou o sal, o pó da terra, minha amiga, sei disso. Às vezes o sei mais que qualquer outro ser, nessa mundana pintura; mas aquela mulher, minha cara, ela fora esculpida em mármore, quiçá em carne, pelas mãos do próprio Deus. Eu sempre acreditei que em seu reino sobre os céus, Deus não tinha nenhum filho preferido, até vê-la naquela tarde quente de outubro, minha amiga, onde o mundo ardia, queimava, e ao fitar-lhe, lembro-me, minh’alma gelara, senti um suor congelante, as mãos frias. Eu, que não acreditava, hoje creio em Deus e em amor à primeira vista e creio não por crer, mas sim porque o sentira...