33 anos
Você pode se esconder por anos. Pode fugir para os confins da terra. Até mesmo mergulhar no mais profundo precipício. Mas uma coisa é certa, quando ele quiser você não poderá se esquivar.
No momento em que os olhares se cruzarem e o frio na barriga insistir em não passar; no instante em que o cheiro teimoso mantiver-se impregnado em seu corpo; quando apenas a presença for o suficiente para disparar o coração em taquicardia quase irreversível... sinto dizer, você foi infectado pelo mais nobre dos sentimentos.
Ele é muito mais forte e poderoso que qualquer vírus conhecido; é mais implacável do que um leão no encalço da presa; é mais voraz do que o tubarão em meio ao oceano.
Não há como escapar quando o amor encontrar você.
Pode até negar por algum tempo; poderá se fazer de durão; quem sabe até fingir não estar acontecendo com você. Nada vai adiantar! Mais dia, menos dia, você terá de aceitar o fato de não controlar mais seus desejos, vontades e sentimentos. Perceberá então que seus dias iniciam e terminam sempre com o pensamento na pessoa que você se nega aceitar - estar a amar. Neste momento o seu mundo estará conectado ao do outro, mesmo que não haja a reciprocidade que gostaria. Sua vida parecerá estar diretamente ligada a tudo que diz respeito ao seu platônico amor. Não será mais possível esconder tamanho sentimento. Não será possível também disfarçar o olhar, o falar e o agir. Não haverá a mínima chance de negar o que é inegável.
"Amar
É quando não dá mais pra disfarçar
Tudo muda de valor
Tudo faz lembrar você".
Em pouco tempo no avançar dos próximos anos ainda neste século 21 selarão as principais bibliotecas e os arquivos de fontes fidedignas de todo conhecimento enciclopedista universal. O indivíduo e a sociedade não mais terão acessos aos conteúdos de relevância, continuidade, aprendizado e consonância com a verdade, a lógica e a realidade seja ela ortodoxa ou acadêmica.O império da comunicação globalizada vive a profecia ficcional de Aldous Huxley e as constatações de Antonio Negri, entre as obras Admirável Mundo Novo e o Império. Sendo assim não se conversa mais, extingue se o
colóquio, a conversação, o diálogo.Afinal o que se relaciona ao conhecimento não pode e nem deve ocasionar inadequadamente dentro do processo constitutivo de dominação da massa a indesejada transmissão ou recepção independente uma forma torpe e marginal de compreensão, ação, postura, Interjeição, sentimento, emoção e entendimento.Tudo que seja próprio, incomum, personalizado será banido e é a qualquer tempo expressamente inadequado.
O problema de nós mulheres, é viver em uma cultura que veio tendo mudanças ao decorrer dos anos. São poucos testemunhos visuais de mulheres piedosas. Tudo vem se adaptado na correria do dia a dia, trazendo em si, mulheres sem tempo para viver elas mesmas, suas famílias e feminilidade. Aprendemos em nossas escolas, que mulheres tem que exigir direitos iguais para ser mulheres descoladas, independentes. Esquecemos de ser mulheres delicadas, que precisamos ser felizes como Deus nos criou para sermos, mulheres segundo o seu coração, segundo a sua Soberana vontade.
O lugar mais seguro para uma mulher é a Bíblia, o que as Escrituras dizem, sobre como mulheres devam viver nesse mundo corrompido pelo pecado.
As vezes penso que sou diferente da maioria das pessoas que conheço ou me tornei nos últimos anos. Animadas, festeiras, boas de garfo, elas estão sempre dispostas a visitar alguém que se disponha a dar comida e bebida de graça.
Eu não. Pago para não ter que ir na casa de ninguém, como pouco e o que puserem na mesa, não bebo álcool há mais de vinte anos, abomino gente que fala alto, muito e asneiras.
Minha turma aqui do Facebook é uma turma que escreve bem, lê bastante e pensa melhor ainda. Não falo com eles, eles não falam comigo, nós nos curtimos e se por acaso não gostamos de algum texto não fazemos absolutamente nada, esperamos o próximo que certamente será melhor.
Faz tempo estou tentando escrever alguma coisa que descreva o lapso de tempo da minha vida ou de uma vida qualquer, mas ou fica curto e faltando muito ou longo e ainda faltando coisa.
Outro problema é que posso ser benevolente, realista ou falar a verdade e já percebi que quando falo a verdade sou tachado de velho pessimista e recebo uns desses conselhos presentes em todos os livros de autoajuda que mais parecem de autopiedade.
De qualquer maneira, escrever é de graça, não engorda e me embriaga sem estragar o fígado.
Enquanto não consigo sintetizar o tal “lapso de tempo da vida” vou escrevendo coisas amenas.
Alguns vão lendo, vou lendo os textos dos amigos, troco altas ideias com o Google e eu me livro de visitar ou ser visitado.
As vezes penso que sou diferente da maioria das pessoas que conheço ou me tornei nos últimos anos.
Mas não está ruim de todo.
Boa noite!
Por muitos anos eu respeitei a covardia de muitos fascistas, falsos brasileiros e egoístas. Hoje não querem respeitar a minha coragem dentro de uma democracia frágil e desmoralizada, com um congresso e senado cheio de parlamentares comprados, com juízes parciais e partidários.
Durante anos... lutei para não fecundar, (filho caçula) e quando decidir, fui o “máximo” em quase dois milhões de colegas. Agora, portanto, não tenho receio em dizer, porém que julgo haver tido muita sorte, desde a fecundação até a mocidade, em certos caminhos que me conduziram a semear, umas em terra fértil, outras porém, em pedregulhos, das que germinaram, vieram os frutos.
Os cientistas explicam as ciências, as ciências os fenômenos, a natureza as estações, porém os frutos, apenas quem os semeou, se não houvesse quem o dissessem que os melhores frutos são aqueles por nós semeados, haveria de dizer.
______ Geziel Moreira Jordão (Dedy Dú Alecrim
São nos anos primeiros,
Nas brincadeiras vividas em fantasias inocentes e mágicas da meninice
Que aos poucos nos convencemos de que os sonhos mais quistos
Acontecem em meio às novas descobertas, por sermos quem somos
E decididos, crescemos a cada passo, dedicados a nos construir
E de repente, nos pegamos orgulhosos, completos e sem culpa
De caminhar, íntegros e valentes sem jamais abandonar a luta!
GLADIADOR
Pelo poder se construía sua glória. Há centenas de anos antes de cristo, a soberania da monarquia decidia pelo arbítrio de homens, que já não possuíam mais suas vidas. Tirados dos braços em que havia esperança e cativos por correntes onde sua autonomia não decidia mais por sua dor.
Liderados pelo ápice de um governo em que sua única razão era mantida pelo propósito que sua glória triunfe, até que a perpetuação de seu nome proclame seus próximos opressores. Título que consistia na renúncia a compaixão, pelos favores prestados a uma supremacia cruel.
Obrigados a lutarem por suas vidas ou sobreviver do fôlego, enquanto a dor dilacera sua carne a plateia grita em seu desatino, seu sangue derrama e a morte se aproxima. O seu valor, sua honra confessam o tempo em que a determinação e força mantinham seus membros ainda em movimento. Com o cessar do seu vigor, seu anonimato, apenas é lembrado como símbolo de entretenimento.
Só depois de viver muitas coisas foi que resolvi me tatuar, aos trinta anos.
Três tatuagens: o amor a Deus e ao próximo, o amor eros, e o amor ao conhecimento. Me definem. Tatuagem é mesmo vício: estou sempre pensando na próxima. Fazer tatuagem dói... mas o desenho fica tão lindo, a gente fica admirando... e é para sempre.
Tu podes "namorar" um desenho por anos, e quando o tatuador passar para a tua pele, pode dar errado... Bem errado. Tu também podes te arrepender de uma tatuagem e querer cobrir. Tatuagens meu amor, em geral, são desenhos lindos, com significado, e para fazê-las, a dor é inevitável...
Lembre-se disto. São lindas, mas doem. Tu já sabe onde eu quero chegar... O amor é lindo, fica marcado pra sempre, mas vale a pena. Se o desenho não ficar legal, a gente desenha outra por cima, mas é só disfarce, porque a gente sempre vai acabar lembrando do desenho feito por baixo. Mas lembra cada vez menos...
As tatuagens sempre vão doer... Mas ainda assim, vai valer a pena. E se não der certo fazemos um desenho novo por cima. Há cor, há beleza, há doçura, mas sempre haverá dor. Não deixa de fazer uma tatuagem só porque dói. Apenas, esteja preparado.
E não se desespere jamais: algumas tatuagens até sangram, mas vão cicatrizar e a dor vai passar.
Acordar
Acordar depois de muitos anos
Sem pista no horizonte para pousar
Sem alicerce para formular planos
Sem trazer da noite um sonho para sonhar.
É espinho causando dor intensa
Correndo pela mente inteira
É lacuna que sublinha a ausência
É vida escapando da peneira.
É querer voltar a ser criança
Pedir doces e guloseimas na calçada
É não ter par na hora da dança
É desejar tudo e não ter nada.
Larissa estava sozinha na casa. Era um sábado, em meados dos anos noventa, e seus pais saíam às compras: ela tinha quinze anos de idade e fazia a sua prática de piano. Pedira emprestado o despertador de seus pais e colocava-o em cima do piano para que o tempo passasse. Tantas lições de vinte minutos para fazer, parecia ter de ficar lá para sempre. Enquanto ela estava tocando, muitas vezes olhou para o relógio, querendo forçar o tempo passar. Às vezes ela apenas olhava fixamente para o relógio, deixando seus dedos vagarem ao acaso ao redor das notas.
Pensava que nada neste mundo pode tomar o lugar da persistência. Nada é igual a uma pessoa perseverante. Talento? Não. Não haveria de ser: nada é mais comum do que os homens sem sucesso esbanjando talento. Gênio? Gênios não são recompensados e isso é quase um provérbio. A educação: o mundo está cheio de educados negligentes. Persistência, tenacidade e determinação, sozinhas, são onipotentes.
Ela estava trabalhando com os exercícios em um livro de Arnold Schoenberg sobre harmonia, mas Larissa gastou toda a esperança que sentiu quando começou as aulas de piano naquele livro. Ela sabia que não era particularmente boa, e que o piano não era a resposta que ela esperava para o que não estava resolvido em si mesma.
Havia alguma coisa em que sua mente estava conectada com os sons que seus dedos estavam fazendo. Além disso, a sua professora de piano, que era gentil e sensata, gostava de Larissa em primeiro lugar porque estava disposta a tocar peças modernas e atonais: a maioria de seus alunos preferiu ficar com Bach. Amargamente, ela se dirigiu a si mesma, as linhas do cenho franzidas entre seus olhos, para uma das peças de criança de Bartók, quebrando-a como devia, praticando a mão esquerda primeiro, repetidamente.
Houve um alívio em bater os acordes repetidos, que não eram satisfeitos nem repousavam. Sua mão direita estava enrolada em seu colo, palma para cima, uma coisa inútil. Sentimentos despertados pelo toque da mão de alguém sob o piano, o som da música, o cheiro de uma flor, um belo pôr do sol, uma obra de arte, amor, riso, esperança e fé: todos trabalham tanto no inconsciente quanto nos aspectos conscientes do eu. A música possui consequências fisiológicas também.
Com quadra violência súbita, Larissa sentiu frio. Ainda estava fresco dentro de casa e ela desejava um casaco curto de lã que emanasse estilo, beleza, cores, formas, texturas, atitudes, caráter e sentimentos.
Pensava que quando as grandes concepções melódicas e harmônicas estavam vivas, as pessoas pensantes não exaltavam a humildade e o amor fraterno, a justiça e a humanidade, porque era realista manter tais princípios e estranhos e perigosos desviar deles, ou porque essas máximas estavam mais em harmonia com a seus ritmos folclóricos e sincopados. Sustentavam-se a tais ideias musicais porque viam nelas elementos de verdade, porque os ligavam à ideia da realidade, fosse na forma da existência de algum deus ou de uma mente transcendental, ou mesmo da natureza como um princípio primevo.
Este quarto na frente da casa era sempre escuro, por causa das castanheiras para fora da janela. Eles o chamavam de sala de jantar, embora o usassem para jantar apenas em ocasiões especiais, ou quando sua mãe tinha alguma ideia um jantar sedioso; um certo programa gastronômico. Principalmente, eles assistiram televisão aqui. De fato, naquela noite estava planejado um jantar, e a sala parecia estar preparada antecipadamente: as notas que Larissa tocou caíram em um silêncio alerta. A televisão estava em um canto, em frente a um sofá baixo coberto de algodão verde oliva. A mãe de Larissa tinha feito as cobertas do sofá e também as cortinas do chão em veludo amarelo-mostarda. Todo o piso térreo - a sala de jantar, a cozinha e o salão - estava assentado com azulejos pretos e brancos, presos a chapas de madeira pregadas sobre o velho assoalho de mogno.
Os pais de Larissa ensinavam em uma escola secundária moderna. Muitas pessoas naquela época não gostavam de viver nessas casas geminadas em ruínas, de modo que um professor e sua esposa podiam pagar uma, se tivessem imaginação e pudessem fazê-lo sozinhas. Eles haviam contratado um construtor para derrubar uma parede entre a sala de jantar e o salão, mas o resultado exasperou a mãe de Larissa. Ela tinha uma visão da casa que ela queria, elegante e minimalista. Uma lâmpada em um globo de papel branco japonês foi suspenso em um flex longo do teto alto. Larissa tinha acendido esta luz quando desceu para fazer a sua prática, e à luz do dia brilhou fracamente e nada hospitaleira.
Acima da lareira da sala de jantar havia um espelho de moldura dourada que sua mãe encontrara em uma sucata e reparava. Ela também tinha feito lâmpadas com velhos garrafões de vidro e garrafas de cerâmica, com seus próprios tons de seda. Seus efeitos parecem esparsos, hemostáticos e raquíticos, amadores, em comparação com a maré volumosa de gastos e decoração que veio mais tarde. Mas essa inocência é atraente, e não incongruente com os quartos georgianos de teto alto, sempre pintados de branco.
Pitágoras afirmou que "quem fala semeia. Quem escuta, colhe". Seiscentos anos depois, Jesus, através de uma parábola, comparou a disseminação de sua mensagem a um semeador que saiu para semear. Muitos dos que o escutaram ficaram de início felizes com a mensagem, mas não tinham um bom terreno para permitir a germinação da semente. E neste caso não colheram nada. Em outros casos, a semente germinou, mas a terra era ruim e a planta secou. Apenas em alguns, a semente da mensagem germinou, criou raízes e permitiu que a planta crescesse e desse frutos. E em alguns casos, muitos frutos. De qualquer maneira, o falar tanto pode semear o bem como o mal e neste caso sempre haverá terreno propício para germinação da semente dando frutos do bem ou do mal, conforme o ouvido.
INVENTÁRIO (soneto)
Dos detalhes os anos tomaram conta
Já se foram muitos, algumas cicatrizes
Pois, lembranças, são meras meretrizes
Dum ontem, no agora não se faz afronta
O meu olhar no horizonte é sem raizes
Pouco lembro onde está a sua ponta
Tampouco se existe algo que remonta
O remoto perdido, pois sou sem crises
Gastei cada suspiro pelo vário caminho
Brindei coisas, na taça deleitoso vinho
Na emoção, chorei e ri, a tudo assistia
Em cada tropeção, espinho e carinho
Ali aconcheguei o meu lado sozinho
Não amontoei nada, nas mãos, poesia
© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Abril de 2017
Cerrado goiano
Tantos anos passaram!
Quantas coisas mudaram
Nas nossas vidas!
Pessoas chegaram e ficaram
Outras se foram partindo pra sempre
Levando consigo pedaço da gente
Deixando saudade que não quis partir
Fazendo morada em nossa mente
Os anos passaram!
Quantas coisas mudaram
Só não mudou o que sinto por ti
O destino irônico parece rir
Deste sentimento que insiste em prosseguir
E como criança!
Não falta esperança
Que em algum momento, coração e alma se encontrem.
E se encantem prontos para se unir
Dia do Índio
Quem dera o Brasil fosse somente terra dos Índios, como os de 500 anos atrás, seriam mais dignos que os nossos políticos, corruptos e inescrupulosos.
Já fomos tão explorados pelos colonizadores, que isso ficou natural, esta na nossa cultura aceitar passivo toda essa podridão.
Pela "democracia" o povo é massacrado, absorve e ainda é feliz.
Somos uma nação maravilhosa, acolhedora, alegre e trabalhadora, nosso país é belíssimo e poderoso. Mas precisamos reagir!! Exigir a moralidade política!
Creptocratas devolvam o país para o povo. Vocês são uma vergonha não nos representam.
Desculpa índios brasileiros pelo que se transformou nossa nação.