25 anos

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No fundo, dos quarenta aos cinquenta anos, o homem ou é um estoico, ou é um sátiro.

As dívidas são bonitas nos moços de vinte e cinco anos; mais tarde, ninguém lhas perdoa.

Nunca pus um charuto na boca antes dos nove anos.

Dez anos atrás eu rachava uma pedra de gelo ao meio com o jato do mijo. Hoje não empurro nem bola de naftalina.

Há tantas espécies de pessoas de vinte anos ou de cinquenta anos como há espécies de amigos, amantes ou pais.

Não se ensina a estender a outra face a pessoas que, desde há dois mil anos, só têm recebido bofetões.

Críticos são sujeitos que passam anos procurando um erro do escritores - a acabam encontrando.

Com os anos, perdemos o uso de muita coisa boa, incluindo a consciência.

Explicar o que é responsabilidade para publicitários é como tentar convencer uma pessoa de 8 anos que relações sexuais são bem mais gostosas do que um sorvete de chocolate.

À medida que a vida e os anos nos maltratam, aprendemos finalmente a conhecer-nos. Mas, nessa altura, já não vale geralmente a pena estabelecer relações.

Qualquer homem que, aos 40 anos, não é misantropo, nunca gostou dos homens.

Sabe-se que o verdadeiro gênio consiste em fornecer, uma vintena de anos mais tarde, ideias aos cretinos.

Os anos que uma mulher subtrai à sua idade não são perdidos - acrescenta-os à idade de outras mulheres.

Uma pessoa pode chegar aos sessenta anos sem fazer uma ideia do que é um carácter. Nada é mais oculto do que as coisas com que continuamente andamos na boca.

Com você me sinto protegida, como se nada de ruim pudesse acontecer, como se a tristeza, o ódio e a dor, tivessem medo de você!

Você bem que podia ter surgido na minha vida
vinte anos atrás, quando eu ainda tinha planos
quinze anos atrás, quando eu estava me formando
onze anos atrás, quando eu morava sozinha
dez anos atrás, quando eu ainda era solteira
seis anos atrás, quando eu ainda estava tentando
dois meses atrás, quando sobrava alguma força
ontem à noite eu ainda estava te esperando.

Martha Medeiros
MEDEIROS, M. Poesia Reunida. Porto Alegre: L&PM, 1999.

Aos quinze anos, há até certa graça em ameaçar muito e não executar nada.

Machado de Assis
Dom Casmurro (1899).

Pela primeira vez a realidade da sua ausência falou mais alto que a fantasia de anos a sua espera

Queridos amigos, daqui a alguns anos quando vocês estiverem velhos e eu não puder mais rir da cara de vocês, eu prometo que irei rir do cabelo branco de vocês.

Durante anos e anos haviam-se encontrado todos os dias, haviam estado juntos todas as noites, com ou sem dinheiro, fartos de bem comer ou morrendo de fome, dividindo a bebida, juntos na alegria e na tristeza. Curió somente agora percebia como eram ligados entre si, a morte de Quincas parecia-lhe uma amputação, como se lhe houvessem roubado um braço, uma perna, como se lhe tivessem arrancado um olho.

Jorge Amado
Os velhos marinheiros