25 anos

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Ele morreu anos atrás. Então ou vimos outra pessoa, ou você está voando na escuridão para lutar contra um fantasma.

Castanheira Bertholletia excelsa

Há mais de quatrocentos anos germinei este chão
Crescia lentamente de galho em galho,
folha em folha de inverno a verão


No outono usava estratégia derrubando
minhas folhas para suportar manhãs e noites frias
Assim reduzia ao máximo o gasto
da minha energia


Aos poucos fui ganhando espaço e
fortalecendo as minhas raízes com muita dedicação
Enfrentei sol, enfrentei chuva, também
raio e trovão


À medida que ia me desenvolvendo
ia ganhando espaço nas alturas
Já produzia frutos com tamanha
fartura


Ali, alimentava os roedores, os micos e
até mesmo o homem
Com tantos frutos de qualidade
ninguém ficava com fome


Fui condenada à morte sem
ter nenhuma culpa
Na estatística da extinção isso
muito me preocupa

Ao meu redor foram construídas habitações
sem analisar a minha presença
hoje sou uma castanheira idosa
que só me restou uma sentença

Há centenas de anos estive por aqui
mas nunca era notada
Hoje até em forma de poema estou
sendo citada

Nos meu últimos dias de vida
fiquei famosa com tamanha repercussão
Entrei até pra redes sociais que causou emoção



Sei que viveria ainda cem anos a mais
porque é a idade da minha espécie prevista
No entanto a vinha existência será ceifada
de maneira egoísta

Hoje estou sendo arrancada da minha terra e triste deixo um recado ao homem

Aproveite o que tem de mais belo da natureza
ao seu redor de forma abundante
Não espere o fim das plantas, dos animais e das
pessoas para perceber o quanto somos importantes.


Autor: Jilmar Santos

Por anos eu te procurei,
Mas nunca te encontrei.
Valeu a busca,
Pois o importante foi o sonho que sonhei.

CUBO DE GELO
Dia após dia, durante anos, aquela foi minha rotina. E até hoje me pergunto: como é possível?
Levantar ir ao trabalho. Bem, eu acordo cedo, eu gosto. Seis em ponto estou pronto. Café tomado, estômago vazio. De fato prefiro mesmo tomar café no trabalho, mas pela manhã, em casa, vai bem. Pois bem, dia após dia os ônibus cheios, pessoas, carros, espelhos. Tudo tão calmo e ao mesmo tempo é desespero. Movimento com o passar dos postes diante do meu pensar distante e desinteressante, observado de canto a canto, de sereno a delirante. Uma senhora que olha e disfarça. Olho para o relógio, perto de chegar, mais um sinaleiro. Olho para trás, procuro me posicionar, posição de saída. As portas se abrem, desço. Saio por primeiro. Passo após passo pela calçada em preto e branco, os prédios, as praças, os pombos. Ah, um dia frio faz mesmo observar. Os passos parecem desacelerar, enquanto o relógio derrete o tempo. Ora, só preciso chegar! Pois tenho tempo! Estou a voltar, novamente vejo as cenas, o ônibus, os postes, a senhora que me olha com desejo, quero dizer: disfarça! Eu vejo. Como é possível? Novamente paro, penso! As pessoas em câmera lenta, e eu: desespero? Ah, esse eu neste cubo de gelo, que segredo deste olhar a delirar... Só um olhar a delirar. Será mesmo? Passam-me uma a uma – as pessoas, sim, as pessoas – e eu a perguntar: e o meu tempo? Devagar! Devo chegar, distancio-me. Dias frios fazem mesmo observar. Rio, porque em vez de ir adiante, estou indo para trás. Como é possível? Novamente, tenso, penso: dia frio faz mesmo observar. Suores na testa e como suo neste cubo de gelo. Ah, que segredo, apenas meu olhar a delirar. Nem pergunto. Mas será mesmo? Os ternos, as saias, o vento. Estala os dedos a velha senhora naquele bar. Como eu posso escutar? A brasa a queimar no cigarro do mendigo. As luvas sujas, os trajes, um pão mordido, pego sobre luvas sem dedos, e no braço uma coberta a arrastar. Novamente lembro! Preciso chegar! Eu tenho tempo, devo me lembrar! O sono vem me incomodar. Minha inquietude posta em cheque, posição: sentido! Resolvo parar! Como é possível? Sigo o caminho e isso pode ser muito... Ah, deixa pra lá. Observo idéias em linha reticente, tudo devagar de dentro de um cubo de gelo. Meu tempo! É mesmo, um dia frio faz mesmo observar.

Dizem que é preciso 20 anos de paz para construir um ser humano e só 20 segundos de guerra para destruí-lo.

Parabéns, feliz aniversário.
Que teu coração generoso bata por muitos e muitos anos, confirmando o que muitos já sabem: que és uma pessoa de grande valor e, como tal, merece e deve ser muito, mas muito feliz...

às vezes surge o desanimo no obscurecer dos anos,
fica o voo indeciso, a vida um desconcerto
mas há sempre um oásis
no meio do deserto
para a alegria do passeante solitário

Meu nome é Katniss Everdeen. Tenho dezessete anos. O meu lar é o Distrito 12. Participei dos Jogos Vorazes. Escapei. A Capital me odeia. Peeta foi levado como prisioneiro. Imaginam que ele esteja morto. Há uma grande chance de ele estar morto. Provavelmente é melhor que esteja morto...

Meu nome é Katniss Everdeen. Tenho dezessete anos. Meu lar é o Distrito 12. Eu participei dos Jogos Vorazes. Eu escapei. A Capital me odeia. Peeta foi levado prisioneiro. Ele está vivo. Ele é um traidor, mas está vivo. Eu preciso mantê-lo vivo...

(27 DE FEVEREIRO)

Dia e mês que levo os anos
Nas costas, cada vez maior
Sem fronteira e sem planos
Nos males e sonhos o suor

Levo com cuidado esta data
Num rígido e reto itinerário
Afinal não é ouro nem prata
Mas é especial no calendário

Nunca posso dar um até mais
Pois veloz já é naturalmente
Triste é ficar sentado neste cais

E sempre deixo um posposto pendente
Pois ficar mais velho, são fatos anuais
E ser lerdo, retarda receber o presente

Acredite em você mesmo, não se contenha com promessas não cumpridas, pode até passar anos para você aprender, e quando você aprende não cai mais devido não suportar as cicatrizes, chorar só se for de felicidade, e reconstruímos o tempo perdido porque a paz refrigera nossa alma

Mesmo com anos de pesquisas históricas quanto mais os humanos tentavam se definir, mais eles se afogavam na própria confusão.

Igual ao vinho, eu melhoro todos os anos.

Lá vou eu pela a rua abaixo a pensar,
e digo qual destes temas será bom para rimar.
Os anos vão passando e eu amando esta cultura,
nesta estrada longa sem apoio e sem ajuda.

Onde estão as trinta moedas?

Por vários dias acordei do sono que perdi a anos, e cada vez que me via no caminho da insônia me vinha vários questionamentos, madrugada que se passa apenas acordada, nunca será uma boa madrugada, só me arrependo de nunca ter registrado nada do que pensava antes, e quando registrei fiz de um momento de tempestade uma revolta imensa e joguei fora as pérolas que poderiam me salvar de algumas insônias que vivo aleatoriamente hoje, acerca de moedas, talvez pense sobre o julgamento bom de fez uma maldade, ou o julgamento ruim de quem fez algo bom, jamais seria uma coisa, muito menos outra, falo do bem e do mal, falo do que podemos ou não fazer, de onde nossas mãos alcançam e até onde nos sujeitamos a estende-las, sujeito pobre esse tal homem mesmo, foram pouquíssimos que vi arriscar sua riqueza interior por conta de um valor externo pensando que os fariam menores, já perdi as contas de quantos pobres encontrei no caminho, pobres ricos maldosos, mas também encontrei alguns ricos pobres bondosos, e não foi o dinheiro que os tornou bons ou ruins, foi a maneira como olharam para si que os transformou, uns culpando a sociedade, outros dizendo que alcançaram por esforço próprio, outros pela família, todos por Deus e alguns poucos com o coração, eu não alcancei o pouco pelo coração e o resto foi acréscimo, mas prefiro esse pouco por ser o suficiente para me tornar um ser na medida certa, nem de mais, nem de menos.
Onde foram parar as trinta moedas que ganharam aqueles que nunca pensaram na maldade e suas consequências, pode ser que elas sejam passadas de pai para filho, pode ser que elas sejam esmolas do interesseiro, do político, do patrão, pode até ser de um amigo sem que percebemos, mas quem somos nós para julgar que a maldade pode ser hereditária, alguns comentários sobre os maldosos e algumas maldades chegam a ferir minha alma, como podemos afirmar que alguém é como é porque tem sangue de maldoso, nunca vi nenhum hematologista diagnosticar em um homem maldoso ou um homem bondoso a sua hereditariedade como se fosse uma doença, já vi a maldade se propagar de formas distintas, cada uma na sua proporção, porém nunca deixaram de ser maldades, já vi a bondade sendo desencadeada por maldade, para o auto ajustamento frente a uma exclusão da mídia por exemplo, não consigo entender as pessoas que afirmam que filmaram para que fique registrado que é bom, nossos registros mais belos são lembrados com carinho pelos que caminharam conosco, ao nosso lado, não é uma câmera de auto beneficiamento que me fará um anjo apostos a ajudar sempre, depois daquele feliz momento mais ninguém sabe o maldoso e infeliz que sou, pois a câmera não está ligada sempre, também não vivemos num reality show onde nossas qualidades e defeitos estão expostos para mostrar a sociedade o que ela não deveria aprender, ou ensinando como ela não deve ser, e as trinta moedas são distribuídas a cada um conforme seu valor, ou quem sabe seu fedor, trinta moedas hoje são muito mais do que apenas trinta moedas, sociedade torpe, não conhecem seu próprio valor.

A internet deveria ser presa. Há anos vem promovendo o assassinato silencioso da lingua portuguesa. Às vezes, relendo o que escrevi, eu que deveria ser preso

Que surjam novos dias, meses, anos melhores para que possamos renovar nossas esperanças, novas amizades, novos amores... novas expectativas...
E assim continuamos a nossa caminhada em direção a uma vida melhor.

Nos anos oitenta, eu tive um romance com alguém por dois meses.
Geralmente eu entrava em corpos masculinos, ela em corpos femininos. Não quero falar sobre o motivo de terminarmos... Vamos apenas dizer que eu sentia como se mentisse, e ela achasse que eu estava sendo ridículo. Talvez ambos estavam certos e ambos estavam errados.

Tinham se passado mais de dez anos, mas a frustração ainda continuava dentro de mim.

Com o passar dos anos aprendemos a ser mais exigentes. Não é qualquer "desejo" que vai nos tirar os sentidos. É necessário muito mais para voar... Precisamos ser encantadas novamente.