Soneto da Saudade
A saudade, um nó na garganta, que aperta e dói,
Um peso na alma, que me faz suspirar e chorar em silêncio.
Quem critica quem chora, nunca sentiu saudades,
Não tem coração e não sabe o que falar
A saudade não tem braços
Mas sabe como e onde apertar.
Quem é amor de verdade
mesmo ausente não será saudade
e a saudade não será ausência.
Mas quando o traste quebra um coração
é melhor ter por completo a solidão
do se perder em meia presença.
A saudade teima em me assombrar,
E a noite se torna um palco de angústia.
Em meus sonhos, te encontro, livre e radiante,
Mas ao despertar, a dor me invade, sem piedade.
A tua beleza, um jardim florido,
Que eu contemplo
de longe, com saudade.
A tua voz, melodia
que me acalma.
SAUDADE
Lembro me bem quando você tocava os meus cabelos entrelaçando seus dedos em minhas mechas
Um casal tão lindo e feito um para o outro, por que tivemos que dar tantas brechas?
Você me fazia sentir como eu nunca tinha sentido antes
Era muito especial! Eu deveria saber desde o início que iria acabar com saudade no final
Me completava de formas indescritiveis e causando sentimentos em mim incompreensiveis
Mas você me deixou e partiu sem ao menos se despedir
Em uma relação de tanta reciprocidade e lealdade
Hoje meu coração vulnerável se afoga na sua saudade.
A noite, um manto negro que me envolve,
Um palco para a solidão, onde a saudade se alimenta e se multiplica.
As estrelas, frias e distantes, como os teus olhos,
Que me olham de longe, mas não podem me tocar, me aquecer.
A cada dia que passa, a saudade aumenta,
A dor se intensifica, a esperança diminui.
Será que um dia nos reencontraremos,
Ou essa distância será o nosso fim, a nossa tragédia?
O que está,
É somente ausência,
De tudo,
Saudade,
O cantarolar pela casa,
Jamais,
E a gargalhada,
Nunca mais,
É a saudade que espreito nos olhares lançados da face do tempo,
É a saudade calada,
É a saudade que vem sem pedir consentimento,
É a saudade armada,
É a saudade que é um arquipélago de sentimentos que flutuam submersos,
É a saudade que desnuda enroupada,
É a saudade que sacia esfomeada,
É a saudade que vive falecida,
É a saudade que chega a qualquer hora,
É a saudade que entra pela janela de quem quer ir embora,