Saudade de Filho que Estuda Fora
Como pode?
Uma pessoa despertar tantos sentimentos ao mesmo tempo?
Quando longe,vem a saudade!
Quando perto, tem o amor!
Quando mais perto, aguça o desejo e o prazer!
Quando juntinhos, ansiedade de agradar, mesmo sendo bobo!
Quando parte, vem a ansiedade de reviver tudo de novo todos os dias!
Como pode?
Se a saudade é algum tipo de pássaro não sei, mas sei que ela é alada e ligeira, porque chega sorrateira, pisando leve e num piscar de olhos nos transporta em suas asas pra um desses lugares longínquos, aonde deixamos o coração.
A saudade bateu em minha porta, eu abri e ela perguntou de você...eu respondi..veio tarde, ele não mora mais aqui ...quer entrar e tomar um café? Faz muito tempo que não recebo visitas.. vai ficar tudo bem..eu prometo.. isso vai passar... voltarei a sorrir, eu juro!!!
Caminho em direção a um tempo que já não volta mais.
Fico só a apreciar a saudade das conversas no almoço de família.
Quando a união se fazia presente.
As risadas limpava a alma de toda tristeza.
O abraço na despedida inundava de carinho por inteiro.
A bênção de pai e mãe era a melhor sensação de proteção.
Ah quanta saudades!
Saudades de um tempo que não volta mais!
Pois cada dia esse mesmo tempo vem e leva um e mais um, e a solidão abraça a gente e aperta a saudade.
Liddy Viana.✍🌻
saudade salgada
O que dizer sobre saudade?
Se em sua origem denota o sal
Que na imensidão do mar
Em suas águas carrega
Mas em águas salgadas,
Escorrem também nossas lágrimas
Que Quando pensamos na pessoa amada
É como a sede da água salgada
Que quanto mais se bebe
Mais a sede desidrata.
Brotinho de Saudade
Tardezinha e o sol quente
eu ali só saudade.
Nada de flores a chuva,
deixa o gramado verde,
A cede de tu na lembrança
o seu corpo vinha acalentando
o entardecer e a memória minha...
Eu sentir a tua presença
Dentro de mim!
Que trouxe alívio
E um certo ar de jasmim
Gostosura na emoção
de pensar em ti.
O cheiro da sua voz
a liberdade do vento do campo.
Nada é tão perfeito
Como ficar olhando,
As curvas das montanhas.
Me recorda seu corpo
que me transcende!
Alegremente a paz
De está só nesse passeio divino
Como rosto tocado pelo vento.
Onde a natureza provoca em mim
Os melhores pensamentos de você...
INQUIETA SAUDADE
Afogo o meu amargor em um nada
O peito em recordação é cortante lei
É fato este sentimento que não sei
Que invade a alma com uma espada
Parte alguma é o vão do meu sentir
Sussurros bradam da emoção rude
Onde deixo o agudo chorar amiúde
E choro sem que possa, assim, sorrir
E, então, o poema quem, comigo
Soluça no vazio da noite, lastimoso
Danoso o ter numa vil quantidade
Teimoso, delicada sensação persigo
Maldigo e renego este limo viscoso
Tão amargo, duma inquieta saudade!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
25 outubro, 2022, 21’19” – Araguari, MG
Eco de Saudade -
Sou pedra de silêncio sem sentido
um eco de saudade pela rua
a sombra de um passado, ressequido,
ausência, meu Amor, mas sempre tua.
Sou um longo xaile negro d'ilusão
aos ombros de um destino que é o meu
ó Deus o que será de um coração
que tanto se entregou e se perdeu?!
Duas vidas tão unidas, separadas
dois seres que se amaram, sem sentido
duas Almas incompletas, mal-amadas
dois amantes sem destino, proibidos.
Meus olhos já nem choram esta dor
meu canto já vacila nestes versos
já não sei o que fazer a tanto amor
perdido na carência dos desejos.
Talvez um dia oiças, quem me dera,
o Fado que hoje canto à despedida
de ti meu coração já nada espera
amor que tanto amei além da vida.
... E VERSA-SE UM SONETO
... e versa-se um soneto arruelado
Na vil saudade, num gesto amargo
O coração com sentimento calado
E versos dispersos deixado ao largo
... e versa-se um soneto tão letargo
A alma ansiando tudo compassado
E a solidão infundindo o descargo
Mais do que deve, o pesar, atado
... e versa-se o soneto sucateiro
Nos suspiros do querer esquecer
Custe o que custar, teimosamente
... e versa-se um verso do madeiro
Da crucificação do soneto a sofrer
Chora o verso, queixa, inutilmente!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
25 outubro, 2022, 21’19” – Araguari, MG
Hoje acordei com saudade de você, o mais impressionante é que a minha necessidade do teu abraço, do teu cheiro, do teu riso me move na direção de uma folha em branco, como se nela pudesse encontrar o teu semblante refletido, como se houvesse paz longe dos teus olhos.
Não há uma hierarquia clara daquilo que tenho maior apreço, contudo... amor, sentir os meus braços envolvendo-a, ouvir teu riso, são detalhes que me furtam o fôlego e me tornam mais desejoso deste teu cheiro de aurora no paraíso.
Enquanto perambula pela casa, ocupada com seus afazeres cotidianos, decorro os teus pequenos gestos, teus trejeitos e manias, tudo me causa um verdadeiro encanto, te fito absorto e devotado, como se minha vida dependesse destes instantes.
Meticuloso, inspiro os teus aromas, delicio-me com doce sabor de teus humores, vislumbro os detalhes de tua íris e busco o meu reflexo, quase como se fosse um anelo, esperançoso que tua boca me devore, deguste o meu ser.
Ao me ver refletido na tua respiração ofegante, uma pequena saciedade ruidosa me torna o ser mais feliz do mundo, uns instantes de silêncio e de encontro, precedem uma nova explosão de deleite que nos esgota em êxtase.
Não sei o que me reserva o futuro, mas neste momento presente sou o mais feliz dos amantes, teu corpo abandonado sobre mim, ressoa um palpitar calmo e sereno, finalmente tenho o teu cheiro, o teu abraço e o teu sorriso, iluminados por estes teus olhos famintos de mim.
Casthoro´C
Sinto saudade
Que ilusão
Isso não é sólido
Mas fere
Como uma farpa,
Faz sangrar o coração
Assim
Como dizia na canção
Que faz chorar
O violão
Fere saudade
Fere a pele
Rasga o peito
E não tem perdão
Um grito em silêncio
Ecoa da garganta
Acerta como uma flecha
Através de uma brecha,
A tal da solidão
Atravessa
Sou eu mais uma vez
Me deixando na mão
Madrugadas de Lisboa -
Na fria madrugada de Lisboa
meu berço de saudade à beira mar
bebi o cálice do fado, fui à toa
andando p'las vielas sem parar.
Há guitarras a rasgar o coração
esperando de Lisboa num desejo
as colinas são lamento e solidão
nas noites que adormecem sobre o Tejo.
Eu vejo o teu olhar em cada fado
eu sinto-te Lisboa no meu peito
meu corpo como a rua tão pisado
silêncio que adormece no meu leito.
Lisboa porque corres onde vais
à hora de cantar a tradição
que alguém deixou um dia pelo cais
pairando no teu cais de solidão.
Eu amo seu cheiro, aquele que me enlouquece, que deixa saudade, desejos e vontades. Sua identidade, sem mascaras, sem filtros, apenas o seu melhor sabor. Que cheiro!
A saudade é sentimento insubmisso: rejeita o presente; vive no passado e se nega a enxergar o futuro.
Você traz aquele ar de fim de tarde, de calmaria, de saudade também quando perto de ti não estou .
Você traz a leveza do ser, o sorriso da alma e o aroma do viver, do meu viver.
Assim encontrei o que mais amo nessa vida, a leveza, o aroma, o sorriso e o viver, só que o último só tem sentido se for em teus braços.