Poeta
A MINHA EXISTÊNCIA
Onde está ela? a ensandecida?
Aquela que me era pra ser tamanha,
ser fonte de amor com tanta lida?...
Por que me deixou assim tão triste?
Por que a tristeza existe
a me enlouquecer sem verdade tanta?...
Onde está ela? a iludida?
Quem há de me responder sem que vão
a tenha dentro d’alma possuída?...
De quem é ela com tanto amor?
É de mim com tão espanto
que eu apenas sei onde anda sua dor...
Por quem é ela sem mais guarida?
De amar sem tão amor vou sem saber
onde anda ela... “a minha vida!...”
Eu ainda quero o amor em preto e branco
Amor puro e verdadeiro.
Porque em uma relação de amor colorido
A traição vem primeiro!
Mãe
Nem tudo são rosas, em meu jardim
Nem tudo são flores, em minha vida
Nem tudo é poesia, em minhas palavras
Nem tudo é amor, em meu coração
Há um pouco de ódio, em meus olhos
Há um pouco de dor, em minha alma
Há um pouco de sorriso, em minha face
Há um pouco de tristeza, em minhas lágrimas
Insanidade nenhuma, pura solidão...
Alucinação nenhuma, pura loucura sua falta... Mãe!
Você pode mudar!
Mude a planta de vaso...
Mude você de casa...
Mude de roupa...
Mude o cabelo...
Mude seu estado de espírito...
Mude o jeito de olhar as coisas...
Admira mais pores de sol...
Admira mais a sua família...
Admira mais a si mesmo...
Admira mais seu cachorro...
Admira mais seu gato...
Admira mais o luar...
Liberte o pássaro da gaiola...
Liberte tua visão de quatro paredes...
Liberte seus sentimentos...
Liberte teu conhecimento para o mundo...
Liberte seu amigo para ele ter outro amigo...
Liberte os vícios de você...
Liberte o teu coração para o amor...
Liberte a poesia que há em você...
Liberte a pessoa amada,
para ela ser feliz ao seu lado...
Liberte o seu amigo do espelho...
Faça uma tatuagem se você quiser...
Faça um novo amigo...
Faça uma nova página, na sua vida...
Faça um gol de placa, nem que seja no videogame...
Faça um novo jardim, onde as flores
mais lindas estarão sempre perto de você...
Faça uma festa nem que não seja o seu aniversario,
convide seus amigos e aqueles vizinhos,
que se sentem tão sós...
Faça da sua vida um sentido...
Divida um carinho... para quem precisa de um sorriso...
Divida o amor... para quem sente dor,
e necessita de um pouco de seu calor...
Divida um pouco do seu tempo livre, por uma boa causa
visite um orfanato, visite uma fundação criança...
Divida esperança, que os problemas se resolverão...
Divida não só o pão, mas também
o amor que está no seu coração...
Dê mais carinho, para o Pai e a Mãe...
Dê mais carinho para os filhos...
Dê mais amor para Deus.
Guerra Livros Armas
Se no princípio de uma guerra
Ao invés de distribuir
Armas ambos os povos
- Distribuíeis-vos livros
O mundo será um pouco
Mais civilizado!?!
Tanta solidão
Tanta solidão já não cabe em mim
Vou procurar o mar, e lançar
meu olhar triste no horizonte infinito...
Quem sabe, talvez lá? Me liberto
dessas lágrimas amargas,
que insistem em me acompanhar...
Quem sabe, talvez lá? Eu encontre a paz,
que tanto procurei em seu olhar...
Tanta solidão já não cabe em mim
Vou procurar o mar, e me lançar
de corpo e alma, no finito das suas águas...
Quem sabe, talvez lá? O sal cicatriza as feridas,
que você deixou em meu corpo...
Quem sabe, talvez lá? As ondas levem
as lembranças
que você deixou em minha alma...
Tanta solidão já não cabe em mim
Vou procurar o mar, e me lançar
De corpo nu, sem medo de morrer.
Quem sabe, talvez lá? Eu encontre uma estrela,
que brilhe, o quanto você brilhou...
Em minha vida.
CANÇÃO PRIMEIRA
Desse amor que agora vivo
No peito, que pulsa elevado
Que de perfeito em fado
Fez-se canto, amor, contigo...
E do distante que’u esperava
Fez-se flor nascido em rosa
Ao jardim que te rogava
Nos versos de paixão e prosa...
Um esplendor de sol tão cheio
Na noite casta, uma explosão
No sentir profundo coração
Nesse amor que te vivo e leio...
De perene um notar tão forte
De cânticos a canção primeira
Vejo em mim razão e sorte
Vejo em ti, de crescer roseiras...
Pétalas podem sem notar cair
Melodias podem ser em dor
Mas destino que provou de vir
É de eterno nesse meu amor...
Nesse Natal
Nesse Natal não quero brinquedo
Não quero bicicleta
Nem bola, nem esmola na sinaleira
Sou moleque brasileiro
Não conheço geladeira
Validade, já nem sei mais minha idade
Pra que bolo se não tenho
Com quem dividir
Se não tenho o que vestir
Para esquentar minha alma?
Nesse Natal não quero foguete
Não quero champanhe
Nem um amigo secreto
Nem foto
Para guardar de lembrança
Sou solitário, não tenho o par de tênis completo
Mas pareço um pé de pato bam, bam
No gasômetro, no parque
Pinto e bordo ligeiro...
Arrepio suspiro?
Para esquentar minha alma...
Nesse Natal não quero morrer
Quero um abrigo
Não quero chocolates
Mas uma palavra de carinho
Nem um inimigo
Porque somos filhos de Deus
E não estamos sozinhos
Nesse Natal quero
Um pai que se vista de Noel
E seja real, não desleal.
De mil faces
De mil vozes
O mundo está cheio.
Mas de sorrisos sinceros
De palavras verdadeiras
Me ecoa um vazio por inteiro!
Simplesmente sou folha seca ao vento
Que levanta voo pela manhã...
Voa, voa meu coração passarinho
E m busca de uma nova estação.
DILÚCULO
Luz da manhã
como o ouro da montanha alta,
intocável virgem,
conforto da noite morta...
Sonhos à brisa fresca
beijando a face das flores,
o verde das árvores,
a alma vagante da noite...
Calor do sol
aquecendo os túmulos brancos
e os negros, e os perdidos
na esperança do conforto...
Luz da manhã
como a face dos anjos eternos,
dos sonhos inocentes,
das estradas silenciosas...
Mesmo o meu corpo frio
desconhecido aos céus,
nas promessas eternas do tempo,
elevai as minhas grandezas...
Luz da manhã,
que os teus sorrisos eu não perca
nas horas do dia,
no crepúsculo da vida...