Poesias sobre o Frio
Minas Gerais
Dia bonito
Alegre e de frio
Sorrio
Me encanto
Com os pássaros
Doce canto
Caminhos de terra
Poeira sobe
Com o vento no mato
Olho para o lado
Aceno distante
Lá está seu Fortunato
A beira da cerca
Tocando a boiada
Chapéu de couro
Ele não quer mais nada
Me aproximo
E saúdo
Tirando o chapéu
_"O cumpadi!"
_"Opa, bom dia! Vem com nois procê tomar um café"
Mesa posta
Café acabado de torrar
Aquele cheiro inconfundível
Do bom café pra variar
Broa fofinha,
Mãos da roça a afagaram
E tudo quanto põem a mão
Ficam que qualidade rara!
_"Ô seu moço, ainda tem queijo..."
_"Opa! Como bom mineiro, esse é meu desejo"
Coisa boa! Puro, o melhor que há
Quem ainda não provou que venha para essas bandas provar.
Segue a prosa
Olhando lá fora
O fogão de barro já consome a lenha
Olhando a senhora de lenço na cabeça
Percebo sua garra e sua paciência
O que é da roça é mais gostoso
Mas é árduo o trabalho
As crianças em volta, pedindo o almoço
É que na cidade 13:00 acontece o alvoroço
Aqui, os meninos sujos de terra
11:00 já começam a querer sentir o gosto
Sentir o gosto do arroz branco
Temperado com um tropeiro
Anguzinho com quiabo
Tem forças para brincar o dia inteiro
Pensei como é gostoso
Essa vida na fazenda
Quem casar com uma mineira
Sua vida vira lenda
Come bem dia e noite
Ô tempero bem falado!
Quando serve-se a mesa não tem um que não fique calado.
Sabedoreando Minas
E seus quitutes
O melhor lugar é aqui
De gente forte, feliz
E com saúde!!!
NO TRONCO DO IPÊ (soneto)
O ipê resplandece, na sede do inverno
Árido e frio chão, resistir o seu nome
Durar, no estio, que assim o consome
A belicosa árvore, floresce no inferno
Com o tal vigor generoso e fraterno
Pária com honra, se a chuva lhe some
Mingua a água, e, que a vida lhe tome:
A ventura. Ainda é um aparato eterno
Do próprio fel, do cerrado, é proveito
Faz do atravanco, triunfo na desgraça
E ao planalto central marca e respeito
Possui, na rispidez da terra crassa
A própria glória, o seu maior feito:
Florindo em beleza, de pura graça.
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
12 de janeiro de 2020 - Cerrado goiano
Olavobilaquiando
hoje é um dia belo, frio e chuvoso.
No calor dos meus descasos lembro que tudo passa despercebido, nesse grande escuro labirinto da vida tento me encontrar.
Estou perdido desde o dia em que perdi meu grande amor.
Onde esta você vontade de viver em se alegrar?
Meus desafetos e dores acabaram com minha vontade de novamente amar e agora Estou novamente no inicio do labirinto tentando mais uma vez a saída achar.
Gerson. M. G. Turpo
É frio.
Na noite as trevas são pura escuridão.
Triste bate meu coração.
Meu corpo treme.
Meu canto é triste.
A solidão insiste.
O vento geme.
É frio.
A noite brilha com o brilho das estrelas e do luar.
Meu corpo se aconchega no teu.
Tuas mãos a me acariciar.
Uma sinfonia nossa sintonia… o melhor som no ar a espalhar.
Tua companhia tudo encanta.
O vento canta.
Quero ser livre !
me liberte da minha prisão mental e a social !
me permita sair desse mundo frio sem vida !
quero viver em um mundo colorido
onde há luz, onde há vida
para sonhar com um futuro
de uma sociedade mais amável!
uns com os outros !
e com sigas mesmas
sem descriminação de gênero, cor ou status social
sem preconceito ou desigualdades
todos iguais!
EM UMA TARDE DE INVERNO
Inverno, em frente ao cerrado, frio singelo
Sobre a secura calada, e o céu, absorto.
Inverno... de esplendoroso ipê amarelo
Pintalgando, o cinza do árido vivo horto
Escancaro a janela, um devaneio, tão belo
Desta visão, de ilusão dum campo morto
Abre o vento, sopra, no horizonte paralelo
Num rodopio feiticeiro de um som corto
As folhas dos buritis em canto, um tranco
Nos flancos das queimadas, e floco branco
Dançando pelo ar o amarelado da fumaça
Olho à frente, e vejo o cerrado, que insiste
E contemplo o sertão ressequido e tão triste
Banhado de teimosia e cheio de airosa graça...
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
2019, setembro, 03
Cerrado goiano
Olavobilaquiando
É um elogio ao inverno
Encontrei o meu dono
Tenho o seu coração
Não sinto mais frio
Você me tem na sua mão
Faça o quê quiser comigo
Sou tua brisa perfumada
- e encantada...
É um elogio ao inverno
Encontrei o meu dono
Tenho o seu coração
Não corro mais perigo
Encontrei o meu abrigo
Tenho o seu coração
Morando nele
- estou protegida...
É um elogio ao inverno
Encontrei o meu dono
Tenho o seu coração
Ele nos aproxima
Sempre me manterei pequena
Para ser grande nos teus braços
A minh'alma nos serena
- nos determina ...
É um elogio ao inverno
Encontrei o meu dono
Tenho o seu coração
Eternamente enamorado
Ele nos encaixa,
e nos intensifica
Vou te provocando
com os meu versos de menina
Para sermos imensos
nos sentidos e delírios...
É um elogio ao inverno
Encontrei o meu dono
Tenho o seu coração
Guardo-o sob minha proteção
Perdoe-me por às vezes ser grande
E também por também muito insegura,
É o jeito que encontrei
de ser tua, e toda doçura...
É um elogio ao inverno
Encontrei o meu dono
Tenho o seu coração
Sob a guarda da paixão
Não sinto mais frio
Só sinto os carinhos
dos teus arrepios
Tenho a sua pulsação
- sou a dona do teu coração...
É um elogio ao inverno
Encontrei o meu dono
Tenho o seu coração, sou pura devoção
Vou te provocando silenciosamente com poesias
Sei com certeza que você sempre volta
Você pode me deixar falando sozinha
Mas nunca na condição de nunca
estar te amando sozinha.
Não fuja da dor. Torne-se amigo dela.
Quando ela aparecer, não corra, não reprima...
Seja frio, sorria, chame-a para tomar café.
Assim como você, ela só quer ser entendida ao invés de ignorada.
Tava tremendo, com febre, com frio
A estremecer de amor por causa dela
Corria em minha espinha um arrepio
E eu nem pensava em mim, somente nela…
prova que dia amanhece
para que suporte o dia todo,
com supremo do gosto do orvalho
e frio que acalenta o destino,
sob maré que desvenda a terra
que chora o tom da magoa,
em poucos segundos nas orbitas
do desejo do termo que revoa
pairando na mais complexo sonho.
Obscuro dia chove e faz frio
meu peito tem a dor ver a fumaça encobre o sentimento
diria bom dia seria uma afirmativa nada mais do além
sobre esses motivos me calo na solidão...
a vejo ao longe tenho mais um tempo tenho ir,
mas não consigo sair, pois a noite foi convalescente,
as horas pararam quando amanheceu,
tortuoso momento que encontro teu amor.
paro penso na despedida de declarar esse amor,
definho em meus pensamentos que vagam sem destino.
nos dias que passam na gloriosa vida.
"A noite cai,
o frio me atravessa,
meu coração aperta...
ainda assim, respiro fundo
e acredito que amanhã será
um novo e maravilhoso dia.
Sei que é a Tua presença aqui... eu sei!".
Amanhece nublado,
um vento cortante e frio...
O Inverno se impõe para nos lembrar que há tempo para todas as coisas.
Todavia, a Primavera mora em mim e eu aprendi a esperar.
Gelo Seco
No frio,
O corpo engole gelo seco
Que não passa pela garganta
Ali ele fica
- Preso no vácuo -
Inibindo a passagem do som eloquente
NADA SAI
apenas aglutina
ENTOPE
Mas não transborda
Porque nada sai
Só o gelo seco entra.
Quando eu morrer, não digas a ninguém que foi por ti.
Cobre o meu corpo frio com um desses lençóis
que alagámos de beijos quando eram outras horas
nos relógios do mundo e não havia ainda quem soubesse
de nós; e leva-o depois para junto do mar, onde possa
ser apenas mais um poema - como esses que eu escrevia
assim que a madrugada se encostava aos vidros e eu
tinha medo de me deitar só com a tua sombra.
Se faz os olhos brilhar,
se te faz sorrir,
se faz o coração acelerar,
se dá um frio na barriga.
Isso é amor.
Se já sentiste a dor indescritível da injustiça
e também percebeste o frio da intolerância,
sabes que nada fere mais que a indiferença.
De quem não te quer bem, queira distância.
E aqui nesse vazio
Nesse frio,
Nesse relento,
Peço perdão...
Os meus erros, as minhas falhas
Tudo que fiz estava errado...
E agora chorando sozinho
Num canto abandonado
Eu penso em você
No que poderia ter feito
Nos tempos em que eu ainda tinha você...
E agora que não tenho
Sofro calado
Tendo que viver todos os dias,
Sem você ao meu lado...
Vou sofrer, vou chorar
Mas vou pagar, por te amar...
momentos crus
desejos profundos
em instantes sonsos
o algoz leviano
pura audácia,
no frio da sentimento divergente,
pensamentos insurgentes,
no desejo do teu corpo,
sua essência volúpia,
no de repente se tem tantas dimensões,
o inesperado se invade se delicia,
na canção da madrugada,
laços na imensidão...
veja tudo que teu corpo pode fazer
num sonho o desejo pragueja
em sussurros que tem a continuação
em tantos suspiros,
o melado se da com prazer,
sentimento escorre até imaginação
torna se parte do amanhecer...
sendo espaço em branco no canto da cama,
surge seu nome e muitas vezes o olhar...
se perde no desejo do seu corpo.
tenta improvisar com consolo
em aperitivo da noite tão esperada,
o vicio clama por mais...
a musica mistica abafa seus gemidos,
desvirtua seu status aproximando
mais e mais fotos e áudios o desespero...
mais um dia que aflora entre meio das pernas
a liberdade clama por mais uma viajem
e ressoa entre as paredes e chega ao fundo da minha alma.