Poesia Completa e Prosa

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⁠Os sótãos e calabouços
rugem a devastação feita
pelo isolamento e pela tortura,
demoliram os sinais de fé
na vida e andam tentando
incinerar toda a poética:

(E ainda há quem insista
desfilar o seu ego inflado,
violar a lógica da hora
e espargir a vaidade política
neste momento de pandemia).

Cada versejar tem sido de minha
responsabilidade real,
versejo também a América Latina,
o tempo, o vento e os sonhos
de reconstruir os rumos da História:

(Não é segredo para ninguém
que não conheço a tropa
em situação muito brutal
e o General que continua preso
injustamente e incomunicado
há mais de sete meses).

Que me custe a simpatia de todos,
pois falo o quê a minha
consciência manda falar,
não dou aquilo que não se pode
ao autoritarismo de ninguém dar:
o silêncio como púlpito
para a voz da História se silenciar.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠ Mercúrio na maior

alongação leste,

e eu incitação total

sendo parte da tua pele.



Dracônidas rumo

à Constelação de Dragão,

e eu por antecipação

buscando de tudo para

ser parte do teu coração.



Marte na sua cavalgadura

tentando se entrelaçar

com a Lua pela cintura,

é assim que já sou tua.



Tenho você como a Lua

tem a Marte no limbo

escuro em rito oculto,

é no profundo do peito

que nos resguardo

e nos salvo do mundo.



Não sei o porquê,

mas sem querer

escrevi com a tinta

da Via Láctea

o presságio da união

e na tua pele virei

a poesia da constelação.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠Uma trama muito
ruim que o fim
desconhecemos,
Vis nos ofendem
daquilo que
não merecemos.

Nos perturbam todo
o dia com o intento
de no futuro nunca
mais sermos:
estamos vivendo
um real pesadelo.

Nós percebemos
a insistência dos
que desejam ceifar
tudo o quê há
de mais precioso
em nosso caminho:

Das nossas próprias
origens alguns até
se esqueceram,
Caíram no plano
de nunca mais não
nos pertencermos,

Não escapam da visão
deles nem as árvores
que são os nossos
insignes signos:
as Araucárias do meu,
do teu e do nosso destino.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠Não que eu seja

da prepotência

mais uma filha,

Cada linha escrita

na existência

não necessita

de terceiros

para serem arautos,



(Tem gente que

olvida que o seguro

morreu de velho).



Não que eu seja

orgulhosa,

Cada linha escrita

apenas necessita

das pausas estranhas

da minha cidade,

Porque a minha

poética tem vida própria,



(Ela mesmo só

precisa dos olhos

e dos teus sonhos).



Não que eu seja

ostracista,

Cada linha escrita

nasceu do convívio

como noiva eterna

do Pablo Neruda,

e que hoje conta

com os beijos da Lua,



(Que não se permite

fazer parte nunca

de antologia nenhuma).

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠Pagando o alto preço
dos poetas em vida,
com igual honra
do soldado regressado
de vez da guerra,

Para no futuro virar
o pão de quem precisa
seguindo tranquila
para um lugar distante
da minha terra,

Não duvido do que
está sendo escrito
pelo sutil destino
inevitável em pleno
mundo esquisito,

Respirando fundo
sempre que passo
por uma provação,
em nome do dia certo
que sei que tu vens,

Você é que tem feito
com que eu resista
as intrigas e a malícia
de quem acha que
assim me esgota
e se diverte comigo,

Nenhuma saia justa
tem me vestido mais
do que o mau tempo
e a distância de não
ter você por aqui;

E tocando o éter
da tua história,
pressinto que
os teus lábios silentes
ainda me resguardam
no peito como a balada
de amor inabalável,...

Caminhante em círculos,
sem data e hora marcada,
até porque não nos conhecemos;
e por Júpiter, Saturno e a Lua
todos foram surpreendidos,
mas certa de que invencíveis seremos
quando pele com pele nós dois habitaremos.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠O pincel do Universo
transita na galáxia,
é transe do arrrepio
neste continente
ilhado por desastres.

Júpiter e Saturno
em ritmo turco,
nas minhas palmas
e na testa venho
e trago todas luas.

Há em nossas alturas
o véu que envolve
o tempo e anoitece
em todas as músicas,
e lanço as mil juras.

Porque na passagem
da intensa madrugada
no céu que brinda o dia
no mar ou na montanha
sem me importar
em qual paisagem,
Certa estou que tu vens,
e a tua loucura de amor
não será jamais miragem.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠Envolventes palmas,
na testa marcada
e nos pés descalços
há os sinais da mais
brilhante e distante
das galáxias nomeadas
e tempos de roseirais:

Cosmos RedShift 7
e o zodíaco na pele
de quem nem mesmo
o mau tempo teme.

Desconfiava sempre
que eu era diferente,
e sempre soube
que estava certa
com o coração voltado
para a Lua e o infinito:

O meu rosto carrega
a herança visível
de um povo perdido,
e da minh'alma gêmea.

Nas mãos bailarinas
que trazem acenos
para a imortalidade,
eu sei e você sabe,
e assim nos queremos
com pacientes segredos.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠Venturas que quero
somente nos braços
teus encontrarei,
O tempo e o destino
em espiral indicarão,
as luas no caminho.

Desenhando colinas
com os meus versos,
para erguer mundos
e tombar impérios:
O Deus da Guerra
não vai mais dançar
no meu hemisfério.

Aventuras de fogo,
somente nos lábios
teus encontrarei,
Galáxia do Girassol
com amor e paixão
só à ti pertencerei.

Irrepreensível manhã
custe o quê custar,
não adianta conspirar,
porque eu sei que vem;
Não existem calabouços
que resistam o convívio
com o tempo de escuridão.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠É noite ancestral de Lua
do resiliente Lobo-Guará,
a tua boca vadia pela
minha ainda não está
com beijos de guaraná.

Destino fatal sem avisar
que cortejou os ponteiros
do tempo das Américas
para dançar na escuridão,
quero colo e o teu coração.

É noite paranormal de Lua
em ares sinistros de rua
vazia e silêncio estranho,
mas pensar no envolvente
e tão lindo olhar castanho:
distrai e me põe no colo.

No rio suspenso da noite
o girino cósmico desafiou
as vitórias régias do céu
da nossa América do Sul,
o atroz e o mundo nos parou.

De ti não vou desistir
mesmo sem previsão
do que possa acontecer,
pelo siderado condão
mais do que deveria ser:
indômita em inundação.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠No século onde a Grande
Nuvem de Magalhães
vem tirando a Via Láctea
pela cintura até a Lua
para dançar com fervura,
confesso que escrevo
para seduzir e encantar.

O fato do amor na minha
vida não ter surgido,
não me faz desesperada,
depois de tudo que vivi,
não havia percebido
que a poesia era destino.

No tempo dos amores
impossíveis ao menos,
aqui estou disposta
a fazer os amores
inesquecíveis mesmo
que não sejam os meus.

O final do tempo a mim
também me pertence,
na Galáxia do Rodamoinho
mesmo que seja tardio,
e o amor estiver escrito:
nós nos encontraremos,
e não nos perderemos.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠Da vida nova e do Ano Novo
ninguém que escapa,
nem mesmo por intriga
ou mau tempo que os adie;
Porque o quê é do Homem
nem mesmo o bicho come.

Nos sinais do Universo
ainda busco caminhos
como nômade que
faz a sua tapeçaria
com a luz das estrelas
e te deseja sem retórica.

Por aqui tem esperança
porque ainda há muita
poesia viva em abundância
e ainda amo a minha Pátria,
e escuto bastante música
romântica sem me importar
com o quê de mim pensem.

Da Centaurus A puxo o fio
da meada e do prelúdio
que iremos nos encontrar
numa bonita noite de luar,
não sei se é por pressentimento
ou mesmo até válvula de escape,
o apelo da imigração continua vivo.

E neste corpo bonito fico imaginando
o mapa de todas as minhas rotas...

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠"Xinjiang Uyghur"


Onde o presente tem
reinventado o capítulo
mais cruel do passado,
Todo e qualquer cuidado
é sempre muito pouco,
e ter esperança também;

Campos de concentração
em Xinjiang os pérfidos
fingem que nunca veem.

Querem cordilheiras além
das plantações cordiais
de algodão e de lavanda
para o seu próprio bem.

As cercas elétricas gritam
devastação cultural e étnica,
demoliram os sinais de fé
e incineraram toda a poética.

Querem aquilo que não
se pode ao autoritarismo dar:
o silêncio como palanque
para a voz da História se calar.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠Para se ter um romance
verdadeiro não é preciso
ter alguém por perto,
é deixar livre o coração
com a paz das pétalas
das papoulas esvoaçantes
pelos prados e estradas.

Caminhando no rumo,
rastreando o teu aroma,
alcançando o destino
que permita te encontrar
e nas tuas mãos colocar
a fortaleza do meu amor.

Para viver um romance
é sentir estando distante
com esperança papoula
superando em primavera
as memórias da guerra,
ter a bênção de ser louca
e a valentia de ser poeta.

Dançando no abismo,
sendo a tua galáxia,
teu Sol e dama absoluta
das tuas noites de Lua,
tomei a tua bandeira,
ocupei terreno e fiz-me tua.

Para ser o romance
é um inequívoco silêncio
em acordo com o tempo
sem quebrar internamente
a discrição do juramento
de entregar a existência
assim que passar a tempestade.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠Este mundo sendo
virado do avesso,
sem medo confesso
que sonho o tempo
inteiro com você,
e assim te carrego.

Na janela da sala
o infinito da espera,
meditando a entrega,
o aroma das rosas
beijou o meu rosto:
não escondi o jogo.

As adagas da Lua
imortalizando sinais,
o céu rompendo
com o impossível
e abrindo caminhos
para o amor possível.

No jardim secreto
das noites de seda
as estrelas como
centáureas brancas
soltas na Via Láctea,
e eu hipnótica e nívea.

Os quadris no ritmo
do vento ao encontro
do teu como destino,
em festivo encanto
celebrando morada
e canção sussurrada.

Não temendo nada,
trazendo à tona
a vontade represada,
como uma pagã
convertida a religião
entreguei o coração.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠em meio aos nada
tão sutis intuitos,
o arco posicionado
nas mãos do arqueiro
e a flecha que rompe
com o pesado nevoeiro

só consigo desejar
em abraçar a emoção
no teu lindo peito
quando você chegar,
escutar o teu coração
e só de amor falar

acendendo o candeeiro
do Universo para sê inteiro,
olhando para trás
que por mais que queiram
insistir num tempo:
ele não volta nunca mais

não consigo imaginar
mais nada a não ser
naquilo que juntos
somos e podemos viver
neste amor que requer
mais amor do que poder

com razão e em suficiente
silêncio nesta terra
que os homens do passado
caminharam para frente
e os homens do futuro
remam para o passado

nunca por covardia,
e sim para salvar o melhor:
opto o sonho não entregar,
em nenhum jogo entrar,
deixar a tempestade passar
e esperar você chegar

assim olhando para todos
no abismo do destino
deste alto para baixo
virei silêncio e o raio
desta Lua Cheia onde
nunca quiseram me ouvir.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠Os engraçadinhos encontram no mundo digital plantar falsas parcerias e co-autorias utilizando a expressão "poetizando" que quer dizer versejando, se você aceita isso
estará aceitando que ele escreveu o seu poema junto com você.

Para combater este tipo de assédio virtual comente no compartilhamento esclarecendo que você escreveu dando data e hora que você postou, enaltecendo a sua própria escrita e algum elemento do poema para dar uma amenizada, ou seja, escreva de uma maneira bem clara e elegante que deixe esclarecido para todos que o espertinho generoso que compartilhou o seu poema nada tem a ver com ele.

Em seguida ou um dia depois deixe esclarecido nas suas redes sociais que você não aceita parceria para escrever os seus poemas, mesmo que mais lá para frente, você mude de idéia, mas por causa desse tipo de internauta, faça o seu cerco público de autoproteção autoral para o conhecimento dos internautas.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠Onde a Lua, Júpiter
e a graça da Aurora
dançam no Universo,

De minha mão própria
eu confesso que quero
na vida só o teu amor;

E sem temer pestes,
guerras ou temporais
sem possuir nada,
sem data e hora marcadas,

No meu canto quieto
é que eu te espero,
até tolerando o intolerável;

Porque nós sabemos
que é questão de tempo,
a História e o mundo nossos.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠Nas mãos siderais
estão o Sol e a Lua,
nada desfaz o poder
dos teus sinais
que me fazem tua.

Com suas tramas
as Eta Aquárideas
os cabelos da noite
como chuva molham
e os lábios adoçam.

De nenhum passo
teu eu me perco
porque por nós
tudo quero, posso
e os nós desfaço.

Nas mãos do tempo
o amor insubstituível
está a caminho,
ainda não nos vemos,
e mesmo assim eu sinto.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠No alvorecer
deste mundo
por onde uns
se vão com
vida mesmo
sem se despedir,
Sou o silêncio
que ensina a viver.

Atitudes sempre
nos mostram que
novos caminhos
hão de existir
sob todas as luas,
fortalezas e ruas,
Sou a leitura
decidida a elucidar.

Das minudências
para quem as lê
com tranquilidade
cedo ou tarde,
todas elas surgem;
e jamais devem
ser ignoradas,
Sou a opção que
fez todas apreciadas.

Para não perder
o elã com a vida
por causa de quem
diz que buscar
o refinamento da alma,
e não vale sequer
uma vogal balbuciada.

Se não for para ser amada,
sigo sob a luz do ditado:
"melhor sozinha do que mal acompanhada".

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠No teu pensamento
as pétalas da tulipa
levadas pelo vento.

Na memória a duna
ondulante no deserto
em noite profunda.

No céu de açúcar
a Lua que foi partida
e em silêncio ensina.

Há pessoas íntimas
que viram estranhas
pelas artes e poesias.

No teu peito a chama
repleta de fortaleza
e com cartas na mesa.

Há pessoas estranhas
que viram íntimas
pelas poesias e danças.

No teu peito a chaga
aberta que não fecha
e o tempo que não volta.

No Forte Marechal Luz
a visão do Pavilhão Nacional,
da pedra fundamental
e no coração o teu país.

Inserida por anna_flavia_schmitt