Poemas sobre a Morte

Cerca de 18281 poemas sobre a Morte

(...)
Enquanto poeta Alvaro Giesta, a liberdade da palavra, no uso poético que lhe é dada, permite-lhe, em O Retorno ao Princípio, filosofar acerca da morte. A morte, que é a garantia da ordem no mundo dos homens, que é o que concede o diálogo, pois, no mundo humano adquire-se a vida através da morte. Só, assim, a vida tem sentido.

A linguagem poética, neste caso na enfatização da morte pela palavra, não procura uma finalidade, uma explicação, não procura atingir algo, atingir um fim - isto, é para as religiões e seitas. Na linguagem poética a palavra não morre. A palavra, se morre, é para dar vida à palavra nova porque "a palavra é a vida dessa morte", como nos diz o filósofo Maurice Blanchot e o poeta Alvaro Giesta, num dos poemas iniciais de O Retorno ao Princípio.

A linguagem poética, neste caso na enfatização da morte pela palavra, não procura uma finalidade, uma explicação, não procura atingir algo, atingir um fim - isto, é para as religiões e seitas. Na linguagem poética a palavra não morre. A palavra, se morre, é para dar vida à palavra nova porque "a palavra é a vida dessa morte", como nos diz o filósofo Maurice Blanchot e o poeta Alvaro Giesta, num dos poemas iniciais de O Retorno ao Princípio.

(...)"

do posfácio ao livro O Retorno ao Princípio, de Alvaro Giesta

Inserida por alvarogiesta

inclina-se o decadente tempo
para o ir das frias águas
onde misteriosa
e incógnita
é a sorte.

nessas fontes enigmáticas
a luz, antes intensa, deixa de o ser
e cai no esvaziamento.

é o tempo do inverno!
ali, nesse tempo, a matéria se nomeia
MORTE.

nessa permanência intemporal
permanecemos esquecidos
mas, em essência, somos.

*

desse tempo etéreo
pulsando
um halo se evola,

quando
a lucidez em indizível ciência
estremecida
traz da essência o ímpeto
que ressumbra desse húmus,

até aí ignorado.

ilumina-se a uma luz
intensa
essa penumbra crepuscular;

como na árvore,
que do cálamo em sono mergulhado
se acendem em flor os gomos
essenciais à VIDA.

in "O Retorno ao Princípio", Editora Calçada das Letras, 2014

Inserida por alvarogiesta

Quando morre um escritor morre uma estrela do céu,
meu coração compadece pois sempre vou escreve,
mais seria uma estrela pois minha alma é um constelação,
num mar de solidão compreendo a existência...
pois mar se dá como ar de uma estrela...
mesmo morta está no céu.
por celso roberto nadilo

Inserida por celsonadilo

Apenas meu soneto ©
...lembro a primeira vez que te vi, e meus olhos não me obedeciam mais...
Lembro que o mundo parava e meu pensamento não obedecia mais...
Eu soava frio, tremia, o coração disparava e meu corpo não obedecia mais...
Aí sem pensar nem perguntar se você queria, arranquei meu coração e entreguei nas suas mãos, e você sem saber o que fazer com ele, colocou num canto frio e solitário e meu coração pouco a pouco já não batia mais.
Um dia você percebeu que seu coração já não era o mesmo, já não trabalhava como antes e lembrou do coração que te dei. Você pegou ele com todo cuidado e colocou no seu peito, ao lado do seu coração, mas ele já tinha se habituado a solidão, a viver fora do peito e ficou perdido sem saber como agir.
Aos poucos ele foi reaprendendo a bater, e o seu coração se recuperou, e embora aquele coração nunca mais ter sido o mesmo, ele jamais se negou a apoiar seu coração até que ele estivesse sadio novamente, mesmo percebendo que cada dia ele morria um pouco mais.
Hoje seu coração se recuperou, se tornou forte e o meu coração resolveu dar espaço pra o seu coração se espalhar, e mais uma vez ele voltou para o canto vazio e solitário e hoje espera a sorte de você lembrar de tudo o que ele fez e o ajude a voltar a bater.

Inserida por krisribe

Moribundo era eu
Morto por dentro
Sem lembrar quando morri
Tive quantas mortes
Nessa vida que vivi?

Inserida por kevinmartins6

A existência é maior milagre e maldição para todos os seres. A magnitude do sofrimento só se é percebida quando se da conta de como e impossível viver em sociedade sem se corromper, assim como fugir da mesma.

Viver e como um jogo repetitivo onde temos dd seguir o script que não concordamos e acreditar que um dia faremos improviso, mesmo que a crença faça oarte do script.

Inserida por arcanjozer0

Em que abismos do céu
provou arder dos seu olhos?
Um fogo que plasma tão mau
e bom de tão perfeita simetria.

Tentes e atentes, à vida-morte,
a carne e que sequer deseja,
derretida em mar de luxúria
com apenas uma luz em reflexo.

tão árduo caminho se vem
como no espelho da verdade,
me perco em olhar pro céu
nas lágrimas da mente humana.

O coração e mente, do fruto
que é doce ao comer,
expressando o engano
que celebra o prazer.

Inserida por marcioelib

Eu queria mais tempo.
Passar mais situações com você,
discutir, brincar, amar,
e até se chatear com problemas.
Eu queria mais tempo.
Tempo para lutar
por tudo que acredito.
Até de derrotas me satisfaria.
Eu queria mais tempo.
Pra lhe dizer, meu amor,
que você era minha felicidade.
Que você movia meus pensamentos
e minha vida era ti.
Eu queria mais tempo...

Inserida por marcioelib

Imortal canção levada pela brisa
esvai-se pelo brilho da lua no orvalho,
seca, fria, e que sequer frisa
porém no amor, carinho, amealho.

Som que abala o conceito de paz,
nem bom, nem ruim, apenas tocante.
Leva-me na sutileza que aqui jaz,
esperança não mais aqui, perante.

Embora tentes ainda, em tono,
como primavera, clamar ao céu,
coração já não pulsa. Apenas outono.

Prazer insípido em meio ao ensejo
Denotando sofrimento, apenas léu.
Um brinde à morte, vestida de desejo.

Inserida por marcioelib

M? Não sei. Você é que mudou um tanto, amigo.
Se distanciou mais e mais do seu passado.
Ela continua lá
junto daquele cara que conheceu
mas que agora já não é mais o mesmo.
E assim é: estradas e encruzilhadas
e novamente estradas.
Pessoas se encontram, partilham coisas,
caminham juntas algum tempo
e, depois,
cada qual segue seu rumo
na ampulheta descendente dos minutos,
dos dias, dos anos...
Destino: sinuoso sendeiro onde deambulamos todos
na direção dos braços da inelutável morte.

Inserida por ranish

FÉTIDO CERIMONIAL (B.A.S)

Somos fossas vivas, exalando nossas toxinas e
hormônios, num fétido e poético existir...
Carrego minhas excrescências e fezes, prova de minha
humilhação carnal...
Aguardo num fétido cerimonial funesto e fúnebre
a data da minha morte...Para o além-vida...o além-vida...

Inserida por bmdfbas

Talvez no último momento em um último olhar.

Quando der para se calar ou gritar.
Quando tiver que ser forte ou fraco.
Quando chegar o momento de ter a gratidão ou mal agradecer.
Quando chegar o último momento de assumir os erros, ou simplesmente pedir desculpas.
Quando no último momento a minha visão se perder...
Desejo que ela se vá...
Deslumbrando-lhe toda a sua beleza pela última vez.
E mesmo que Deus não me permita o tempo de te dizer-te.
Sabereis quando olhar em meus olhos, que apesar de meus erros e anseios, eu sempre te amei.
Apenas olharei nos teus olhos, e apenas espero ouvir no último momento.
_Adeus meu amor.

Inserida por Renato01976

Quando atraídos, nosso corpo como sol se aquecem,
Quando perdidos, nossos olhos como rios transbordam,
Quando inspirados, nossa alma como primavera florescem,
Quando iludidos, nosso coração como inverno esfriam,
Quando apaixonados, nosso desejo como brasa acendem,
Quando nada sentimos, nossa vida como morte parecem.

(Mayke Franz)

Inserida por maykefranz

SENTIMENTOS

Sentimentos se completam
O sol é sempre bem vindo
Eu faço minha parte
Antes que chegue a morte

Inserida por ValeriaPintofrases

O obscuro invade minha personalidade;
Tenho dentro de mim um mundo, uma cidade;

Um local onde eu estou no comando...
Pois na vida real, sou apenas um homem chorando..

Dentro de meu ser há um turbilhão querendo sair,
Minha mente está tão confusa que nem sei como agir...

Minh'alma está desamparada,
Como uma rosa que da roseira foi cortada...

Tudo dentro de mim 'soa' como o rancor,
O que era branco ficou preto devido a dor.

Tanta coisa aconteceu...
O ingênuo que havia em mim já até morreu...

Hoje me pergunto: Onde está toda aquela pureza?

Tudo de bom foi embora, dando lugar à tristeza.

(kanieri Ferraz)"

Inserida por diogopantoja

O Tempo

O passado que criou o agora pensa no futuro
Não vivemos em tempo nenhum
Mas vivemos perdidos no tempo

Hoje eu sou eu mesmo
Amanha eu já não sei quem sou
Hoje eu estou vivo
Amanha eu estou morto

Minha carne é enterrada
Então sou comido pela terra viva
Vou apodrecendo a cada instante

Vivo ou morto
Que diferença faz

Não vivemos o tempo
E o tempo que vive a gente

Inserida por gucampos

Incondicionalmente ao seu lado

Morena,

Se para muito longe eu viajar,
Permanecerei sempre olhando por ti para te Salvar.
Quando eu estiver descansando,
Acredite, estarei constantemente te venerando.

No dia que eu for,
Esteja convicta que te deixei o meu Amor.
Na ocasião que eu partir,
Por favor, volte logo a sorrir.

No tempo que eu fenecer,
Não se preocupe, eternamente serei o anjinho a te Proteger.
Mas, se PAPAI DO CÉU pedir para eu voltar,
Independentemente de como eu me disfarçar,
Tenha certeza que é para te ALEGRAR.

Autor: Papai (Nélio Joaquim).

Inserida por NelioJoaquim

Pensamentos vãos

01:54,
Noite quente,
Vazio estridente,
De um pequeno quarto.

Passaram-se 3 minutos,
90 segundos,
Que se parecerem horas,
Onde a mortalidade atormenta as mortais hordas.

Um homem,
Talvez não tão homem,
mas tão mortal quanto os outros homens,
pensa no hoje e no ontem.

Pensou no que teve,
no que já perdeu,
no que talvez nem existiu,
verdades ou mentiras que leu.

Morre por seus pensamentos,
como a cada dia já morreu,
apenas para acordar no outro dia,
e perceber que infelizmente não pereceu.

Inserida por jailsonsl

Hoje vou liberto,
Rumo certo,
Ao encontro deste Sol que me convida,
Vou colhendo dores e alegrias...
Ao partir não vou sentir as mãos vazias
A morte é uma vida que nasce de uma despedida,
Despedida temporária,
Despedida de amor...

Inserida por DiasLucia

TEMPLOS E NÃO TÚMULOS (Bartolomeu Assis Souza)

Todo dia morre alguém
A cada 24 horas morre alguém
A cada nascer do dia e
a cada anoitecer morre alguém
Assim nossa vida deve ser
templos divinos e não túmulos...

Inserida por bmdfbas