Poemas sobre a Morte

Cerca de 18279 poemas sobre a Morte

Quando nos tornamos especiais?
Certamente quando morremos...

Não quero perder amigos, não quero perder ninguém...
Como é difícil lidar com a morte, meu Deus, como é difícil.
Pra quem vê de fora é nossa única certeza... E que um dia também partiremos, mais que saco ter que ouvir isso e ouvir que a missão foi cumprida e que é assim mesmo.
Não é tão simples, quando dói o coração e chega bater na alma.
Algumas pessoas não ligam para saber se estou bem e se eu partisse agora??? Choveria mensagens e homenagens e saudades...
Tarde seria, eu não conseguiria ler, tão pouco responder.
Até eu mesma faço isso não consigo dar atenção que gostaria para todos que amo.
Mas a partir de hoje preciso dar um jeito... Preciso mudar.
Porque o amanha pode não chegar, pode ser que eu sinta saudade de alguem ou pode ser que eu deixe saudade se partir assim sem avisar...

Néiah Lima

Inserida por NeiahLima

Busco nas asas da espererança,
Algo que me faça continuar.

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#FloresTemCheiroDeMorte

Inserida por ValeriaRibella

O horizonte visto hoje será apenas a miragem do amanhã?!

Devagar o velho caminha, procurando um destino,
lentamente ele se perde, num encontro de ruínas.
Que estrada infinita, ele não vê a direção.
Apenas sente-se distrair aos olhares que se vão.

Desconhecidos esses trilhos, que o empurraram a andejar.
O nobre, escassamente segue.
Sem enxergar além, apenas permanece.
- Que direito então o homem tem?

- Incontestável!
O horizonte visto hoje é a miragem do amanhã...

Ele continua a vagar.
Sempre, sempre...
Até a esperada morte, finalmente,
então o levar.

Inserida por AmandaLRocha

- Ainda gota -

Quantas gotas debaixo da ponte...
onde a água passou há tanto e ainda passa ?
Quantas vidas até ser de novo água ?
Muitas vezes não quis ser gota, nem me via assim...
preferia ser a madeira, o concreto da ponte,
suportar e não ser suportado...
mas de nada adianta esse meu querer...
Sempre o mesmo e triste trajeto.

Porque não me busca essa corrente abaixo de mim ?

Não aguento mais esperar preso nessa corrente.

Inserida por waldogomes

Lembrança

Sei que estás aqui ao meu lado. Todo o tempo tive a convicção de que não fostes embora. Quão palhaço tem sido ao esconder-se de mim! Um dia eu encontro seu esconderijo... Confesso: não tem sido fácil aceitar essa brincadeira boba de não voltar pra casa. Mas eu estarei aqui esperando. Não esqueci do presente de aniversário, nem do cinema que marcamos... Quero ver até quando conseguirei enganar a mim mesmo; só de pensar que ninguém virá aqui dar-me a notícia de que você está de volta... o jeito é aceitar a infidelidade da vida; a fragilidade de ser; a mediocridade de ter e a infinita presença do que não volta mais.

Inserida por oficialmaison

Doença

Não foi nada não, um jeito de mal dormir,
passa logo, até que passou mesmo...
passou a não existir !

Inserida por waldogomes

A jovialidade e a coragem da vida, características da juventude, devem-se em parte ao fato de estarmos a subir a colina, sem ver a morte situada no sopé do outro lado. Porém, ao transpormos o cume, avistamos de fato a morte, até então conhecida só de ouvir dizer. Ora, como ao mesmo tempo a força vital começa a diminuir, a coragem também decresce, de modo que, nesse momento, uma seriedade sombria reprime a audácia juvenil e estampa-se no nosso rosto. Enquanto somos jovens, digam o que quiserem, consideramos a vida como sem fim e usamos o nosso tempo com prodigalidade.

Contudo, quanto mais velhos ficamos, mais o economizamos. Na velhice, cada dia vivido desperta uma sensação semelhante à do delinquente ao dirigir-se ao julgamento. Do ponto de vista da juventude, a vida é um futuro infinitamente longo; do da velhice, é um passado bastante breve. Desse modo, o começo apresenta-se-nos como as coisas ao serem vistas pela lente objetiva do binóculo de ópera; o fim, entretanto, como se vistas pela ocular.

É preciso ter envelhecido, portanto ter vivido muito, para reconhecer como a vida é breve. O próprio tempo, na juventude, dá passos bem mais lentos. Por conseguinte, o primeiro quartel da vida é não só o mais feliz, mas também o mais longo, e deixa muito mais lembranças, sendo que cada um poderia contar muito mais coisas sobre ele do que sobre o segundo quartel.

Como na primavera do ano, também na da vida os dias acabam por tornarem-se incomodamente longos. No outono de ambos, tornam-se mais breves, porém mais serenos e constantes.

Arthur Schopenhauer
SCHOPENHAEUR, A., Aforismos sobre a Sabedoria da Vida
Inserida por EmOutrasPalavras

E a gente Escolhe...
A vida toda entre ser ou ter
E a gente se arrepende...
Por não viver cada minuto como se fossem aqueles últimos de nossas vidas
E a gente Morre...
E nossos olhos talvez não se abram uma outra vez.

Inserida por SinceraDose

Tudo que é mal tem seu lado positivo.
Isso mesmo.
Estranho não é?
Como se tirar algo positivo de uma coisa ruim?

Tudo que dói
Tudo que machuca
Tudo que consideramos ruim
Tem um lado positivo

Observemos as crianças e aprenderemos com elas.

Chorar pode ser algo desagradável. Mas com o choro as crianças ganham o peito da mãe para saciar a fome. Com o choro ganham o afago da mãe para acalmar o medo do novo. Com o choro ganham os cuidados da mãe para curar a dor.

E assim devemos ser.
Extrair do negativo o positivo.
Extrair da dor o alívio.

É caindo que se aprende a levantar e se equilibrar.
É chorando que se aprende a sorrir e gargalhar.
É apanhando que se aprende a bater e rebater os problemas da vida.
É sendo enganado que se aprende a não confiar em todos.
É perdendo amores que se aprende que novos amores virão.
É sentindo medo que se aprende a enfrentar a escuridão dos seus piores dias.

Até a morte tem seu lado positivo.
A morte nos ensina que estamos em uma contagem regressiva.
Um relógio invisível.
Que pode parar a qualquer momento.
E que devemos viver cada dia como se fosse o último. O único.

E assim tiramos proveito de tudo que a vida nos oferece.
E assim fazemos de limões azedos, doces limonadas.

Inserida por Marcioms19

Convocado ao assassinato

Pegar, trancar, matar teu menino
Não fugirás das leis do divino
Escorre por cada olho fechado
Lágrimas de gana pelo diabo

Cegar, machucar, dopar a paixão
Blefar e forjar tua razão
Não vês adiante um destino?
Comece este com fascínio, assassino

Chamar, trair, ferir teu irmão
O mesmo que lhe ditou perdão
Extermine o inimigo, tredo genuíno
Não há líder de honra, foi-se Saladino

Acaba a morte, teu fardo amado
Podes enxergar sua alma impoluta
No reflexo de sangue derramado?
Não negue o descaso, foi culpa tua
Doar fé para assassinato.

Inserida por AZEVEDODouglas

Imagino que quando morre uma pessoa, essa vira uma estrela que é lançada ao espaço mais distante e nunca pode ser encontrada. Ela vegetará até que algo aconteça.
Talvez quando nada mais existir ela também não exista. Lá de cima olhará ela para nós e nada sentirá, cá de baixo olhando para alguma nos lembraremos de uma ocasião.
Nunca mais a veremos nem a ouviremos novamente, portanto é melhor esquece-la. Não vai existir nada depois e, talvez não exista a algum tempo. Não importa mais. Enfurecemos Deus quando insistimos que faz diferença! Só quero relaxar.

Inserida por High

Esta na hora de se renderem, como eu me rendi. Mergulhem no que não conhecem como eu mergulhei. Não se preocupem em entender, viver ultrapassa qualquer entendimento.
Apressem-se a viver bem e pensem que cada dia é, por si só, uma vida. Como Bob Marley uma vez disse. ''Não viva para que a sua presença seja notada, mas para que a sua falta seja sentida.''
Não deixe que a saudade nos sufoque, que a rotina se acomode a nós, que o medo impeça de tentar.
Desconfia do destino e acredita em ti mesma(o).
Gasta mais horas a tentar que a sonhar, fazer do que a planear, viver que a esperar, porque embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive já morreu.

Inserida por Alfapt

É triste, é triste ver te partir desde jeito, é ainda mais triste despedirmos-nos de ti no dia que nomearam como dia da felicidade.. Há coisas que perdemos na vida que são tão mas tão lindas que as vemos partir como se fossem um balão que se solta da mão duma criança.
São os amigos e conhecidos que vão desaparecendo e deixam um vazio, um vazio que não pode ser preenchido. Não acho que tenhas morrido e sinceramente não quero pensar que isso tenha acontecido, ninguém sabe o que é a morte, mas acho que também nunca sabemos o que realmente é vida, com isto não quero dizer Adeus, mas um Até já. Porque creio que nos voltaremos a encontrar um dia.
No dia de hoje só peço a Deus que guarde a tua alma como nós vamos guardar a tua memória.
Descansa em paz.
17/08/94 – 18/03/1015

Inserida por Alfapt

Atônito. Perplexo. Inconsciente. Impotente. Inconformado. Embasbacado - quase que por completo. Atordoado e aturdido. Com certeza zonzo.
Como a vida é frágil... Como se esvai abruptamente!
Misericórdia, ó Deus. Misericórdia!

Inserida por bskoito

A verdade é, que já aprendi a viver sem você, talvez um dia eu fui inteiro mas hoje já falta parte de mim
Enfim se não posso ter a parte que me falta
de que adianta viver?

Inserida por CleversonModesto

Dizem que quando uma pessoa se vai a dor é passageira, logo, logo vai passar.
Mas, percebo que ainda sou frágil. Quem se acostuma?
Quando partiu parece que levou boa parte de mim, não fui mais a mesma, o meu coração tornou- se tão sensível. Fiquei com medo, temor e raiva.
Ainda sendo criança, percebo que não fiz o suficiente, eu errei. Por todas as vezes que ouvi sua voz a chamar, pelas broncas, algumas repreensões... Muitas vezes não respondi seu chamado e outras vezes que fui teimosa, não ouvi seus conselhos... Até, pensei em parar minha vida, interromper todos os meus sonhos e planos.
Mas percebi que ainda vale apena viver, tenho família, amigos, colegas, tenho principalmente o bem maior; Deus.
Ainda que a saudade persista, que venha o choro por dias e dias prometi que não vou deixar me abater, lutarei por quem precisa e por mim. A quem foi embora pensando que ia se livrar dos problemas virou as costas quando mais precisei, apenas entregarei nas mãos de Deus.
Sei que se estivesse comigo continuaria sendo minha melhor amiga, protetora e tudo mais, e eu seria quem sou, porém sem esses medos e raivas. Ainda continua sendo minha inspiração e exemplo, AMO TANTO, e é por esse amor que não posso parar!

Inserida por Leydjane

DENTRO DO PAPEL

Ela precisava escrever para ser ouvida,
dentro do papel era totalmente desinibida,
era uma, era duas, era um,
era quem quisesse ser.

Escrever tornou-se vicio,
e como qualquer viciado,
ela já não suportava a realidade,
queria estar relaxada,
queria ser feliz,
mas pobre infeliz,
só era feliz ao escrever.

Certo dia, ela criou uma nova realidade
para si mesma,
descreveu no papel sua cidade,
destacou as paisagens,
melhorou os personagens,
detalhou os bons corações,
ignorou os defeitos,
e decidiu não escreve-los.

Entrou para dentro do papel
e não saiu mais,
era plenamente feliz por dentro,
enquanto definhava no mundo real.

Morreu lentamente,
fazendo só o que gostava,
alguns poderiam até,
dizer que ela não teve uma morte triste,
e sim uma morte feliz.

Morreu a carne
mas sua alma continuou viva dentro do papel
que virou livro,
que criou vida,
que passou nas mãos de milhões de pessoas,
e décadas depois ainda estava intacta,
vivendo em uma estante,
apenas esperando que seu novo mundo fosse aberto de novo,
para ela viver novamente.

Inserida por AndressaFernandes

Sinto uma dor forte de não ter meu amor, os anjos o levaram, e só ganhei desamor; choro por ti, vejo todas as almas ao céu subir, eu aqui na terra a infligir, pois meu apego foi sucumbir.

Se sofrimento é passageiro, divindade me dê a paz e me leve por inteiro, sou corrosivo com o tempo, ando ao vento por este sentimento, sem o meu amor eu caminho ao relento.

Da morte tenebrosa quero virar uma estrela, ir ao teu encontro e degenerar toda tristeza, voando ao céu segurando tua mão, e depois de um beijo você arrebataria a minha escuridão.

Inserida por thortiago

(...)
Enquanto poeta Alvaro Giesta, a liberdade da palavra, no uso poético que lhe é dada, permite-lhe, em O Retorno ao Princípio, filosofar acerca da morte. A morte, que é a garantia da ordem no mundo dos homens, que é o que concede o diálogo, pois, no mundo humano adquire-se a vida através da morte. Só, assim, a vida tem sentido.

A linguagem poética, neste caso na enfatização da morte pela palavra, não procura uma finalidade, uma explicação, não procura atingir algo, atingir um fim - isto, é para as religiões e seitas. Na linguagem poética a palavra não morre. A palavra, se morre, é para dar vida à palavra nova porque "a palavra é a vida dessa morte", como nos diz o filósofo Maurice Blanchot e o poeta Alvaro Giesta, num dos poemas iniciais de O Retorno ao Princípio.

A linguagem poética, neste caso na enfatização da morte pela palavra, não procura uma finalidade, uma explicação, não procura atingir algo, atingir um fim - isto, é para as religiões e seitas. Na linguagem poética a palavra não morre. A palavra, se morre, é para dar vida à palavra nova porque "a palavra é a vida dessa morte", como nos diz o filósofo Maurice Blanchot e o poeta Alvaro Giesta, num dos poemas iniciais de O Retorno ao Princípio.

(...)"

do posfácio ao livro O Retorno ao Princípio, de Alvaro Giesta

Inserida por alvarogiesta

inclina-se o decadente tempo
para o ir das frias águas
onde misteriosa
e incógnita
é a sorte.

nessas fontes enigmáticas
a luz, antes intensa, deixa de o ser
e cai no esvaziamento.

é o tempo do inverno!
ali, nesse tempo, a matéria se nomeia
MORTE.

nessa permanência intemporal
permanecemos esquecidos
mas, em essência, somos.

*

desse tempo etéreo
pulsando
um halo se evola,

quando
a lucidez em indizível ciência
estremecida
traz da essência o ímpeto
que ressumbra desse húmus,

até aí ignorado.

ilumina-se a uma luz
intensa
essa penumbra crepuscular;

como na árvore,
que do cálamo em sono mergulhado
se acendem em flor os gomos
essenciais à VIDA.

in "O Retorno ao Princípio", Editora Calçada das Letras, 2014

Inserida por alvarogiesta