Poemas sobre Medo
'SONHOS II...'
Abstratos como o infinito, os sonhos tornam-se insípidos, contornando lembranças de uma criança pintando o vazio de uma jornada. Despovoados, sorrisos praticam ideias irônicas, sem pinceladas num quadro já exausto. Nas telas, inversões de um humano dubitável...
Já não temos mais sonhos daqueles de quando éramos filosofias. Já não vemos mais voos. Chutamos pedras, dores no estômago, esperanças, alegrias. Músicas vitais vomitam contusões infindas. No escuro, sentimos lembranças do velho tempo na superfície, homicida nexo...
Os sonhos estão impregnados na palma da mão. Jogados aos ventos. Subindo montanha, descendo despenhadeiros, perdidos nos túmulos daqueles esperançosos. Sonhos são flagelos de uma essência ácida, mórbida. Alegrando os dias sobrenaturais...
'REMANECER...'
Te encontrei e presenciei tanto pão à mesa e tu na penúria evocando amor, crenças. Contemplei os restantes dos dias futuros embrulhando teu estômago, e teu olhar parecia o de uma criança, sorridente. O por do sol, desencanto no entardecer, repetidamente, congestionou tuas esperanças. Sei, és sobras, a quem importa se no fundo, o mundo é egocêntrico. As águas sempre correm lavando tuas mãos e todos sabem, somos animais insensatos...
O teu oceano secou. Poucas torrentes ainda sobrevivem e há tantos animais sedentos! Egocêntricos precisando da ingenuidade das crianças para transformar o mundo a sua volta. Remanescer é ter uma alma profunda para nascermos diariamente e esbanjarmos devoções ao próximo. Precisamos de canções para aprendermos a ser útil, adultos com passos de rebentos outorgando compaixão. Trucidastes as cicatrizes que me faz hipócrita...
Sei, não teve muitos acertos na vida. Olhando-te, as mãos estão distantes, sem garras para enfrentar o sofrimento. Precisas de contos e contornos para suspirar a alma simplista. Agora vejo o quanto nos tornamos pequenos, sereno sem florescências na alma. A vida é passageira, mas ainda restam os acasos. Que novas árvores cresçam pujante dentro do teu coração, suplicando a felicidade que precisas...
Homenagem póstuma é massagem e maquiagem para o ego de quem a faz.
Vamos premiar e valorizar enquanto vivos!
E deixar os mortos em Paz.
(Nepom Ridna)
A dor gera conscientização,
E conseqüentemente buscamos soluções,
Que nos levam à evolução.
Quanto maior a dor; maior o portal.
(Nepom Ridna)
Foi o medo que me levou até você.
O medo de ficar sozinha…
Foi o medo que fez eu admirar você.
O medo de que alguém tão especial e interessante nunca me olhasse…
Foi o medo que fez eu me apaixonar e me declarar para você.
O medo de perder a chance e nunca mais poder dizer nada…
Foi o medo também que me silenciou quando você fugiu…
O medo de te incomodar aí no seu cantinho.
Foi o medo que me fez escrever muitos poemas e mensagens pra você…
O medo de te ver triste, eu só queria te alegrar…
Foi o medo, sem sombra de dúvida que me fez te procurar…
O medo de nunca tentar… De nunca te abraçar…
Enfim, é o medo que me faz ficar aqui quietinha, na minha…
Você escolheu ir… eu respeito sua vontade, que definitivamente não é a minha…
É por essas coisas que amo o medo…
É por essas coisas que eu amo você…
O medo
Faz enlouquecer
Faz até esquecer
Que somente você
Pode vencer
Mesmo que sinta
O corpo estremecer
Tente não esmorecer
Pode te assombrar
Pode te apavorar
Só não consegue
Te devorar
Basta não vacilar
O medo te persegue
Em todos os instantes
Pode se tornar constante
Se tiver chances
O medo faz paralisar
Pode até te controlar
Na tentativa de te exterminar
Qualquer oportunidade
Ele usa para te ameaçar
Siha em frente
E nunca deixe de lutar
Para o medo não te atribular
Nem te intimidar.
Admito que quanto mais profundas se tornam as minhas questões, mais eu me apego a dificuldade de respondê-las. Consequentemente, nada construtivo se materializa como talvez conseguisse fazer com menos doação de energia e mais confiança instintiva.
Tenho pressa quando poderia apreciar, e medo quando deveria me jogar de verdade. A velha história do medo. Onde culpados são procurados pelos bloqueios independentes.
Quem seria eu se não tivesse tanto medo de assumir compromissos maiores com a minha verdade? Onde eu estaria se não podasse as minhas asas sempre que estou prestes a levantar voo?
Decidi caminhar para aprender a gostar do tempo, respirar profundamente para controlar minhas crises e viver um dia de cada vez para que o futuro não seja futuro, seja hoje. E hoje, eu fiz um pedido.
Um jovem e o mestre
Um jovem perguntou a um mestre: mestre o que está acontecendo com o amor de hoje que parece inexistente, as vezes frio e descartável? O mestre respondeu: meu jovem, o amor é algo inexplicável, nem sempre o amor aparece por causa do medo de amar; outras vezes o amor torna-se descartável por falta do devido valor recíproco; em outras ocasiões o amor foge ou se esconde que nem polícia e ladrão. O amor é o que nos move. O amor sou eu, o amor é você, nós somos o amor. Portanto, não podemos fugir do amor nem esconder e muito menos ter medo de amar. Se somos o amor como fugiremos de nós mesmos. As relações duradouras são exemplo de que o amor está presente enquanto que as relações promíscuas nem esperam o amor nascer.
Futuro
Contra a vontade?
Fico em minha concha protegida.
Passa dia… passa noite.
Passa toda uma vida.
Protejo-me dos ventos…
Das tempestades, furacões tenho medo…
De todas as minhas dúvidas
nunca faço nenhum segredo.
Não é coragem o que me falta.
Isso não nego.
É que na maior parte das vezes a vida faz em mim um nó cego.
Amarrada ao passado fico.
Os olhos ardendo.
O corpo tremendo.
O que está à frente me causando medo.
É o futuro que sempre está um passo à frente…
Tento… tento.
Mas não o pego.
Não aprendi a perder o "Medo".
Com você...
Eu aprendi a vencer todos os sentimentos que a vida me proporcionou,
Inclusive o "Medo".
Com as armas do amor venci todos eles.
Só não venci um:
-O medo de perder você.
Se me chamarem algum dia de homem corajoso,
Eu protesto!
Pois até o momento,
Não aprendi a perder o medo
De perder
Você.
Autor :Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.
Epidemia
o medo
os outros
a tristeza
dos outros
a revolta
por outros
e quantos outros
tantos outros
enquanto os outros
outros contaminam outros
o choro cala
um grito encerra
Minha alma caminha entre a alegria de sentir o amor e o orgulho de esconder os sentimentos. Porquê tenho medo?
Se o sentir completa meu coração com um pulsar mais acelerado, num tuc-tuc da bela melodia a me fazer bailar de alegria como quem flutua os passo levado pela ação do vento ao corpo e a contornar sobre amplo espaço atingindo lugares longínquo que nem os olhos são capazes de imaginar.
Enquanto o esconder me aprisiona numa jaula escura, isolada, com visualização restrita de poucos raios de luz a surgir pela janela, apresentando meus olhos uma visão limitada, cheirando somente o próprio corpo a suar de isolamento e saborear o único sabor da saliva que vive seca, de tanto querer e não ter.
Quando o medo vem...
Como enfrentar aqueles dias terríveis, em que já acordamos angustiados, temoroso, receosos de algo ruim vai acontecer? O medo nos paralisa nos aprisiona e nos impede de reagirmos diante de uma situação difícil. O medo, além de impedir nosso crescimento espiritual e social, nos tras desanima e depressão, pois, é uma arma utilizada pelo Diabo para nos oprimir.
e de todos os medos,
o que mais assusta é
o medo de se entregar,
pois é onde mais
se tem à perder,
tanto ao se entregar,
como ao deixar
de se entregar..
Ter seu coração partido não deveria causar a ninguém o "ter medo de amar" novamente,
e uma vez de coração partido não há do que se envergonhar...
Você tem um coração!
Num mundo de gente sem corações,
quem tem um coração, mesmo que partido; é nobre..