Poemas

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Nelson Martins diz...

Quando me faltam palavras...
Sobram-me emoções
Quando me faltam sorrisos...
Sobram-me esperanças
Quando me faltam carinhos...
Sobram-me lembranças.
Mas quando me falta você,
seu amor... Meu coração
sopra sem direção!?!

E aquele sorriso maroto não descolou do meu coração.
Com toda simpatia e carisma levou uma parte de mim que ninguém conhecia.
Poucas conversas , duas ou três...
Sei que se encaixa a minha na tua mão.
Quando te vi eu sabia,
te ver eu ira querer outra vez.

Posso voltar,
e recarregar minha bateria
nesse teu jeito moleque.
Mas se for pra ficar,
na mala eu te levaria,
porque sorriso assim não se esquece.

Punhal

O mesmo punhal que te crava
Te trava
Te entreva
Te enerva
Te prende no precipício
Deixando de lembrança alguns resquícios, vícios

De quebra, te quebra
Dilacera
Não te espera, te desespera
Mata sem dó nem piedade
Lento, torturante
Com requintes de crueldade

Vai rasgando, vai profundo
Pega na alma, vai mais fundo
Perde-se o fogo, perde-se a luz
O fio da meada já não me conduz
Detona, explode, queima, fatal
A parte em mil pedaços num arroubo brutal

Corpus Politicus

Meu corpo
Meu templo sagrado de espiritualidade e ação
O corpo que grita
O corpo que sente
O corpo de razão e emoção
Corpo cravejado de facas
De balas
Apedrejado, às claras

É só um corpo
Não, é mais que isso
Um protesto são
Um brado retumbante que não é em vão
O florescer da mudança em pintura e criação

Todos os meus poros lutam comigo
Minha intuição me orienta, eu só sigo
Eu bato, apanho
Me levanto, me jogo, não me acanho
Minha pele reflete, espelha, expõe pra você saber
Estes malditos, doentes e sedentos por poder

Meu corpo é só meu
Meu corpo carrega marcas
Meu corpo carrega histórias
Derrotas e vitórias
O prometido e não cumprido
O falado e esquecido...

Corpo grita...
Corpo brada...
Ferido...
Esquecido...
Esculpido...

Eu sou assim mesmo

Se eu sou assim é porque eu vim assim, não to aqui pra agradar ninguém não. Sou negra, branca, amarela, azul, sou todas as cores, meu cabelo é liso, cacheado, crespo, ondulado, preto, ruivo, de todos os tipos, meus olhos são verdes, castanhos, vermelhos, amarelos, do jeito que eu vim, sou alta, baixa, magra, gorda, e dai? Se você acha que é defeito pouco me importa, alias vai cuidar da tua vida, eu não mudar por conta de uma pessoa que só olha as aparências, aponta o dedo e como metade do mundo fica pensando que o mundo tem que tem um padrão de beleza. Se esse padra existir eu que não quero estar dentro dele, pra que? Para eu me torna mais uma copia, eu não. Eu sou unica, insubstituível, igual a muitas outras pessoas assim como eu. Ninguém deve mudar por causa de ninguém. Se deus quando veio a terra não agradou a todos não vai ser eu que vou para meu tempo para agradar o mundo. Eu não nasci por causa ou motivo de ninguém, eu não vim ao mundo para ser do jeito que a sociedade quer, eu vim para SER EU MESMA.

Gosto do amor!
Ele sabe me fazer uma ótima companhia.
Sabe me deixar triste;
Me mostra a alegria;
Me acalma, e
Me provoca euforia...
Gosto do amor...
É um sentimento! Parceria...
Para tudo!
E todas as horas...
Se sou jóia!
O amor é joalheria...
Terminei as palavras com rima!
Que porcaria...

Poesia é quando o sentimento tem sintonia com o pensamento,
E pede pra transformar em palavras aquele momento no tempo!
Guria da Poesia Gaúcha

Minha esposa era a coisa mais linda quando solteira.
Minha esposa tornou se a mulher mais linda depois de casada.
Depois de anos descobri que minha esposa é a mulher mais experiente que já tive por companheira.
Tornou se a mãe mais sábia e hoje uma vovó tão bela quanto quando a conheci.

MEU AMOR QUERIDO!

Se ainda me sinto vivo é porque sigo atraído e
Seduzido pelo teu amor tão cativo quanto ativo!

Guria da Poesia Gaúcha

Se dizem que uma poetisa sempre mais sente,
É justo pensar que no seu dia menos contente,
Ela esteja se sentindo mais infeliz do que a gente!

AMIGO

É inverno com cobertor,
É verão de sol iluminado,
É outono de fruto maduro
E é primavera de nova era,
Enfim, seja a estação que for,
Amigo é a flor do genuíno amor!
Guria da Poesia Gaúcha

SEMENTES

Já plantei tantas coisas que nem sei.
Plantei feijão, plantei arroz e milho
Já plantei mandioca, araruta, cebola
Não recordo mais de quanta coisa já plantei.
Plantei pimenta de cores e qualidades
Plantei árvores que deram flores
Palmeiras que mudou a paisagem
Flores de muitas variedades.
Plantei sementes que não frutificaram
Plantei coisas que nem sei pra que serviam
Já doei sementes de muitas plantas
Gente que vieram de longe e as levaram.
Há coisas que a gente planta que não serve para nada
Há coisas plantadas que dão frutos depois de anos
Frutos que não se come, e não se vende
Àrvores em solos estéreis que não deviam ser plantadas.
Já plantei saudades, plantei paixão,
Já plantei saúde, tristezas e mágoas
Já plantei muita esperança em pessoas amarguradas.
Plantei sorrisos gostosos, risos e gargalhadas
Plantei no coração das pessoas
Muitas coisas engraçadas.
Para o burro plantei capim.
Para a criança plantei carinho,
Plantei no coração do idoso,
Um belo e florido jardim.
Sementes de quase tudo a gente pode plantar,
Sementes que no futuro pode até frutificar,
Quem sabe, a gente colhe Um pouco
E pode até multiplicar.

''Se você não puder ser um pinheiro no alto da colina,
Seja um arbusto no vale, mas seja o mais belo arbusto à margem do regato.
Seja um ramo, se não puder ser uma árvore.
Se não puder ser um ramo, seja um pouco de relva e dê alegria aos que passam no caminho.

Se não puder ser almíscar, seja então apenas uma tília.
Mas a tília mais viva do lago!

Não podemos ser todos capitães, alguns temos de ser tripulação.

Há algum lugar para todos nós aqui. Há grandes obras e outras menores a realizar e sempre há uma tarefa que devemos empreender.

Se você não puder ser uma estrada, seja uma vereda.
Se não puder ser o sol, seja uma pequena lamparina...

Não é pelo tamanho que se ganha ou que se perde, mas seja o melhor possível, do que quer que você quer ser!

Confesso que eu acordei triste, sem
Vontade para ligar o celular, ver TV
E até de te ver, e talvez seja por que
Hoje descobri que mais que cansada
Ou estressada estou é decepcionada,
Por ceder tudo e receber quase nada!
Guria da Poesia Gaúcha

DA PAIXÃO AO FOGO

Enlevado afeto que ao profano sente
O beijo em fogo no queimar a pele,
Que no fulgir paixão em corpo vele
O desejo arder no cumprir da gente!

E findar ardor que não for contente
No aventurar de luz, e, por aquele,
Se desdenhe em sede ao ardil mobele
No enlevar em flor o beijar ardente!

Que do suposto, aventura se vigore!
No acender a chama em mais primor,
De eloquente a cobardia se devore!

E no exaltar tão mais profundo ardor,
Que em disfarce gentil, implore
No emular mais alto, (o vosso amor!)

POR TODA A VIDA

Pela estrada vou andando ao destino
Em busca do amor que me prometeu!
Viverei pela vida... Por um desatino
Que os anjos almejaram entre tu e eu...

Sou por ti um viajante, um peregrino
Que a lua diverge, pois não me deu
A paixão por acercar um amor divino
Sob a luz que te brilha, e em ti viveu!

A buscar-te por todo o tempo sagrado,
Por todo o sonho virdes ao meu lado
A saber, que não existe outro alguém!

Mas, amor, onde cruzar o teu caminho?
Será que quando eu estiver bem velhinho
O fim da vida me trará você também?

SONETO DO AMOR PERDIDO

Desejo-te toda a felicidade dos meus dias,
Para que enfeites a tua vida com amores...
Só não te desejo as minhas loucas utopias
Que são quentes, às vezes vãs, e sem cores!

Por onde andar espalhe as minhas alegrias
Porque são divinas, sem regras e sem dores...
Mas não se esqueça, amor, das melancolias,
Que a dor me fere, em fragrância de flores...

A minha alma se despede do teu mundo
Alegre, mas com um sentimento profundo
Porque já não sou, amor, a sua realidade...

Eu tremo, estou em prantos, mas sou forte
Para enfrentar o momento triste da morte,
De um amor, que em mim jurou eternidade!

CASTIDADE

Fizeste de mim um arrebol bendito,
Do meu amor um feitiço imaculado...
Da minh’alma de crença o pecado
Fez-se de paixão um cerne erudito...

Fizeste de meu corpo teu bem restrito
Abrasado ao perfume de seu andado...
E do meu sentimento, conspirado,
Notou-me em versos teu feito infinito...

O meu espírito se mantém aceso,
Desde outrora ao notado em que nasci,
Desde que eu vivo a desventurar...

Que sol que nasce, em que sol avesso,
Em que casto tempo, em qual vivi,
Em qual vida, amor, vou te encontrar...

A LUZ DE OIRO

Quando a vi, tudo a despertou. O dia
que, aos teus sussurros de amor
sob os espíritos brancos que subia,
acordei de tua ausência e fulgente fulgor.

Era extinta, e já não breve... Primor
esplêndido que já não se via
em brocados curtos. Um anjo esplendor
que nítida aos meus olhos surgia...

Uma essência divina! Nobre, majestosa
que não se findais em ilusão
como as cantigas brandas odiosas.

Quando a vi, ó meu amor, e iluminada
na tua aparência e cintilante razão,
fez-se seu amor a minha luz edificada.

DESEJO MUDO

Deixa que a dor da vida enfim cante
O amor que é teu sol maior que tudo!
Nada é tão mais perdido, contudo,
Deixa que se perca teu corpo infante!

Deixa que aos astros teu amor levante
Na insanidade do teu prazer agudo!
E, infame, ao teu desejo mudo,
Mostra de insano teu coração amante!

Deixa em mim o teu luar mais cheio
Além do querer em que te vivo e canto,
Longe dos versos que te vivo e leio...

Deixa o teu amor tão sem dor enfim...
Pois, se te amar é doer, é tanto,
Que perca e que seja essa dor em mim!